Diretor da Holoscópio apresentou as possibilidades de diminuição de custos e energia, também com o uso de hardware livre em microcontroladores.
Hoje (27), no 13° Fórum Internacional Software Livre - fisl13, o empresário Thadeu Cascardo, sócio da empresa Holoscópio, apresentou a palestra Implementando a Internet das Coisas (IoC) com software livre, discutindo o uso da internet em controladores de pouca memória e baixo custo.
Segundo Cascardo, a perspectiva de ter diferentes objetos conectados à internet pode subir, dos atuais 5 bilhões (na maioria computadores, smartphones e tablets) para mais de 50 bilhões de objetos em 2020. “Para que isso aconteça, é necessário viabilizar o uso da rede por hardwares de pouca memória, abaixo do que os PCs tinham há quase 30 anos”, explicou o empresário.
Esses objetos geralmente combinam a tecnologia RFID com uma infraestrutura de rede, podendo gerar um IP e objetos identificáveis em escala global. Essa possibilidade permite diversos usos, como no monitoramento de trânsito, transporte público – por meio da previsão de horários, otimização de frota e itinerário ou na chamada domótica, o controle remoto para uso doméstico, como controle de temperatura, otimização de energia, entre outros usos que vão da saúde ao gerenciamento de ativos.
O desafio é a busca de projetos livres para a IoC, buscando maior disponibilidade no desenvolvimento de placas para a comunicação de microcontroladores. De acordo com Cascardo, algumas possibilidades estão aparecendo com o uso do projeto Arduíno/Brasuíno, o Ben Nanonote (um micronotebook com um pequeno teclado, ainda sem o uso de wi-fi), onde se pode colocar IPv6. “O objetivo é buscar maior interação com o mundo físico, inserindo mais portas, microprocessadores de maior porte que possam comportar GNU/Linux", disse. Como exemplo, o empresário fez uma demonstração de acionamento de uma lâmpada LED por meio da internet, usando um clone de Arduíno ligado à porta USB de um notebook.