O Sistema de Informação Geográfica (SIG) para Apoio à Gestão do Programa RS Rural, desenvolvido pela Secretaria da Agricultura e Abastecimento, do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, foi apresentado na manhã de hoje (04) para o público presente ao terceiro e último dia do Fórum Internacional de Software Livre 2002. O RS Rural é um programa de manejo e conservação de recursos naturais e combate à pobreza, com uma estratégia voltada para o resgate social de comunidades empobrecidas do meio rural, como os agricultores familiares, pescadores artesanais profissionais, comunidades indígenas, agricultores assentados e os remanescentes de quilombos.
Segundo a diretora-executiva do RS Rural, Fernanda Corezola, o SIG, um software livre, "é de grande importância para o planejamento e o controle das ações empreendidas através da representação cartográfica das potencialidades e das possibilidades sócio-econômicas e ambientais, oferecendo suporte para as ações desenvolvidas". Corezola explicou que um estudo detalhado, tanto estatístico como geográfico, é fundamental para os projetos de geração de renda e conservação de recursos naturais, além de garantir um melhor gerenciamento dos resultados do que está sendo feito. "Visualizamos através de mapas os efeitos do programa", disse.
Para isto, o SIG é capaz de responder a perguntas que permitem definir uma estratégia do que precisa ser trabalhado, como, por exemplo: Quais são as áreas ou onde estão as famílias de agricultores que produzem frutas e/ou cana-de-açúcar para constituir um investimento em agroindústria " Que região é prioritária para investir em programas de pequenas cooperativas de produtores de leite" Quais são as áreas do Rio Grande do Sul em que os solos necessitam de financiamento para compra de calcário " Onde estão localizados os agricultores mais pobres do Estado" Que áreas estão em estado crítico de degradação ambiental no meio rural ".
Estas e outras tantas questões podem ser respondidas através do programa desenvolvido em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e o Instituto de Informática da UFRGS. Em nome do Instituto da UFRGS, o professor- adjunto Cirano Iochpe e os pesquisadores Cláudio Ruschel e Luciana Vargas explicaram detalhadamente todo o processo de concepção do programa, adequação com o banco de dados, criação dos diversos mapas temáticos, além da futura expansão do sistema de acordo com as necessidades que surgirão.
