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Comunidade do Movimento Música para Baixar - MPB

20 de Junho de 2009, 0:00 , por Software Livre Brasil - | Ninguém está seguindo este artigo ainda.

O Movimento Música para Baixar - MPB é uma inciativa para conectar diversas áreas relacionadas como: música, arte tecnologia e comunicação colaborativa e espalhar suas propostas para o âmbito de diversos territórios, levando suas propostas para o maior numero de pessoas, extrapolando as fronteiras de um determinado gênero musical.

 


A internet e o grande saxofonista Casé (José Ferreira Godinho Filho)

22 de Julho de 2009, 0:00, por Software Livre Brasil - 1Um comentário

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Por Fernando Barros

Mais que um grande saxofonista, Casé (José Ferreira Godinho Filho) tornou-se um mito entre os músicos e os amantes da música instrumental. Nascido em Guaxupé (MG), em 1932, foi encontrado morto em novembro de 1978, num hotel da Boca do Lixo, em São Paulo. O corpo machucado, as paredes do quarto ensanguentadas, cenário de um caso jamais elucidado, ajudaram a reforçar o mistério em torno dos 46 anos de vida de Casé.
Era um músico fora do comum, referência para colegas e críticos – João Donato, Paulo Moura, Dick Farney, Elis Regina, Tim Maia, Roberto Muggiati, Tárik de Souza, entre muitos outros. Tocando jazz ao sax alto, deixava boquiabertos colegas americanos; tocando choro ao clarinete, deixava estonteados aqueles que o imaginavam exclusivamente jazzista.
Nunca, porém, se valeu da sua genialidade para investir em marketing pessoal. Gostava de pescar, era quieto e capaz de trocar propostas tidas como irrecusáveis para integrar-se a orquestras de baile no interior.
Deixou poucas gravações.
Esse perfil fez aumentar dia a dia uma série de histórias fantásticas atribuídas a Casé. Sua trajetória – o menino que, vestindo calça curta tornou-se o primeiro saxofonista da orquestra da Rádio Tupi em 1945; o rapazote que aos 20 anos foi tocar em Bagdá; o mestre para quem não fazia diferença tocar num teatro luxuoso ou num inferninho -, nada disso sensibilizou inicialmente a indústria de livros (ao contrário, o desprezo à fama e à grana manifestado pelo protagonista pareceu irritar alguns reis da cocada).
Foram quatro anos de trabalho independente, 70 entrevistas, personagens maravilhosos de uma geração que, sem tecnologia, fazia excelente música ao vivo.
- Põe na rede – aconselhou um amigo, conhecedor das entranhas do mundo editorial.
Eureca! Foi para o ar www.saxofonistacase.blogspot.com. Um resultado fabuloso, amplo. Resposta rápida, novas interlocuções, novos horizontes. Músicos jovens em contato com um panorama de vida e profissão por eles desconhecido, reencontro de profissionais da antiga, velhos pés-de-valsa comovidos, um movimentado intercâmbio, uma grande confraternização.
Como, sem internet, seria possível ler uma história enquanto se ouvem solos memoráveis do personagem central? Como o baterista brasileiro radicado na Suécia desde 1964 acabaria se correspondendo com o baixista japonês com quem tocara em São Paulo 47 anos atrás? Como o blogueiro da Espanha, fã do baixista norte-americano Major Holley, acharia finalmente, faixas gravadas no Brasil em 1958 por seu ídolo junto com Casé, o pianista Moacyr Peixoto e o baterista Jimmy Campbell?
Se as grandes gravadoras confessadamente tremem, outros impérios da indústria cultural ainda fingem indiferença diante da mudança de jogo provocada pela digitalização. Enquanto isso, a rede balança.


Os 10 mandamentos da música 2.0

20 de Julho de 2009, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

Fonte: http://bleffepoprock.blogspot.com/2009/06/os-10-mandamentos-da-musica-20.html

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O Blog Músicalíquida traduziu os 10 Mandamentos da Música 2.0 que o site HyperBot divulgou pra “obediência” de todos os atores da Cadeia Produtiva da Música.

Reproduzimos a tradução abaixo

Confira e dê a sua opinião…

1. Não adorarás falsos profetas – Nem contrato com gravadora nem o Auto-Tune são teus salvadores

2. Só servirás a um Deus – Ele (ou Ela) se chama O Fã.

3. Darás música de graça – Como Jesus e o pedaço de pão, dá ao seu rebanho um presente para que eles o multipliquem enquanto o passam adiante

4. Não roubarás – Se apoderar de uma levada é uma coisa, mas roubar…

5. Escreverás teu blog – Teu rebanho quer saber o que estás fazendo.

6. Criarás perfis – Onde teu rebanho estiver, tu deves estar.

7. Postarás tuas fotos – No palco, fora dele e em qualquer fase de qualquer projeto.

8. Uploadearás teus vídeos – Os grandes, os pequenos e todos os outros.

9. Dividirás: Teus shows, tuas idéias, dividirás com teus fãs.

10. Faz aos outros o que queres que façam a ti mesmo – Tu encontras as mesmas pessoas no caminho para baixo que encontrastes no caminho para cima.



Quem baixa música não é pirata, é divulgador!

18 de Julho de 2009, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

Fonte: http://blog.colunaextra.com.br/2009/07/quem-baixa-musica-nao-e-pirata-e.html

Circula desde o dia 8 de julho na internet e já soma mais de 900 assinaturas, o manifesto do movimento Música para Baixar, criado com a finalidade de “debater e agir na flexibilização das leis da cadeia produtiva, para que estas não só assegurem nossos direitos de autor, mas também a difusão livre e democrática da música”. “Quem baixa música não é pirata, é divulgador!”, afirma o manifesto. A iniciativa partiu do blog Música Líquida, do cantor e compositor Leoni (@Leoni_a_Jato) e do designer Marcelo Pereira e foi encampada por outros artistas.

Leia o manifesto completo.

Manifesto movimento Música para Baixar

É a partir do surgimento da democratização da comunicação pela rede cibernética, que a conjuntura na música muda completamente.

Um mundo acabou. Viva o mundo novo!

O que antes era um mercado definido por poucos agentes, detentores do monopólio dos veículos de comunicação, hoje se transformou numa fauna de diversidade cultural enorme, dando oportunidade e riqueza para a música nacional – não só do ponto de vista do artista e produtor(a), como também do usuário(a).

Neste sentido, formamos aqui o movimento Música para Baixar: reunião de artistas, produtores(as), ativistas da rede e usuários(as) da música em defesa da liberdade e da diversidade musical que circula livremente em todos os formatos e na Internet.

Quem baixa música não é pirata, é divulgador! Semeia gratuitamente projetos musicais.

Temos por finalidade debater e agir na flexibilização das leis da cadeia produtiva, para que estas não só assegurem nossos direitos de autor(a), mas também a difusão livre e democrática da música.

O MPB afirma que a prática do “jabá” nos veículos de comunicação é um dos principais responsáveis pela invisibilidade da grande maioria dos artistas. Por isso, defendemos a criminalização do “jabá” em nome da diversidade cultural.

O MPB irá resistir a qualquer atitude repressiva de controle da Internet e às ameaças contra as liberdades civis que impedem inovações. A rede é a única ferramenta disponível que realmente possibilita a democratização do acesso à comunicação e ao conhecimento, elementos indispensáveis à diversidade de pensamento.

Novos tempos necessitam de novos valores. Temas como economia solidária, flexibilização do direito autoral, software livre, cultura digital, comunicação comunitária e colaborativa são aspectos fundamentais para a criação de possibilidades de uma nova realidade a quem cria, produz e usa música.

O MPB irá promover debates e ações que permitam aos agentes desse processo, de uma forma mais ampla e participativa, tornarem-se criadores(as) e gestores(as) do futuro da música.

O futuro da música está em nossas mãos. Este é o manifesto do movimento Música Para Baixar.

Já assinei o manifesto (assinatura de número 930). Para assinar, clique aqui



Novos tempos necessitam de novos valores

17 de Julho de 2009, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

(postado por Dr. Zappia) – http://timpanos.wordpress.com/2009/07/14/movimento-musica-para-baixar-mpb/

Como eu disse, sou um grande defensor da música independente. Conheço a dificuldade dos verdadeiros artistas, de enorme talento, que não conseguem sequer sobreviver com seus pequenos shows, apresentações em bares e alguns festivais, principalmente pela falta de espaço que o artista “não comercial” possui. E essa “falta de espaço” não é absoluta – pois não há limites objetivos para a criação musical – ela é causada pelo esmagamento que o mercado da música exerce sobre esse universo, tentando e usando de todas as forças para ocupá-lo o máximo possível.

A criminalização dos downloads de música na internet é fruto dessa hegemonia. Quem fatura bilhões com a produção artística alheia não quer faturar milhões.  Essa chamada pirataria é uma invenção, uma piada de mal gosto, e convenceram você de que baixar uma mp3 do seu artista favorito é um crime contra ele. Crime? Porque você “deixou” de comprar o CD original? E quem não tinha a intenção de comprar de qualquer forma? Que cálculo bizarro de “prejuízo” é esse e que prejuízo enorme é esse que, mesmo em meio a uma gigantesca crise econômica mundial, as gravadoras não registram nenhum pedido de falência ou mesmo demitem funcionários? Queda de receita? A indústria das máquinas de escrever também sofreu bastante com a invenção do computador. Novos tempos exigem novos valores.

Deixando o lado financeiro de lado e partindo do ponto de vista do autor (músico compositor/intérprete), que mal pode lhe causar a divulgação gratuita e sincera de seu trabalho? Foi somente através da internet e dos “piratas” que grandes bandas como Arctic Monkeys e O Teatro Mágico (pra citar um nacional) chegaram ao conhecimento do público e tiveram suas portas abertas. E é interessante perceber que essas bandas sem rótulo têm qualidade, e que qualidade!

Mais do que música, há no cenário independente um verdadeiro movimento, exigindo as mudanças tão temidas pela turma partidária do eterno status quo.

É neste contexto que vários artistas (Leoni, a trupe do Teatro Mágico, Zélia Duncan, Roger do Ultraje a Rigor e outros) lançaram um manifesto na net, através do site do Movimento Música Para Baixar (MPB) que propõe a discussão dessas questões e, ao invés de tentar combater a internet, criar mecanismos para conviver com a inovação.

Assim, se VOSSA SENHORIA se sensibiliza com os anseios de um grupo, junte-se às vozes que ecoam pelos quatro cantos da internet e assine digitalmente a petição do manifesto no link abaixo:

http://www.petitiononline.com/mpb/petition.html

É isso.



Início positivo para o MPB, para o futuro da música, com muitos desafios à frente.

17 de Julho de 2009, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

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Por Everton Rodrigues

Após realizarmos o 1º fórum do movimento Música Para Baixar, faz-se necessária uma reflexão sobre os avanços, e também um dimensionamento dos desafios que se apresentam a partir do instante em que decidimos nos envolver com outras pessoas para debater e agir na melhoria da cadeia produtiva da música.

Antes de tudo, é preciso referir que mobilizar pessoas que vivem da música é uma tarefa um tanto complexa. Isso porque, historicamente, a indústria cultural, da qual a maioria dos músicos faz parte, desenvolveu uma concepção de que: “quem vive da música não é uma pessoa qualquer”.

A pessoa que vive da música não tem sequer um valor por sua hora de trabalho, como qualquer outra pessoa que trabalhe em qualquer outra área. Dessa forma, a grande maioria que entrou para o ramo da música sonha com fama, muito dinheiro, luxo e que encontrará todas as portas abertas por onde passe.

Claro que ficar rico com a música é possível. Mas é possível para poucos que estão alinhados com as margens de lucro da indústria cultural, organizada majoritariamente pelos monopólios dos veículos de comunicação, pelas gravadoras, editoras e sociedades arrecadadoras. Quem não estiver nesse esquema do jabá está fora, e sua obra não poderá circular. Claro que defendo que as pessoas possam viver muito bem da música, e isso é o mínimo.

Entretanto, toda essa forma com que a indústria cultural vem trabalhando está em profunda crise, reflexo também da crise mundial pela qual passamos. Ou seja, tudo que as pessoas produzem tem um único objetivo: transformar-se em mercadoria para ser vendida, e, em última instância, produzir lucro.

O MPB já nasce em um momento especial, em uma conjuntura interessante. Um ano em que irão acontecer boas “coisas” para a música e de preparação para muitas outras novidades.

O ano de 2009 nos chama à reflexão sobre a música. É o ano de aniversário de 40 anos de Woodstock (aconteceu de 15 a 18 de agosto de 1969). É o ano de aniversário de 10 anos do Fórum Internacional de Software Livre onde nasceu o movimento Música Para Baixar. É o ano da conquista da 1ª Conferência Nacional de Comunicação (http://www.proconferencia.com.br/). É o ano onde nasce o movimento de articulação em defesa da 1ª Conferência Nacional da Música.

É o ano em que a mãe Jammie Thomas Rasset, de 32 anos e quatro filhos, foi condenada pelo tribunal americano a pagar US$ 1,9 milhão por baixar 24 músicas na Internet. É o ano em que o Parlamento Federal Brasileiro quer punir, com até três anos de prisão, quem baixar música. É o ano de preparação da 2ª Conferência Nacional de Cultura que acontecerá em março de 2010. É o ano de preparação aos 10 anos do Fórum Social Mundial. É o ano da maior crise mundial econômica e da indústria cultural.

Esse é o ano do nascimento do movimento Música Para Baixar (MPB). Sim! Queremos provocar e fazer um trocadilho com a antiga MPB cujo modelo beneficia apenas algumas pessoas, e nós queremos mudar isso.

Em seis meses de vida, o movimento MPB está crescendo muito porque se propõe como espaço não somente para especialistas da música, mas para quem cria, produz e usa todos os gêneros da música. Ou seja, é um movimento amplo e que, por essência, não discrimina nenhum agente da música, e defende conviver como diferentes idéias desde que pretenda realmente construir uma nova relação de trabalho que seja mais justa para todas as partes envolvidas.

Após o encontro em Porto Alegre, lançamos o manifesto do movimento Música Para Baixar, e, em 8 dias, alcançamos mais de 800 assinaturas. Dentro dessas adesões, temos o cantor e compositor Leoni (http://www.leoni.art.br/ e http://musicaliquida.blogspot.com) que é uns dos principais articuladores do movimento. Também outros artistas importantes como Zélia Duncan (www.zeliaduncan.com.br), Ritchie (www.ritchie.com.br), Roger Rocha Moreira da banda Ultraje a rigor (http://www.ultraje.com), Trupe o Teatro Mágico (http://www.oteatromagico.mus.br/novo/), Banda Bataclã FC (www.bataclafc.com.br), Banda Sol na Garganta do Futuro (http://www.solnagargantadofuturo.com.br/), Fernando Rosa (http://www.senhorf.com.br), Banda Coyote Guará (www.coyoteguara.com.br), Nei Lisboa (http://www.neilisboa.com.br/), Moysés Lopes das bandas Camerata Brasileira e Sombrero Luminoso (www.moyseslopes.mus.br), Juca Culatra da banda Juca Culatra e Power Trio (http://www.myspace.com/jucaculatrapowertrio) e Eduardo Ferreira da banda Osviralata e colaborador do OverMundo, Marcelo Branco coordenador da Associação Software Livre.org (www.softwarelivre.org), Ellen Oléria, Cantora e Compositora (http://sapatariadf.wordpress.com/), Kaline Lima, Rapper, Banda Nuvens (http://www.nuvens.net/), GOG, Rapper e Poeta (http://gograpnacional.com.br/), Casarão cultural (http://grioproducoes.blogspot.com/), Pedro Jatobá (Diretor de Ações Culturais do Instituto Intercidadania (http://www.intercidadania.org.br/), Sergio Amadeu da Silveira, sociólogo e ativista do software livre (http://samadeu.blogspot.com/), , Cabeto Rocker – Pas.colato-Músico/Produtor Cultural, Mateus Zimmermann, Jornalista, designer editorial e fotógrafo (www.mateus.jor.br), Sociedade de Usuários da Tecnologia Java – SouJava (http://www.soujava.org.br), Richard Serraria, Compositor, músico, poeta e ativista (http://vilabrasilcodigolivre.blogspot.com/), Pontão de Cultura Digital Ganesha ( www.projetoganesha.org.br) e tantas outras bandas e ativistas que estão se articulando no MPB.

Com a idéia de regionalizar, saímos de Porto Alegre com o objetivo de articular debates sobre música para baixar na Feira da Música de Fortaleza (http://www.feiramusica.com.br/), que acontecerá de 19 a 22 de agosto. Além disso, iremos articular debates com esses temas na feira da música que acontecerá entre novembro e dezembro desse ano no RS, e também queremos debater o tema na feira Música Brasil no final do ano. Estamos ainda planejando um seminário nacional do MPB para debater o direito autoral, e diversos outros debates pelo Brasil. Além disso, o MPB está se somando ao movimento pró-conferência nacional da música. Iremos nos articular para participar de todas as etapas da Conferência Nacional de Comunicação e das etapas da conferência nacional de cultura.

Em Cuiabá (MT), artistas locais irão lançar o MPB durante o REMECÂNICA DA PALAVRA, que acontecerá no dia 13 de agosto. No dia 26 de agosto, em Vitória (ES), na Conferencia Regional de Comunicação, o MPB estará representado para o debate produção cultural e comunicação. Nos dias 19 e 20 de setembro, teremos debate em Florianópolis articulado pelo Pontão de cultura Ganesha. Ainda estamos planejando o 1º Festival de Música Para Baixar.

Além disso, estamos firmes em combater “qualquer atitude repressiva de controle da Internet e as ameaças contra as liberdades civis que impedem inovações. A rede é a única ferramenta disponível que realmente possibilita a democratização do acesso à comunicação e ao conhecimento, elementos indispensáveis à diversidade de pensamento”, como está em nosso manifesto.

Muito importante é poder ler no manifesto MPB: “Novos tempos necessitam de novos valores. Temas como economia solidária, flexibilização do direito autoral, software livre, cultura digital, comunicação comunitária e colaborativa são aspectos fundamentais para a criação de possibilidades de uma nova realidade a quem cria, produz e usa música”, e isso é fundamental para o movimento.

Entretanto, sentimos dificuldades de mobilizar as pessoas para os nossos debates, pois entendemos que isso é fruto de uma sociedade hegemonizada pela idéia do espetáculo, onde se cria a consciência de que os artistas são integrantes de uma classe superior com direitos especiais. Diante disso, é possível dizer que o movimento entende que a arte não deve ser tratada como se fosse semente transgênica, passível de ser propriedade de alguns, e que provoca danos ao ambiente planetário.

Estamos ainda no início do processo, e temos muito trabalho pela frente. È como o Leoni defende: “o artista de hoje tem toda a liberdade do mundo, mas, em contrapartida, muito trabalho. Os artistas não podem mais ser crianças mimadas, devem, sim, partir para cuidar dos seus negócios de fato”.

Essa idéia é fundamental e vai de encontro com algo que os artistas ainda não sabem fazer: a autogestão da suas obras. Está aí mais uma questão. É preciso que artistas façam a gestão das suas obras sem trabalhar de forma alienada, onde sempre alguém precisa resolver tudo no processo de gravação, shows e distribuição das suas músicas.

Sim, um outro mundo é possível para todas as pessoas e para quem vive da música também. Para mudar nossa realidade é preciso de protagonismo, de atitudes sem medos. Por isso, é importante agir, seja escrevendo, articulando, cantando, gritando e assinando o manifesto Música Para Baixar. Assine e mobilize outras pessoas para assinar. Acesse aqui e assine: http://musicaparabaixar.org.br/?page_id=9



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