Veja as vagas de Emprego: Coordenador de UX, Analista de Desenvolvimento e Designer Pleno UX
26 de Outubro de 2016, 15:30Olá!
Esta semana recebi e-mail para a divulgação de algumas vagas, as descrições das vagas abaixo foram feitas pela empresa.
A Bemobi está com algumas oportunidades para quem está buscando recolocação no mercado. As vagas são para Coordenador de UX, Analista de Desenvolvimento e Designer Pleno UX e o local de trabalho é o Rio de Janeiro.
- Coordenador de UX
Se você é:
Formado e/ou Pós-Graduado em Desenho Industrial (Programação Visual ou Belas Artes), Design Digital ou áreas correlatas;
Tem inglês fluente.
Espanhol não é obrigatório, mas valorizamos ainda mais…
Além disso tem conhecimentos avançados de Photoshop e Illustrator, também em Html 5, CSS 3, que já tenha trabalhado com Pré-Processadores CSS (Less/Sass), jQuety e Zepto também são essenciais, experiência em padrões WEB, que saiba Técnicas de Arquitetura de Informação e Usabilidade, Conhecimento de SEO, boa capacidade para análise de requisitos e RWD (Responsive Web Design). Desejável ter conhecimento em WML, WordPress e experiências com design para Apps Android.
E é apaixonado por tecnologia. Acha que Mobile irá salvar o mundo. Suporta, gosta, aguenta, pede “mais! Por favor!” e se dá super bem com trabalhos sob pressão de prazos, desde que seja num ambiente genial, disruptivo e animado. Tem boas ideias e sabe defendê-las quando elas merecerem ser defendidas. É descolado, descontraído, destemido, desbravador…
Esperamos que você:
- Coordene a área de UX através de processos estabelecidos e papeis bem definidos.
- Entenda o comportamento do usuário através de estudos e pesquisas.
- Tenha olhar crítico em todas as esferas de interface.
- Garanta a boa interface com as áreas correlatas, alinhando expectativas com líderes quando necessário.
- Conheça áreas como Arquitetura da informação, usabilidade, design de interação, design de interface, Frontend.
- Identifique oportunidades a curto, médio e longo prazo através do planejamento estratégico para aquisição e engajamento do usuário.
- Apoie, implemente e garanta continuidade da evolução de processos e tecnologia através do aperfeiçoamento e capacitação continua da equipe.
- Apoie a estratégia da empresa através do conhecimento e participação da elaboração do planejamento estratégico das diversas áreas da empresa e suas atuações paralelas e concorrentes.
- Lidere a área de UX através de objetivos e meios claros e definidos de targets.
- Motive a atuação dos colaboradores diretos e indiretos através de know-how e identificando os potenciais individuais e coletivos.
- Crie, implante e mantenha uma estrutura da área de UX que atenda e crie oportunidades de negócio dentro e fora da empresa.
- Execute benchmarking e acompanhamento da concorrência com frequência.
- Foque na análise de métricas e KPIs e elaborar propostas, propiciando as melhorias necessárias e gerindo seus resultados
Curtiu? Envie o currículo e portfólio para vagas@bemobi.com.br com o assunto #CoordenadorUX.
Designer Pleno UX
Se você é:
Formado em Desenho Industrial (Programação Visual ou Belas Artes), Design Digital ou áreas correlatas;
Tem inglês avançado.
Domino de Photoshop, Illustrator, Dreamweaver, Html, CSS. Experiência em padrões WEB. Técnicas de Arquitetura de Informação e Usabilidade e Conhecimento de SEO;
E é apaixonado por tecnologia. Acha que Mobile irá salvar o mundo. Suporta, gosta, aguenta, pede “mais! Por favor!” E se dá super bem com trabalhos sob pressão de prazos, desde que seja num ambiente genial, disruptivo e animado. Tem boas ideias e sabe defendê-las quando elas merecerem ser defendidas. É descolado, descontraído, destemido, desbravador…
Valorizamos ainda mais… Html 5, CSS3, JavaScript e Flash.
Esperamos que você:
- Atue na área de UX através de processos estabelecidos e papeis bem definidos;
- Conheça técnicas que promovam uma melhora na performance e desempenho dos produtos;
- Tenha olhar crítico em sua esfera de interface;
- Garanta a boa interface com as áreas correlatas;
- Conheça áreas como Arquitetura da informação, usabilidade, design de interação, design de interface;
- Domine front end.
- Conheça os requisitos de seu ambiente fim (navegadores e dispositivos).
- Garanta bons resultados na área de UX através de objetivos e meios claros e definidos pelo seu gestor.
- Execute benchmarking e acompanhamento da concorrência com frequência.
- Mantenha aproximação com a área de DEV visando o alinhamento de informações.
Curtiu? Envie o currículo e portfólio para vagas@bemobi.com.br com o assunto #DesignerPlenoUx
Analista Desenvolvimento Junior
Se você é:
Estudante ou Formado em Ciência da Computação, Engenharia da Computação, Análise de Sistemas e áreas afins.
Tem inglês intermediário.
Vivência em criação e manutenção de projetos com Java (JDK5-7) usando seguintes tecnologias / frameworks: Spring Framework e seus projetos (MVC, Data, IO, Integration, Boot e Batch)
Conhecimentos em desenvolvimento web, preferencialmente em algum dos frameworks: AngularJS, Backbone, Knockout ou Ember
Entende sobre controle de versão com SVN ou GIT.
Metódico e orientado a soluções de problemas
Experiência com Integração entre sistemas tanto via SOAP quanto HTTP/REST
E é apaixonado por tecnologia. Acha que Mobile irá salvar o mundo. Suporta, gosta, aguenta, pede “mais! Por favor!” E se dá super bem com trabalhos sob pressão de prazos, desde que seja num ambiente genial, disruptivo e animado. Tem boas ideias e sabe defendê-las quando elas merecerem ser defendidas. É descolado, descontraído, destemido, desbravador…
Valorizamos ainda mais…
Curiosidade por outras linguagens (c#, ruby, scala etc)
Familiaridade com métodos ágeis
Esperamos que você:
Desenvolva de soluções móveis, portais e sistemas com alto desempenho, além de lidar com restrições como internet móvel, múltiplas versões e internacionalização de aplicações.
Analise requerimentos e proposta de soluções;
Trabalhe com Arquitetura Orientada à Serviço, integração de sistemas, padrões de projetos e gestão de componentes.
Curtiu? Envie o currículo e portfólio para vagas@bemobi.com.br com o assunto #DesenvolvedorJunior.
Imagem: thegoodhartgroup
Participe do Mulheres do Amanhã!
25 de Outubro de 2016, 14:54 - sem comentários aindaOlá!
No próximo sábado dia 29/10 vai acontecer o evento Mulheres do Amanhã.
Sobre o evento:
O evento Por um Planeta 50-50 em 2030: Mulheres do Amanhã! terá palco no dia 28 de outubro de 2016 no Museu do Amanhã. A programação está sendo preparada para inspirar e fornecer insumos para um debate positivo que nos aproxime de um mundo mais justo e igualitário para todas as pessoas. Teremos palestras no formato “Talks”, rodas de conversas, música e poesia. Vai ser incrível!
As inscrições são gratuitas e com quantidade limitada a 368 lugares, para fazer a sua inscrição clique AQUI.
Local: Museu do Amanhã- Rio de Janeiro
Horário: das 14h às 19h.
Women Techbirthday
21 de Outubro de 2016, 14:52 - sem comentários aindaAmanhã (22/10) vai acontecer o Women Techbirthday em Curitiba para comemorar o aniversário do GDG Curitiba!
Era uma vez, uma participante do GDG Curitiba que sentia que faltava algum empurrãozinho para incentivar mulheres a participarem da nossa área.Ela descobriu que existia um grupo dentro da comunidade Google que empoderava as mulheres na tecnologia, mas este grupo ainda não existia em Curitiba. Ué, como assim? Vamos criar!
Olha só a programação!
09:30 – Início do evento – liberado o coffee para os convidados.
10:00 – Mary Camila.
10:30 – Patrícia Lopes – Github:primeiros passos.
11:15 – Patrícia Lopes – Experiências em eventos.
11:45 – Almoço.
13:30 – Vanessa Romankiv – Empoderando mulheres na área de tecnologia
14:30 – Silvia Amelia.
15:20 – Coffee.
15:45 – Gedeane Kenshima – Arduino, cores e leds – Wearables no mundo do entretenimento.
16:35 – Grupo de Discussão – Mulheres na computação
17:20 – Encerramento e sorteios
Para fazer a inscrição acesse o site clicando AQUI.
Local: Universidade Positivo – Unidade Praça Osório Praça General Osório, 125 Centro Curitiba
Eu vou e vocês?!
Projeto Metabotix e o ensino de robótica
17 de Outubro de 2016, 16:00 - sem comentários aindaOlá! Hoje vamos conhecer um pouco sobre o Metabotix que ensina robótica para adolescentes em Goiás. Entrevistei a Professora Christiane Borges que é responsável pelo projeto no Instituto Federal de Goiás.
Blog: Como surgiu o Metabotix?
A ideia do Metabotix veio a partir de uma conversa no 2º Encontro Nacional de Mulheres na Tecnologia entre eu, Carolina Borim, Desiree e Andressa. Pouco depois surgiu a oportunidade de concorrer em uma Chamada Pública do MCTI/CNPq/SPM-PR/Petrobras (18/2013) que tinha como objetivo aumentar o numero de Meninas e Jovens Fazendo Ciências Exatas, Engenharias e Computação.
Além disso, o laboratório recebeu auxilio financeiro do próprio IFG, via Edital PROAPP. Quem ajuda e mantêm o laboratório são os próprios professores no IFG. O Daniel Basconcello Filho, que coordena a trilha de robótica em alguns eventos e o Prof. Fábio, que criou o GYNBot também ajudam no laboratório e nos projetos desenvolvidos.
Blog: Hoje tem quantas meninas participando, meninos também podem participar?
Atualmente, temos 5 meninas participando do projeto (incluindo nível médio e superior) e 2 meninos. No inicio do projeto, a participação no laboratório era limitado a meninas, e chegamos a ter uma parceria de um ano com uma escola estadual da região para o ensino de robótica. Desde o segundo semestre de 2015 contamos também com a participação de meninos.
Blog: Quais atividades vocês desenvolvem?
No Metabotix desenvolvemos projetos de iniciação científica, trabalhos de conclusão de curso e robos para competições em olimpíadas de robótica. Temos parceria com o Grupo GYNBot, que é o grupo de robótica do IFG Campus Goiânia. Normalmente, os alunos de ambos grupos trocam informações, e participam como instrutores em oficinas e minicursos nos eventos de software livre e institucionais.
Blog: Quais são as vantagens de usar software livre nesse projeto?
No laboratório temos 2 kits LEGO Mindstoms EV3, que são kits proprietários para o ensino de robótica. A utilização de software e hardware livres ṕossibilitam uma maior flexibilidade nos projetos, além de um suporte maior pela comunidade.
Blog: Você acredita que o uso de software livre no Metabotix pode incentivar com que as meninas passam a colaborar na comunidade de software livre?
Depois que as meninas começaram a frequentar o Metabotix, elas passaram a participar mais em eventos de Software Livre como voluntárias e até mesmo como palestrantes.
Blog: Quais sites vocês indica para quem quiser aprender sobre robótica?
Existem vários sites e materiais disponíveis na internet. Sugiro alguns como:
O bom desses sites é que possuem vários exemplos detalhados e listas de materiais para construção dos projetos.
Blog: Quais resultados você já conseguiram alcançar?
Como resultados no projeto, tivemos alguns artigos publicados, inclusive na India, um trabalho de conclusão de curso, 4 projetos de iniciação científica finalizados, além de palestras e oficinas em eventos. As meninas estão mais confiantes, participam mais como voluntárias nos eventos. Esse ano a melhor nota do IFG Luziania na prova teórica da olimpíada brasileira de robótica foi de uma das meninas do grupo.
Concurso de fotografia sobre Lei Maria da Penha
15 de Outubro de 2016, 15:26 - sem comentários aindaAté o dia 10 de dezembro você pode fazer a inscrição para o concurso de fotografia sobre a Lei Maria da Pena.
O concurso é dividido em duas categorias: Fotógrafos jovens e Fotógrafos adultos.
As premiações são:
- Publicação das fotos em um livro distribuído dentro e fora do país, em português e em inglês.
- Entrega de troféu no Congresso Nacional para os 3 primeiros de cada categoria, com passagem e hospedagens pagas.
- Fotos distribuídas em 3000 escolas por todo o Brasil, dando visibilidade ao seu trabalho.
- Fotos expostas no Salão Negro do Congresso Nacional em comemoração ao Dia Internacional da Mulher.
Leia o regulamento aqui.
Mulheres na Tecnologia: As Principais Notícias de 2015 (Parte 2)
14 de Outubro de 2016, 15:19 - sem comentários aindaA primeira parte deste artigo tratou da falta de mulheres no mercado de TI e as razões que justificam este fato. Nesta segunda parte serão apresentadas as notícias que apresentaram as diversas iniciativas propostas ao longo do ano para atrair mais mulheres para a tecnologia.
Como atrair mais mulheres para a TI?
A falta de mulheres na TI é um problema e muitas ações foram tomadas para tentar auxiliar na mudança desta realidade. Algumas destas ações ocorreram por meio de eventos, cursos, projetos, investimentos, etc. A seguir destacamos algumas destas ações organizadas por categorias.
Categoria: Incentivos Financeiros
Várias iniciativas para debater gênero e tecnologia e para incentivar a participação de mais mulheres na tecnologia aconteceram durante 2015. A ONU lançou o prêmio GEM-Tech, uma iniciativa para premiar pessoas e instituições que fazem a diferença ao tentar reduzir a desigualdade de gênero na tecnologia. A Microsoft lançou o programa Girls do Science, com o objetivo de incentivar o ingresso de meninas nas áreas de exatas e tecnologia. O International Trade Centre (ICT) lançou o desafio WVEF Tech Challenge 2015: Conectando Mulheres com o Mercado, que premiou soluções que aumentassem a visibilidade de empreendimentos liderados por mulheres no mercado internacional. O Fundo ELAS promoveu o concurso nacional Gestão Escolar para Equidade: Elas nas Exatas, uma parceria com escolas do ensino médio que visava incentivar as alunas a optarem por carreiras tecnológicas e assim contribuir para a redução da diferença de gênero na tecnologia.
Um outro tipo de iniciativa ocorreu na forma de programa de bolsas de estudo. A Avanade lançou o “15 por 15”, um programa mundial de bolsa de estudos para mulheres que desejam se dedicar a STEM. A Toptal lançou o “Bolsas Toptal para Mulheres Desenvolvedoras de Software”, um programa de bolsas para mulheres que desejam se tornar engenheiras de software. Além disso, empresas como Apple, Intel, Google anunciaram grandes investimentos para promover a diversidade na TI.
Além de criar programas que atraiam mais mulheres para a tecnologia, uma outra forma prática de aumentar o público feminino na TI é incentivando a contratação de mais mulheres para as carreiras de TI. Empresas como Apple, Intel e Facebook divulgaram suas políticas de incentivo para a contratação de mulheres. Além de incentivar, elas também buscam oferecer um ambiente cada vez mais seguro e receptivo a diversidade.
Categoria: Cursos e Eventos
Uma outra forma de incentivo ocorreu por meio de cursos e eventos de tecnologia voltados ao público feminino. São Paulo recebeu diversos eventos, dentre eles o Prêmio Mulheres Tech em Sampa (Divulgação e Vencedoras), a Primeira Semana da Mulher na Tecnologia, o Mulheres Digitais, o Mind the Gap e a Oficina de programação para meninas de 10 a 18 anos promovida pelo Sindpd. Além desses, juntamente com Belo Horizonte, recebeu o Conectar.Criar.Celebrar do Women Techmackers
Recife recebeu o Women in Information Technology, evento integrante do Congresso da Sociedade Brasileira de Computação e o Curso de Montagem, Manutenção de Computadores e Redes para mulheres, promovido pela Prefeitura de Recife.
Goiânia sediou o 3 Encontro Nacional de Mulheres na Tecnologia (Divulgação). Porto Alegre recebeu o WoMakersCode. Ponta Grossa realizou o JS4Girls e em Fortaleza meninas do ensino médio da região periférica foram incentivadas por seus professores a aprender programação e produzir aplicativos voltados a sociedade.
Categoria: Debate em Eventos
A Campus Party de 2015 foi palco para grupos como Code Girl e WoMoz se reunirem e debaterem as urgências relacionadas a gênero e tecnologia. Gabriella Viana, diretora de marketing da Xiaomi, Jacqueline Lee, diretora de marketing da Qualcomm, Mubarik Imam, diretora de desenvolvimento de negócios do Whatsapp e Laura González-Estéfani, head de parcerias na América Latina do Facebook se reuniram no painel Women in Tech, onde falaram sobre experiências pessoais e os principais desafios na carreira. Nathalia Goes e Camila Achutti, do Technovation Challenge Brasil, divulgaram o projeto, ministraram hackatonas e também participaram de mesa de debate. Por fim, o programa Technovation Programaê levou oficinas de programação para aquelas mulheres que possuíam vontade de aprender, mas nunca tiveram a oportunidade.
Além da Campus Party, o FISL, em Porto Alegre, também abriu espaço para a discussão. A inclusão de gênero e raça foi debatida em uma mesa formada por mulheres de destaque no Software Livre: Kamila Brito, da Casa de Cultura e Inclusão Digital de Belém (PA), Vanessa Tonini, do MariaLab, Haydee Svab, do PoliGen e Melissa Devens, do WoMoz.
Categoria: Produção Artística e Divulgação na Mídia
A parceria entre Google e Youtube para incentivar meninas a ingressarem na tecnologia resultou no Code Girls, um documentário que apresenta meninas programando em várias partes do mundo.
Artigos incentivando o ingresso de mais mulheres na TI foram publicados. “O desafio de inspirar mais mulheres para a tecnologia”, apresenta o depoimento de mulheres de sucesso e argumenta que a educação e a desconstrução da visão da tecnologia como profissão para homens é o caminho para aumentar o ingresso de mulheres na TI. Em “Mulheres na Tecnologia: Projetos Incentivam o Empoderamento Feminino na Programação” são apresentadas algumas iniciativas brasileiras que buscam mais mulheres na TI e empoderá-las. Em “Diversidade sexual é benéfica para empresas”, é apresentado que a diversidade é boa para uma empresa, entretanto exitem vários problemas que dificultam a sua implementação. Em “Elas também sabem programar: O desafio de trazer as mulheres para o mundo da tecnologia” é contada a história e as dificuldades encontradas por Nathalia Goes e Camila Achutti, duas mulheres da tecnologia de gerações diferentes. Em “Google quer despertar interesse de mulheres por tecnologia” são apresentadas opiniões de mulheres que trabalham no Google em diferentes áreas de atuação.
Várias foram as iniciativas para atrair mais mulheres para a TI ao longo de 2015. As empresas estão se mostrando cada vez mais cientes do problema da falta de diversidade em seus escritórios e estão investindo para tentar mudar este quadro. Além disso, as mulheres também estão conquistando espaço para debater e incentivar outras mulheres a ingressarem e permanecerem na tecnologia. Apesar do aumento na divulgação, ainda se está longe da equidade de gênero na área de TI. Desta forma, é preciso que as iniciativas permaneçam acontecendo e que consigam envolver e conscientizar cada vez mais as pessoas.
Alessandra Gomes
Graduada em Ciência da Computação pela UFPA e Mestra em Ciência da Computação pela Unicamp. Professora por muitos anos, agora tenta investir no doutorado e em um negócio próprio. Adora café, museus, bancas de revista, livrarias, fotografia, documentários, o céu de Brasília e os rios do Pará.
Ada Lovelace Day em Curitiba
7 de Outubro de 2016, 16:04 - sem comentários aindaNo dia 26 de outubro de 2016 será comemorado o Ada Lovelace Day na Universidade Tecnológica Federal do Paraná- UTFPR – Campus Curitiba das 16h-20h30.
A programação será divulgada em breve e a entrada é gratuita!
Local: Universidade Tecnológica Federal do Paraná.
Av. Sete de Setembro, 3165 – Rebouças, Curitiba – PR
As inscrições podem ser feitas pelo site.
Augusta Ada King, nascida em 1815 com o nome Augusta Ada Byron, conhecida como Condessa de Lovelace ajudou o colega, Charles Baggage, no desenvolvimento da primeira máquina de cálculo, além de ser responsável pelo algoritmo que poderia ser usado para calcular funções matemáticas. O trabalho de Ada Lovelace permitiria que a máquina calculasse os números de Bernouilli.
Entre 1842 e 1843, ela criou notas sobre a máquina analítica de Babbage, que foram republicadas mais de cem anos depois. A máquina foi reconhecida como primeiro modelo de computador e as anotações da condessa como o primeiro algoritmo especificamente criado para ser implementado em um computador. Ada Lovelace é considerada a primeira programadora da história.
Fonte: olhar digital
Mulheres na tecnologia – Questão de Família
6 de Outubro de 2016, 15:34 - sem comentários aindaA busca por maior representatividade feminina nas áreas de STEM (Science, Technology, Engineering and Mathematics) é também uma questão de família. Em setembro de 2015, quando preparava os slides para uma apresentação no primeiro evento organizado pelo grupo Women Techmakers de Curitiba comecei a refletir sobre as razões que me levaram a ser uma mulher na área de Computação.
Nas minhas reflexões comecei agradecendo ao meu avô materno que incentivou minha mãe a estudar. Minha mãe é uma excelente professora de inglês que sempre foi um exemplo de profissional apaixonada pelo seu trabalho e orgulhosa pela independência financeira que este trabalho sempre proporcionou. Minha avó materna, ao contrário, foi impedida de estudar pelo meu bisavó pois como ele dizia: “mulher não precisa saber ler e escrever, senão vai ficar por aí escrevendo carta para namorado”.
Continuei agradecendo aos meus pais que sempre me incentivaram a estudar e nunca questionaram a minha escolha pela área da Computação. Estavam comigo e sempre sentiram orgulho das minhas conquistas. A lembrança dos olhos deles marejados de lágrimas quando conclui a graduação, na defesa do mestrado, na defesa do doutorado, na aprovação de todos os concursos que fiz, aquecem o meu coração, e indicam que estou no caminho certo.
No início do semestre letivo de 2016, em uma conversa com calouros de cursos da área de Computação de uma universidade pública em uma capital do sul do Brasil, ouvi algo preocupante de UM estudante, sim, um homem. Quando ele disse para os pais que iria fazer Ciência da Computação os pais questionaram: “Tem certeza? Você não prefere fazer outro curso? Este curso é curso de maluco!”
Isto indica que precisamos desmistificar a Computação para as famílias. Pais, mães, avós, tios, tias, primos, primas, a família toda precisa ter noção de que trabalhar com Computação é algo muito gratificante! É ter a oportunidade de criar! Criar propostas computacionais que podem melhorar a vida das pessoas. Até podemos ser um “bando de malucos” mas somos malucos do bem! Pessoas em busca de um mundo melhor.
Para que tenhamos mais mulheres na área de STEM também é preciso que as tarefas domésticas sejam divididas entre a família. As campanhas publicitárias já começam a ilustrar esta necessidade de mudança. Em fevereiro de 2016 foi divulgado um comercial indiano de uma marca de sabão líquido que mostra um pai refletindo sobre a criação que deu para sua filha e os reflexos disto na vida dela. E a partir desta reflexão o próprio pai repensa sobre suas atitudes e começa a mudar.
Precisamos também que os cuidados com os filhos sejam compartilhados pelo casal. Já começamos a ver mudanças nas leis do país que aumentam o período da licença paternidade. É uma conquista de homens e de mulheres.
É preciso que a mulher receba apoio de sua família para que possa trilhar uma carreira digna e de sucesso, seja ela na Computação ou em qualquer outra área. É preciso uma família em harmonia, um(a) parceiro(a) compreensivo(a) que apoie e estimule a sua vida profissional. Mas é preciso também que as empresas ofereçam benefícios para mães e pais. Se a educação dos filhos deve ser compartilhada, também os pais devem ter o direito de se ausentar do trabalho para levá-los ao médico, participar dos eventos organizados pelas escolas, entre outros.
Mudar a postura da família e de todos os seus membros não é algo trivial, pelo contrário, é um grande desafio. Isso exige uma mudança cultural. E pode levar muito tempo. Mas é preciso iniciar esta mudança, acelerar esta mudança com urgência. Há muito o que fazer. Se você é um(a) profissional da área de Computação conte para sua família, conte para o mundo, como é incrível o trabalho que você faz. Se você está com uma mulher divida com ela as responsabilidades da casa, assuma sua parte. Se vocês têm filhos, descubra a maravilhosa aventura de educar um ser humano e participar do seu crescimento e evolução. Se você é responsável por uma empresa ofereça condições dignas de trabalho para os seus funcionários, para que eles possam ter uma vida em família com qualidade. Seja você quem for, faça a sua parte por mais mulheres na Computação! Todos somos responsáveis por esta mudança!
Texto enviado por:
Sílvia Amélia Bim
Docente do Departamento Acadêmico de Informática da Universidade Tecnológica Federal do Paraná em Curitiba
Bacharel em Ciência da Computação (UEM), Mestre em Ciência da Computação (UNICAMP), Doutora em Ciências – Informática (PUC-Rio)
Secretária adjunta da Regional Paraná da Sociedade Brasileira de Computação (SBC)
Coordenadora do Programa Meninas Digitais da SBC
http://sbc.org.br/institucional-3/meninas-digitais
Coordenadora do Projeto Emíli@s – Armação em Bits
Mulheres na Tecnologia: As Principais Notícias de 2015 (Parte 1)
29 de Setembro de 2016, 15:34 - sem comentários aindaA pequena presença de mulheres na tecnologia é conhecida por todos os estudantes e profissionais da área. Diante deste fato, iniciativas isoladas começaram a surgir em busca de mais mulheres na tecnologia. Estes grupos aumentaram em tamanho e quantidade e se fizeram ouvir. Enquanto em anos anteriores (2010 a 2014, por exemplo) pouco se falava sobre o assunto, 2015 foi o ano em que o tema ganhou espaço nos veículos online de notícias em vários momentos.
Os artigos publicados falavam desde a falta de mulheres na tecnologia até a importância sobre se ter mais mulheres na TI. Para tentar entender por que as mulheres, apesar de grandes consumidoras de tecnologia, não fazem desta sua opção de carreira profissional, os artigos buscaram explicações nas raízes culturais, educacionais e machistas que permeiam a nossa sociedade. Para mostrar por que a presença de mais mulheres na TI é importante, as argumentações focam a importância da diversidade nas equipes de trabalho para que se tenha ambiente de trabalho mais produtivo e criativo e produtos melhor adaptados aos diversos tipos de consumidores.
Assim, este artigo apresenta uma coletânea das principais notícias relacionadas ao tema “mulheres e tecnologia” publicadas ao longo de 2015. É uma espécie de retrospectiva. A primeira parte deste artigo é formada por algumas das notícias que falaram sobre a baixa presença de mulheres na tecnologia e as possíveis explicações para este fato.
Faltam Mulheres na Tecnologia
A ausência de mulheres na TI pode ser notada quando grandes empresas de tecnologia continuam com poucas mulheres em seu time de funcionários. Apple, Google e Facebook foram algumas das empresas que ganharam espaço nas notícias por possuir poucas mulheres em seu quadro de funcionários. Também podemos observar este fato quando, em publicação sobre as 12 pessoas mais poderosas da tecnologia, apenas uma é mulher, a Ginni Rometty da IBM. A União Internacional das Telecomunicações também chamou atenção para este quadro ao publicar que na Europa as mulheres representam apenas 9% dos desenvolvedores de aplicativos.
Com estes e muitos outros dados, o debate sobre a falta de mulheres na tecnologia foi levantado. Os artigos Por que as mulheres ainda são minoria na TI?, Por que há menos mulheres no setor da tecnologia?, Os Desafios da Mulher no Setor da Tecnologia da Informação, ‘Só podia ser mulher': A diversidade nas empresas de tecnologia e A Difícil Missão de Ser Mulher no Mercado de TI trouxeram para os leitores esta realidade, argumentam sobre suas possíveis razões e alertam sobre a importância desta situação ser contornada.
Por que Faltam Mulheres na Tecnologia?
Um dos argumentos apresentados para entender a falta de mulheres na tecnologia é o fato de meninas não serem encorajadas, em sua infância, a desenvolver o raciocíno lógico e matemático. Esta questão é levantada pelo artigo Estudo Revela que só Brincar de Casinha Compromete o Futuro Profissional da Mulher. Já em Homens Superestimam Habilidades Matemáticas é apresentado um estudo sobre o impacto que a confiança nas habilidades matemáticas podem ter sobre as pessoas. Os resultados dos estudos demonstram que a falta de incentivo para aumentar a confiança das mulheres na matemática faz com que elas não optem por carreiras em STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharias e Matemática). E para as que mesmo assim seguem a carreira tecnológica, um outro obstáculo ganha mais força: a cultura machista. Ela está presente na sala de aula e no ambiente de trabalho. Em entrevista, Camila Achutti apresenta alguns dos machismos sofridos pelas profissionais da tecnologia.
Diversas foram as notícias em 2015 que apresentaram grandes empresas de tecnologia envolvidas em processos de discriminação de gênero. Facebook, Twitter, Microsoft foram algumas delas. Um caso de grande repercussão foi o da Ellen Pao, ex-sócia da Kleiner Perkins Caufield & Byer que processou a empresa por discriminação de gênero, após ter sofrido retaliação por ter denunciado seu sócio por assédio sexual. Kleiner Perkins Caufield & Byer é um dos principais fundos de investimento de capital de risco do Vale do Silício. Apesar de não ter vencido esta batalha, Ellen abriu o debate sobre a discriminação de gênero no Vale do Silício e abriu o caminho para que outras mulheres denunciassem os diversos casos de discriminação e assédio que já sofreram.
Outros casos de menor repercussão também foram notícia. A engenheira Isis Anchalee da empresa OneLogin iniciou a campanha #ilooklikeanengineer após ter sua capacidade questionada devido a sua beleza. Um outro caso foi a petição levantada pela mãe de Cash Cayen, uma menina de 9 anos. Cash foi impedida de entrar em clube de robótica por ser menina. E em meio a debates sobre fornecer um ambiente mais amigável para mulheres, a Apple cometeu a gafe de utilizar o Photoshop para forçar uma mulher a sorrir.
O machismo também está em ações e opiniões aparentemente inofensivas. Durante um painel sobre inovação, o diretor do Google foi repreendido por interromper constantemente uma colega de debate durante uma fala sobre diversidade. Linus Torvalds expressou sua opinião dizendo que a diversidade não importa e Demi Getschko causou polêmica ao associar vocação profissional com fatores biológicos. Uma carta resposta para Demi foi publicada. E um painel sobre a falta de mulheres na TI causou polêmica em Santa Catarina ao ter somente homens na mesa de debate.
O machismo torna o ambiente da tecnologia hostil para mulheres e abre espaço para um outro quadro preocupante: a participação feminina na TI, além de pequena, está reduzindo. De acordo com estes dois artigos, algumas mulheres que ingressam na TI acabam por abandonar a carreira. Para Tim Cook, atual CEO da Apple, o ambiente não receptivo para mulheres pode ser uma das causas para a pouca participação de mulheres na TI. Algumas empresas já entenderam este recado, estão trabalhando para mudar este quadro e já figuram no ranking do Instituto Anita Borg sobre melhores empresas de TI para mulheres trabalharem.
Muitos artigos sobre a falta de mulheres na tecnologia foram publicados em 2015, mas isso não quer dizer que o assunto se esgotou. Enquanto a situação não for contornada, as iniciativas para uma TI que melhor expresse a diversidade devem continuar. Para tanto, queremos que em 2016 o assunto ganhe maior visibilidade nas diversas mídias para que o debate seja ampliado, aprofundado, gere maior conscientização e permita o avanço para uma TI menos machista, mais inclusiva e representativa.
Texto Enviado por:
Alessandra Gomes
Graduada em Ciência da Computação pela UFPA e Mestra em Ciência da Computação pela Unicamp. Professora por muitos anos, agora tenta investir no doutorado e em um negócio próprio. Adora café, museus, bancas de revista, livrarias, fotografia, documentários, o céu de Brasília e os rios do Pará.
UTFPR: Inscrições abertas para Mestrado e Doutorado
29 de Setembro de 2016, 2:26 - sem comentários aindaA Universidade Tecnológica Federal do Paraná está com inscrições abertas para os cursos de mestrado e doutorado, então corre lá no site para conferir!
“Estão abertas os processos seletivos de 19 programas de pós-graduação na UTFPR. Ao todo, são mais de 450 vagas distribuídas em cursos em nível de mestrado acadêmico, mestrado profissional e doutorado nos Câmpus Curitiba, Londrina, Pato Branco, Francisco Beltrão e Ponta grossa.” Fonte: site UTFPR
Para mais informações clique aqui.
Imperdível! Ada Lovelace 200 anos
9 de Novembro de 2015, 23:29 - sem comentários aindaOlá!
Recebi por email a notícia de um evento comemorativo dos 200 anos da Ada Lovelace e para melhorar ainda mais a notícia terá transmissão ao vivo! Essa não tem como perder!
10/nov das 13h às 14h:
Palestra - Ada, a Máquina Analítica e seus Desdobramentos.
* Palestrante: Dra. Artemis Moroni (CTI Renato Archer)
11/nov das 18h às 19h30:
Painel: Diversidade de gênero na indústria
* Mediadora: Rosana Jamal (Presidente da UNICAMP Ventures e Sócia-fundadora da BAITA Aceleradora)
* Painelistas:
Heloisa Andrade de Paula (CI&T)
Janaína Ruas (Instituto Eldorado)
Stephanie Felipe Stolfo (IBM)
12/nov das 18h às 19h30:
* Painel: Diversidade de gênero na academia
* Mediadora: Profa. Dra. Claudia Bauzer de Medeiros (IC/UNICAMP)
* Painelistas:
Profa. Dra. Sarita Mazzini Bruschi (ICMC/USP)
Prof. Dr. Eduardo Valle (FEEC/UNICAMP)
Flávia Pisani (IC/UNICAMP)
Alexandre Neves Creto (IC/UNICAMP)
Link para transmissão aqui
Documentário Code Girl
2 de Novembro de 2015, 22:43 - sem comentários aindaOlá!
No final de semana assisti o documentário Code Girl sobre a trajetória de algumas participantes no último Technovation Challenge. O filme vai ser exibido nos EUA e estará disponível no youtube até o dia 5 de novembro.
É bem legal acompanhar as eliminatórias e ver como as meninas lidaram com os imprevistos e críticas. Vai ajudar também quem está com vontade de participar do próximo Technovation e adiantar um pouco como são as fases do processo. As inscrições para o desafio de 2016 estão abertas.
Um Olhar Sobre as Mulheres na Tecnologia
25 de Outubro de 2015, 12:16 - 2 comentáriosOlá!
Há algum tempo escrevi um texto sobre mulheres na tecncologia para a revista Atittude. Na semana passada recebi a edição impressa, como já foi publicada, compartilho com vocês essa reflexão sobre o nosso papel fundamental para a computação, a redução da quantidade de mulheres nessa área e como estamos trabalhando para contornar esse problema. Confira o texto abaixo. :-)
Nos últimos anos estamos acompanhando o fenômeno de iniciativas para aumentar a participação de mulheres na área de tecnologia da informação e comunicação. Isso pode fazer com que algumas pessoas acreditem que as mulheres sempre desempenharam papéis menores nesse campo atualmente com maioria masculina. Porém, muita gente não sabe que as mulheres foram responsáveis por contribuições essenciais para o avanço da computação. A descoberta que levou ao desenvolvimento do Wifi e bluetooth foi feita por Hedy Lamarr, a invenção do compilador foi feita pela Grace Hopper e a mais famosa delas a Ada Lovelace que é considerada a primeira programadora da história.
Hedy Lammar | Grace Hoper | Ada Lovelace |
Com essas contribuições tão significantes para o nosso avanço tecnológico, pode causar estranhamento notar que a área de tecnologia TI costuma ser rotulada como um campo exclusivamente masculino. Embora não seja possível estimar uma data e os motivos exatos que levaram a redução da participação das mulheres na tecnologia, é possível notar que essa mudança ainda impacta negativamente nos dias atuais. Um exemplo disso pode ser confirmado no último vestibular da USP dos 50 aprovados no curso de Ciência da Computação apenas 4 são mulheres.
Entre os argumentos para explicar a pequena quantidade de mulheres na tecnologia atualmente, algumas são absurdas como aquela que diz que mulheres são mais capazes para a área de humanas do que para exatas. Sabese que as mulheres desde crianças não são estimuladas a conhecerem artefatos tecnológicos tanto quanto os homens e ainda existe preconceito quando elas ingressam em cursos superiores. Pois é comum os relatos de garotas que ouvem dos colegas comentários machistas do tipo “ali não é lugar de mulher” ou que “não precisam estudar porque é certo que vão tirar nota boa com o professor”.
Durante a minha graduação em Desenvolvimento de Sistemas para a Internet no IFMT a turma iniciou com 25 pessoas. Na formatura éramos apenas 6, sendo 4 mulheres e 2 homens e isso foi em 2010. Acredito que até hoje a nossa turma foi a que teve a maior proporção entre homens e mulheres e isso não é comum em cursos de informática.
Gosto de lembrar que na minha turma não houve relatos de preconceito contra as mulheres mesmo quando éramos minoria. Isso é interessante pois acredito que o número reduzido de mulheres na TI não é algo que pode ser explicado apenas pela questão do preconceito. Vale ressaltar que em geral é comum enfrentar obstáculos quando você faz parte da minoria em determinado grupo e isso vale tanto para homens quanto para as mulheres.
As dificuldades encontradas ao longo dos anos pela minoria feminina na computação serviram para as mulheres se unirem para enfrentar esses problemas e assim estão descobrindo formas de modificar esse cenário. Existem várias inciativas pelo mundo com o objetivo de fortalecer a presença feminina nas áreas de exatas e tecnologia, esse é um passo importante principalmente para as garotas que ainda estão decidindo sobre qual campo desejam atuar. O papel desses grupos é fundamental para informálas de que não há limites, elas podem fazer qualquer escolha e não existe uma área exclusivamente para homens ou para mulheres.
O trabalho desses grupos acontece na área acadêmica, em eventos que possuem propostas de atividades estimulando o aumento de mulheres palestrantes e voltados para o empreendedorismo feminino, outros com oficinas de programação ou então com encontros informais para debater ideias.
Na área acadêmica o projeto Meninas Digitais – Regional Sul sediado na Universidade Federal de Santa Catarina tem desenvolvido um trabalho muito interessante com alunas do ensino médio,abordando palestras com profissionais da computação e também oficinas de robótica e jogos digitais. Já o grupo PyLadies é internacional e no Brasil iniciou os trabalhos em Natal – RN e hoje tem diversos grupos pelo Brasil com o objetivo de criar um ambiente amigável as mulheres na comunidade python.
Outro grupo que é bem atuante na questão de gênero é o PoliGen da Universidade de São Paulo que discute questões de gênero e promove também o hackathon que é uma competição com pessoas de diversas áreas para propor uma solução para determinado problema, muitas vezes o resultado desse trabalho pode ser codificado em forma de aplicativo.
O grupo Mulheres na Tecnologia – MNT mantem um site para a divulgação de notícias e organiza um encontro anual com mulheres ministrando palestras técnicas e não técnicas. Esse tipo de evento é importante para manter a visibilidade feminina na tecnologia mostrando que existem profissionais qualificadas desempenhando papéis relevantes na área.
O desafio desses grupos é imenso, pois precisam trabalhar contra estereótipos e vícios culturais que não são simples de resolver. Entretanto, para que essas atividades continuem é fundamental que as pessoas também colaborem visando o fortalecimento e a manutenção desse trabalho. As mulheres estão conseguindo, aos poucos, conquistar lugares de destaque no mercado da tecnologia. Para que esse processo seja contínuo devemos prosseguir estimulando a participação delas na tecnologia, pois a diversidade é a melhor opção para a construção de soluções melhores para a indústria como também para a formação de cidadãos conscientes do seu papel na sociedade.
TI por Elas: Bianca Brancaleone
27 de Setembro de 2015, 22:24 - sem comentários aindaA Bianca nasceu em São Paulo e atualmente mora em Sorocaba, ela é graduada em Tecnologia em Design de Multimídia, SENAC e pós-graduada em Arquitetura de Informação, pela FIT (Faculdade Impacta de Tecnologia). Hoje vamos aprender sobre design UX e dicas de livros, eventos e também sobre como se qualificar nessa área.
Blog: Qual a sua profissão?
Essa pergunta sobre profissão sempre me deixa confusa, haha! Em formulários daqueles que preenchemos em consultórios, etc., costumo dizer que sou designer, que é mais fácil. Dentro dessa área que convencionou-se a chamar de UX, eu prefiro me encaixar como Arquiteta de Informação, gosto de Designer de Interação e recentemente ouvi o termo "Problem Solver", que gostei também :)
Hoje atuo principalmente no e-commerce que gerencio com mais um sócio - o Guilherme Serrano - , que é o Eu Compraria! e faço freelas para algumas empresas pela GS Solutions, especializada em soluções web.
Blog: Há quanto tempo você trabalha na área de Design UX?
Comecei meu primeiro estágio de design no primeiro ano da faculdade, aos 17 anos (hoje tenho 27). Acho que descobri Arquitetura de Informação lá pelos 19, mas desde os 13 - 14 anos já fazia cursos na área de web (HTML "na unha", Flash, Dreamweaver - haha! - Fireworks) tinha blogs, os editava, etc. Então minha bagagem de entender como funciona, pensar nas melhores formas de apresentação de conteúdo e etc. vem de algum tempo já.
Blog: Conte um pouco sobre a sua história na área, o que levou a escolher essa área, se passou por alguma dificuldade na área e quando começou a trabalhar na área.
Meu pai trabalha há muitos anos no SENAC, então tive a sorte de poder fazer muitos cursos livres com bolsa. Eu não via a hora de fazer 13 anos para fazer os cursos voltados para computação, já que essa era a idade mínima. Comecei com Pacote Office e cada vez que um curso estava para terminar eu já pesquisava os próximos que começariam, tinha uma lista de cursos a fazer! Fiz curso de Photoshop (7!), Illustrator, Formação em Web Design, Pacote Macromedia...
Depois de todos esses cursos, foi um passo quase que natural escolher alguma graduação voltada a essa área, e no próprio SENAC tinha esse curso que chamava Design de Multimídia (hoje ele se chama Tecnologia em Produção Multimídia, com a grade um pouco diferente).
Quando soube que passei no vestibular, já coloquei o curso no meu CV e enviei para algumas empresas, no mesmo mês eu já estava contratada em um site de games, antes mesmo das aulas começarem! Antes de escolher o curso fiquei receosa que o mercado não absorveria tão bem um tecnólogo se comparado a um bacharel, mas durante todo o tempo que estive no mercado formal, jamais tive problemas para estar em boas empresas que eu escolhi.
Blog: Existe alguma mulher na área da TI que serve ou serviu de inspiração para você?
Agora pensando nessa pergunta, me lembrei de uma apresentadora do TechCrunch que eu achava demais há aaaanos, a Veronica Belmont, acho que ela foi a primeira mulher que falava de TI que prestei atenção e vi que existiam poucas conhecidas. Hoje acho muito inspirador todos os relatos de mulheres que trabalham na área, criam e buscam o que querem (e não só dentro da área de TI). Uma lista bacana pra se inspirar é essa de "35 mulheres com menos de 35 anos que estão mudando a indústria de tecnologia".
Blog: Qual a indicação de um livro para iniciantes em design?
"Design do dia a dia", é um livro que abre a cabeça para ver o mundo do design aplicado. Gosto do Human Centered Design Toolkit (de graça!) da IDEO sobre Design Thinking também, pois design sem saber como ouvir o outro. Para quem quer conhecer profundamente Arquitetura de Informação <3, o Information Architecture for the World Wide Web, Designing Large-Scale Web Sites é maravilhoso.
Blog: Qual a indicação de um site de design UX?
São tantas coisas boas por aí! Recomendo acompanhar algumas comunidades no Facebook que sempre compartilham ótimos materiais como a UX Design e a Arquitetura de Informação. O site uxdesign.cc tem muitas referências, de livros a eventos e ferramentas.
Blog: Atualmente é bem comum a gente ver o termo design UX, mas qual é a diferença entre o design UI e o design UX?
UI é User Interface, ou seja, o design da interface em si.
Assim como o Design Thinking, que é uma prática que deve ser difundida em toda a equipe quando empresas desejam implementá-la, vejo o mesmo com UX, ou User Experience: deve ser um pensamento da equipe, ou seja, várias pessoas envolvidas em desenvolver uma boa experiência para o usuário, e isso inclui planejamento, passando pelo arquiteto de informação, designer, desenvolvedor, especialista em SEO e por aí vai.
Li uma frase esses dias do Donald Norman que diz o seguinte: “I invented the term [user experience] because I thought human interface and usability were too narrow: I wanted to cover all aspects of the person’s experience with a system, including industrial design, graphics, the interface, the physical interaction, and the manual. Since then, the term has spread widely, so much so that it is starting to lose its meaning.” - 1998. Podemos ver então que, em seu sentido original, UX engloba muitas áreas de um projeto.
Blog: Qual evento que você indica na área de design?
Não é especificamente de design, mas eu sou apaixonada pelo Campus Party - são tantas informações, assuntos interligados, grandes nomes de TI que é uma semana que muda seu ano, todos os anos!
Gosto muito dos eventos que o Google organiza também, como o DevFest - vale a pena procurar por GDG (Google Developer Group) na sua cidade e buscar eventos organizados por eles também, sempre tem coisa boa!
Blog: Você participa de algum grupo que promove a participação das mulheres na TI?
Participo de vários! Sou super entusiasta de estimular mais mulherem em TI . Faço parte do Women Techmakers de Sorocaba (iniciativa do Google que visa discutir e incluir mais mulheres na área) e fui mentora no Technovation Challange 2015 aqui em Sorocaba também, que é uma competição global para que meninas entre 11 e 18 anos desenvolvam um aplicativo desde seu planejamento até o desenvolvimento e publicação. Online, tenho gostado muito do grupo Mulheres Desenvolvedoras - Brasil - apesar de não ser minha área, sempre aparecem links e oportunidades legais, as meninas são ótimas!
Blog: Qual a sua mensagem de incentivo para as mulheres que trabalham na TI?
Persistam! Se por algum motivo estiverem pensando em desistir, procurem apoio, conversem, façam o possível para mudar - existem diversos grupos de mulheres de braços e ouvidos abertos para ajudar! Sejam exemplos para novas gerações e continuem até se sentirem orgulhosas!
Blog: Qual o seu contato para quem quiser trocar ideias?
Meu FB e meu email é contato.bianca@gmail.com
Um dia de inspiração no Espaço Mulheres Executivas Paraná
24 de Setembro de 2015, 1:41 - sem comentários aindaNa última sexta-feira (18/09) assisti o painel "Mulheres Executivas, exemplos que inspiram, ideias que transformam!" organizado pelo Mulheres Executivas Paraná - MEX.
A mediadora foi a Solange Fusco - Gerente de Comunicação da Volvo com mais três debatedoras: Margaret Groff - Diretora Executiva Financeira da Itaipu; Elizabeth Loures - Sócia proprietária da TransTupi; e Andréia Dutra - Diretora de RH Brasil da Sodexo (na foto abaixo respectivamente da esquerda para direta).
Durante a apresentação das participantes, a Elizabeth Loures compartilhou a sua história de vida que é inspiradora pela simplicidade e poder transformador. Ela contou que liderou o grupo de jovem na igreja e que por ela ser de uma família onde era comum o pensamento de que a mulher não precisaria trabalhar, foi uma mudança grande quando ela dediciu traçar o caminho no mundo dos negócios e hoje ela divide com o marido as responsabilidades de liderar a empresa da família.
A Andréia Dutra tem uma trajetória de vida que cruza em muitos aspectos com a da Elizabeth. Ela nasceu em Bagé - RS e contou que sempre foi muito determinada desde criança quando convivia com os 3 irmãos. Ela conta que a trajetória como executiva foi algo que aconteceu naturalmente a medida que ela buscou as oportunidades e qualificação para atuar na área, mesmo com a mudança de cidade por conta do emprego ela consegue conciliar o trabalho com a rotina familiar.
A Margaret Groff contou que como muitos brasileiros, vem de uma família muito simples que vivia da agricultura. Ela acredita que recebeu desde cedo os valores sobre equidade de gênero da própria mãe que aplicava esses conceitos em casa. Ela acredita que medidas como código de conduta reduzem os casos de assédio moral e é a favor de programas de equidade de gêneros. A Margaret mencionou que a partir de um projeto de equidade é que conseguiu chegar ao cargo de diretoria, pois ela estava no mesmo cargo havia 15 anos.
A Solange Fusco é de Paranavaí - PR, e com a sua determinação mudou do interior para a capital para cursar a graduação e ainda conseguiu um emprego na primeira semana de aula, contrariando as expectativas dos colegas que não acreditavam que seria possível.
Foi uma manhã muito produtiva, tive a oportunidade de conhecer mulheres com trajetórias incríveis e ver um debate muito bom durante o painel. Esse é o tipo de discussão que leva a reflexão de que nós podemos mais e que devemos debater bastante sobre a questão da mulher como líder e buscar fomentar esse tipo de debate nos nossos círculos sociais e nas empresas. Durante o debate foi abordada a questão da liderança feminina, a adaptação as diferentes formas de liderança, como conciliar os objetivos pessoais e profissionais, a questão de gênero em grandes empresas e as mulheres em conselhos diretores.
Nesse dia também entrevistei a Regina Arns - presidente do MEX, que contou como surgiu o grupo, as iniciativas e suas publicações. Confira a entrevista abaixo.
Blog: Como iniciaram as atividades do Espaço Mulheres Executivas?
Aconteceu em 2006 em um grupo de executivas em um espaço de desenvolvimento quando começaram a discutir como seria possível conseguir o equilibrio profissional e pessoal. Na época me apresentaram para a Maria Fernanda Teixeira que era presidente de grupo de executivas em São Paulo, mas sem intenção maior eu fui saber mais pela curiosidade, porque eu ouvia falar que lá ela tinha esse espaço de discussão, networking e business.
E ela me motivou muito a desenvolver essa proposta em Curitiba - PR e começou a trazer algumas informações que eram fatos novos. Foi assim que ela passou a ser a madrinha do grupo e formamos um conselho, uma diretoria e começamos a trazer dentro desse modelo de São Paulo a mesma proposta para Curitiba.
Blog: Nos conte sobre o projeto Projeto Retratos de carreiras e Políticas de Diversidade de Gênero
Em 2012 foi lançado o livro "Mulheres, elas fazem história. Experiências profissionais, Práticas Empresariais e Reflexões sobre a Liderança Feminina" e são vários depoimentos de executivas e que tem inspirado outras mulheres, mas foi uma edição com poucos exemplares e não poderia ser comercializada porque foi publicada pelo Ministério da Cultura/Lei Rouanet.
Este ano nós buscamos fazer em um formato diferente, trazendo retratos de carreiras, compartilhando histórias um pouco mais extensas que estão disponíveis no site para inspirar outras mulheres nas suas trajetórias profissionais. Em 2014 foi publicada a 2ª edição do livro – "Mulheres Executivas, Oportunidades iguais exigem escolhas diferentes. Experiências, Práticas Empresariais, Reflexões sobre a Carreira e Estilo de vida" que está disponível para venda para que mais pessoas tenham acesso a essa publicação.
Já as políticas de diversidade de gênero, estamos estimulando o grupo e as empresas que participam do MEX a terem essas políticas escritas para servir de exemplo para outras organizações
Blog: Quais são as dicas para mulheres que desejam empreender e iniciar o próprio negócio?
Buscar conhecimento na área e em empreendedorismo fortalece para abrir seu próprio negócio, buscar se associar as mulheres empreendedoras, executivas para se fortalecer e conhecer outras históricas, ter vontade e alegria.
Blog: A sua visão sobre equidade de gênero mudou depois que começou a participar do MEX?
Até começar a conduzir o grupo eu não entendia isso como importante porque considerava que com competência não teria distinção de gênero. Mas isso mudou quando o grupo iniciou e conheci outras histórias e pesquisas sobre o assunto.
Se continuarmos no mesmo ritmo vai levar 81 anos para alcançar a equidade de gênero. O Brasil, dentro da America Latina é um país que tem uma expressão muito baixa a nível de crescimento de mulheres em cargos de liderança.
Nos últimos 10 anos não chegamos a 10% no número de mulheres em altos cargos de liderança. Nós temos que trazer discussões como essa nos fortalecemos em encontros como este, trazermos reflexões para pensarmos no assunto e trazermos mais mulheres.
Blog: Qual a sua opinião sobre cota para mulheres em cargo de diretoria, sabemos que a Luiza Trajano mencionou ser a favor dessa medida como forma transitória para diminuir a desigualdade atual.
Os países desenvolvidos já trabalham com a lei da cota e muitas vezes até mesmo as mulheres se questionam sobre a necessidade de existir a cota. As experiências de países como França, Suécia e Noruega tratam isso como um período de ajuste, para acelerar esse processo com uma data para iniciar e terminar para que não demore tantos anos para que essa mudança aconteça. Mas é um ponto bem discutível principalmente para nós mulheres.
O mercado de trabalho foi desenhado para os homens e não para as mulheres, mas se a gente não tiver essa participação de uma forma mais expressiva em cargos de liderança a gente não mudará essa realidade, continuará igual, então a gente tem que trazer de uma forma mais intensa essa reflexão. Talvez seja pelas cotas, só pelo fato de se falar em contas já está se trazendo essa reflexão de forma mais acelerada.
Da esquerda para direta: Andréia Dutra, Margaret Groff, Elizabeth Loures, Solange Fusco, Regina Arns, e participante.
Todas as participantes no encerramento do encontro.