Além do Android, outras aplicações de código aberto, como Ubuntu e LibreOffice, devem crescer e conquistar grande público no próximo ano.
As previsões para o próximo ano costumam ser as mais positivas, principalmente, durante o mês de dezembro - período de 13.º salário, Natal e ano novo. E as previsões para o Linux e demais softwares de código aberto não são exceção.
Ainda que para alguns o setor de tecnologia seja quase "imprevisível", vale compartilhar alguns pensamentos sobre o que 2011 reserva para as aplicações open source.
1. Android
Em outubro, o Android abocanhou aproximadamente um quarto do mercado de smartphones - e tenho certeza que em 2011 o seu desempenho será ainda melhor.
E se especialistas apontam que a plataforma será líder absoluta no mercado móvel em alguns anos, eu seria mais ousado e apostaria todas as minhas fichas que isso acontecerá já em 2011, possivelmente, no final do ano.
Já o iPhone, da Apple, fará parte de nicho de mercado, incluindo um grupo relativamente pequeno de fanboys.
Sobre o Windows Phone 7, da Microsoft, acredito realmente que ele será um verdadeiro fracasso.
2. Tablets
Também neste campo, o Android será um forte concorrente ao iOS, da Apple. Só em 2011, diversos fabricantes devem lançar tablets rodando a plataforma móvel da Google.
Diante dessa situação, é difícil imaginar como o solitário iPad conseguirá dominar em um mercado com diferentes modelos e preços para o consumidor.
3. Ubuntu e Linux
O Ubuntu continuará com os avanços significativos que fez este ano e, finalmente, levará o Linux a um merecido reconhecimento no mercado de desktops - talvez, até no de dispositivos móveis -se tornando um forte concorrente até mesmo entre o público não especializado.
Em particular, a combinação da nova interface com o sistema gráfico Wayland, finalmente, promete levar as próximas versões do Ubuntu ao que pode ser considerado o primeiro e verdadeiro Linux para as "massas".
De fato, prevejo grandes e boas novidades para este sistema operacional open source no próximo ano, como também imagino que o Linux continuará firme no quesito servidores e o Windows continuará desaparecendo em meio a uma nuvem de malwares.
4. Dual-boot
Acredito que, com a chegada de novos concorrentes, a disputa entre os sistemas operacionais se tornará mais dinâmica, com um número cada vez maior de aparelhos com dois sistemas operacionais e pelo menos um deles baseado em Linux - e exemplos para isso não faltam.
Uma das primeiras coisas que as pessoas fizeram quando a Google revelou o netbook Cr-48, com Chrome OS, foi instalar o Ubuntu. E já vimos tablets de empresas como Acer e Augen oferecer a opção de dois sistemas operacionais também.
Ter escolhas é algo bom e acredito que os fabricantes estão começando a reconhecer isso.
5. Mais drivers de código aberto
Este ano, li que a Broadcom abriu o código de seus drivers wireless, como também pude acompanhar a AMD lançando drivers open source para o chip Ontário.
Sem dúvida, à medida que o Linux se tornar mais popular, ele ganhará mais notoriedade. Afinal, nenhum fabricante quer ficar de fora de um mercado cada vez mais lucrativo.
6. ARM
Como os dispositivos móveis devem ser tornar mais populares que os PCs nos próximos 18 meses, os chips da ARM - famosos pela sua baixa potência e por seu código aberto - continuarão a brilhar.
A Microsoft e a Intel podem tentar recuperar o atraso, mas acredito que tais iniciativas não deverão surtir o efeito desejado.
Os processadores ARM se tornarão comum em PCs e até em servidores, ajudados pela crescente popularidade do Ubuntu e de outras aplicações Linux, que não exigem a potência que o Windows exige.
7. Oracle e OpenOffice.org
Em 2010, a Oracle teve um ano muito ruim quando o assunto é open source, deixando claro que não pretende incentivar qualquer ação que não esteja diretamente ligada ao lucro da empresa.
Além de processar a Google por utilizar o Java, a empresa ainda cancelou o projeto OpenSolaris. Isso apenas para citar alguns famosos acontecimentos contrários ao código aberto.
Por outro lado, estou apostando nos resultados do remodelado LibreOffice - o antigo OpenOffice.org - que assumirá muito bem o papel de suíte de aplicações para escritório no universo de código aberto.
(Katherine Noyes)
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