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Em conseqüência ao pedido da Reitora: Brutalidade da PM

11 de Junho de 2009, 0:00 , por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda | Ninguém está seguindo este artigo ainda.
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Publicado Originalmente no Site da ADUSP

Terça-feira, 9 de junho de 2009

Em protesto contra a presença da PM na universidade, estudantes e funcionários realizam ato junto ao Portão 1 da USP. Pacífica, a manifestação intenta ocupar o cruzamento da rua Alvarenga, mas a polícia já havia interditado o trânsito. À massa que grita contra a polícia, o tenente-coronel Claudio Miguel Marques Longo responde ordenando que não atravesse o cordão de isolamento. A passeata não pára e, com o dedo em riste, o comandante da operação brada aos policiais que se preparem para reprimir. A passeata avança pelo cruzamento e, chegando ao encontro da tropa, atira flores em sua direção. Seguiu-se mais de uma hora de tentativa diálogo com o comandante Longo, que silenciou sobre o fato de muitos dos PMs não estarem devidamente identificados. Com granadas de borracha nas mãos (as chamadas bombas de efeito “moral”), os policiais acompanharam todo o ato, que transcorreu sem incidentes. Quando o carro de som e os manifestantes retornavam para o campus, ainda entoando palavras de ordem, é que a Força Tática foi chamada ao ataque. E atacou. Por mais de uma hora, estudantes, professores e funcionários foram perseguidos no interior do campus. Leia a seguir os depoimentos de quem sofreu as conseqüências da violência policial no campus.

Uma bomba lançada contra os manifestantes feriu Jonas Alves, um dos diretores do DCE. “Enquanto íamos em direção à reitoria para realização de Assembléia, fomos brutalmente atacados pela polícia. Um fragmento de bomba me machucou, me deixou surdo e zonzo, ferindo gravemente minha coxa e minha panturrilha. Fui carregado até um carro e levado ao hospital, onde me fizeram um curativo. Terei reflexos dessa agressão física, moral e sem sentido, por pelo menos mais um mês de tratamento.” Diante do Paço das Artes, a polícia cercou o carro de som que acompanhava o ato desde o início. Kraly de Castella Machado, também diretora do DCE, estava no caminhão: “Tiraram o motorista e arrancaram o microfone. Deixaram a gente encurralado em cima do carro, com muito spray de pimenta e gás”.

Do outro lado da rua, estudantes, funcionários e professores que se encontravam no interior da FE ouviram as bombas. Ana Paula Santiago do Nascimento, mestranda, conta que saíram no corredor, para ver o que estava acontecendo. “Nisso, chegou uma aluna correndo, dizendo que estavam jogando bombas. Fomos até o estacionamento. O Choque estava enfileirado em frente à entrada do estacionamento e continuaram jogando bombas, na nossa direção. Ouvimos os gritos e tinha uma moça chorando do nosso lado, porque uma amiga dela tinha sido ferida. Então telefonei para a Lisete [Arelaro], que estava na Assembléia da Adusp, no prédio da História, para que avisasse os professores do que estava acontecendo.”

“A polícia militar estava prendendo um companheiro do comando de greve [Celso Luciano Alves da Silva, funcionário do IEB] e fui tentar interceder”, diz Claudionor Brandão, um dos diretores do Sintusp. “Fui agredido, com várias palavras de baixo calão, cutucões no peito com cassetete e empurrões.” Ainda que tenha tentado dialogar com o comandante Longo, foi algemado e conduzido à 93ª DP, junto a outros dois manifestantes. Eles foram liberados na mesma noite. “Foi lavrado um termo circunstanciado, em que a PM informou uma versão totalmente deturpada dos fatos, com acusações de depredação do patrimônio, desobediência e desacato. Eu expliquei nossa versão. Agora o processo vai para um juizado especial, e nós temos que esperar os desdobramentos.”

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Fonte: http://www.arlesophia.com.br/?p=668

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