O Movimento Música para Baixar - MPB é uma inciativa para conectar diversas áreas relacionadas como: música, arte tecnologia e comunicação colaborativa e espalhar suas propostas para o âmbito de diversos territórios, levando suas propostas para o maior numero de pessoas, extrapolando as fronteiras de um determinado gênero musical.
A internet e o grande saxofonista Casé (José Ferreira Godinho Filho)
22 de Julho de 2009, 0:00 - Um comentárioPor Fernando Barros
Os 10 mandamentos da música 2.0
20 de Julho de 2009, 0:00 - sem comentários ainda
Fonte: http://bleffepoprock.blogspot.com/2009/06/os-10-mandamentos-da-musica-20.html
O Blog Músicalíquida traduziu os 10 Mandamentos da Música 2.0 que o site HyperBot divulgou pra “obediência” de todos os atores da Cadeia Produtiva da Música.
Reproduzimos a tradução abaixo
Confira e dê a sua opinião…
1. Não adorarás falsos profetas – Nem contrato com gravadora nem o Auto-Tune são teus salvadores
2. Só servirás a um Deus – Ele (ou Ela) se chama O Fã.
3. Darás música de graça – Como Jesus e o pedaço de pão, dá ao seu rebanho um presente para que eles o multipliquem enquanto o passam adiante
4. Não roubarás – Se apoderar de uma levada é uma coisa, mas roubar…
5. Escreverás teu blog – Teu rebanho quer saber o que estás fazendo.
6. Criarás perfis – Onde teu rebanho estiver, tu deves estar.
7. Postarás tuas fotos – No palco, fora dele e em qualquer fase de qualquer projeto.
8. Uploadearás teus vídeos – Os grandes, os pequenos e todos os outros.
9. Dividirás: Teus shows, tuas idéias, dividirás com teus fãs.
10. Faz aos outros o que queres que façam a ti mesmo – Tu encontras as mesmas pessoas no caminho para baixo que encontrastes no caminho para cima.
Quem baixa música não é pirata, é divulgador!
18 de Julho de 2009, 0:00 - sem comentários aindaFonte: http://blog.colunaextra.com.br/2009/07/quem-baixa-musica-nao-e-pirata-e.html
Circula desde o dia 8 de julho na internet e já soma mais de 900 assinaturas, o manifesto do movimento Música para Baixar, criado com a finalidade de “debater e agir na flexibilização das leis da cadeia produtiva, para que estas não só assegurem nossos direitos de autor, mas também a difusão livre e democrática da música”. “Quem baixa música não é pirata, é divulgador!”, afirma o manifesto. A iniciativa partiu do blog Música Líquida, do cantor e compositor Leoni (@Leoni_a_Jato) e do designer Marcelo Pereira e foi encampada por outros artistas.
Leia o manifesto completo.
Manifesto movimento Música para Baixar
É a partir do surgimento da democratização da comunicação pela rede cibernética, que a conjuntura na música muda completamente.
Um mundo acabou. Viva o mundo novo!
O que antes era um mercado definido por poucos agentes, detentores do monopólio dos veículos de comunicação, hoje se transformou numa fauna de diversidade cultural enorme, dando oportunidade e riqueza para a música nacional – não só do ponto de vista do artista e produtor(a), como também do usuário(a).
Neste sentido, formamos aqui o movimento Música para Baixar: reunião de artistas, produtores(as), ativistas da rede e usuários(as) da música em defesa da liberdade e da diversidade musical que circula livremente em todos os formatos e na Internet.
Quem baixa música não é pirata, é divulgador! Semeia gratuitamente projetos musicais.
Temos por finalidade debater e agir na flexibilização das leis da cadeia produtiva, para que estas não só assegurem nossos direitos de autor(a), mas também a difusão livre e democrática da música.
O MPB afirma que a prática do “jabá” nos veículos de comunicação é um dos principais responsáveis pela invisibilidade da grande maioria dos artistas. Por isso, defendemos a criminalização do “jabá” em nome da diversidade cultural.
O MPB irá resistir a qualquer atitude repressiva de controle da Internet e às ameaças contra as liberdades civis que impedem inovações. A rede é a única ferramenta disponível que realmente possibilita a democratização do acesso à comunicação e ao conhecimento, elementos indispensáveis à diversidade de pensamento.
Novos tempos necessitam de novos valores. Temas como economia solidária, flexibilização do direito autoral, software livre, cultura digital, comunicação comunitária e colaborativa são aspectos fundamentais para a criação de possibilidades de uma nova realidade a quem cria, produz e usa música.
O MPB irá promover debates e ações que permitam aos agentes desse processo, de uma forma mais ampla e participativa, tornarem-se criadores(as) e gestores(as) do futuro da música.
O futuro da música está em nossas mãos. Este é o manifesto do movimento Música Para Baixar.
Já assinei o manifesto (assinatura de número 930). Para assinar, clique aqui
Novos tempos necessitam de novos valores
17 de Julho de 2009, 0:00 - sem comentários ainda(postado por Dr. Zappia) – http://timpanos.wordpress.com/2009/07/14/movimento-musica-para-baixar-mpb/
Como eu disse, sou um grande defensor da música independente. Conheço a dificuldade dos verdadeiros artistas, de enorme talento, que não conseguem sequer sobreviver com seus pequenos shows, apresentações em bares e alguns festivais, principalmente pela falta de espaço que o artista “não comercial” possui. E essa “falta de espaço” não é absoluta – pois não há limites objetivos para a criação musical – ela é causada pelo esmagamento que o mercado da música exerce sobre esse universo, tentando e usando de todas as forças para ocupá-lo o máximo possível.
A criminalização dos downloads de música na internet é fruto dessa hegemonia. Quem fatura bilhões com a produção artística alheia não quer faturar milhões. Essa chamada pirataria é uma invenção, uma piada de mal gosto, e convenceram você de que baixar uma mp3 do seu artista favorito é um crime contra ele. Crime? Porque você “deixou” de comprar o CD original? E quem não tinha a intenção de comprar de qualquer forma? Que cálculo bizarro de “prejuízo” é esse e que prejuízo enorme é esse que, mesmo em meio a uma gigantesca crise econômica mundial, as gravadoras não registram nenhum pedido de falência ou mesmo demitem funcionários? Queda de receita? A indústria das máquinas de escrever também sofreu bastante com a invenção do computador. Novos tempos exigem novos valores.
Deixando o lado financeiro de lado e partindo do ponto de vista do autor (músico compositor/intérprete), que mal pode lhe causar a divulgação gratuita e sincera de seu trabalho? Foi somente através da internet e dos “piratas” que grandes bandas como Arctic Monkeys e O Teatro Mágico (pra citar um nacional) chegaram ao conhecimento do público e tiveram suas portas abertas. E é interessante perceber que essas bandas sem rótulo têm qualidade, e que qualidade!
Mais do que música, há no cenário independente um verdadeiro movimento, exigindo as mudanças tão temidas pela turma partidária do eterno status quo.
É neste contexto que vários artistas (Leoni, a trupe do Teatro Mágico, Zélia Duncan, Roger do Ultraje a Rigor e outros) lançaram um manifesto na net, através do site do Movimento Música Para Baixar (MPB) que propõe a discussão dessas questões e, ao invés de tentar combater a internet, criar mecanismos para conviver com a inovação.
Assim, se VOSSA SENHORIA se sensibiliza com os anseios de um grupo, junte-se às vozes que ecoam pelos quatro cantos da internet e assine digitalmente a petição do manifesto no link abaixo:
http://www.petitiononline.com/mpb/petition.html
É isso.
Início positivo para o MPB, para o futuro da música, com muitos desafios à frente.
17 de Julho de 2009, 0:00 - sem comentários ainda<!-- @page { margin: 2cm } P { margin-bottom: 0.21cm } A.western:link { so-language: zxx } A.ctl:link { so-language: zxx } -->
Por Everton Rodrigues
Após realizarmos o 1º fórum do movimento Música Para Baixar, faz-se necessária uma reflexão sobre os avanços, e também um dimensionamento dos desafios que se apresentam a partir do instante em que decidimos nos envolver com outras pessoas para debater e agir na melhoria da cadeia produtiva da música.
Antes de tudo, é preciso referir que mobilizar pessoas que vivem da música é uma tarefa um tanto complexa. Isso porque, historicamente, a indústria cultural, da qual a maioria dos músicos faz parte, desenvolveu uma concepção de que: “quem vive da música não é uma pessoa qualquer”.
A pessoa que vive da música não tem sequer um valor por sua hora de trabalho, como qualquer outra pessoa que trabalhe em qualquer outra área. Dessa forma, a grande maioria que entrou para o ramo da música sonha com fama, muito dinheiro, luxo e que encontrará todas as portas abertas por onde passe.
Claro que ficar rico com a música é possível. Mas é possível para poucos que estão alinhados com as margens de lucro da indústria cultural, organizada majoritariamente pelos monopólios dos veículos de comunicação, pelas gravadoras, editoras e sociedades arrecadadoras. Quem não estiver nesse esquema do jabá está fora, e sua obra não poderá circular. Claro que defendo que as pessoas possam viver muito bem da música, e isso é o mínimo.
Entretanto, toda essa forma com que a indústria cultural vem trabalhando está em profunda crise, reflexo também da crise mundial pela qual passamos. Ou seja, tudo que as pessoas produzem tem um único objetivo: transformar-se em mercadoria para ser vendida, e, em última instância, produzir lucro.
O MPB já nasce em um momento especial, em uma conjuntura interessante. Um ano em que irão acontecer boas “coisas” para a música e de preparação para muitas outras novidades.
O ano de 2009 nos chama à reflexão sobre a música. É o ano de aniversário de 40 anos de Woodstock (aconteceu de 15 a 18 de agosto de 1969). É o ano de aniversário de 10 anos do Fórum Internacional de Software Livre onde nasceu o movimento Música Para Baixar. É o ano da conquista da 1ª Conferência Nacional de Comunicação (http://www.proconferencia.com.br/). É o ano onde nasce o movimento de articulação em defesa da 1ª Conferência Nacional da Música.
É o ano em que a mãe Jammie Thomas Rasset, de 32 anos e quatro filhos, foi condenada pelo tribunal americano a pagar US$ 1,9 milhão por baixar 24 músicas na Internet. É o ano em que o Parlamento Federal Brasileiro quer punir, com até três anos de prisão, quem baixar música. É o ano de preparação da 2ª Conferência Nacional de Cultura que acontecerá em março de 2010. É o ano de preparação aos 10 anos do Fórum Social Mundial. É o ano da maior crise mundial econômica e da indústria cultural.
Esse é o ano do nascimento do movimento Música Para Baixar (MPB). Sim! Queremos provocar e fazer um trocadilho com a antiga MPB cujo modelo beneficia apenas algumas pessoas, e nós queremos mudar isso.
Em seis meses de vida, o movimento MPB está crescendo muito porque se propõe como espaço não somente para especialistas da música, mas para quem cria, produz e usa todos os gêneros da música. Ou seja, é um movimento amplo e que, por essência, não discrimina nenhum agente da música, e defende conviver como diferentes idéias desde que pretenda realmente construir uma nova relação de trabalho que seja mais justa para todas as partes envolvidas.
Após o encontro em Porto Alegre, lançamos o manifesto do movimento Música Para Baixar, e, em 8 dias, alcançamos mais de 800 assinaturas. Dentro dessas adesões, temos o cantor e compositor Leoni (http://www.leoni.art.br/ e http://musicaliquida.blogspot.com) que é uns dos principais articuladores do movimento. Também outros artistas importantes como Zélia Duncan (www.zeliaduncan.com.br), Ritchie (www.ritchie.com.br), Roger Rocha Moreira da banda Ultraje a rigor (http://www.ultraje.com), Trupe o Teatro Mágico (http://www.oteatromagico.mus.br/novo/), Banda Bataclã FC (www.bataclafc.com.br), Banda Sol na Garganta do Futuro (http://www.solnagargantadofuturo.com.br/), Fernando Rosa (http://www.senhorf.com.br), Banda Coyote Guará (www.coyoteguara.com.br), Nei Lisboa (http://www.neilisboa.com.br/), Moysés Lopes das bandas Camerata Brasileira e Sombrero Luminoso (www.moyseslopes.mus.br), Juca Culatra da banda Juca Culatra e Power Trio (http://www.myspace.com/jucaculatrapowertrio) e Eduardo Ferreira da banda Osviralata e colaborador do OverMundo, Marcelo Branco coordenador da Associação Software Livre.org (www.softwarelivre.org), Ellen Oléria, Cantora e Compositora (http://sapatariadf.wordpress.com/), Kaline Lima, Rapper, Banda Nuvens (http://www.nuvens.net/), GOG, Rapper e Poeta (http://gograpnacional.com.br/), Casarão cultural (http://grioproducoes.blogspot.com/), Pedro Jatobá (Diretor de Ações Culturais do Instituto Intercidadania (http://www.intercidadania.org.br/), Sergio Amadeu da Silveira, sociólogo e ativista do software livre (http://samadeu.blogspot.com/), , Cabeto Rocker – Pas.colato-Músico/Produtor Cultural, Mateus Zimmermann, Jornalista, designer editorial e fotógrafo (www.mateus.jor.br), Sociedade de Usuários da Tecnologia Java – SouJava (http://www.soujava.org.br), Richard Serraria, Compositor, músico, poeta e ativista (http://vilabrasilcodigolivre.blogspot.com/), Pontão de Cultura Digital Ganesha ( www.projetoganesha.org.br) e tantas outras bandas e ativistas que estão se articulando no MPB.
Com a idéia de regionalizar, saímos de Porto Alegre com o objetivo de articular debates sobre música para baixar na Feira da Música de Fortaleza (http://www.feiramusica.com.br/), que acontecerá de 19 a 22 de agosto. Além disso, iremos articular debates com esses temas na feira da música que acontecerá entre novembro e dezembro desse ano no RS, e também queremos debater o tema na feira Música Brasil no final do ano. Estamos ainda planejando um seminário nacional do MPB para debater o direito autoral, e diversos outros debates pelo Brasil. Além disso, o MPB está se somando ao movimento pró-conferência nacional da música. Iremos nos articular para participar de todas as etapas da Conferência Nacional de Comunicação e das etapas da conferência nacional de cultura.
Em Cuiabá (MT), artistas locais irão lançar o MPB durante o REMECÂNICA DA PALAVRA, que acontecerá no dia 13 de agosto. No dia 26 de agosto, em Vitória (ES), na Conferencia Regional de Comunicação, o MPB estará representado para o debate produção cultural e comunicação. Nos dias 19 e 20 de setembro, teremos debate em Florianópolis articulado pelo Pontão de cultura Ganesha. Ainda estamos planejando o 1º Festival de Música Para Baixar.
Além disso, estamos firmes em combater “qualquer atitude repressiva de controle da Internet e as ameaças contra as liberdades civis que impedem inovações. A rede é a única ferramenta disponível que realmente possibilita a democratização do acesso à comunicação e ao conhecimento, elementos indispensáveis à diversidade de pensamento”, como está em nosso manifesto.
Muito importante é poder ler no manifesto MPB: “Novos tempos necessitam de novos valores. Temas como economia solidária, flexibilização do direito autoral, software livre, cultura digital, comunicação comunitária e colaborativa são aspectos fundamentais para a criação de possibilidades de uma nova realidade a quem cria, produz e usa música”, e isso é fundamental para o movimento.
Entretanto, sentimos dificuldades de mobilizar as pessoas para os nossos debates, pois entendemos que isso é fruto de uma sociedade hegemonizada pela idéia do espetáculo, onde se cria a consciência de que os artistas são integrantes de uma classe superior com direitos especiais. Diante disso, é possível dizer que o movimento entende que a arte não deve ser tratada como se fosse semente transgênica, passível de ser propriedade de alguns, e que provoca danos ao ambiente planetário.
Estamos ainda no início do processo, e temos muito trabalho pela frente. È como o Leoni defende: “o artista de hoje tem toda a liberdade do mundo, mas, em contrapartida, muito trabalho. Os artistas não podem mais ser crianças mimadas, devem, sim, partir para cuidar dos seus negócios de fato”.
Essa idéia é fundamental e vai de encontro com algo que os artistas ainda não sabem fazer: a autogestão da suas obras. Está aí mais uma questão. É preciso que artistas façam a gestão das suas obras sem trabalhar de forma alienada, onde sempre alguém precisa resolver tudo no processo de gravação, shows e distribuição das suas músicas.
Sim, um outro mundo é possível para todas as pessoas e para quem vive da música também. Para mudar nossa realidade é preciso de protagonismo, de atitudes sem medos. Por isso, é importante agir, seja escrevendo, articulando, cantando, gritando e assinando o manifesto Música Para Baixar. Assine e mobilize outras pessoas para assinar. Acesse aqui e assine: http://musicaparabaixar.org.br/?page_id=9