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As mulheres na Campus Party Brasil 2015

18 de Fevereiro de 2015, 10:00 , por Adriana Costa - 0sem comentários ainda | Ninguém está seguindo este artigo ainda.
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Oi Pessoal!

Este ano  fui na CPBR8 e notei que na programação aparentemente tinham mais mulheres que no ano passado. Para tirar a dúvida resolvi comparar a programação de 2014 com a deste ano e  realmente havia muito mais mulheres palestrantes.

Como fiz esse levantamento? Acessei o site do ano passado e deste ano,  e fui contando dia a dia as palestras e painéis exclusivamente com mulheres.  No ano passado as mulheres participaram de 24 atividades considerando painéis e palestras, isso sem contar as atividades mistas com a participação de homem e mulher.

Em 2015, o número de palestras passou de 40, no entanto, se dividirmos as atividades em conteúdo técnico e não técnico esse número reduz bastante nos dois anos. Então podemos concluir que sim, a Campus teve um aumento considerável na participação das mulheres como palestrantes, porém, o número de palestras técnicas ainda é muito pequeno. Outro ponto que notei é que dentre as palestrantes a maior parte são de mulheres que trabalham em áreas que utilizam a tecnologia como meio, como por exemplo marketing, psicologia, recursos humanos e mídias sociais. Poucas são as mulheres que tem formação e carreira em áreas mais técnicas como engenharia e desenvolvimento de software.

Com essas informações em mãos é possível fazer um comparativo com os dados divulgados no ano passado sobre a quantidade de mulheres em grandes empresas de TI, tal pesquisa constatou que ainda somos minoria. Vamos pegar o exemplo da Microsoft que segundo foi informado tem o total de 29% de mulheres na empresa, no entanto, considerando somente o setor de tecnologia esse número cai para 17%.

Isso parece ter relação com esses dados que levantei sobre a Campus Party, o número de mulheres é pequeno e é ainda menor quando falamos sobre áreas técnicas.  Pessoalmente gostaria de ver mais mulheres em palestras técnicas também, considero que para sabermos se o número de mulheres palestrantes no evento está aumentando é necessário olhar para a programação como um todo e não somente para os palestrantes magistrais.

Acredito que se houver esse crescimento contínuo da participação feminina como um todo, dentro de algumas edições esse aumento será visto também no palco principal. Digo isso porque em geral para o palco principal são convidadas as pessoas de destaque em algum projeto ou área, e como na tecnologia ainda tem predominância de homens é até "normal" hoje em dia ter mais homens no palco principal. Embora atualmente não faltem nomes femininos como opção.

Porém, se contarmos as palestras dos demais palcos e for notado que está aumentando o números de mulheres palestrantes, ai sim acreditarei que realmente está acontecendo uma mudança e que isso se refletirá futuramente na composição do palco principal. Acredito também que a cada mulher que se dispõe a palestrar em um evento, ela serve como inspiração para que outras também sintam vontade de compartilhar conhecimento em público.

Dentre os palcos nota-se que no de Software Livre há pelo menos 3 edições do evento traz a discussão sobre formas de aumentar a quantidade de mulheres na tecnologia e o interessante disso é que o curador é um homem.  Um fator importante para termos esse assunto em evidência é que mais pessoas sejam parceiras dessa ideia e também possam dar mais abertura para o assunto.  E como disse a Christine Lagarde: "Os homens são o outro sexo, mas não o sexo oposto. A paridade de gêneros é uma batalha que nós precisamos vencer juntos, porque é uma questão de interesse global. "

A maior diferença que notei da campus de 2014 para este ano foi o aumento de atividades para estimular as mulheres a conhecer áreas como programação. O projeto Technovation levou algumas atividades em conjunto com o Programae que certamente plantou uma semente do bem para incentivar a curiosidade e interesse pela área de programação.

Neste ano participei de duas atividades: uma palestra na sexta sobre desequilibrio de gênero na TI e fui moderadora de um painel no sábado sobre o mesmo assunto. Fiquei bem feliz com a presença e participação de homens na palestra, alguns até levantando questões sobre o fato de que as minorias em geral tem dificuldade para de inserir no mundo da TI. Isso é muito bom porque percebemos que existem várias pessoas pensando nesse assunto e interessadas em fazer algo para melhorar.

Por fim, separei algumas palestras que aconteceram no evento e que  valem a pena ser assistidas. Quem quiser conferir é só clicar nos links abaixo. 

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  2. Que ano é hoje?! O problema que não devia existir: Games e Preconceito
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