Ninguém percebe o efeito das mudanças, acham que tudo pode continuar acessível a cada impulso irracional da sua arrogância e auto-suficiência. Talvez pensando que o belo é fácil, não necessita de esforços para se conseguir. Talvez todos estejam errados. Sabem que sentirão falta de quem hoje implorou por atenção, fez tudo que não deveria fazer e se arrepende no fim da noite. Poucos vêem que a indifereça é uma vingança que pode ser saboreada por ambos os lados, e por assim ser, pertuba sempre que um a usa.
Reflexões que só não foram perdidas graças a uma máquina, que parece me entender mais do que as pessoas das quais falo. Um povo minúsculo por não compreender sem palavras, apenas por tons, quando um soldado sente dor em meio às explosões de um campo de guerra. Pobre na mente, no bolso, na alma e na educação.
Neste lugar moro insatisfeito, mas não me iludo com minhas mudanças, sei que o pior está por vir, mas sei que se for capaz., determinado e forte encontrarei meu lugar em qualquer lugar. Uma auto-estima resistente, que parece quebrar-se com as crieses dos outros, mas, na verdade, se reforça nestes momentos. Nada de rejeições ou pessimismos, apenas faltam óculos para muitos neste mundo. Nada melhor do que cronometrar o tempo até estar de bem comigo mesmo, envolto por fumaça, barulho, roubo e assassinato, gritos e risos, mas ainda sim, olhando o mar me falar sem palavras só por tons, que a guerra acabou.
Autor: Amadeu A. Barbosa Júnior
Data: 25/07/2002
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