O termo Cloud Computing, ou Computação nas Nuvens, pode parecer até fantástico, longe da realidade, mas já é aplicado e adquiri todos os dias novos adeptos. Afinal, o que é a Computação nas Nuvens? Imagine que todos os programas e arquivos que estão no seu computador simplesmente deixassem de estar nele, e passassem a estar em uma grande nuvem, ainda mais avançada que a própria internet. Não seria mais necessário disco-rígido, pois tudo o que precisa estaria nessa nuvem, basta usar, de qualquer lugar a qualquer momento. Esse seria o conceito de computação nas nuvens, tirar das máquinas finais e colocar na web.
Um exemplo, já bastante usado, de computação nas nuvens, é o uso de arquivos remotos. Já é possível enviar seu arquivo para ser armazenado na web, você pode acessá-lo de qualquer lugar em qualquer momento, de forma segura e versátil, sem se preocupar com quem vai usar seu computador ou se ele terá uma falha que cause a perda de arquivos. Além disso, é possível compartilhar esse arquivo com outras pessoas, dispensando a necessidade de imprimir uma cópia, anexar em um e-mail ou gravar em uma mídia de armazenamento.
Outro exemplo real de uso do cloud computing, é a criação de aplicações on-line. São softwares que não precisam ser instalados e podem ser acessados de qualquer lugar através da internet, são baseados no moderno conceito de web 2.0. Para entender como funciona esse conceito, é necessário conhecer alguns termos. O lado do servidor (BackEnd), é responsável por acessar as informações que estão na web. O lado do cliente (FrontEnd), é responsável por exibir as informações de forma atraente ao usuário. Na antiga web, aplicações on-line só atuavam em um desses lados de cada vez, com a web 2.0, as aplicações agem nos dois lados ao mesmo tempo, permitindo maior interatividade e respostas em tempo real.
Também é exemplo de aplicação da computação nas nuvens, o conceito de desktop on-line, também chamados de webtops. São páginas que podem ser personalizadas e deixam a web com a cara do usuário, alguns webtops até imitam o desktop dos computadores pessoais, mas não deixam de ser aplicações de web 2.0.
O cloud computing não se limita apenas á páginas personalizadas, armazenamento de arquivos e softwares on-line. Os objetivos finais dessa tecnologia são bem mais complexos, pretende-se, por exemplo, criar máquinas virtuais on-line. Isso permite que, de um lado, os computadores pessoais fiquem mais simples, e de outro, os datacenters, lugares responsáveis por manter a “nuvem” sempre no ar, fiquem mais complexos. Seu novo computador poderia ser do tamanho de uma caixa de fósforos.
A implementação da computação nas nuvens já começou. Com relação ao armazenamento de arquivos on-line, visite o Microsoft Windows Live Skydrive (http://skydrive.live.com/) e o eSnips (http://www.esnips.com/), se quer conhecer exemplos de aplicações on-line, não deixe de visitar o Google Docs (http://docs.google.com/) e o Adobe Acrobat.com (http://www.acrobat.com/), para entender os webtops, visite o iGoogle (http://www.google.com.br/ig/), o Microsoft Windows Live Spaces (http://spaces.live.com/) e o Goowy Webtop (http://www.goowy.com/). Ainda existem algumas barreiras a serem quebradas para a implementação total do Cloud Computing, apesar de grande, o número de pessoas que tem acesso a internet ainda não é suficiente para implantar um projeto totalmente voltado para ela, e mesmo se fosse suficiente, as velocidades de acesso ainda são baixas para ficar totalmente dependente da web. Além de tudo isso, ainda não existe uma plataforma de desenvolvimento que permita a criação de softwares mais complexos, como os de CAD, para atuar através da web.
Se realmente for implementado, o cloud computing trará muitos efeitos para a nossa vida digital, alguns bons e outros ruins. De um lado, por serem mais simples, os computadores pessoais ficariam mais baratos, as informações ficariam mais seguras, já que estão espalhadas na internet e não centralizadas em um único computador, que pode simplesmente parar de funcionar, a pirataria de softwares teria fim, pois todas as aplicações seriam on-line, teoricamente impossíveis de serem burladas. Por outro lado, surgiria uma padronização total dos computadores pessoais, isso diminuiria a diversidade e a competitividade de empresas voltadas ao ramo.
A computação nas nuvens, de qualquer modo, já faz parte, e fará mais ainda futuramente, das nossas vidas digitais. Até agora, todos nós só temos a ganhar com esse conceito, que simplifica o modo de usarmos a ferramenta mais poderosa já criada pela humanidade, a internet.
Para saber mais:
· Datacenter (http://pt.wikipedia.org/wiki/Datacenter).
· Webtop (http://pt.wikipedia.org/wiki/Webtop).
· Web 2.0 (http://web2.0br.com.br/conceito-web20/).
0sem comentários ainda