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Banco do Brasil: Adoção do Linux nos ATMs será mais lenta do que o previsto

8 de Junho de 2009, 0:00 , por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda | Ninguém está seguindo este artigo ainda.
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O Banco do Brasil bateu a marca de 100 mil computadores com o browser Mozilla Firefox, dando continuidade a estratégia de migração para programas com código aberto. Mas este processo encontra percalços. O BB descobriu que precisará de mais tempo para seguir no mesmo caminho com relação aos terminais automáticos. A adaptação ao Linux nos ATMs ainda está na fase de projeto piloto.

A migração para o Mozilla foi concluída em maio, com a instalação do programa nos 35 mil computadores dos escritórios do banco – nas agências, outros 65 mil micros já contavam com o software livre, numa adaptação gradativa que começou ainda em 2001. Restam, ainda, cinco mil máquinas que rodam tanto com o Mozilla quanto Internet Explorer.

A dificuldade, portanto, está na migração dos terminais automáticos – e o BB tem cerca de 40 mil deles espalhados pelo país. O banco chegou a anunciar, no ano passado, que a mudança seria concluída rapidamente. Mas diferenças de equipamentos exigem um tratamento mais cauteloso da área de TI do BB. Por enquanto, o projeto piloto conta com meia dúzia de máquinas em Brasília.

"Ainda estamos na fase do projeto piloto e percebemos que a migração dos ATMs pode levar um pouco mais de tempo. Temos que lembrar que cada ATM tem, em média, 20 periféricos, como leitores óticos e de chip, impressora, etc. E algumas máquinas são muito antigas e exigem uma adaptação", explica o assessor de TI do BB, Ulisses Penna.

Ele acredita que aproximadamente metade dos terminais de atendimento vão migrar para o software livre até 2010. Com relação aos demais, Penna prefere nem arriscar um prazo. "Essa parte demora. Talvez tenhamos que adotar alguma solução diferente, como usar uma versão mais enxuta do Linux, por causa das máquinas antigas”, explica.

Ajustes à parte, o caminho do BB em direção ao software livre é inevitável. Até porque, como explica Penna, o desenvolvimento dos programas já é feito com a filosofia multiplataforma. "Fazemos os programas para rodar em qualquer uma delas, e aí é uma decisão de gestão escolher um ou outro. Mas, no caso dos ATMs, o banco deixaria de pagar a conta de 40 mil licenças", lembra Penna.

Segundo ele, há inclusive vantagens em deixar para trás os velhos terminais que ainda rodam com OS/2. "Algumas máquinas foram compradas já com a possibilidade de usar touchscreen, mas o recurso não funcionou direito com o OS/2. Com o Linux, funciona bem e as máquinas poderão contar com esse recurso", conta.

Luís Osvaldo Grossmann
:: Convergência Digital :: 08/06/2009


Fonte: Vitorio Furusho

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