Tudo à venda, parece ser o lema que a tchurma que manda no Paraná adotou.
Também tem muito sentido o velho dito dos prostíbulos: “Pagando bem que mal tem?”.
Afinal essa é a lógica do sistema. Se dá lucro, muito lucro e para poucos, que se dane a ecologia, as leis, os seres humanos, os interesses da cidade e de sua sociedade. Basta pagar que tudo muda de figura. Tudo está liberado.
Artigo sugerido por Nelba Nycz, do MidiaCrucis
Vereadores aprovam venda de títulos da Linha Verde
Quem comprar os papéis, chamados de Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepads), poderá construir prédios mais altos do que o zoneamento municipal permite
A Câmara de Vereadores de Curitiba aprovou na tarde desta quinta-feira (15) o projeto de lei proposto pela Prefeitura de Curitiba para criar a Operação Urbana Consorciada da Linha Verde. Pela proposta, o Executivo irá emitir títulos públicos de potencial construtivo na região da antiga BR-476 para serem vendidos na Bolsa de Valores. Na prática, quem comprar esses papéis, chamados de Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepads), poderá construir prédios mais altos do que o zoneamento municipal permite.
A medida seria uma ferramenta a mais utilizada pela prefeitura para desenvolver a Linha Verde, transformada de rodovia em uma avenida da cidade. Desde que as obras começaram na região, há seis anos, o número de alvarás comerciais e residenciais emitidos para obras na região aumentou 56% somente entre os 9,4 quilômetros entre o terminal do Pinheirinho e o bairro Prado Velho, próximo ao Colégio Medianeira e a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR).
Porém, espera-se elevar esse índice com a Operação Urbana Consorciada. A expectativa é captar cerca de R$ 1,5 bilhão com a negociação. Os títulos de potencial construtivo a serem vendidos terão validade para uma área de 20,8 milhões de metros quadrados ao longo da avenida, da região da e do Pinheirinho até o Atuba, no Norte da capital. Ao todo, 22 bairros devem ser beneficiados.
Votação
Os vereadores rejeitaram 12 emendas apresentadas ao projeto durante a votação em plenário. Além disso, eles recusaram um pedido de adiamento apresentado pelo vereador Jair César (PSDB), que pretendia incluir o Bairro Alto na Operação Urbana Consorciada – proposta que não foi aceita.
Como a votação desta quinta-feira foi em primeiro turno, os parlamentares deverão votar o projeto mais uma vez e, por fim, analisar a redação final. Só depois disso a proposta é considerada aprovada pela Câmara e segue para a sanção do prefeito Luciano Ducci (PSB).
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