Ismael Castagnet, administrador de sistemas e docente de programação, veio do Uruguai para questionar e debate se software livre é ou não suficiente para mudar o mundo. A sua palestra aconteceu nesta nesta quinta-feira (30), no fisl 12.
Entre os desafios para promover essa mudança, Castagnet apontou problemas como encontrar pontos de união em comunidades diferentes de software livre, incentivando com que esses grupos aprendam a trabalhar juntos para solucionar algumas discussões, como a questão das patentes.
Na visão de Alexandre Oliva, que palestrou na quarta-feira (29) sobre o GNU/Linux, patentear ou não o software livre feito pelas comunidades é uma opção. “Software livre não é obrigação, é liberdade. Se tiver vantagem de compartilhar, compartilha. Campartilhar não é uma obrigação, é uma liberdade”, explanou Oliva.
Segundo Castagnet, citar empresas como Google e IBM como exemplos de êxitos de software livre depende do contexto: se isso vai ser abordado fora da comunidade, dentro de empresas que usam esses programas, ou, com as pessoas que não têm um conhecimento aprofundado sobre o assunto.
Esse debate ainda deve ser levando a diante, pois o intuito não é chegar à alguma conclusão, mas provocar mais reflexões acerca desse movimento “Eu uso, eu gosto, eu promovo mas não é suficiente. É algo que como comunidades temos que promover mais, apŕender mais”, concluiu Castagnet.
No Uruguai, ainda não existe uma política oficial do uso de software livre. Um projeto de lei foi apresentado para a administração pública, mas não chegou a ser votado. No entanto, a comunidade uruguaia está tentando reverter esse panorama com iniciativas como a MontevideoLibre e o Hackerspace Montevideo, fundado recentemente.
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