Ir para o conteúdo
ou

Software livre Brasil

pm@paulomarcos.com | msg: 74.9110 4596
Jornalismo no Rádio, TV e Internet

http://www.dotpod.com.ar/wp-content/uploads/2008/06/sonico-logo.jpg

 

 

http://static.wix.com/media/1ff96be45122890f6b04ceeaa7dbd2d3.wix_mp

PM no Twitter

Invalid feed format.

Este perfil não tem posição geográfica registrada.

Paulo Marcos

Paulo Marcos
Pintadas - Bahia - Brasil
 Voltar a Paulo Marcos...
Tela cheia

Facebook só disfarça falta de relações humanas, diz sociólogo

10 de Novembro de 2010, 0:00 , por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda | Ninguém está seguindo este artigo ainda.
Visualizado 738 vezes

As redes sociais mascaram a ausência de comunicação entre as pessoas, diz o sociólogo francês Dominique Wolton em entrevista à Folha de S.Paulo, 09/11/2010. Eis a entrevista:

Como vê a internet?
Faço parte de uma minoria que não é fascinada por ela. Claro, é formidável para a comunicação entre pessoas e grupos que se interessam pela mesma coisa e, do ponto de vista pessoal, é melhor do que o rádio, a TV ou o jornal.

Mas, do ponto de vista da coesão social, é uma forma de comunicação muito frágil. A grandeza da imprensa, do rádio e da TV é justamente a de fazer a ligação entre meios sociais que são fundamentalmente diferentes. Nesse sentido, a internet não é uma mídia, mas um sistema de comunicação comunitário.

Mas e as redes sociais?
Elas retomam uma questão social muita antiga, que é a de procurar pessoas, amigos, amor. São um progresso técnico, sem dúvida, mas a comunicação humana não é algo tão simples. Porque em algum momento será preciso que as pessoas se encontrem fisicamente, e aí reside toda a grandeza e dificuldade da comunicação para o ser humano.

Então a solidão é um risco nessas redes?
Sem dúvida: a "solidão interativa". Podemos passar horas, dias na internet e sermos incapazes de ter uma verdadeira relação humana com quem quer que seja.

Isso tem a ver com o conceito que criou, de 'sociedade individualista de massa'?
Sim, porque na comunicação ocidental procuramos duas coisas inteiramente contraditórias: a liberdade individual -modelo herdado do século 18- e a igualdade por meio da inserção na sociedade de massa -que é o modelo do socialismo.

Usamos a internet porque ela é a liberdade individual. Na internet, todo mundo tem o direito de dar sua opinião, mas emitir uma opinião não significa comunicar-se. Porque, se a expressão é uma fase da comunicação, a outra é o retorno por parte de um receptor e a negociação que implica - e isso toma tempo!

Há um fascínio pela rapidez da internet e por sua falta de controle. Mas essa falta de controle é demagógica, porque a democracia não é a ausência de leis, mas a existência de leis utilizadas por todos.

A internet foi decisiva para a eleição de Barack Obama?
Acho que se projetou um sonho que não correspondeu à realidade. Obama sempre foi ligado às questões sociais e sabia de sua importância. O que fez foi usar a internet para multiplicar a eficácia dessas relações. Usou a internet de modo bastante clássico.

O Google está nos tornando estúpidos?
Ele está se tornando a primeira indústria do conhecimento, concentrando de forma gigantesca a informação e o saber -o que é um perigo.

Se um grupo de mídia quisesse concentrar toda a distribuição de informação, alguém diria: "Atenção, monopólio!". Mas não se faz isso em relação à internet, tamanho é o fascínio pela técnica na sociedade atual.

O papel está condenado?
Ao contrário! Porque internet é rapidez, livros e jornais são lentidão e legitimidade -informação organizada. A abundância de informações não suprime a questão prévia de que educação é formação.

 

10/11/2010 |
Redação
IHU - Instituto Humanitas Unisinos

Tags deste artigo: redes sociais internet google

0sem comentários ainda

Enviar um comentário

Os campos são obrigatórios.

Se você é um usuário registrado, pode se identificar e ser reconhecido automaticamente.