Mark Shuttleworth apresentou, através de uma entrada em seu blog, o MAAS, Metal-as-a-Service, uma ferramenta para entrega e instalação "hiperescalonada". A ideia por trás do MAAS é a de que, conforme os data centers migrem para ambientes com milhares de nós de processamento de baixo poder, deve haver também uma forma simplificada de provisionar o essencial ("bare-metal") desses nós com o sistema operacional e aplicativos mínimos para sua operação.
O MAAS foi incluído como parte do Ubuntu 12.04 LTS Beta 2 e a Canonical vê esse aplicativo como uma forma de permitir que administradores tratem um grupo de servidores físicos como um "recurso similar à nuvem". Isso deve tornar também mais fácil e rápido implementar serviços de nuvem como o OpenStack ou o Hadoop. Em seu texto, Shuttleworth prevê um adensamento cada vez mais rápido de nós em data centers.
Essa é de fato uma tendência com os servidores baseados em processadores Atom (como o SeaMicro SM10000-64HD com 768 núcleos Atom) que aparecem cada vez mais no mercado e a promeça do surgimento de servidores ainda mais densos e com taxas cada vez menores no que diz respeito ao consumos de energia da arquitetura baseada em ARM. Mas Shuttleworth afirma que o problema desse recente incremento de densidade dos nós é o "custo de provisionamento" e que sem ferramentas como o MAAS, densidades de nós "hiperescalonáveis" não são econômicas. Ele acredita que o a ausência de restrições de licenciamento do Ubuntu e ferramentas como o MAAS tornam o sistema operacional ideal para esses sistemas, transformando-os em uma plataforma com configuração mais dinâmica.
O MAAS é descrito como "o próximo passo no desenvolvimento do Orchestra", e usa muitas das tecnologias dessa outra plataforma de provisionamento da Canonical. O MAAS fornece uma maneira, ao utilizar DHCP e inicialização por PXE, de configurar um sistema para que ele possa instalar imagens do Ubuntu em qualquer máquina que ao ser inicializada, tenha um endereço MAC gravado no servidor. Outros nós também podem ser acrescentados através da interface web do MAAS ou através da instalação do Ubuntu Server no nó e requisitando que ele encontre a instância MAAS com a qual você deseja que ele trabalhe. Esse último método também permite fazer uso do MAAS sem perder o controle oferecido pelo DHCP.
O sistema MAAS utiliza então o Juju, a plataforma de instalação e gerenciamento de aplicativos da Canonical, para configurar nós do conjunto e implementar pacotes nessas máquinas. Em um exemplo, um comando de uma só linha é capaz de implementar uma base de dados MySQL para um dos 2 nós; já outros três comandos instalam o WordPress no outro nó, integram as instalações do WordPress e MySQL e liberam o acesso ao WordPress para o mundo.
Instruções para a configuração do MAAS estão disponíveis na página wiki do projeto. O Ubuntu 12.04 Beta 2 também já está disponível para download. O MAAS está licenciado sob a AGPLv3.
* Fonte original: h-online
* fonte: Linux Magazine
0sem comentários ainda