RÁDIO PIPA TAGUEADORA
7 de Maio de 2011, 0:00Programa FUMAÇA da Rádio Pipa by editora ecoaecoa
Programa FUMAÇA da Rádio Pipa by editora ecoaecoa
Gravação e educador de edição: Adriano Belisário e Alissa Gottfried
Assistente de edição: Tainá Vital e Felipe Nunes
Texto: Silvia Leal e Alissa Gottfried
Rádio Pipa
Apartir do jogo literário Dada Outra Poesia, realizado no prímeiro dia (06/09) da Resistência Artística Realidade diminuida, onde as crianças taguearam o lugar onde vivem (Jardim Gramacho), foi escolhida a palavra FUMAÇA para ser escrita numa pipa.
Guiados então pelas crianças da comunidade, Alissa Gottfried e Adriano Belisário conversaram e gravaram falas sobre o assunto FUMAÇA. Adriano editou o material com Alissa e Tainá usando editor de áudio livre, mixando falas de Estamira, como referência contextual finalizado com um trecho da música O Sândalo de Tom Zé. Esse programa foi transmitido pelo Rádio Educativa Kaxinawá na UERJ em Duque de Caxias e também re-transmitido pela Web-Rádio Paraíso em São Gonaçalo, Quarta-Feira dia 15 de Setembro 2010 entre 13:00- 16:00.
Na ocasião Alissa, Felipe e Silvia reuniram-se com Prof. Mauro Costa e seus alunos de Pedagogia e Geografia da Oficina Híbridos do Labore-Lab. de Estudos Contemporâneos na UERJ, . O material foi apresentado e discutidos, avaliando esta ação no Jardim Gramacho, Duque de Caxias/RJ.
Entrada do Aterro e da comunidade Esqueleto no Jardim Gramacho Entrance to the wetland/wasteland gramacho |
Da fragilidade à resistência quem dura mais? Nosso público são crianças de 3 a 13 anos |
Começamos com a reciclagem de palavras onde as crianças falam com uma palavra sobre sua comunidade e recortam ela para fazer o jogo DADA OUTRA POESIA |
Até quem não sabe lê escreve e gera a semântica do Jardim Gramacho |
Pré-lançamento do livro As Borboletras Estão Chegando - Feira de trocas do Utopia e Luta
1 de Maio de 2011, 0:00No dia 17/02/2010, na feira de trocas da Ocupação Utopia e Luta em POA, foi pré-lançado o primeiro livro da Editora Educadora Ecoaecoa, produzido de forma artezanal e com meios bem simples de produção.
Buscando sempre autonomia e liberdade no seu tarbalho, atravéz de uma educação popular forte, que valoriza a arte e a cultura de um povo, a editora ecoaecoa acredita que, ações colaborativas e conjuntas, de forma organizada e consciente, ainda sejam a melhor forma de fugirmos deste esquema social manipulador e muito bem arquitetado, onde apenas "o que conta no fim das contas", é um cifrão enfeitando a mesa do escritório, o monopólio, a exploração.
Lançamento da Editora Educadora Ecoaecoa na Feira de Trocas Solidárias em Porto Alegre – RS
1 de Maio de 2011, 0:00Calor, cores e alegria preencheram a tarde do sábado, dia 20 de fevereiro, em Porto Alegre. Na escadaria da Borges, em frente ao Prédio da Comunidade “Utopia e Luta” o grupo animado encontrou-se para realizar trocas solidárias. O encontro foi motivado pela vontade de proporcionar a vivência de outras perspectivas de consumo e, através da troca direta de produtos materiais e culturais, estimular práticas que valorizem a preservação da natureza e a economia da solidariedade.
As feiras de trocas são praticadas em vários espaços sociais como proposta alternativa de economia popular e solidária. As primeiras aconteceram no Canadá nos anos 1980. Se baseiam em princípios da economia solidária:substituir o lucro e a competição pela cooperação; valorizar o saber e a criatividade humana e não ao capital e sua propriedade; buscar um intercâmbio respeitoso com a natureza.
Ecosofia, As Três Ecologias
1 de Maio de 2011, 0:00imagem: e-coosofia por Ecoaecoa Foto Felipe Nunes, escultura Alissa Gottfried
Os modos de vida humanos individuais e coletivos evoluem no sentido de uma progressiva deterioração. As relações humanas estão, por uma espécie de padronização dos comportamentos, cada vez mais “ossificadas”. A relação da subjetividade com sua exterioridade se encontra comprometida por uma espécie de infantilização regressiva.
O que está em questão é a maneira de viver daqui em diante, no contexto da aceleração das mutações técnico-científicas e o agronegócio ligado ao descontrolado crescimento demográfico.
As formações políticas e instâncias executivas parecem totalmente incapazes de apreender essa problemática no conjunto de suas implicações. Apesar de estarem começando a tomar uma consciência parcial dos perigos mundiais mais evidentes, que ameaçam o meio ambiente naturale artificial , elas geralmente se contentam em abordar o campo dos danos industriais e, ainda assim, unicamente numa perspectiva tecnocrática, ao passo que uma articulação ético-política – ecosofia – entre os três registros ecológicos (o do meio ambiente, o das relações sociais e o da subjetividade humana) é que poderia refletir consistêntemente tais questões.
Não haverá verdadeira resposta à crise ecológica a não ser em escala planetária e com a condição de que se opere uma autêntica revolução política, social e cultural reorientando os objetivos da produção de bens materiais e imateriais. Essa revolução deverá concernir, portanto, não só às relações de força visíveis em grande escala, mas também aos domínios moleculares de sensibilidade, de inteligência e de desejo, tendo em vista que atualmente os modos dominantes de valorização das atividades humanas são:
1.Do império de um mercado mundial que lamina os sistemas particulares de valor, que coloca num mesmo plano de equivalência os bens materiais, os bens culturais, as áreas naturais, etc.;
2. Que coloca o conjunto das relações sociais e das relações internacionais sob a direção das máquinas policiais e militares.
Em se tratando de subjetividade humana temos em questão um sistema de “unidimensionalização” no ocidente assim como o antigo igualitarismo de fachada do mundo comunista que vem dar lugar, assim ao serialismo de mídia (mesmo ideal de status, mesmas modas, mesmo jaba nas mesmas rádios, etc.).
A instauração, em longo prazo, de imensas zonas de miséria, fome e morte parece daqui a diante fazer parte integrante do monstruoso sistema de “estimulação do Capitalismo Mundial Integrado”.
Assim, para onde quer que nos voltemos, reencontramos esse paradoxo lancinante: de um lado, o desenvolvimento contínuo de novos meios técnico-científicos potencialmente capazes de resolver as problemáticas ecológicas dominantes e determinar o reequilíbrio das atividades socialmente úteis sobre a superfície do planeta e, de outro lado, a incapacidade das forças sociais organizadas e das formações subjetivas constituídas de se apropriar desses meios para torná-los operativos.
Um outro antagonismo transversal ao das lutas de classe continua a ser o das relações homem-mulher. Em escala global, a condição feminina está longe de ter melhorado. A exploração do trabalho feminino, correlativamente à do trabalho das crianças, nada tem a invejar aos piores períodos do século XIX!
A juventude embora esmagada nas relações econômicas dominantes que lhe conferem um lugar cada vez mais precário, e mentalmente manipulada pela produção de subjetividade coletiva da mídia, nem por isso deixa de desenvolver suas próprias distâncias de singularização com relação à subjetividade normalizada.
Se não se trata mais – como nos períodos anteriores de luta de classe ou de chefes da “pátria do socialismo” – de fazer funcionar uma ideologia de maneira unívoca, é concebível em compensação que a nova referência ecosófica indique linhas de recomposição das práxis humanas nos mais variados domínios. Em todas as escalas individuais e coletivas, naquilo que concerne tanto à vida cotidiana quanto à reinvenção da democracia – no registro do urbanismo, da criação artística, da comunicação etc., trata-se de se debruçar sobre o que poderiam ser os dispositivos de produção de subjetividade, indo no sentido de uma re-singularização individual e/ou coletiva, ao invés de ir ao sentido de uma usinagem pela mídia, sinônimo de desolação e superficialidade.
Pelas perspectivas ético-políticas pode-se atravessar questões como racismo, falocentrismo, desastres legados por um urbanismo que se queria moderno, a criação artística liberada do sistema de mercado, a de uma pedagogia capaz de inventar seus mediadores sociais, etc. tal problemática, no fim das contas, é a da produção de existência humana em novos contextos históricos.
A ecosofia social consistirá, portanto, em desenvolver práticas específicas que tendam a modificar e a reinventar maneiras de ser no ambiente doméstico, do contexto urbano, do trabalho, etc., a questão será literalmente reconstruir o conjunto das modalidades do ser-em-grupo.
Para além da ecologia ambientel e social, a ecosofia pessoal traz a noção da reinvenção do sujeito consigo mesmo que busca uma maneira de operar que se aproxima mais daquela do artista do que a dos profissionais “psi”, sempre assombrados por um ideal caduco de cientificidade.
Se não houver uma rearticulação dos três registros fundamentais da ecologia, podemos infelizmente pressagiar a escalada de todos os perigos: os do racismo, do fanatismo religioso, do facismo, dos cismas nacionalitários caindo em fechamento reacionários, os da exploração do trabalho das crianças, da opressão das mulheres, etc.
Trechos do livro: AS TRÊS ECOLOGIAS,
Selecionados por Alissa Gottfried
do psiquiatra francês Félix Guattari.
Sobre o Movimento Software Livre
1 de Maio de 2011, 0:00Este artigo foi publicado na revista Escrita nº 7 da Associação Guatá de Fóz do Iguaçú.
O Objetivo é o Subjetivo
por Alissa Gottfried
“O limite entre o que somos o que queremos ser e o que querem que sejamos se configura com um mecanismo das relações de poder.”
Trecho do texto de Tininha Llanos Artistas e piratas, hackers e cidadãos comuns, cientistas e imperadores #
Repensar os modos de vida hoje é quase proibido. A liberdade é quase uma utopia e o quase é o que nos salva da robotização para o consumo. Nossos sentidos acostumados às “drogas” dificultam-nos de ver o que está por trás do anúncio publicitário. Assim como, desde criança somos ensinados a comer açúcar e apanhar quando fazemos arte, crescermos nos acostumando à banalização da vida: propaganda da indústria do mercado do comércio do consumo do fetiche.
O circuíto midiático crescente e passa a ter tanto poder e alcance que quase engole espaços como a escola, o correio e as lojas de discos. Mas um sistema normatizante age contra a perda do controle. Com a propriedade intelectual considera-se que as idéias são como objetos que devem ter um dono. Apartir dessa norma um debate imenso confronta o sistema que regula a apropriação das idéias. Enquanto isso surgem ações que invertem a lógica como o Movimento Software Livre.
Este movimento propõe a colaboração onde cada um soma seu conhecimento ao conhecimento do grupo desenvolvendo softwares que tem seus códicos abertos, ou seja, você pode saber como o software foi desenvolvido, pode usá-lo, melhorá-lo e devolvê-lo melhorado à comunidade que o disponibilizou. Isso numa dinâmica colaborativa que liberta as idéias pois impossibilita a apropriação e dependência que os donos do conhecimento detinham.
Com a implosão da mídia-digital controlar a distribuição de conhecimento, música e vídeo, se torna um problema para quem, até então, mantinha os poderes de cópia, que na maioria das vezes nem era do próprio autor, mas sim das editoras e gravadoras. Isso pode ser considerado a mais valia artística já que artistas e autores recebiam em torno de 1 a 3% do valor da venda de discos e livros. Por muitos anos isso funcionou até que os próprios artistas começam a produzir suas obras e disponibilizam seus conteúdos na internet como no Movimento Música para Baixar.
Exemplos como esse representam a resistência criativa e inteligente que possibilita a liberdade enquanto ação em prol da colaboração e não só da competitividade do capitalismo selvagem. Resistir com criatividade é um objetivo que me tornou educadora popular e usuária 100% software livre. Já que a educação formal incluindo as universides na maioria das vezes ainda reproduzem um sistema de poder desigual que não está voltada a desenvolver a dignidade e o pensamento crítico e criativo passei a estudar e trabalhar em projetos sociais que proponham ações pela autonomia como no Pontão Minuano onde desenvolvemos cursos de áudio, metareciclagem, vídeo, arte gráfica e comunicação com software livre para que as pessoas e pontos de cultura possam produzir e publicar seus próprios conteúdos sem precisar comprar ou piratear softwares proprietários. Entendo com esse trabalho que o empreendedorismo social e cultural é uma alternativa para difundir a cultura brasileira onde as comunidades podem se desenvolver com mais dignidade e auto-estima.
Precisamos saber que condições temos para sermos quem queremos ser e o quanto a democratização da comunicação se torna uma extensão ou a reconstrução da identidade coletiva. Minha indignação contra a indignidade humana Também reconstrói minha identidade. Pela arte colaborativa de sermos nós mesmos.
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# Você pode ler o texto da citação no link do livro livre: Apropriações Tenológicas - http://blogs.cultura.gov.br/cultura_digital/tag/apropriacoes-tecnologicas/
Notícias sobre o RPG Comunativo - Produção Literária com Metareciclagem
1 de Maio de 2011, 0:00por: Gabriela Agustini, em Cobertura, Vídeo no dia 14/12/2009
A educadora social de Porto Alegre Alissa Gottfried veio a São Paulo para participar do Seminário Internacional do Fórum da Cultura Digital Brasileira e trocar experiências com outros participantes. Nesta entrevista em vídeo, ela fala, entre outras coisas, sobre o jogo "RPG Comunativo" com recursos multimídia que criou para incentivar as crianças a contarem e criarem histórias.
clique aqui para ver o video
Exemplo do que rolou com a MiMoSA do Pontinho Curiosaidade no Ponto de Cultura Odomode em Porto Alegre:
Na história uma rádio foi montada:
Ouça uma das primeiras gravações da rádio na mimosa no podcast abaixo:
Mimosa do Pontinho de Cultura Curiosa'Idade é premiada no I Festival de Robótica Livre do fisl 10
A mimosa foi construída para as vivências do curso de produção literária que acontecem nas segundas-feiras no Ponto de Cultura Odomode, pelo Pontinho de Cultura Curiosa'Idade. Na atividade as crianças vivenciam histórias sobre sua comunidade através do jogo de RPG Comunativo onde uma maquete é montada com materiais reutilizados proposta como trama nas histórias, assim como a mimosa que materializa a proposta de construir uma rádio na maquete/tabuleiro. Mimosa vem do termo Mídia Móvel S/A usado pelo movimento da metareciclagem dado às máquinas reconstruídas apartir de PC's antigos ou estragados.
Durante o fisl 10 a mimosa do Pontinho foi construida em um carrinho de supermercado com ajuda de estudantes da UFMG no Ponto de cultura Odomode e através deles participou do I Festival de Robótica Livre
que aconteceu na PUC durante o fisl 10. Lá na PUC foi implementado, na Mimosa do Pontinho, o projeto de robótica livre chamado "Apontador de Estrelas", que ganhou o primeiro prêmio na categoria robótica iniciante. O projeto trata-se de uma antena controlada por linha de comando, para cima/baixo e direita/esquerda que no RPG simboliza a torre de comunicação da comunidade onde estão sendo transmitidos os programas de rádio gravados pelas crianças durante a atividade de produção literária.
Depois de participarem do fisl e apartir das vivências com a mimosa, as crianças do Pontinho estão empolgadas com a robótica livre e estão desenvolvendo criações de robôs apartir de carrinhos eletrônicos estragados. Apartir disso criaram um programa na rádio usando a mimosa para relatar as ideias sobre esse projeto de robótica que estão gerando para a comunidade do Odomode.
Galeria
21 de Julho de 2009, 0:00As Borboletras Estão Chegando
Primeiro publicação e lançamento da Editora Ecoaecoa