Novos horizontes foram libertados
As mesmas palavras teimam em voltar
Falar de dor é de tudo falar
Pensar no que passou é passar sem pensar.
A beleza congela membros cansados
Fugas diversas que castam os libertados
Gostar de sofrer é sofrer por gostar
Imaginar viver é viver para imaginar.
A renovação das folhas as fazem ao chão cair
Por pôdre estarem, nova vida fazem surgir
Querer mais é mais sofrer
Amadurecer ao dia é à noite morrer.
O desespero parece a fuga correta
mas fugir da felicidade é não viver
todas as diferenças que o mundo pode ter
e se enclausurar no mal do novo século.
Não enxergar a quem pode ajudar
ou enxergar só para a ajuda receber
é destruir as pétalas da vida
e não encontrar a afeição querida.
Seja escondida num estranho olhar
seja encubida numa donzela colegial
seja nas conclusões do amigo genial
ou num mendingo que não tem onde morar.
Eis o endereço fiel da fulga real,
abstrair as tensões e abandonar a arrogância,
usando horizontes abertos,
à beleza dos dias não imaginar sofrer
e não morrer ao amadurecer.
Autor: Amadeu A. Barbosa Júnior
Data: 16/09/2002
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