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AS PULSEIRAS DA "MODA"

16 de Maio de 2010, 0:00 , por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda | Ninguém está seguindo este artigo ainda.
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Ostentar uma pulseira no braço para a maioria dos jovens é apenas uma forma de acompanhar a moda do momento, seja por vaidade ou pela estética. Mas a nova mania entre crianças e adolescentes do Brasil, as pulseiras coloridas de silicone, criadas na Inglaterra com o nome de snap (algo próximo de rasgar em português), estão deixando pais, professores e autoridades em alerta.

O motivo de tanta preocupação está na conotação a códigos sexuais que as cores das pulseiras transmitem. Cada cor significa um grau de intimidade que vai desde um simples abraço até ao sexo propriamente dito e ao ser arrebentada dá direito a respostas sexuais para quem arrebentou.

Em Londrina, no Paraná, uma menina de 13 anos foi forçada a ter relações sexuais com quatro garotos após ter uma pulseira arrebentada. A Justiça proibiu a venda e uso das pulseiras nas escolas da cidade, assim como em outras cidades do interior paranaense, do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul, baseada nos artigos 3º, 4º e 70º do Estatuto da Criança e do Adolescente e também no artigo 227 da Constituição Federal, que colocam como dever de todos – família, sociedade e Estado – a prevenção da ocorrência de ameaça ou violação aos direitos da criança e do adolescente. Há escolas que preferem orientar, ao invés de defender proibição.

A semiótica, área do conhecimento que estuda o uso códigos e símbolos nos explica como as invenções humanas e as criações da Natureza fazem sentidos, a partir de um significado estabelecido e convencionado. São exemplos as calças Jeans, os sinais de transito, as cores e os escudos dos times de futebol, os tênis, o anel da castidade, uma nuvem cinza (indicando chuva), uma fruta amarela (madura). As pulseiras coloridas também estão inclusas nesse processo. Baratos e de fácil acesso, esses adereços são códigos inventados por jovens estudantes ingleses, depois se expandiram e caíram no interesse dos jovens brasileiros via internet. Mas a diferença é que são carregados de significados pervertidos, estão causando polêmica e provocando discussões em vários setores da sociedade. Discute-se, por exemplo, que a criança está entrando cada vez mais cedo na questão da sexualidade. O uso das pulseiras pode potencializar isso, ou não. Depende como a criança está sendo orientada e educada, considerando o papel dos pais e professores.

Apesar da forte divulgação do jogo na mídia, principalmente, pela internet, aqui no Brasil muitas crianças e jovens continuam a usar as pulseiras, muitas delas sem ter o conhecimento de tal brincadeira ou até mesmo sem saber o significado de cada pulseira. Aqui em Conceição do Coité as pulseiras também são modas entre jovens estudantes. Acredito que, de forma geral a e objetiva, a maioria usa por vaidade e estética, simplesmente por que ta na moda, pois até agora não se tornou noticioso algum incidente ou problema causado pelo uso da pulseira snap em nossa cidade. Isso significa que não há problema em usá-la, desde que os significados atribuídos às cores do acessório sejam ignorados, ou seja, usam-nas, mas não seguem as regras do jogo dos códigos.

É aconselhável não cair em modismo sem saber o significado do adereço que se usa ou da moda que acompanha. Aceitar padrões sem entender o conceito não parece ser uma boa idéia. Cabe aos pais, diretores e professores debater o assunto abertamente com os alunos e tentar chegar um consenso.  Proibir o uso pode impor uma solução paliativa, ou seja, em médio prazo não vai resolver.

Poucos jovens (a minoria) usam como meio de namorar alguém ou por interesse da prática dos jogos sexuais. Mas convenhamos que este “novo método de conquista” (made in England) não é nada romântico, nem convencional.

Pulseiras


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