IDC e Gartner previam que o sistema móvel da Google ocuparia o 2.º lugar no setor apenas em 2012, mas seu bom desempenho pode levá-lo lá ainda em 2010.
O sistema móvel Android, da Google, deveria se tornar o segundo mais utilizado do mundo em sua categoria em 2012, ficando atrás do Symbian OS. Mas a aceleração nas vendas pode fazer com que essa previsão se concretize ainda em 2010, segundo analistas de mercado.
O Android esteve em quarto lugar durante o primeiro trimestre de 2010, atrás da Research In Motion (RIM) e da Apple por uma diferença de 5 milhões e 3 milhões de unidades, respectivamente. Os números são da empresa de pesquisas de mercado Gartner, que rastreia a quantidade de smartphones vendidos a consumidores.
No entanto, desde então as vendas aumentaram significativamente. Em fevereiro, a Google afirmou que 60 mil celulares Android eram vendidos por dia; em junho, esse número subiu para 160 mil, segundo a Google. Hoje, 200 mil smartphones com Android são vendidos a cada dia, afirmou o CEO da Google, Eric Schmidt, na quarta-feira (4/8).
Novos modelos
A razão para os 3 milhões de celulares vendidos pela Apple no primeiro trimestre foi que o iPhone é mais popular que o Android na Europa e na Ásia, explicou a vice-presidente da Gartner, Carolina Milanesi. Na América do Norte, a Google e seus parceiros superaram o iPhone. No entanto, as vendas de celulares com base no Android começaram a deslanchar no decorrer do fim do segundo trimestre, graças a novos modelos da Samsung, LG e Sony Ericsson, disse.
Os números da Gartner para o segundo trimestre serão apresentados na semana que vem e, mesmo que os Androids unidos não ultrapassem a RIM e a Apple neste período, isso acontecerá antes do fim do ano, de acordo com Milanesi.
O gerente de pesquisas para o mercado europeu de aparelhos móveis da IDC, Francisco Jeronimo, também espera que a plataforma Android se torne a segunda mais utilizada até o fim do ano.
Tanto a IDC como a Gartner tinham previsto que isso não ocorreria antes de 2012.
O crescimento explosivo tem sido ajudado por uma quantidade crescente de aparelhos com diferentes faixas de preço, além de uma receptividade crescente por parte das operadoras. Por exemplo, a grande aposta em Android feita pela operadora americana Verizon, que não oferece o iPhone, tem ajudado bastante a plataforma, segundo Milanesi.
Os esforços globais de marketing por operadoras e fabricantes têm resultado em um maior conhecimento da plataforma por parte dos consumidores, explicou Jeronimo. No ano passado, poucas pessoas sabiam o que era Android, mas isso agora tem mudado rapidamente, disse.
(Mikael Ricknäs)
Por IDG News Service/Estocolmo
* fonte: IDG Now!
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