Alguém da PRODESP está interessado no Arlesophia?
5 de Junho de 2009, 0:00 - sem comentários aindaOlha que engraçado. Meu blog tem pouquíssimas visitas, mas, ao que parece, alguém da Prodesp está muito preocupado com a invasão da PM na USP.
O Senhor(a), que assina como “Rick”, passou exatos 36 minutos e 37 segundos no meu Blog, onde “verificou” 4 páginas. Tudo indica que a “auditoria” foi feita no horário de expediente (entre 3:46:44h e 4:23:21h dos dia 5 de junho de 2009).
O Sr.(a) “Rick” fez o seguinte comentário no post “Comunicado urgente: tropa de choque volta a invadir a USP”:
“rick Says:
junho 5th, 2009 at 15:57
Tudo filhinho de papai que quer dar um de revolucionáriozinho, quer ser igual aos personagens das histórias de ditadura e tal.
Vão trabalhar e viver a vida real pra ver o valor das coisas, ao contrário de viver esta utopia saudosista que vocês nem chegaram a conhecer.
Aposto que irão votar na Dilma pra presidente…., mas antes olha a ficha criminal dela.
Não aguento tamanha viadagem….
[]’s
Rick”
E como que sei disso tudo: simples, o número de IP registrado no contador de acessos que utilizo e o registrado no comentário deixado pelo Sr.(a) Rick é o mesmo. Além disso, o sistema de controle de tráfico que utilizo me mostra como que alguém veio parar no meu Blog. Assim, pude comprovar que o Sr.(a) Rick estava supostamente(?) em horário de expediente fazendo uma busca no Google usando o seguinte descritor: “choque usp”
Na melhor das hipóteses este Sr.(a) estava buscando informações sobre a invasão da tropa de choque na USP. Invasão motivada, possivelmente(?), pela tentativa da Reitora em agradar o governador José Serra, com vistas na eleição para reitor que acontecerá no fim deste ano (http://www.revistaforum.com.br/sitefinal/NoticiasIntegra.asp?id_artigo=7077). Mas, como a “visita” veio de um órgão subordinado ao governo do Estado de São Paulo – diretamente interessado no tema – começo a cogitar outras hipóteses. A parte em que o Sr.(a) “Rick” fala para ver a suposta “ficha criminal dela” – referindo-se à Ministra Dilma Rousseff – é indício de que pode não se tratar de apenas um funcionário que não tinha nada melhor para fazer e que decidiu postar um comentário “pouco argumentativo” em um blog sem, pelo menos, ter a honestidade de assinar seu próprio nome e informar corretamente seu e-mail.
O Governo do Estado de São Paulo, que se diz tão zeloso em relação a gestão da coisa pública, deveria verificar se realmente anda faltando o que fazer para os funcionário da Prodesp. No entanto, ainda sob hipótese, acredito que este Governo esteja mais interessado em reprimir outro tipo de opinião.
PS: é fácil verificar que o argumento que coloca o combate ao crime como razão para se aprovar o PL 84/99 é falacioso. Se um simples cidadão comum, como eu, pode verificar de onde veio determinado comentário – utilizando apenas de ferramentas gratuitas – qual o impedimento que há para que a polícia – com pessoal treinado e equipamentos/ferramentas modernas – faça o mesmo procedimento em caso de suspeita de crime cometido com o auxílio da Rede?
<!-- Begin TwitThis script (http://twitthis.com/) -->
Comunicado Urgente! Tropa de Choque volta a invadir a USP
3 de Junho de 2009, 0:00 - sem comentários aindaComunicado Urgente do SINTUSP
<!-- -->
Dignidade
Resgatar a nossa Autonomia Universitária!
Hoje, a reitora da USP, mais uma vez, autorizou a invasão da tropa de choque da Polícia Militar, com objetivo claro de intimidar os Funcionários da Universidade, em greve, em especial, nas unidades em que foi decidido, democraticamente, em suas respectivas assembleias, pelo fechamento dos prédios e a instalação de comissões de esclarecimentos nesses locais.
Os trabalhadores dessas unidades não foram impedidos, em momento algum, de entrar nos locais. O que observamos foi que os funcionários da reitoria e de outras unidades estão sendo coagidos à voltar ao trabalho, sob forte aparato policial, num ato de humilhação e assédio moral. Isso é inaceitável para todos nós!
Dessa vez, a polícia veio com um pedido claro da reitoria para prender seus próprios funcionários, estudantes e docentes caso ousassem violar as determinações da reitora.
Com essa atitude, a reitora tenta intimidar todo o conjunto da comunidade universitária e violar o mais elementar dos direitos trabalhistas, que é o direito de greve, conquistado à custa de muita luta e garantido na Constituição Federal (artigo 9º e a Lei nº 7.783/89). Não vamos aceitar a violação de nossos direitos.
Essa atitude intransigente e autoritária da reitora mostra que ela é contrária ao diálogo e às soluções pacíficas dos conflitos na universidade, demonstrando um total despreparo para o cargo que ocupa.
Esclarecemos que as negociações foram rompidas unilateralmente pela reitora e que nós, trabalhadores, sempre buscamos o diálogo e a negociação de nossas reivindicações.
A USP está com sua AUTONOMIA AMEAÇADA e isso é inaceitável! Foram décadas de lutas, onde muitas vidas foram perdidas para assegurar nossa cidadania e nossa liberdade de manifestação e de livre expressão.
O que vemos hoje é uma política deliberada de vincular a USP a projetos político-partidá rios em detrimento dos interesses e da missão da Universidade.
Sendo assim, não podemos nos omitir nesse momento e convocamos a comunidade universitária para resistir à esta política da reitoria de desrespeitar a nossa autonomia. Vamos resgatar nossa dignidade, duramente atingida neste momento!
A Universidade não pode perder seu objetivo que é a produção do conhecimento e suas consequências do debate de ideias.
FORA TROPA DE CHOQUE DO CAMPUS!
EM DEFESA DA AUTONOMIA UNIVERSITÁRIA!
PELO ATENDIMENTO DE NOSSAS REIVINDICAÇÕES!
NÃO À CRIMINALIZAÇÃO DOS MOVIMENTOS SINDICAIS!
EM DEFESA DE NOSSA ORGANIZAÇÃO SINDICAL!
NEGOCIAÇÃO JÁ!
Mais informações na página do SINTUSP
<!-- Begin TwitThis script (http://twitthis.com/) -->PM invade USP para barrar greve de funcionários
1 de Junho de 2009, 0:00 - sem comentários ainda<!-- -->
Continuidade da paralisação é aprovada por unanimidade; deputado convoca reitora para depor na Assembléia Legislativa
Por Lúcia Rodrigues, da Caros Amigos
Os funcionários da USP, em greve há 28 dias, foram surpreendidos com a presença de um contingente militar de aproximadamente 200 homens da Força Tática, da Rocam (Rondas Ostensivas Com Apoio de Motocicletas) e do policiamento da área, que invadiram o campus Butantã por volta das 02h30 desta madrugada.
Os policiais perfilaram-se em frente a 10 acessos de prédios da universidade. O da reitoria foi o que concentrou o maior número de homens. Armados com escudos, escopetas e bombas de efeito moral, os policiais arrancaram, inclusive, faixas do sindicato que convocavam para a assembléia de funcionários que discutiria os rumos do movimento. Várias viaturas da PM circulavam pelo campus. Um caminhão do Corpo de Bombeiros e uma ambulância do resgate também foram desviados para a USP.
Segundo o comandante do 4º Batalhão da PM e responsável pela operação, tenente-coronel Cláudio Miguel Marques Longo, a presença da polícia no campus seria para garantir que não ocorressem danos ao patrimônio. “Havia indícios de que haveria invasão.”
Os funcionários desmentem a versão do militar. “Não havia a menor possibilidade de isso acontecer. Nossa greve tem a adesão de 70% da categoria”, rebate Claudionor Brandão, diretor do Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP) e membro do comando de greve.
Mentira
Pela manhã três oficiais de justiça foram ao campus para entregar cópia do mandado expedido pela juíza da 12ª Vara da Fazenda Pública, Maria Fernanda de Toledo Rodovalho, determinando a reintegração de posse e citação. Fato insólito, pois nenhum prédio da universidade estava ocupado.
Na peça apresentada pela USP, solicitando a reintegração de posse com perdas e danos em face do Sintusp e do Diretório Central dos Estudantes, a reitoria alega que “as referidas entidades passaram a insuflar os participantes a invadirem os referidos bens públicos”.
O texto acrescenta ainda, referindo-se ao Sintusp, que “para alcançar o maior número de adeptos, passou a emitir boletins informativos, insuflando a comunidade universitária, com argumentos desprovidos de qualquer veracidade”.
Baseada no pedido de liminar impetrado pela USP, a juíza afirma em seu despacho que “nem mesmo o direito de greve dá aos grevistas o direito de se apossar de prédios públicos”.
Ditadura
O deputado estadual do PSOL Carlos Gianazzi convocou a reitora Suely Vilela a prestar esclarecimentos na Assembléia Legislativa sobre o episódio de hoje. Gianazzi quer saber porque a polícia militar invadiu o campus. “É uma mácula na história da USP. Remonta aos idos do AI-5″, lamenta o deputado.
Para o professor de sociologia Rui Braga, a invasão da Polícia Militar ao campus da USP é inadmissível. “Nem a ditadura militar ousou fazer isso”.
“Esse tipo de invasão é inédito e lamentável”, reforça o presidente da Adusp (Associação dos Docentes da USP), Otaviano Helene.
Os policiais só abandonaram o campus, 13 horas após invasão, depois que professores iniciaram uma aula pública para mais de 800 estudantes, em frente ao prédio da reitoria. Segundo Magno de Carvalho, dirigente do Sintusp, o comandante da operação afirmou ao ir embora. “Nós vamos, mas se amanhã tiver piquete voltaremos.”
Greve continua
Os funcionários reunidos em assembléia no início da tarde aprovaram por unanimidade a continuidade da greve. Amanhã estudantes e funcionários realizam ato conjunto em frente à reitoria, a partir das 11h, para protestar contra a invasão da PM.
A reitora Suely Vilela não quis comentar a invasão militar. A nota distribuída pela assessoria de imprensa da universidade afirma que a reitoria adotou as medidas cabíveis.
As negociações com o Fórum das Seis (que representam os docentes, funcionários e os estudantes da USP, Unicamp e Unesp) estão suspensas desde o dia 25 de maio.
Os funcionários reivindicam 16% de reajuste, incorporação de R$ 200 ao salário, a readmissão do diretor do Sintusp, Claudionor Brandão, demitido em função de sua atuação à frente do sindicato e a retirada de processos contra dirigentes sindicais e estudantis.
Os professores da USP também paralisam as atividades amanhã. Os docentes realizam assembléia para discutir os encaminhamentos da campanha salarial.
<!-- Begin TwitThis script (http://twitthis.com/) -->Autoritarismo: Serra manda a Polícia Militar ocupar a USP
1 de Junho de 2009, 0:00 - sem comentários ainda<!-- -->
Desde a madrugada de hoje, 01 de junho, nós, trabalhadores da USP, estamos sofrendo mais um ato de repressão inadmissível. A universidade amanheceu completamente sitiada pela polícia. Em cada unidade da universidade há pelo menos uma viatura, e em frente ao prédio da reitoria há uma concentração de dezenas de policiais. Os policiais estão com uma atitude provocativa frente aos trabalhadores, arrancando as faixas dos grevistas, buscando abertamente causar incidentes. Isso se dá justamente após a reitoria, apoiada pelo governo do estado, ter suspendido as negociações com os trabalhadores de maneira completamente arbitrária.
Nós, trabalhadores da USP estamos em greve desde o dia 5 de maio por aumento de salário, em defesa de 5 mil trabalhadores que tem seus postos de trabalho ameaçados, pelas demandas do hospital universitário, e outras pautas específicas, e pela reintegração de Claudionor Brandão, diretor do SINTUSP demitido. A demissão de Claudionor Brandão é produto da perseguição política aos trabalhadores e ao sindicato, protagonizada pela reitoria e pelo governo Serra. Trata-se de uma política marcada pela prática anti-sindical e anti-democrática que abre um gravíssimo precedente para todos os trabalhadores brasileiros. Não podemos permitir que os trabalhadores da USP e sua legítima mobilização em defesa da democracia na universidade sofram esta coerção policial.
Chamamos todos os meios de comunicação, ativistas dos direitos humanos, sindicatos, organizações políticas, estudantes e integrantes dos movimentos sociais a se unirem a nós e impedirem esta ofensiva, que é parte da escandalosa criminalização dos movimentos sociais, prática que tem se generalizado pelo país. Chamamos todos a enviarem moções de repudio para a reitoria da USP, exigindo a retirada imediata dos efetivos policiais, e a se concentrarem na frente da reitoria, e cercar de solidariedade os trabalhadores da USP em greve há 27 dias.
Claudionor Brandão
Comando de Greve da USP
E-mail do SINTUSP para moções de apoio: sintusp@sintusp. org.br
E-mail da reitoria da USP para envio de moções de repúdio: gr@usp.br
Mais informações e fotos no Blog O DCE é Nosso!
<!-- Begin TwitThis script (http://twitthis.com/) -->A pressa dos tucanos em aprovar o AI-5 Digital e as Eleições 2010
22 de Maio de 2009, 0:00 - sem comentários aindaHá um açodamento dos que defendem o vigilantismo na Internet para que seja votado logo o PL 84/99, o Projeto Azeredo – que criminaliza práticas comuns aos usuários da WEB.
O Projeto já foi aprovado no Senado, passando a ser discutido na Câmara dos Deputados na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informação, onde está sobre a relatoria de outro tucano, o deputado Julio Semeghini (PSDB-SP).
Notícia do site Convergência Digital confirma a pressa na aprovação do Projeto por parte dos vigilantistas:
“‘O combinado é que vamos esperar até o fim de maio pelas sugestões do governo porque o plano é votar o projeto em junho. Se o governo não apresentar até lá, é porque não está interessado’, sustentou Semeghini. Ele adiantou que os temas em discussão não são necessariamente com base no texto do senador Azeredo. ‘Espero concluir o relatório em 15 dias’, disse o parlamentar.” (publicado em 22/05/2009. Disponível aqui)
Ora, por que tanta pressa na votação de tal Projeto de Lei? Uma hipótese foi levantada pelo @caribe no Twitter: “#meganao Se o PSDB tem esta pressa em aprovar o AI5 digital e pq querem a web fora das campanhas eleitorais.”
Faz todo sentido. Os setores conservadores – notadamente o PSDB – ,além do apoio evidente ao lobby que quer implementar o vigilantismo em nome de interesses econômicos, têm como objetivo principal dificultar a difusão de informações livres que acabam por desmascara-los. Essa tentativa de vigilantismo e dificultação da difusão livre de informações tem como primeiro objetivo a campanha de 2010, onde os candidatos conservadores, apoiados pelos veículos tradicionais de comunicação, tentam manter o monopólio da informação/opinião para que suas campanhas não sejam dificultadas pelo grande poder de mobilização e distribuição/construção de informações que a Rede possibilita.
Vejamos: só este ano, quatro movimentos foram realizados (e estão sendo!) com apoio ou participação decisiva da mobilização em Rede. Primeiramente o Movimento que repudiou o uso do termo “Ditabranda” em editorial da Folha de São Paulo. Outro momento importante de rompimento do monopólio da informação/opinião foi o Movimento Saia Gilmar. A terceira mobilização que gostaria de chamar a atenção é o Mega Não ao AI-5 Digital que pretende denunciar os interesses envolvidos no Projeto Azeredo(AI-5 Digital). A quarta é a Mobilização contra a CPI da Petrobrás.
Todos estes movimentos têm em comum a Internet como ferramenta para difusão de informações e de aproximação de grupos progressistas que convergem na defesa de determinados pontos. Têm também em comum a denúncia de interesses conservadores na defesa da manutenção do status quo econômico/político. É interessante notar também que todos estes processos vão de encontro à interesses diretamente ligados e/ou defendidos pelo PSDB: A Folha de São Paulo é uma das principais interessadas na eleição de José Serra, tornando seus veículos de comunicação porta-vozes dos interesses daquele pré-candidato tucano. O hoje presidente do STF, Gilmar Mendes, foi indicado ao cargo de ministro do Supremo pelo então presidente FHC num processo um tanto quanto obscuro, e – o hoje ministro do Supremo – era Procurador Geral da República naquele governo. O Projeto AI-5 Digital tem como autor do substitutivo o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG). A CPI da Petrobrás foi requerida pelos senadores do PSDB, tendo a frente o senador Álvaro Dias (PSDB-PR).
As denúncias na Internet envolvendo os dois principais nomes do PSDB para a disputa eleitoral também motivam esta pressa na aprovação do Projeto. Só para ficar em alguns casos: o pré-candidato Aécio Neves (PSDB-MG) teve os casos de tentativa de censura à imprensa mineira revelados no Documentário “Liberdade, esta palavra” que foi difundido pela Internet; o pré-candidato José Serra (PSDB-SP) não tem interesse na divulgação de informações do chamado “Escândalo da ALSTOM” que pode atingir o seu governo.
Para quem ainda se indaga sobre como o Projeto Azeredo pode afetar a liberdade da difusão de informações na Internet, gostaria de salientar apenas dois pontos: a difusão de informações que estejam “protegidas” por quaisquer direitos autorais será criminalizada se o Projeto for aprovado. A construção colaborativa de obras derivadas também, caso não se tenha a autorização prévia do autor da obra original. Só por ai se pode notar que a Lei dificulta a difusão/construção de informações.
O próximo passo desses grupos será recorrer ao Poder Judiciário para tentar restringir o uso livre da Internet no debate eleitoral. Esta tentativa foi feita através do TSE nas eleições municipais de 2008, mas sem efeitos práticos eficazes. Agora, se aprovada a Lei Azeredo, os interesses em restringir ou alijar a participação dos cidadãos online do debate eleitoral ganha reforço, uma vez que a desobediência civil à tais tentativas de restrição à participação popular nos debates políticos será criminalizada e rastreada. Assim, a tentativa será a de manter o debate político restrito aos espaços controlados por esses grupos conservadores. Isto é: manter o “espaço público” restrito aos meios tradicionais de comunicação de massa.
<!-- Begin TwitThis script (http://twitthis.com/) -->