Os termos hackers, crackers, lammers e derivados são muito confundidos pelas pessoas que acabam utilizando o termo hacker para tudo. Isso em parte se deve às informações errôneas que são divulgadas nos meios de comunicação.
Na aula do dia 27 de agosto de Educação e Tecnologias Contemporâneas falamos um pouquinho sobre essa questão. Depois da aula resolvi criar um formulário no Google Docs perguntando se a afirmação: "Hacker é o criminoso virtual que quebra senhas, códigos e sistemas de segurança com o objetivo de extorquir pessoas, invadir e prejudicar sistemas operacionais ou banco de dados" era verdadeira ou falsa. Aproveitei e perguntei também se ela fazia curso de ensino superior, se sim em qual área e a faixa etária na qual ela se encontrava.
Divulguei o formulário no meu facebook e nos grupos da UFBA e dos cursos de Sistemas de Informação, Ciência da Computação e Licenciatura em Computação. Eis o resultado:
- De 54 pessoas que responderam, apenas 9 disseram que a afirmação é verdadeira;
- Das 9 pessoas que disseram que a afirmação é verdadeira, 5 são da área de exatas (sendo 2 da área de computação e afins), 2 da área de humanas, 1 da área de biológicas e 1 não identificou a qual área pertence;
- Das 54 ṕessoas que disseram que a afirmação é falsa, 2 são da área de artes, 2 são da área de humanas e as demais são da área de computação e afins.
- De 54 pessoas que responderam, apenas 3 não fazem curso de nível superior;
- As 3 pessoas que não fazem curso de nível superior disseram que a afirmação é falsa;
- Da amostra, 68% tem entre 16 e 25 anos, 28% tem entre 26 e 35 anos, 2% tem entre 36 e 45 anos e 2% tem até 15 anos.
Bom...essa minha pesquisa foi um pouco tendenciosa pelo fato de no meu perfil ter mais pessoas da área de computação.
Porém trago aqui também resultados de uma experiência em extensão, na qual a mesma pergunta foi feita para jvens de comunidades de Salvador em situação de vulnerabilidade socioecnômica. Antes de realizarmos uma oficina sobre Segurança na Internet fizemos o mesmo questionamento aos jovens através de respostas a um questionário em papel.
De 101 jovens questionados, inicialmente, apenas 13 disseram que a afirmação era falsa. Durante a oficina, tentamos desconstruir esta imagem do hacker como pessoal do mal e, ao final, quando questionados novamente sobre o assunto, 37 disseram que a afirmação era falsa, ou seja, um aumento de 184%.
E você o que acha? Para que não fique dúvidas a afirmação dada inicialmente é FALSA. Aquela afirmação define o cracker.
Hacker é o termo usado para definir aquele que se dedica, com intensidade incomum, a conhecer e modificar os aspectos mais internos de dispositivos, programas e redes de computadores. São programadores habilidosos motivados por curiosidade, necessidade profissional, vaidade, espírito competitivo, patriotismo e ativismo.
Muitos hackers compartilham informações e colaboram em projetos comuns, incluindo congressos, ativismo e criação de software livre, constituindo uma comunidade hacker com cultura, ideologia e motivações específicas. Outros trabalham para empresas ou agências governamentais, ou por conta própria.
Hackers foram responsáveis por muitas importantes inovações na computação, incluindo a linguagem de programação C e o sistema operacional Unix, o editor de texto emacs, o sistema GNU/Linux e o indexador Google. Hackers também revelaram muitas fragilidades em sistemas de criptografia e segurança, como por exemplo, urnas digitais, cédula de identidade com chip, discos Blu-ray, bloqueio de telefones celulares, etc.
E aí, mudou seu conceito?
Fonte: Wikipédia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Hacker)
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