O Movimento Música para Baixar - MPB é uma inciativa para conectar diversas áreas relacionadas como: música, arte tecnologia e comunicação colaborativa e espalhar suas propostas para o âmbito de diversos territórios, levando suas propostas para o maior numero de pessoas, extrapolando as fronteiras de um determinado gênero musical.
Tudo sobre a minha palestra “A Música no Mundo Digital” Por Leoni
12 de Agosto de 2009, 0:00 - sem comentários aindaEncontrei, via Twitter, esse blog muito legal sobre a minha palestra e queria dividir com vocês.
Quem acessar a página ainda vai poder ouvir tudo que eu disse. É claro que não poderão ver os slides que ilustram a palestra. Mas eu prometo que vou colocar trechos de vídeo aqui em breve. Mas, para compensar, ela postou várias fotos do evento.
A blogueira, Diana Pádua, tem 26 anos, mora em Guarapari – ES, trabalha como Gestora 2.0 na LCA promo e estuda Gestão da Comunicação Estratégica.
Sem mais delongas:
Workshop com o Leoni – A música no mundo digital
Posted by Diana Pádua | Posted in Eventos, Música | Posted on 09-08-2009
Ontem (08/08/09), fui assistir ao workshop do cantor e compositor Leoni, sobre a Música no Mundo Digital.
Promovido pela UVV (Universidade de Vila Velha), o projeto é desenvolvido em parceria da universidade com Edu Henning, da Banda Clube Big Beatles, e faz parte do projeto Sócio de Carteirinha, em que um artista nacional de destaque canta sucessos dos Beatles com a Banda Big Beatles no Spírito Jazz (casa excelente em Vitória, e com a qual estou trabalhando também para um outro projeto. Mais informações em breve! ). O projeto já trouxe também o cantor e compositor George Israel, do Kid Abelha, o cantor Léo Jaime, Zé Renato, do Boca Livre, e o saxofonista Léo Gandelman.
Bom, foi uma palestra excelente: bom conteúdo, boas (novas) informações, boa música.
Leoni começou contando um pouco sobre sua carreira, no Kid Abelha, nos Heróis da Resistência, e na carreira solo, além de suas parcerias com artistas como Cazuza, Paralamas do Sucesso, Barão Vermelho, Ney Matogrosso, enfim…
Depois, compartilhou sua visão de que “Fã não é pirata”, a favor dos downloads gratuitos, e falou de vários projetos em que participa, como o MPB (Música Pra Baixar), movimento contrário à Lei Azeredo, que tipifica crimes na internet, além do PEC (Projeto de Emenda Constitucional) que pretende acabar com o imposto sobre a música. Para quem não sabe, livros e revistas estão livres de impostos, e isso não acontece na música. Por isso aquelas revistas bastante comuns de 5 páginas com um CD “gratuito”, por um preço um tantinho alto: o preço é para pagar os custos de produção, mas para se fugir do imposto, fazem uma publicação mínima, que custa uns 15 reais.
Enfim, voltando. Um dos pontos bastante falados na palestra foi as alternativas existentes (para o artista e o compositor) para ganhar dinheiro, sem depender das vendas de CDs e DVDs. Duas que me chamaram a atenção foram o ArtistShare, um projeto muito legal (quase exclusivamente para artistas de jazz) que cria “pacotes” de produtos dos artistas para vendas. Exemplo: se você comprar o pacote 1, você tem direito a baixar vídeos de making-of. Mas existem pacotes bem mais caros e exclusivos para apenas uma pessoa, que irá inclusive jantar com o artista, ser convidado para todos os shows do artista, participar das gravações, enfim…
O outro serviço que me chamou a atenção é o Spotify, um serviço legal de streaming, que te permite ouvir qualquer música, inclusive offline, pagando 10 dólares por mês. A discussão agora é se o aplicativo desenvolvido por eles para iPhone/iPod Touch será aceito pela Apple, já que é um forte concorrente para o iTunes.
Bom, melhor do que eu tergiversando aqui (chique, não? Nunca achei que eu fosse usar a palavra “tergiversar“), é ouvir a palestra todinha. É só clicar no play e pronto!
Nova MPB presente na Feira da Música em Fortaleza – 19 a 22 de agosto
12 de Agosto de 2009, 0:00 - sem comentários aindaFonte: http://www.oteatromagico.mus.br/novo/notices/view/243
Nesta edição, a Feira carrega como um dos temas centrais: “Música, tecnologia e ambientes da Web”, e, por isso, o movimento Música para Baixar estará em Fortaleza para participar desse importante evento que ocorrerá de 19 a 22 de agosto.
No dia 19 de agosto (quarta-feira), das 10h às 12h – no centro de negócios do SEBRAE, Av. Monsenhor Tabosa, 777 – Praia de Iracema, acontecerá o Grupo de Trabalho Música para Baixar. A oficina consiste em apresentar o Movimento Música Para Baixar (MPB), seus objetivos, propostas e metodologia.
O MPB está em construção e nasce da necessidade de envolver economicamente mais grupos culturais desse país, não com a lógica do mercado excludente, mas com uma nova relação na criação, produção e uso da música, apontando para os conceitos e práticas da economia solidária. Atualmente, há uma grande demanda de diferentes agentes culturais no sentido da geração de renda a partir daquilo que criam. Necessidade, também, de rever a prática do “jabá” nos veículos de comunicação, o que corrompe e atrapalha o desenvolvimento de manifestações culturais em nosso país.
Também será parte da oficina problematizar sobre a atual legislação autoral, o papel das entidades representativas dos diversos agentes culturais e sua relação com as novas tecnologias.
Animarão o GT os (as) artivistas e articuladores (as) do MPB, Jaqueline Fernandes (Brasília), comunicadora e produtora cultural; Gustavo Anitelli (São Paulo), sociólogo e produtor executivo da trupe O Teatro Mágico; Juca Culatra (Belém), músico e diretor executivo do Casarão Cultural Floresta Sonora, e Everton Rodrigues (Porto Alegre), educador popular, técnico e consultor em tecnologias livres.
No dia 20 de agosto (quinta-feira), às 18h acontece o painel “Conferência Nacional de Comunicação, Direito e Cidadania na Era Digital”, onde o MPB será representado por Leoni, cantor e compositor. Estarão no debate Marcelo Inácio, jornalista e coordenador da Agência Abraço de Comunicação e Daniel Fonseca, jornalista e representante do INTERVOZES e da Comissão Pró-Conferência do Ceará (CPC-CE). O local será o Centro de Negócios do SEBRAE – Av. Monsenhor Tabosa, 777.
Além disso, todos (as) os (as) representantes do MPB estarão presentes nas reuniões e debates, articulando pela realização de um encontro nacional da música, defendendo que o direito autoral seja efetivamente uma das pautas prioritárias para o próximo período, e que na conferência nacional da comunicação e da cultura possamos aprofundar mais ainda o debate dessas questões.
Também será tarefa da representação do MPB levar a discussão sobre os perigos das propostas de projetos de controle da Internet, que atacam a interatividade e diminuem a liberdade de comunicação alcançada na rede, prejudicando os novos modelos de negócios da música em pleno desenvolvimento, perspectiva importante à criação de ferramentas para a democratização do acesso à comunicação e ao conhecimento, elementos indispensáveis à diversidade musical.
Convocamos a todas as interessadas e todos os interessados a participarem desses debates conosco.
Informações:
http://www.feiramusica.com.br/
http://musicaparabaixar.org.br
Everton Rodrigues – everton@softwarelivre.org
As críticas mais frequentes ao download gratuito – e algumas ponderações
6 de Agosto de 2009, 0:00 - sem comentários aindaPor Leoni – http://musicaliquida.blogspot.com/2009/08/as-criticas-mais-frequentes-ao-download.html
Com o artigo sobre o Música Para Baixar no Globo e sua sequência no blog do Jamari França senti que muitas críticas são repetidas por falta de informação e que a conversa não pode passar para um outro nível no qual possamos colaborar efetivamente porque temos que explicar tudo de novo sobre alguns assuntos que se tornaram motivo de brigas. Temos que sair do confronto para podermos entrar na colaboração e negociação.
Baseado no que foi escrito por lá, resolvi escrever uma pequena cartilha de Críticas Frequentes. Acho que será útil para enriquecer nossas discussões.
Lá vai:
• Gravar custa dinheiro, portanto o download não pode ser gratuito – dizer que não pode é feito brigar contra a Lei da Gravidade. No mundo digital todo o cuidado é inútil, a música vai vazar e ser gratuita – o mesmo já acontece com jornais, filmes, livros etc. Mas isso não significa que não haja outras formas de se ganhar dinheiro além do CD e do download. Tentar controlar só vai gerar uma internet vigiada, diminuir nossa privacidade e conduzir toda a população conectada para a ilegalidade.
• Os artistas não estão tão preocupados por que podem fazer shows, mas e o compositor? Esse não pode permitir o download gratuito – O compositor vai continuar ganhando onde o artista ainda ganha – shows e execução pública – e vai perder onde o artista já perdeu – venda de CDs. E não há muito mais que possa ser feito. A receita de todo mundo diminuiu e o compositor vai ter que se adequar a essa realidade.
• Baixar música de graça é o mesmo que entrar numa loja e roubar uma calça – na internet o que você está baixando é uma cópia que não custou nenhum centavo à gravadora. E que vai ser distribuída sem custo para as mesmas. Quanto a dizer que se perde venda com cada download, posso dizer que nem sempre é verdade. Pelo menos não vejo como provar. As pessoas baixam muito mais músicas do que comprariam, mesmo se tivessem dinheiro para tal. Elas querem conhecer antes de gastar dinheiro. Esse busca pode acabar gerando vendas.
• Ninguém vai continuar fazendo música sem ser remunerado – Desse jeito só os amadores, realmente. Só vai continuar na profissão quem estiver atento aos novos modelos e possibilidades e encontrar um jeito de se financiar, seja através dos fãs – o que inclui shows, merchandising, vendas de música etc. -, seja com anúncios, patrocinadores etc. Os outros vão abandonar o barco, com certeza. Essa, inclusive, será uma forma de filtrar essa avalanche de artistas que a democratização das novas mídias criou.
• A pirataria existe porque o CD é caro – não era caro quando não tínhamos outra opção. É mais barato do que sair para jantar com a namorada e dura mais – às vezes até mais que o namoro! A escassez faz o preço subir. O problema é que hoje existem muitas outras formas de se chegar à música. Ela não é mais escassa e aí quem determina o preço é o consumidor – e esse não quer pagar por um produto ruim como o CD. Melhorando a embalagem uma parte dos consumidores pode retornar.
• Compartilhar arquivos digitais é pirataria – Pirataria é obter vantagens financeiras com o trabalho de outras pessoas sem compensá-las por isso. Essa é a opinião dos advogados do site Consultor Jurídico. Fã não é pirata, é divulgador.
• Isso tudo é muito bonito mas esses negócios na internet não se sustentam ou são passageiros – é, em grande parte, verdade. A maioria não se sustenta mesmo, mas alguns se sustentam muito bem como o Google – que é gratuito e ganha uma fortuna com anúncios. É uma época de experimentação e muita coisa ainda vai dar errado. Mas é melhor experimentar que tentar manter um modelo que já não se sustenta faz tempo. Por isso é preciso se informar e aprender com o que vem dando resultado, ao invés de tentar segurar o tempo com as mãos. Um importante motivo para que esses novos negócios não se desenvolvam é a ação da RIAA e das editoras. Elas querem recuperar de uma vez a queda de suas receitas e acabam estrangulando o que poderia ser sua galinha dos ovos de ouro como o YouTube, MySpace, iMeem, Pandora, Spotify etc. Cobrar menos de muito mais gente é bem mais sensato que tentar criar uma escassez artificial e cobrar muito de poucos.
Se vocês tiverem mais dessas Críticas Frequentes, por favor, nos enviem para que possamos anexar à cartilha.
Re-Mecânica da Palavra
5 de Agosto de 2009, 0:00 - sem comentários aindadia 13 de agosto cuiabá sediará pré lançamento do movimento Música Para Baixar – MPB. Movimento nacional do segmento musical que alia princípios de tecnologias livre, direito autoral flexível, cultura colaborativa, cultura livre, cultura digital, enfim, o movimento é libertário e se norteia por princípios autogestionários. Uma espécie de “faça você mesmo”, com um avanço para o “façamos nós mesmos”. Um contraponto ao capitalismo voraz, uma atitude frente ao mundo insano do consumismo desenfreado e inconsequente.
Dia 13 é um marco para a cultura cuiabana e matogrossense, pois remonta a um evento-movimento de 1983 que, demarcou o início da arte urbana e contemporânea por essas bandas de cá. O evento promete e está mobilizando muita gente.
osviralata estarão lá mandando ver com seu show de conceito multicultural acompanhado pelas violas caipiras dos irmãos Balbino & Ferreira.
Universitário americano é mais um condenado em processo movido pela RIAA
1 de Agosto de 2009, 0:00 - sem comentários aindaPor Leoni – http://musicaliquida.blogspot.com/2009/07/universitario-americano-e-mais-um.html
Joel Tanembaum, um universitário americano, foi condenado a pagar $ 675,000.00 por compartilhar 30 músicas – $ 22,500.00 por música – através de serviços P2P como o Kazaa e o Limewire.
O jovem foi pessimamente orientado por seus advogados e se tornou mais uma vítima da política de terror que as gravadoras tentam criar nos Estados Unidos. Joel já declarou que, se o veredicto for confirmado, ele e sua família terão que pedir falência pessoal.
O julgamento pôde ser acompanhado pelo Twitter e pelo seu site www.joelfightsback.com. Mas acabou que Joel não lutou, confessou ter mentido sob juramento, disse que baixou e distribuiu músicas e ficou feliz em ter sua sentença reduzida em quase $ 4 milhões – o pedido inicial era de $ 4,5 milhões.
O que se tira do que foi dito e publicado nos sites que se manifestaram sobre o caso é que a RIAA tem hoje processos contra 40.000 pessoas e que preferem investir contra pessoas mais humildes para criar um clima de que “podia ser com qualquer um, até com você”. Se eles se concentrassem nos peixes grandes, os usuários comuns de sites de compartilhamento de arquivos iriam se sentir seguros. Assim eles esperam que o medo seja maior que a vontade de baixar músicas.
Algumas considerações:
* Até que esse clima seja criado – isso vai levar tempo – provavelmente o download já não vai ter mais a mesma importância. Com o Spotify entrando no mercado americano no fim desse ano deve-se notar uma intensificação da tendência de migração do download para o streaming on-demand.
* Quando é que artistas americanos vão tomar partido e cerrar fileiras com seus fãs?
* Com um bom advogado a história teria sido outra. Afinal não cabe à RIAA provar o tamanho do prejuízo que o Joel causou? Como é que se avalia isso? Como é que se prova que os downloads ilegais realmente causam dano à indústria? Hoje se baixa muito mais música do que se compraria antigamente, mesmo que se tivesse dinheiro para tal. Um expert econômico poderia contestar os argumentos das gravodoras. Nada disso foi feito e uma grande oportunidade de se criar jurisprudência foi perdida.
* Para que isso não aconteça por aqui, assine e divulgue o Manifesto Música Para Baixar e se posicione contra a Lei Azeredo.