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GLOBO: parcialidade e manipulação a gente vê por aqui!

30 de Agosto de 2010, 0:00 , por Software Livre Brasil - 1Um comentário | Ninguém está seguindo este artigo ainda.
Visualizado 978 vezes

O documentário “Além do Cidadão Kane” produzido por Simon Hastog pela BBC de Londres em 1993, revela o passado de manipulação de informação, de posturas tendenciosas e do jornalismo parcial da Rede Globo, desde a sua suspeita fundação promovida por um acordo ilegal com o grupo norte-americano Time Life, a sua autocensura durante a ditadura, o apoio ao regime militar, a omissão e distorção de noticias, conforme seus interesses políticos, até a manipulação da eleição de Collor, bem como toda sua engenhosa programação voltada ao entretenimento, atendendo suas conveniências mercadológicas.

O vídeo-documentário foi proibido de exibição no Brasil em 1994, por determinação judicial, após o “Cidadão Kane” brasileiro (uma alusão ao magnata das comunicações dos Estados Unidos do inicio do século XX, o norte Americano Kane), Roberto Marinho entrar na justiça e censurá-lo em plena ascensão da democracia...

O surgimento da Rede Globo coincide com um momento marcante da história recente do Brasil: o golpe militar – a instalação da ditadura. Mas esse fato deixa de ser coincidência à medida que a Globo passa apoiar o governo. Espalhou a imagem de um país progressista, quando chamava de “milagre econômico” o crescimento industrial do Brasil, e também omitia todo cenário de disparidade social, toda conjuntura de perseguição política, de tortura, de opressão, ações do governo contra os opositores, que lutavam contra a arbitrariedade do regime, mas eram chamados de terroristas...

O vinculo de Roberto Marinho com as classes dominantes, políticos de alto escalão do governo, num período de avanço industrial, que culminou num maior acesso à televisão da classe média/baixa, na década de 70, sinalizava o começo do monopólio Global, consolidado e sustentado nas décadas seguintes.

A Globo precisou passar por um processo de autocensura para ter apoio e ser apoiada pelos militares. E também censurou: a emissora proibia o aparecimento da imagem de Chico Buarque de Holanda, cantor e compositor que combatia e protestava a ditadura com suas musicas, nem se quiser poderia citá-lo na programação. Durante o manifesto popular “Diretas Já”, uma mobilização social e política importante para o país, a Globo fez a cobertura, mas noticiou o evento como se fosse o aniversário da cidade de São Paulo, em 1984...

Na Eleição para presidente, em 1989, a emissora editou o debate do segundo turno entre o “caçador de marajás”, Collor, e o “torneiro mecânico”, Lula, mostrando os melhores momentos do candidato elitista e os piores do operário, em seguida fez uma pesquisa de intenção de voto por telefone. O resultado da manipulada eleição: Collor venceu. Depois a emissora tentou se redimir apoiando o manifesto “caras pintadas” pelo impeachment de Collor, em 1992.

Durante o governo FHC a emissora foi totalmente a favor da política de privatizações e não noticiava casos de corrupção que ocorreram nos bastidores do congresso, por exemplo, a compra de votos dos deputados para a aprovação de projeto de reeleição do cargo de presidente da Republica. O MST foi sistematicamente taxado de violento, selvagem, invasor, pelos jornalistas globais.

Em 2002 com a eleição de Lula, e a grande percentagem de aprovação do seu governo nos anos seguintes, a “Vênus platinada” enfrentou um dilema: elogiar um governo de centro-esquerda que agradava a opinião publica (isso incomoda as elites), ou manter o discurso elitista. Mas acabou tendendo para a postura governista, mesmo que de forma amena. Porém em 2006, durante a campanha presidencial, a Globo articulou uma manobra que levou a eleição para o segundo turno: primeiro demitiu o repórter Rodrigo Viana, hoje na Record, pois ele não concordava com a postura tendenciosa: Wiliam Bonner o ordenava a elogiar o candidato tucano e destacar as falhas do governo Lula. Depois mostrou uma foto de um monte de dinheiro que supostamente seria do “caixa dois” petista. Detalhe a foto estava sob segredo de justiça. Os eleitores indecisos foram induzidos a votar no tucano. A eleição foi para o segundo turno. Mas essa apelação não deu muito certo...

No inicio deste ano um comercial institucional da Globo foi proibido de veiculação, pois fazia alusão a campanha eleitoral de José Serra. Os três principais candidatos a presidência foram entrevistados no Jornal Nacional. A entrevista foi tão tendenciosa a ponto de Roberto Jeferson (PDT) aliado de Serra admitir no twitter que Bonner facilitou para o seu candidato. A de Marina Silva foi básica. Mas a sabatina da candidata petista foi provocadora, com questões complexas. Ali Kamel, diretor geral de Jornalismo da emissora, que diz que não há racismo no Brasil, poderá mostrar suas garras e tentar mudar os números das intenções de voto, que a cada dia apontam para a vitoria de Dilma. A tentativa de um golpe pela mídia, mais uma vez poderá ser a ultima jogada dos tucanos, suponho.

A revista Época, das organizações Globo, fez uma matéria, de capa inclusive, sobre o passado de Dilma, mostrando a sua suposta ligação com a guerrilha armada, chamando-a de terrorista. Não é surpresa, nem novidade. A Folha de São Paulo já havia publicado uma matéria do mesmo caráter. Agora, a jogada da vez é tentar desmoralizar a estatal Petrobrás...

Mas atualmente o telespectador está mais atento, mais critico. Não se deixa manipular como antigamente, principalmente o publico mais jovem, mais escolarizado, mais bem informado. A internet, cada vez mais acessada, é o meio mais democrático, na medida em que permite maior liberdade de expressão e produção de conteúdo, e vem freqüentemente combatendo e rechaçando informações distorcidas e as tentativas de manipulação, através da blogosfera.

A competência profissional da Globo é indiscutível, mas a sua postura ideológica, a sua parcialidade e a tentativa constante de impor seus estereótipos, suplantam a sua qualidade técnica e caracterizam o perfil da “campeã de audiência”.


1Um comentário

  • 4d9dcf403fb7303f21b1a02e19774886?only path=false&size=50&d=404A.Rocha(usuário não autenticado)
    8 de Janeiro de 2011, 22:55

    Seja realista exija o impossível

    É lamentevel como essas coisas acontecem e ninguem percebe, as pessoas são leigas com relação a isso.As pessoas são tão alienadas aponto de não perceber o obvio nesse país onde o rico é cada vez mais rico e o pobre se fode por isso.


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