O termo "desescolarização", ao contrário de negar a escolarização, busca sugerir práticas inovadoras para o ensino, de acordo com Guilherme Sch. Ele foi o entrevistado do Incendiário da #RadioLivrenaFeira.
Guilherme se considera um "desaprendente", no melhor sentido da palavra, buscando aplicar na prática filosofias educacionais que pretendem se afastar das instituições até então já criadas. Ele as considera opressoras por separarem a mente do corpo e seguirem um modelo racionalizado, que não leva em conta o outro e as relações sociais.
Como referencial teórico, cita Foucault, Maturama, Nietzsche, Espinoza e Paulo Freire. O objetivo, porém, não é teorizar, mas pensar uma nova disposição, em conjunto com educadores e alunos, para explorar e experimentar a educação. Tudo na prática.
A ideia é ir além de um método único. Para Guilherme, toda que vez que se cria algo estático, vai se conservando, parado no tempo, o que cria problemas de incoerência com o processo criativo das pessoas. As escolas institucionalizadas, como conhecemos hoje, são um exemplo.
"A aplicação é bem simples: não precisa de mais investimento ou capacitação. A desescolarização não acredita que o professor seja o centro. A questão de ensinar não é tão importante. O foco é a aprendizagem como um meio para a criação", afirma.
Assim, tudo é pensado através de projetos e da exploração das possibilidades de cada um. As pessoas se encontram e, então, compartilham o que querem saber e transmitir. Aproximando-se em comunidades de interesse comum, podem executar um projeto conforme pretendem - e aí está a questão: existe todo um caminho de conhecimentos necessários para que esse projeto se realize. Seria um contraponto, então, a um modelo de ensino que não respeita a vontade de aprender - e que ensina tudo, mesmo aquilo que não temos vontade.
Quer entrar em contato com Guilherme? Envie um e-mail para comunaaprendente@gmail.com
Por Jéssica Kilpp
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