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Duas coisas e o infinito - 28/10/2002

9 de Junho de 2010, 0:00 , por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda | Ninguém está seguindo este artigo ainda.
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Uma porta, um infinito e uma janela,
espaço perdido entre corpos distantes,
paredes mortas sem cor, cheias de dor,
luzes negras iluminam uma mente insana.

Um caminho esquecido nas pedras do horizonte,
que confunde, liberta e faz sentir além da vida,
olhos fechados e sentidos perplexos pelo som,
algo além me chama a ser mais do que posso ser.

Ilusões de grades tortas que prendem e torturam
quem não pode sempre sonhar com o nada do final,
um vôo prolixo e inútil para a vida ter sentido,
objetos espaçados e destruídos, corpo revivido.

Uma razão faz tudo ser novo e ocupo mais espaço,
minutos fogem das mãos incrompreensíveis e nuas,
onde piso tudo se eleva e vejo símbolos opacos,
que se movimentam e fazem ter essas cores difusas.

A incerteza que a vida impõe, faz tudo perfeito,
não há ordem, que não comece e acabe em desordem,
não há homem, que não comece e acabe em uma mulher,
a certeza que os homens impõem, deixa tudo desfeito.

Abandone o que não lhe pode fazer chorar e sofrer,
o tudo em breve lhe deixará na solidão e na loucura,
o sofrimento pode ser superado, para você viver,
enfrentando o infinito que separa a porta da janela,
para fazer o minúsculo ser parte do universo criado.

 

Autor: Amadeu A. Barbosa Júnior
Data: 28/10/2002
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This work is licensed under a Creative Commons Attribution-Noncommercial 3.0 Brazil License


Tags deste artigo: cotidiano mudanca reflexao vida 2002 poesia loucura

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