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Luta contra o monopólio Software livre ganha adeptos do MST

3 de Junho de 2009, 0:00 , por Software Livre Brasil - | Ninguém está seguindo este artigo ainda.
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Valéria Reis

A adoção do software livre está ganhando aliados e tornou-se alternativa real para a informática à disposição da sociedade. A terceira edição do Fórum Internacional de Software Livre, que terminou no sábado, em Porto Alegre (RS), mostrou a importância da utilização e produção de programas abertos. O princípio extraído do fórum é que software livre incorpora valores éticos fundamentais para a evolução da sociedade, contribui com a idéia de que o conhecimento faz parte do patrimônio cultural da humanidade e que dele todos podem usufruir sem exclusão. O evento reuniu 11 países, 26 estados brasileiros, 1.074 empresas, 266 palestrantes, 2.994 participantes e 290 horas ininterruptas de atividades.

De acordo com o executivo da Fundação GNOME, Thimoty Ney, a globalização tem um aspecto positivo na disseminação dos programas com plataforma aberta no mundo. Para o vice-presidente da Free Software Foundation, Robert Chassel, a diferença fundamental entre o software livre e o tradicional é a possibilidade que o usuário tem de estudar, copiar, modificar e redistribuir o programa, ao contrário do outro, que já vem pronto e não permite alteração . "O monopólio faz mal à sociedade", criticou ao se referir à Microsoft, empresa que controla o mercado de software no mundo.

Mobilização Social - No Brasil, organizações como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) deverão implantar o software livre em diversos estados brasileiros, como forma de se contrapor ao monopólio. Vilmar Boufleuer, do MST de Curitiba (PR), responsável pelo Setor de Projetos da Secretaria Estadual do movimento e assessor de informática, contou que o movimento vem implementando uma longa luta contra o monopólio em todos os setores, principalmente nas áreas de comunicação e informática.

Para Boufleuer, o Linux é um software que se contrapõe à política de monopolização, permitindo ao MST o acesso às novas tecnologias, antes feitas somente para a elite. "É só a partir deste projeto que a população rural terá acesso à tecnologia", observou. O Linux irá auxiliar no trabalho das cooperativas, no controle de sementes, nas escolas, além de repassar informações e cursos para os agricultores.

Segundo o pianista uruguaio Juan Carlos Gentile, um dos desenvolvedores do software livre na Europa, o software livre vem sendo adotado por ONGs e partidos políticos de todas as tendências.

O consultor da ONU para Sistemas Eleitorais, Evandro Oliveira, observa que quem está disposto a ser transparente, deverá optar pelo software livre. "Os partidos de esquerda são criticados porque mostram suas entranhas. Para os que lutam pela transparência só é possível a utilização do software livre. Os programas proprietários são fechados, escondem as coisas e são caracterizados por auditorias de processos complicados".

[09/MAI/2002]


Tags deste artigo: fisl2002
Fonte: http://www.softwarelivre.org/news/412

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