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Paraná Blogs - Outra Comunicação é Possível

27 de Maio de 2009, 0:00 , por Software Livre Brasil - | Ninguém está seguindo este artigo ainda.

A Internet é livre? Blogoosfero vem aí…

13 de Setembro de 2011, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

A Internet é Livre?

A internet foi criada para ser um ambiente livre que permite a comunicação e interação entre seres humanos até mesmo no caso de uma catástrofe mundial.

Nos últimos anos, porém, determinados governos e empresas tentam estabelecer um controle sobre a Internet visando limitar seu uso apenas aos interesses comerciais ou políticos deles.

Vários casos de censura e interrupção de serviços foram registrados no Brasil e no Mundo nos últimos anos devido à decisões políticas ou empresariais pouco transparentes e nada coerentes com os objetivos que levaram à criação da internet.

Embora, ainda mantenha-se livre,  a Internet está fortemente ameaçada por todos aqueles amam as ditaduras, odeiam a Liberdade de Expressão e gostariam de vê-la enclausarada repetindo um só tipo de pensamento.

Blogoosfero vem aí!

O Blogoosfero vem aí  como uma resposta a esta censura, a partir da necessidade da blogosfera brasileira em ter um provedor de serviços autônomo, independente, seguro e integrado que zele:

- pela Liberdade de Comunicação e Expressão na Internet;

- pela Criação Coletiva e Colaborativa na Rede;

- pela segurança dos dados e das informações contidas nos blogs e redes sociais; e

seja, obviamente, um aliado na luta contra a censura imposta por governos e empresas de todos as espécies à blogueiros e usuários de redes sociais.

#TamoJunto no Blogoosfero. Aguardem!




A Internet é livre? Blogoosfero vem aí…

13 de Setembro de 2011, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

A Internet é Livre?

A internet foi criada para ser um ambiente livre que permite a comunicação e interação entre seres humanos até mesmo no caso de uma catástrofe mundial.

Nos últimos anos, porém, determinados governos e empresas tentam estabelecer um controle sobre a Internet visando limitar seu uso apenas aos interesses comerciais ou políticos deles.

Vários casos de censura e interrupção de serviços foram registrados no Brasil e no Mundo nos últimos anos devido à decisões políticas ou empresariais pouco transparentes e nada coerentes com os objetivos que levaram à criação da internet.

Embora, ainda mantenha-se livre,  a Internet está fortemente ameaçada por todos aqueles amam as ditaduras, odeiam a Liberdade de Expressão e gostariam de vê-la enclausarada repetindo um só tipo de pensamento.

Blogoosfero vem aí!

O Blogoosfero vem aí  como uma resposta a esta censura, a partir da necessidade da blogosfera brasileira em ter um provedor de serviços autônomo, independente, seguro e integrado que zele:

- pela Liberdade de Comunicação e Expressão na Internet;

- pela Criação Coletiva e Colaborativa na Rede;

- pela segurança dos dados e das informações contidas nos blogs e redes sociais; e

seja, obviamente, um aliado na luta contra a censura imposta por governos e empresas de todos as espécies à blogueiros e usuários de redes sociais.

#TamoJunto no Blogoosfero. Aguardem!




São Bernardo inaugura Cidade da TV

13 de Setembro de 2011, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda




São Bernardo inaugura Cidade da TV

13 de Setembro de 2011, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda




Por que o PiG não fala mal dos demotucanos?

13 de Setembro de 2011, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

Velho ditado diz: Quem paga escolha a música

Mas atenção petistas: Não façam o mesmo, pois para vocês não dá certo.

Alckmin: 9 milhões pela fidelidade da ‘Proba Imprensa Gloriosa’

- E seu Barão assina os jornais e revistas para as Escolas Públicas.

Interrompemos nossas saudáveis férias nas paradisíacas selvas de Bornéu para informar que a chuva é molhada, o sol é quente, a grama é verde e a Educação de São Paulo continua a mesma, embora sob completa nova direção.

O Barão de Taubaté, ou melhor, o Sr. José Bernardo Ortiz Monteiro é o presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE) desde sua nomeação pelo Governador Geraldo Alckmin, em janeiro deste ano. Pois não é que depois de ferrenha labuta nas negociações, Ortiz acatou ordem superior e assinou milhares de exemplares de jornais e revistas do PIG (Proba Imprensa Gloriosa) – para as melhores escolas públicas do mundo, cujos professores são também os mais bem remunerados do planeta? Sim. Exatamente como fizeram seus antecessores, o ex-governador José Serra e o finado Paulo Renato Costa Souza, ex-secretário de Educação de SP, o Barão de Taubaté fechou com a Folha de SP, Estadão, Revista Veja, IstoÉ e Época. Tudo, como sempre, sem licitação.

Desnecessário dizer que, mais uma vez, a Carta Capital não aparece no rol dos favorecidos.

Eis os contratos, datas e seus valores, de acordo com o Diário Oficial:

  • 27/julho/2011Época
    - Contrato: 15/00628/11/04
    - Empresa: Editora Globo S/A
    - Objeto: Aquisição pela FDE de 5.200 (cinco mil e duzentas) assinaturas da “Revista Época” – 52 Edições, destinados às escolas da Rede Estadual de Ensino do Estado de São Paulo – Projeto Sala de Leitura.
    - Prazo: 365 dias
    - Valor: R$ 1.203.280,00
    - Data de Assinatura: 26/07/2011
    (*Primeiro comunicado no DO em 12/julho/2011)
  • 29/julho/2011 Isto É
    - Contrato: 15/00627/11/04
    - Empresa: Editora Brasil 21 LTDA
    - Objeto: Aquisição pela FDE, de 5.200 (cinco mil duzentas) assinaturas da “Revista Isto É”, 52 Edições, destinados às escolas da Rede Estadual de Ensino do Estado de São Paulo – Projeto Sala de Leitura.
    - Prazo: 365 dias
    - Valor: 1.338.480,00
    - Data de Assinatura: 25/07/2011.
    (*Primeiro comunicado no DO em 12/julho/2011)
  • 3/agosto/2011Veja
    - Contrato: 15/00626/11/04
    - Empresa: Editora Abril S/A
    - Objeto: Aquisição pela FDE de 5.200 (cinco mil e duzentas) assinaturas da “Revista Veja”, 52 Edições, destinados às escolas da Rede Estadual de Ensino do Estado de São Paulo
    - Projeto Sala de Leitura
    - Prazo: 365 dias
    - Valor: R$ 1.203.280,00
    - Data de Assinatura: 01/08/2011.
    (*Primeiro comunicado no DO em 12/julho/2011)
  • 6/agosto/2011Folha
    - Contrato: 15/00625/11/04
    - Empresa: Empresa Folha da Manhã S.A.
    - Objeto: Aquisição pela FDE de 5.200 (cinco mil e duzentas) assinaturas anuais do jornal “Folha de São Paulo”, destinados às escolas da Rede Estadual de Ensino do Estado de São Paulo – Projeto Sala de Leitura
    - Prazo: 365 dias
    - Valor: R$ 2.581.280,00
    - Data de Assinatura: 01/08/2011.
    (*Primeiro comunicado no DO em 23/julho/2011)
  • 17/agosto/2011 Estadão
    - Contrato: 15/00624/11/04
    - Empresa: S/A. O Estado de São Paulo
    - Objeto: Aquisição pela FDE de 5.200 assinaturas anuais do jornal “O Estado de São Paulo”, destinados às escolas da Rede Estadual de Ensino do Estado de São Paulo – Projeto Salas de Leitura.
    - Prazo: 365 dias
    - Valor: R$ 2.748.616,00
    - Data de Assinatura: 01-08-2011.
    (*Primeiro comunicado no DO em 23/julho/2011)

Total: R$ 9.074.936,00.
Você pode comparar os valores e quantidades dos anos anteriores nas tabelas deste texto.

Extenuado de tanto firmar tão bons acordos pedagógicos, o presidente da FDE, José Bernardo Ortiz Monteiro, como faz qualquer funcionário público, foi ter uns dias de férias lá na Europa.
Oh là là
!

Alvíssaras, confrades.

PS – Agradeço ao gentil comentarista desta casa,
em texto sobre os contratos do Estado (leia-se José Serra via Prodesp)
com a empresa de escutas/grampos e que tais,
Fence Consultoria, que escreveu o seguinte:
Para achar coisa do PSDB é uma aranha,
mas contra o petismo é mosca morta

A ele nossa inteira concordância.
Há mesmo seres mutantesem todas as esferas.
Por exemplo, caro comentarista:
por vezes alguns são uma araponga, mas em outras também um tucano.




E quem chora as vítimas do imperialismo americano?

11 de Setembro de 2011, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

E quem chora as vítimas do imperialismo americano???

Até quando o cinismo vai prevalecer…

Postado por Grupo Beatrice

http://grupobeatrice.blogspot.com/




Pentágono se lembra das ameaças

11 de Setembro de 2011, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

O comando militar dos EUA relacionou Brasil, Rússia, India e China como países que podem desestabilizar o mundo.

EUA pensam que além da ameaça do terrorismo, dos ataques cibernéticos e do desenvolvimento de programas atômicos no Irã e na Coréia do Norte, o crescimento de Brasil, Rússia, Índia e China também são uma ameaça aos EUA. As declarações são do chefe do Pentágono, Leon Panetta, que reafirmou que a obrigação dos EUA nas próximas décadas é defender o planeta das tentativas dos BRICS “em acabar com a estabilidade do mundo”.

O Pentágono ficará atento para que Brasil, Rússia, India e China não acabem “com a estabilidade no mundo”.

“Nós temos que cuidar para que eles não acabem com a estabilidade no mundo”, disse o Ministro da Defesa dos EUA, Leon Panetta (*), ao vivo em entrevista à PBS.

O chefe do Pentágono falou sobre os perigos para seu país nas próximas décadas. Além do terrorismo, ataques cibernéticos, da imprevisibilidade do Irã e da Coréia do Norte e das guerras no Iraque e no Afeganistão, o chefe da defesa americana relacionou o crescimento de uma série de potências.

“Países como Brasil, Índia e China, sem falar, é claro na Rússia e outros que representam um desafio para nós não só no plano de tentar cooperar com eles, mas também para evitar que eles não acabem com a estabilidade no mundo”, disse Panetta que ocupa o cargo há dois meses.

O interessante é no ano passado, quando os EUA aprovaram seu plano de desenvolvimento para os próximos 4 anos, Rússia e China não figuravam como focos importantes de ameaça militar.

Porém, as últimas conclusões dos analistas americanos, pelo visto, forçam os EUA a corrigir seu planos. Em especial, no relatório preparado pelo Pentágono para o Congresso norteamericano, mostra-se que, por exemplo, o setor militar chinês poderá, nos próximos 9 anos, alcançar o mesmo nivel de preparação e equipamentos que o dos EUA.

No mesmo documento afirma-se que a modernização das Forças Armadas chineses ocorre em tempo record. Entre as conquistas chinesas fala-se da construção de portaviões e a conclusão do desenvolvimento do primeiro caça chines o J-20, que usa a tecnologia de “avião fantasma”.

“O volume de investimentos da China em seu complexo militar-industrial, permite ao mesmo novas possibilidades militares que representam ameaça potencial à estabilidade militar na região” – disse o representante do Pentágono Michael Shiffeer.

Lembramos que de acordo com o o recente ranking de potencial militar no mundo do GlobalFirePower, os EUA seguem estáveis na primeira posição, sendo o país ue gastou 40% de todos os gastos militares realizados no mundo em 2010. O segundo lugar é ocupado pela Rússia, seguida pela China. (N.T.: O Brasil é ocupa o 11º lugar depois de Israel, em 10º, e a frente de Iran, 12º e Alemanha, 13º. A Índia é a 4ª colocada no ranking)

O chefe do Pentágono falou também sobre a Líbia ao declarar que os EUA estão extremamente interessados em descobrir a localização de Muamar Kaddafi. “Estamos procurando-o. Eu acho que ele se preparou para o fato de que, se necessário fosse, deixar o país. Ele pode ter feito isso. Agora, onde ele está concretamente, nós não sabemos”, concluiu Panetta.

O próprio Kaddafi desmentiu em transmissão de rádio que teria deixado o território da Líbia. “Quantos comboios, carregados de contrabandistas, comerciantes e pessoas comuns, a cada dia, cruzam nossas fronteiras com países vizinhos? Fala-se como se fosse a primeira vez que um comboio atravessa a fronteira com Niger“, disse Kaddafi.

Os representantes do Comitê Nacional de transição também afirmam que o Kaddafi encontra-se cercado numa área de 60 km, em território líbio.

(*) Leon Edward Panetta é o 23º e atual Secretário de Defesa dos Estados Unidos, servindo na administração do presidente Barack Obama desde 2011. Em 21 de junho, o Senado confirmou por unanimidade Panetta como Secretário da Defesa. Ele assumiu o cargo em 1 de julho. Antes de assumir o cargo, ele atuou como diretor da CIA. Como diretor da CIA, Panetta presidiu as operações que levaram à morte de Osama bin Laden.

Fonte: Vzgliad, Jornal Empresarial

Tradução: Sérgio Luís Bertoni, TIE-Brasil




O Globo comete ato falho e diz que socialite lidera movimento ‘Todos Juntos PELA Corrupção’

11 de Setembro de 2011, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

No rasto da recente manifestação “contra a corrupção” (mas que só vê o lado dos políticos corrompidos e nada diz sobre os empresários e lobistas corruptores) em Brasília, o jornal O Globo abriu espaço para a empresária Cristine Maza, que o jornalão apresenta como “uma das organizadoras do evento [contra a corrupção, que deve acontecer no Rio] que já conta com a adesão de cerca de 26 mil pessoas no Facebook“.

Só que o jornalão comete um ato falho (mais apropriadamente um lapsis linguae) e afirma que Maza é uma das cinco pessoas por trás do movimento Todos Juntos PELA Corrupção.

Realmente, empresários costumam se beneficiar da corrupção, mas O Globo não precisava escancarar, né?

Confira a imagem abaixo, retirada da página de O Globo na internet (Aviso: o mesmo erro está na versão impressa do jornal, na página 4 do primeiro caderno [conferi]).

Como se vê, o movimento é apenas contra os políticos, não quer a participação deles, mas O Globo se (e os) traiu quando disse que estão juntos PELA corrupção. Ou seja, a favor dela.

A página original na internet, você pode conferir aqui. Mas, caso eles corrijam o lapso revelador, aqui está um print dela: Todos Juntos PELA Corrupção.

Agora, se você está realmente CONTRA a corrupção…

Está sendo organizado pelo Eduardo Guimarães e o MSM um Ato Contra a Corrupção da Mídia, no dia 17 de setembro, sábado que vem,no Masp, em São Paulo. Clique aqui ara aderir ao evento no Facebook.

A corrupção é um dos problemas do Brasil, mas só existe corrupção porque existem corruptores.

Quando as corporações midiáticas apoiam manifestações contra a política e os políticos, elas repetem o papel que tiveram em 1964 e que levou o país à ditadura.

Por isso, quem luta contra a corrupção tem que lutar contra todos os envolvidos no problema: corruptos, corruptores e a mídia que ataca uns e acoberta outros.

fonte:http://blogdomello.blogspot.com/2011/09/o-globo-comete-ato-falho-e-diz-que.html




O Globo comete ato falho e diz que socialite lidera movimento ‘Todos Juntos PELA Corrupção’

11 de Setembro de 2011, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

No rasto da recente manifestação “contra a corrupção” (mas que só vê o lado dos políticos corrompidos e nada diz sobre os empresários e lobistas corruptores) em Brasília, o jornal O Globo abriu espaço para a empresária Cristine Maza, que o jornalão apresenta como “uma das organizadoras do evento [contra a corrupção, que deve acontecer no Rio] que já conta com a adesão de cerca de 26 mil pessoas no Facebook“.

Só que o jornalão comete um ato falho (mais apropriadamente um lapsis linguae) e afirma que Maza é uma das cinco pessoas por trás do movimento Todos Juntos PELA Corrupção.

Realmente, empresários costumam se beneficiar da corrupção, mas O Globo não precisava escancarar, né?

Confira a imagem abaixo, retirada da página de O Globo na internet (Aviso: o mesmo erro está na versão impressa do jornal, na página 4 do primeiro caderno [conferi]).

Como se vê, o movimento é apenas contra os políticos, não quer a participação deles, mas O Globo se (e os) traiu quando disse que estão juntos PELA corrupção. Ou seja, a favor dela.

A página original na internet, você pode conferir aqui. Mas, caso eles corrijam o lapso revelador, aqui está um print dela: Todos Juntos PELA Corrupção.

Agora, se você está realmente CONTRA a corrupção…

Está sendo organizado pelo Eduardo Guimarães e o MSM um Ato Contra a Corrupção da Mídia, no dia 17 de setembro, sábado que vem,no Masp, em São Paulo. Clique aqui ara aderir ao evento no Facebook.

A corrupção é um dos problemas do Brasil, mas só existe corrupção porque existem corruptores.

Quando as corporações midiáticas apoiam manifestações contra a política e os políticos, elas repetem o papel que tiveram em 1964 e que levou o país à ditadura.

Por isso, quem luta contra a corrupção tem que lutar contra todos os envolvidos no problema: corruptos, corruptores e a mídia que ataca uns e acoberta outros.

fonte:http://blogdomello.blogspot.com/2011/09/o-globo-comete-ato-falho-e-diz-que.html




O outro 11 de Setembro foi ainda mais brutal

10 de Setembro de 2011, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

Calcula-se que resultou em 40 mil mortos – tão covardes como as do World Trade Center, em Nova York.

A diferença é que, naquele caso, os americanos eram os agressores, ao menos colateralmente, alinhados em emoção e logística aos assassinos.

A América transforma hoje num parque de diversões, com direito a hot dog e souvenirs, o ground zero da barbárie perpetrada pela Al Qaeda, mas não se inquieta nem um pouco em lembrar a carnificina patrocinada pela Casa Branca no Chile que Pinochet assumiu.

11 de setembro de 1973: Salvador Allende, presidente eleito, é derrubado por um golpe militar tramado nos gabinetes de Washington e apoiado operacionalmente pela CIA.

Henry Kissinger, que era o ministro do Exterior (Secretário de Estado, se diz nos EUA) na administração Richard Nixon, já se resignou a confessar mil vezes a interferência americana na política chilena, com vistas a derrubar Salvador Allende.

Documentos referentes à Operação Condor – a conspiração que visava a extirpar a ferro e fogo os traços de qualquer resistência antiamericana do México para baixo – mostram que as ações clandestinas e ilegais tinham apoio da ditadura brasileira.

Me lembro que meu vizinho de andar, em Ipanema, um coronel que a gente desconfiava ser graduado agente do SNI, cruzou comigo no elevador dias antes do golpe em Santiago, maleta na mão, apressado, a caminho do exterior.

Pode ser só uma coincidência.

O presidente Allende era socialista – e um democrata. Ser socialista já bastava aos brucutus da reação para justificar a quebra da ordem democrática. A direita republicana dos EUA ajudou e bateu palmas. Jornalões brasileiros gostaram da faxina ideológica. Implantou-se uma ditadura fardada que fuzilava os dissidentes a sangue frio.

Os norte-americanos acham que os ditadores deles são melhores que os ditadores que são contra eles; que os mortos deles valem mais do que homens, mulheres e crianças que a América mata ou ajuda a matar.

No Chile ontem, no Iraque e no Afeganistão hoje.

Os americanos têm o mundo no umbigo.

Fonte: http://noticias.r7.com/blogs/nirlando-beirao/2011/09/08/o-outro-11-de-setembro-foi-ainda-mais-brutal/




A revolução em andamento na Islândia

10 de Setembro de 2011, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

Deena Stryker e Daily Kos

Um programa de rádio italiano falando sobre a revolução em andamento na Islândia é um exemplo impressionante do pouco que os meios de comunicação nos dizem sobre o resto do mundo. Os norte-americanos podem se lembrar de que no início da crise financeira de 2008, a Islândia declarou-se literalmente em falência. As razões são citadas apenas superficialmente, e desde então, esse membro pouco conhecido da União Européia voltou a cair no esquecimento. Como os países europeus vão caindo um após o outro, colocando o euro em perigo, com repercussões para todo o mundo, a última coisa que os poderes desejam é que o caso da Islândia se transforme em um exemplo. A seguir, eis por quê.

Cinco anos de um regime puramente neoliberal fizeram da Islândia (população de 320 mil pessoas, sem exército), um dos países mais ricos do mundo. No ano de 2003, todos os bancos do país foram privatizados e, num esforço para atrair investidores estrangeiros, ofereceram empréstimos em linha, cujos custos mínimos lhes permitiram oferecer taxas relativamente altas de rendimentos. As contas, chamadas de “icesave”, atraíram muitos pequenos investidores ingleses e holandeses; mas, à medida que os investimentos cresceram, isso também aconteceu com a dívida dos bancos estrangeiros. Em 2003, a dívida da Islândia era igual a 200 vezes o seu PIB, mas em 2007 ela chegou a 900 vezes. A crise financeira mundial de 2008 foi o golpe de graça. Os três principais bancos islandeses, Landbanki, Kapthing e Glitnir, quebraram e foram nacionalizados, enquanto que a coroa islandesa perdeu 85% do seu valor em relação ao euro. No final do ano, a Islândia se declarou falida.

Contrariamente ao que se poderia esperar, a crise deu lugar à recuperação dos direitos soberanos dos islandeses, através de um processo de democracia direta participativa, que finalmente conduziu a uma nova Constituição, mas depois de muita dor.

Geir Haarde, o Primeiro-Ministro de um governo de coalizão social democrata, negociou 2,1 bilhões de dólares em empréstimos, aos quais os países nórdicos acrescentaram outros 2,5 bilhões. Contudo, a comunidade financeira estrangeira pressionava a Islândia para impor medidas drásticas. O FMI e a União Européias queriam assumir o controle da sua dívida, alegando que era o único caminho para que o país pagasse seus débitos com a Holanda e a Inglaterra, que tinham prometido reembolsar seus cidadãos.

Os protestos e os distúrbios continuaram e, finalmente, obrigaram o governo a renunciar. A eleições foram antecipadas para abril de 2009, resultando na vitória de uma coalizão de esquerda que condenava o sistema econômico neoliberal, mas que de imediato cedeu às demandas de que a Islândia deveria pagar de 3,5 bilhões de euros. Isso requereria que cada cidadão islandês pague 100 euros por mês (perto de 130 dólares) durante 15 anos, com 5.5% de juros, para pagar uma dívida contraída pelo setor privado. Foi a gota dágua.

O que aconteceu depois foi extraordinário. A crença de que os cidadãos tinham que pagar pelos erros de um monopólio financeiro e que a toda uma nação deveria se impor o pagamento de dividas privadas se desmanchou, transformou-se a relação entre os cidadãos e suas instituições políticas e finalmente conduziu os líderes da Islândia para o lado de seus eleitores. O chefe de estado, Olafur Ragnar Grimsson, negou-se a ratificar a lei que fazia os cidadãos islandeses responsáveis pela sua dívida bancária, e aceitou os chamados para um referendum.

Obviamente, a comunidade internacional só aumentou a pressão sobre a Islândia. A Grã-Bretanha e a Holanda ameaçaram com represálias terríveis e isolar o país. Como os islandeses foram votar, os banqueiros estrangeiros ameaçaram bloquear qualquer ajuda do FMI. O governo britânico ameaçou congelar as poupanças e as contas correntes islandesas. Como disse Grimsson, “nos disseram que se nos negássemos a aceitar as condições da comunidade internacional, nos transformariam na Cuba do Norte. Mas, se tivéssemos aceitado, nos teriam convertido no Haiti do Norte”. Quantas vezes tenho escrito que, quando os cubanos vem o estado lamentável do seu vizinho Haiti, podem considerar-se afortunados?

No referendum de março de 2010, 93% votou contra a devolução da dívida. O FMI imediatamente congelou seus empréstimos, mas a revolução (ainda que não tenha sido televisada nos EUA) não se deixou intimidar. Com o apoio de uma cidadania furiosa, o governo iniciou investigações cíveis e criminais em relação aos responsáveis pela crise financeira. A Interpol emitiu uma ordem internacional de detenção para o ex-presidente de Kaupthing, Sigurdur Einarsson, assim como também para outros banqueiros implicados que fugiram do país.

Mas os islandeses não pararam aí: Decidiu-se redigir uma nova constituição que libere o país do poder exagerado das finanças internacionais e do dinheiro virtual (a que estava em vigor tinha sido escrita no momento em que a Islândia se tornou independente da Dinamarca, em 1918, e a única diferença com a constituição dinamarquesa era que a palavra presidente tinha sido substituída pela de “rei”.

Para escrever a nova constituição, o povo da Islândia elegeu vinte e cinco cidadãos entre 522 adultos que não pertenciam a nenhum partido político, mas recomendados por pelo menos trinta cidadãos. Esse documento não foi obra de um punhado de políticos, mas foi escrito na Internet. As reuniões dos constituintes foram transmitidas online, e os cidadãos podiam enviar seus comentários e sugestões vendo o documento, que ia tomando forma. A Constituição que eventualmente surgirá desse processo democrático participativo será apresentada ao Parlamento para sua aprovação depois das próximas eleições.

Alguns leitores lembrarão do colapso agrário da Islândia no século IX, que é citado no livro de Jared Diamond, com esse mesmo nome. Hoje em dia, esse país está se recuperando de seu colapso financeiro de formas em tudo contrárias às que eram consideradas inevitáveis, como confirmou ontem a nova diretora do FMI, Chistine Lagarde, a Fared Zakrie. Ao povo da Grécia disseram que a privatização de seu setor público é a única solução. Os da Itália, Espanha e Portugal enfrentam a mesma ameaça.

Deveria se olha para a Islândia. Ao negar a submeter-se aos interesses estrangeiros, esse país indicou claramente que o povo é soberano.

É por isso que ele não aparece nos noticiários.

Fonte: http://www.rebelion.org/noticia.php?id=134656&titular=la-revolución-en-curso-de-islandia-

Tradução do espanhol: Renzo Bassanetti

Nota: A Islândia ainda não faz parte da União Europeia, embora estejam a ser efectuadas negociações nesse sentido




A revolução em andamento na Islândia

10 de Setembro de 2011, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

Deena Stryker e Daily Kos

Um programa de rádio italiano falando sobre a revolução em andamento na Islândia é um exemplo impressionante do pouco que os meios de comunicação nos dizem sobre o resto do mundo. Os norte-americanos podem se lembrar de que no início da crise financeira de 2008, a Islândia declarou-se literalmente em falência. As razões são citadas apenas superficialmente, e desde então, esse membro pouco conhecido da União Européia voltou a cair no esquecimento. Como os países europeus vão caindo um após o outro, colocando o euro em perigo, com repercussões para todo o mundo, a última coisa que os poderes desejam é que o caso da Islândia se transforme em um exemplo. A seguir, eis por quê.

Cinco anos de um regime puramente neoliberal fizeram da Islândia (população de 320 mil pessoas, sem exército), um dos países mais ricos do mundo. No ano de 2003, todos os bancos do país foram privatizados e, num esforço para atrair investidores estrangeiros, ofereceram empréstimos em linha, cujos custos mínimos lhes permitiram oferecer taxas relativamente altas de rendimentos. As contas, chamadas de “icesave”, atraíram muitos pequenos investidores ingleses e holandeses; mas, à medida que os investimentos cresceram, isso também aconteceu com a dívida dos bancos estrangeiros. Em 2003, a dívida da Islândia era igual a 200 vezes o seu PIB, mas em 2007 ela chegou a 900 vezes. A crise financeira mundial de 2008 foi o golpe de graça. Os três principais bancos islandeses, Landbanki, Kapthing e Glitnir, quebraram e foram nacionalizados, enquanto que a coroa islandesa perdeu 85% do seu valor em relação ao euro. No final do ano, a Islândia se declarou falida.

Contrariamente ao que se poderia esperar, a crise deu lugar à recuperação dos direitos soberanos dos islandeses, através de um processo de democracia direta participativa, que finalmente conduziu a uma nova Constituição, mas depois de muita dor.

Geir Haarde, o Primeiro-Ministro de um governo de coalizão social democrata, negociou 2,1 bilhões de dólares em empréstimos, aos quais os países nórdicos acrescentaram outros 2,5 bilhões. Contudo, a comunidade financeira estrangeira pressionava a Islândia para impor medidas drásticas. O FMI e a União Européias queriam assumir o controle da sua dívida, alegando que era o único caminho para que o país pagasse seus débitos com a Holanda e a Inglaterra, que tinham prometido reembolsar seus cidadãos.

Os protestos e os distúrbios continuaram e, finalmente, obrigaram o governo a renunciar. A eleições foram antecipadas para abril de 2009, resultando na vitória de uma coalizão de esquerda que condenava o sistema econômico neoliberal, mas que de imediato cedeu às demandas de que a Islândia deveria pagar de 3,5 bilhões de euros. Isso requereria que cada cidadão islandês pague 100 euros por mês (perto de 130 dólares) durante 15 anos, com 5.5% de juros, para pagar uma dívida contraída pelo setor privado. Foi a gota dágua.

O que aconteceu depois foi extraordinário. A crença de que os cidadãos tinham que pagar pelos erros de um monopólio financeiro e que a toda uma nação deveria se impor o pagamento de dividas privadas se desmanchou, transformou-se a relação entre os cidadãos e suas instituições políticas e finalmente conduziu os líderes da Islândia para o lado de seus eleitores. O chefe de estado, Olafur Ragnar Grimsson, negou-se a ratificar a lei que fazia os cidadãos islandeses responsáveis pela sua dívida bancária, e aceitou os chamados para um referendum.

Obviamente, a comunidade internacional só aumentou a pressão sobre a Islândia. A Grã-Bretanha e a Holanda ameaçaram com represálias terríveis e isolar o país. Como os islandeses foram votar, os banqueiros estrangeiros ameaçaram bloquear qualquer ajuda do FMI. O governo britânico ameaçou congelar as poupanças e as contas correntes islandesas. Como disse Grimsson, “nos disseram que se nos negássemos a aceitar as condições da comunidade internacional, nos transformariam na Cuba do Norte. Mas, se tivéssemos aceitado, nos teriam convertido no Haiti do Norte”. Quantas vezes tenho escrito que, quando os cubanos vem o estado lamentável do seu vizinho Haiti, podem considerar-se afortunados?

No referendum de março de 2010, 93% votou contra a devolução da dívida. O FMI imediatamente congelou seus empréstimos, mas a revolução (ainda que não tenha sido televisada nos EUA) não se deixou intimidar. Com o apoio de uma cidadania furiosa, o governo iniciou investigações cíveis e criminais em relação aos responsáveis pela crise financeira. A Interpol emitiu uma ordem internacional de detenção para o ex-presidente de Kaupthing, Sigurdur Einarsson, assim como também para outros banqueiros implicados que fugiram do país.

Mas os islandeses não pararam aí: Decidiu-se redigir uma nova constituição que libere o país do poder exagerado das finanças internacionais e do dinheiro virtual (a que estava em vigor tinha sido escrita no momento em que a Islândia se tornou independente da Dinamarca, em 1918, e a única diferença com a constituição dinamarquesa era que a palavra presidente tinha sido substituída pela de “rei”.

Para escrever a nova constituição, o povo da Islândia elegeu vinte e cinco cidadãos entre 522 adultos que não pertenciam a nenhum partido político, mas recomendados por pelo menos trinta cidadãos. Esse documento não foi obra de um punhado de políticos, mas foi escrito na Internet. As reuniões dos constituintes foram transmitidas online, e os cidadãos podiam enviar seus comentários e sugestões vendo o documento, que ia tomando forma. A Constituição que eventualmente surgirá desse processo democrático participativo será apresentada ao Parlamento para sua aprovação depois das próximas eleições.

Alguns leitores lembrarão do colapso agrário da Islândia no século IX, que é citado no livro de Jared Diamond, com esse mesmo nome. Hoje em dia, esse país está se recuperando de seu colapso financeiro de formas em tudo contrárias às que eram consideradas inevitáveis, como confirmou ontem a nova diretora do FMI, Chistine Lagarde, a Fared Zakrie. Ao povo da Grécia disseram que a privatização de seu setor público é a única solução. Os da Itália, Espanha e Portugal enfrentam a mesma ameaça.

Deveria se olha para a Islândia. Ao negar a submeter-se aos interesses estrangeiros, esse país indicou claramente que o povo é soberano.

É por isso que ele não aparece nos noticiários.

Fonte: http://www.rebelion.org/noticia.php?id=134656&titular=la-revolución-en-curso-de-islandia-

Tradução do espanhol: Renzo Bassanetti

Nota: A Islândia ainda não faz parte da União Europeia, embora estejam a ser efectuadas negociações nesse sentido




Sobre o ataque da Microsoft à soberania nacional: Wikileaks, Microsoft, ODF e OpenXML

9 de Setembro de 2011, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

Há alguns dias fomos todos surpreendidos com um documento encontrado no CableGate, trocado entre a embaixada norte americana no Brasil e o Governo Norte Americano em 2007. De acordo com este documento, a Microsoft fazia gravíssimas acusações contra o governo brasileiro, e apesar de ter se feito de ‘tolinha’ pelo relato da reunião, pedia indiretamente uma intervenção do Governo Norte Americano para frear o avanço do ODF no Brasil, conseguir o apoio brasileiro para a aprovação do OpenXML na ISO, frear a parceria entre o comitê técnico brasileiro e demais comitês internacionais que discutiam o padrão, reduzir a influência do Brasil no debate internacional sobre o OpenXML, além de acusar o Ministério das Relações Exteriores e a Casa Civil de estarem executando uma campanha anti-americana. Pior do que isso, insinuam ainda que o ODF é um padrão anti-americano !

Eu estava envolvido até o pescoço com tudo isso naquela época e tenho aqui todos os detalhes de bastidores que causaram esta reunião entre a Microsoft e o Embaixador Americano e posso afirmar categoricamente: Foi SIM um pedido velado de intervenção.

Como esclarecimento inicial, o XML citado de forma incompleta no documento é o OpenXML (o Open deve ter sido suprimido por quem relatou a reunião).

Para contextualizar o documento, é importante lembrar que começamos a trabalhar na avaliação do OpenXML no Brazil no início de 2007, e que votamos “NÃO” à aprovação do padrão em Setembro. O resultado desta votação foi a rejeição do padrão com mais de 3 mil defeitos técnicos apontados. Mesmo assim, de forma surpreendente, o SC34 resolveu agendar uma reunião de 5 dias para Março de 2008 em Genebra na Suiça para ‘discutirmos os mais de 3 mil problemas técnicos’. Esta reunião se chamou Ballot Resolution Meeting (BRM) e existe farta documentação em meu blog sobre ela e o seu resultado final, de mudança de voto surpreendente e aprovação do padrão.

Gostaria de deixar claro aqui que não acredito que esta reunião entre Microsoft e o representante maior do Governo Norte Americano no Brasil tenha sido uma iniciativa individual do Sr. Michel Levy, mas que tenha sido uma iniciativa da corporação. Apesar de funcionário da Microsoft o Sr. Michel Levy é brasileiro, e prefiro não acreditar que ele tenha, por iniciativa própria, decidido se esforçar para colocar o Governo Norte Americano contra o Governo Brasileiro, desrespeitando assim nossa soberania nacional e nosso mérito técnico.

A primeira pergunta que deixo aqui é em quantos outros países que votaram NÃO ao OpenXML o mesmo aconteceu, e quais destes países “acataram”um eventual puxão de orelha por parte do governo norte americano.

Sim, o puxão de orelha pode mesmo ter ocorrido, pois se notarem a linha geral do discurso usado aqui no Brasil, a decisão técnica nacional é apresentada como sendo algo contra os Direitos de Propriedade Intelectual (IPR), e uma das coisas que causam retaliação nos acordos de livre comércio com os Estados Unidos são as violações à Propriedade Intelectual. Estou cansado de colecionar boatos aqui dos tempos de OpenXML, onde possíveis sanções motivadas por estas violações foram trazidas à mesa para a negociação dos votos de governo em alguns países (se seu país mudou de voto depois de Setembro de 2007, pode investigar que vai encontrar um papel ‘chave’ para o governo nesta mudança de voto). Quem sabe um dia o Wikileaks nos ajuda a investigar de forma aprofundada isso também !

Ainda sobre a motivação da reunião, acho cômico o fato de que no último parágrafo do documento esta escrito que a Microsoft não estava pedindo ajuda ao Governo Norte Americano, e duvido que no meio diplomático veríamos ali algo como “a Microsoft veio pedir ajuda pelo amor de Deus, pois estes malditos nativos Sul Americanos estão estragando tudo !”… Se não foi para pedir ajuda, por que motivo fizeram a reunião ? Seria o Embaixador Americano um psicólogo especializado em frustrações corporativas ? Será que ele é blogueiro secreto de algum site internacional de fofoca ?

Se ele deu ‘conselhos’ à Microsoft no Brasil, será que ele pode também me dar os números da Mega Sena se eu for até lá ?

Voltando ao documento, fico imensamente irritado ao ver a Microsoft afirmar que o Governo Brasileiro estava pressionando a ABNT para adotar o ODF. A Microsoft era membro do comitê da ABNT na época, e tenho aqui uma ata de reunião a empresa concorda com a abertura do processo para a adoção do padrão ODF no Brasil. Fui o responsável por este processo dentro da ABNT e contamos com colaboração de diversos órgãos de governo e empresas privadas, seguindo todas as regras internas da ABNT, sem pressão alguma e o pior de tudo: todo o processo foi feito com acompanhamento da Microsoft, que era membro do comitê e optou por não nos ajudar com o trabalho de tradução do padrão  para o português do Brasil.

A Microsoft sabia que o Brasil mantém uma tradição dentro da ABNT de que não são adotadas no Brasil as normas internacionais que contaram com o voto de rejeição do Brasil na ISO. Em outras palavras, se a tradição não for quebrada, o OpenXML jamais será adotado no Brasil ! (e isso no final de 2007 era uma catástrofe para a empresa, que estava jogando pesado tudo o que podia para conseguir o carimbo da ISO no OpenXML).

Para piorar a situação, a troca de informações entre membros dos comités técnicos que avaliavam o OpenXML era constante, e ao ver que o Brasil tinha dado um voto NÃO muito bem embasado tecnicamente, foi natural começarmos a receber por aqui pedidos de colaboração de diversos membros de outros comitês. Eu mesmo perdi a conta do número de pessoas e comitês com quem me correspondi durante aqueles meses. Claro que novamente isso incomodava demais a empresa, pois passamos a distribuir por aí pontos de argumentação para os quais eles nunca teriam uma resposta aceitável, e isso estava de fato complicando bastante a vida deles para manipular o jogo no mundo todo.

Não vou comentar aqui as acusações feitas ao Ministério das Relações Exteriores, mas digo apenas que se o ministério se manifestou internacionalmente sobre os fatos da época, esta foi uma decisão soberana e devia ser aceita por todos (e aceitar não significa concordar ou aprovar). Trabalhar contra um posicionamento destes é trabalhar contra a soberania nacional, e isso é inadmissível !

Acho interessante ver como o mundo dá voltas, e ver que as pessoas que a Microsoft acusa de serem anti americanas, são atualmente o Ministro da Defesa (Celso Amorim) e a nossa Presidenta da República (Dilma Russef), que é acusada ainda de ser contra os direitos de propriedade intelectual. Espero que a assessoria de ambos leiam o documento, para que fique clara a imagem que a Microsoft tem dos dois !

Para finalizar, tentam ainda insinuar que o ODF é um padrão anti americano. Confesso que gostaria muito de saber o que a IBM, Oracle, Google e Red Hat (entre outras empresas americanas) pensam sobre o padrão, uma vez que trabalham há alguns anos em seu desenvolvimento e adoção. Na verdade eu prefiro que estas empresas expliquem diretamente ao Governo Norte Americano se o ODF é ou não anti-americano, e espero ainda que elas peçam esclarecimentos ao governo do seu país sobre atividades similares da Microsoft em outros países durante os anos de 2007 e 2008.

Para quem não acompanhou a história toda, o ODF foi adotado no Brasil, o OpenXML rejeitado por aqui e só não tivemos um papel maior no cenário internacional pois fomos calados no último dia do BRM, justo quando iriamos apresentar uma proposta que mudaria o final desta história. Já contei esta história aqui.

Obrigado ao WikiLeaks, por nos ajudar a começar a tirar os esqueletos do armário. Para quem quiser entender como a Microsoft trata e negocia com países que possuem políticas pró Software Livre, vale a pena ler este outro cable aqui. Divirtam-se !

Fonte: Homembit.com




Com ou sem nota?

9 de Setembro de 2011, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

Por Walter Hupsel | On The Rocks

Em 7 de setembro, dia em que se comemora a independência do Brasil,  passeatas contra a corrupção tomaram as ruas de várias cidades. Segundo seus organizadores, o movimento teria tomado força por conta da absolvição da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF).

Pauta mais que legítima. A corrupção é um mal que assola o país, e pior, é um dos problemas cuja exata dimensão não se tem. Revela uma crise das instituições, mina os poderes e drena uma imensidão de dinheiro que deveria ser aplicado em áreas essenciais.

Se corrompe porque se acredita que outros farão o mesmo, que o dinheiro drenado não seria usado como deveria. Isso se espalha e, muitas vezes, é visto como estratégia de sobrevivência. Uma “equalização” das vantagens comparativas.

Mas, a passeata foi mesmo contra o que? Pela saída de Jaqueline (que, na sua defesa alega que os fatos de corrupção foram anteriores ao mandato e que, logo, não poderia ser julgada)? Contra o voto secreto no Congresso, que possibilitou a camaradagem dos deputados na absolvição da colega? Ou contra os políticos em geral?

Eles, os organizadores, respondem: “guerra contra o mau político, contra a corrupção que assola nas esferas federal, estaduais e municipais, contra as obras superfaturadas, contra as licitações viciadas e fraudulentas, contra os desvios de verbas…”

Pois é. “Contra a corrupção”, contra todos,  é difuso, não tem alvo. Mas carrega, subliminarmente, que é contra a corrupção de agentes do Estado, em especial do Legislativo e do Executivo (curiosamente, no discurso, o Judiciário sequer é citado. Este poder que, muitas das vezes, é tolerante com a corrupção alheia).

Mas, ao mesmo tempo, os organizadores parecem se esquecer que existe a corrupção porque existe o corrupto e o corruptor, e que este último não é — via de regra — agente público. E quem é o corruptor? Quem também é responsável pela drenagem de recursos que afeta toda a população? Os “políticos”? Sim, também, mas não só!

É, por exemplo, aquele médico que tem dois preços, que ao final da consulta pergunta se o paciente vai querer nota. Se quiser, o preço é maior, claro, pois terá que pagar imposto.

O quanto de imposto deixa de ser pago assim? Mas, para o médico que cobra mais barato sem a nota, isso pouco importa já que ele joga na vala comum o dinheiro dos tributos: “Não pago porque vão roubar em Brasília”. E o paciente pede sem nota. E as grandes doadoras de dinheiro para as campanhas políticas, as construtoras e outras concessionárias de serviços públicos? São altruístas?

E se pensarmos nos comerciantes que sonegam, não emitem nota fiscal, podem vender seus produtos mais baratos que o concorrente “honesto”. Assim, vende mais, ganhando mercado da concorrência. Esta, por sua vez, ou se conforma com a perda relativa de mercado ou passa a usar a mesma estratégia, evitando os impostos pra vender mais barato ao consumidor. Questão de sobrevivência.

As passeatas contra a corrupção,  em que pese sua legitimidade, padecem de foco, de um alvo concreto. E, exatamente por isso, escolhe o caminho mais fácil: aponta o dedo para os outros, para os “políticos em geral”, e se “esquece” de pedir a nota no consultório.

Mas tudo bem, resolvemos isso pagando um cafezinho para o guarda, que é camarada e me deixa estacionar aqui por alguns minutos. E dormiremos tranquilamente.




O outro 11 de setembro

9 de Setembro de 2011, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

Devemos, também, analisar o 11 de setembro de 1973, quando um golpe militar derrubou o governo da Unidade Popular chilena

A velha imprensa vem dedicando grande espaço para falar do 11 de setembro de 2001, quando ocorreu o ataque contra as torres do World Trade Center, em Nova Iorque.

Nós da esquerda devemos analisar aqueles fatos e suas repercussões.

Mas devemos, também, analisar o 11 de setembro de 1973, quando um golpe militar derrubou o governo da Unidade Popular chilena.

Hoje, em diferentes países da América Latina, as forças de esquerda enfrentam dilemas estratégicos parecidos com aqueles enfrentados pela “via chilena para o socialismo”.

Por exemplo:

1. Os Estados Unidos (e seus aliados) continuam se opondo a governos que busquem democracia, bem-estar social, soberania nacional e integração da região. E não têm compromisso efetivo com a legalidade institucional e eleitoral, nem tampouco com a soberania e autodeterminação dos povos;

2. A grande burguesia segue alérgica a pagar os “custos sociais” de uma elevação constante na qualidade de vida do povo. E, por isto mesmo, está sempre disposta a financiar e participar de movimentos oposicionistas, desestabilizadores e golpistas;

3. As camadas médias seguem tratadas como massa de manobra, ideológica, social, política e eleitoral, dos setores conservadores. Os que têm algo a perder, mesmo que seja relativamente pouco, são mobilizados contra os que têm menos ainda, em defesa dos que têm muito mais do que necessitam;

4. As forças armadas e a alta burocracia estatal não são neutras. Sua origem social, seu processo de seleção, treinamento e funcionamento resultam num comportamento geneticamente conservador;

5. Na política, a indústria de cultura e comunicação equivale ao papel da indústria de armamentos para a guerra. O controle das televisões, rádios, jornais, revistas, editoras de livros, provedores e sítios eletrônicos ajuda na mobilização de hoje e forja as mentes de amanhã;

6. Não adianta pintar-se de ouro. Mesmo que a esquerda abra mão, na teoria e na prática, do socialismo e da revolução, ainda assim a direita vai enxergar intenções comunistas por trás de cada política compensatória. E agirá conforme esta visão;

7. A Europa demonstrou que não é possível a coexistência de longo prazo entre capitalismo, bem-estar social, democracia e paz. Na América Latina, os limites da social-democracia e do reformismo são ainda maiores;

8. É decisivo não confundir estratégia com tática, assim como medir a correlação de forças faz toda a diferença. Mas correlação de forças não é pretexto para a imobilidade. Correlação se altera. E se não a alteramos em nosso favor, eles a alteram em favor deles.

A “via chilena” não desembocou no socialismo. E, até hoje pelo menos, não conseguimos construir uma “via eleitoral” para sair do capitalismo.

Por outro lado, a combinação entre luta ideológica, mobilização social, auto-organização das classes trabalhadoras e disputa eleitoral produziu uma situação política inédita na América Latina e em muitos dos países da região.

E isto está ocorrendo numa situação internacional também inédita: ampla hegemonia das relações capitalistas e, por isto mesmo, uma brutal crise do capitalismo neoliberal.

Nessas condições, a América Latina pode ser não apenas território de resistência ou de um capitalismo não-neoliberal. Pode ser, também, espaço de construção de uma alternativa ao capitalismo.

Motivos de sobra para estudar e aprender com a experiência da Unidade Popular chilena.

Valter Pomar é dirigente nacional do PT e secretário executivo do Foro de São Paulo

Texto publicado no blog http://valterpomar.blogspot.com/