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Direitos LGBT: informar para incluir

31 de Outubro de 2014, 19:13 , por nanda barreto - 0sem comentários ainda | Ninguém está seguindo este artigo ainda.
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Estupefatos com a inabilidade da imprensa em noticiar fatos envolvendo a população LGBT, um grupo de ativistas gaúchos resolveu criar o grupo de ação e debate Gênero, Mídia e Sexualidade (Gemis)


Formado por jornalistas, integrantes de movimentos sociais, professores universitários e produtores culturais, o Gemis tem apenas dois meses de existência mas já está cheio de planos para o futuro. Para falar sobre os próximos passos do coletivo, os jornalistas Débora Fogliato e Samir Oliveira estiveram conosco nesta sexta-feira (31) no estúdio da Rádio Software Livre montado na Feira do Livro de Porto Alegre.

 

De acordo com Débora, o Gemis parte do pressuposto de que a desinformação é a grande vilã por trás da abordagem preconceituosa da imprensa. "Nós não acreditamos na má intenção dos nossos colegas de profissão. Por outro lado, é inegável que o jornalismo deixa muito a desejar na sua capacidade de auto-crítica", resumiu.


O jornalista Samir Oliveira fez questão de citar exemplos, elencando uma série de notícias preconceituosas veiculadas recentemente, inclusive com episódios que culpam vítimas de agressões. "É lamentável. Quando a mídia age assim ela contribui para perpetuar a violência e o preconceito contra a comunidade LGBT", frisou.


Outro questionamento levantado pelos ativistas é a dependência que a imprensa tem em relação às fontes policiais nos casos de violência. "Se o jornalista já tem um pensamento atrasado quanto à questão, imagina o policial, que cultiva uma série de estigmas e ranços sobre este tema", ressaltou Samir, acrescentando que umas das ideias do Gemis para 2015 é criar um guia de fontes LGBT. "Quem sabe assim conseguimos mais diversidade e pluralidade de opiniões".

 

O embate é espinhoso, mas o Gemis não perde a ternura. Com os olhos firmes num horizonte de mudança, o grupo planeja uma série de debates nos próximos meses. "Queremos inclusive visitar universidades e redações. Entendemos que alguns jornalistas, mais conservadores, não vão querer nos ouvir. Sabemos que há muita resistência, mas precisamos tentar e por isso estamos articulando esta ação com bastante antecedência. Também temos a clareza de que existe uma nova geração de jornalistas e eles serão os editores daqui alguns anos", destacou Débora.

 

Para saber mais sobre a agenda de atividades do Gemis, confira a página do grupo no Facbook.

 

ESCUTE a entrevista COMPLETA:

 

 


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