Cada vez mais projetos de jornalismo apostam no crowdfunding para transformar boas ideias em realidade. Conheça algumas destas experiências!
Muito além de uma estratégia para levantar dinheiro, o crowdfunding tem mostrado na prática que é uma alternativa para mobilizar mentes e corações e - principalmente - apontar novos rumos para alguns nichos do mercado. O financiamento coletivo de projetos ligados ao jornalismo é uma destas vertentes e este foi o tema de um bate-papo que rolou nesta sexta-feira (31) entre os comunicadores Marcela Donini, Gabriel Galli e Douglas Freitas na #RadioLivreNaFeira.
Autora de um livro sobre este assunto, Marcela acredita que - diferente do que pensam os pessimistas - o jornalismo brasileiro vive um bom momento. "O que está em crise é o modelo de negócios e nesse sentido o crowdfunding surge como uma excelente alternativa", pontuou. Na avaliação dela, ao mesmo tempo em que minimizou os intermediários entre os jornalistas e os consumidores de notícia, a internet expôs uma grande demanda da população por informação de qualidade.
"De um lado estão os jornalistas, cheios de boas histórias para contar. Na outra ponta há um monte de gente interessada em ler estas histórias. Para exercer sua cidadania plenamente, as pessoas precisam estar bem informadas. Então, quem pode sair perdendo nesta história são as grandes empresas de comunicação, mas não o jornalismo em si", ressaltou.
A duras penas, mas com diversão
Claro, nem tudo são flores. O estudante de jornalismo Douglas Freitas viveu na prática a experiência do crowdfunding para o jornalismo. Ex-integrante da Revista Bastião, ele participou de uma campanha de arrecadação para financiar uma edição da publicação.
"Nós tivemos que dar boa parte da grana do nosso bolso para não perder o que já havíamos arrecadado. Na plataforma Catarse.me, quando você não arrecada o volume de recursos idealizado, tem que abrir mão de todo o montante. Como havíamos chegado perto do valor idealizado, optamos por desembolsar o que faltava", contou.
O jovem jornalista destacou, ainda, que outra forma encontrada pela Bastião para arrecadar recursos foi a realização de festas. "Foi uma experiência interessante, de financiar o nosso trabalho simplesmente dançando", brincou.
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