Com ênfase nas atividades de Educação Patrimonial, através de um conjunto de ações voltadas para a compreensão e comprometimento das pessoas com a conservação do seu patrimônio, o projeto social inclui também cursos em Associativismo e Cooperativismo, voltados principalmente para uma gestão eficiente, com vistas a organização dos empreendimentos locais em futuras associações e cooperativas.
Cento e quatro famílias do Centro Histórico de Salvador estão recebendo capacitações em cursos profissionalizantes e em Gestão de Empreendimentos de Economia Solidária, que permitirão uma permanência sustentada nos imóveis que irão receber na 7ª Etapa de Revitalização do Centro Histórico de Salvador no Pelourinho.
Os cursos visam capacitar profissionalmente os moradores da comunidade através de cursos de confecção de Tortas, Lanches, Salgados, Pizza, Corte e Costura, Agente de Portaria, Artesanato, Recepcionista e Telemarketing, Oficinas de Educação Ambiental e Reciclagem de Materiais. Estão sendo realizadas também campanhas de saúde e oficinas de sexualidade e educação para jovens.
As atividades estão sendo desenvolvidas pelo Cecup – Centro de Educação e Cultura Popular, entidade com vinte e oito anos de atuação em cultura, educação popular e cidadania, em parceria com a Conder e participação da Associação de Moradores local e 396 pessoas destas famílias, já participaram das atividades realizadas até o momento.
“A comunidade está fortemente vinculada a economia do turismo, com muitos feriados e períodos festivos ao longo do ano, as atividades sofrem retardamentos na implementação dos cursos e treinamentos, que são obrigados a seguir o ritmo de vida da comunidade”, explica Edson Albuquerque (foto), técnico do Cecup.
A área tem a sua recuperação dificultada por se tratar de sítio histórico, com trabalhos de prospecção arqueológica e preservação do patrimônio, tornando necessário o acompanhamento do IPHAN, que tem dado prioridade a esta etapa da revitalização enfatizando, porém, a exigüidade do tempo para a sua conclusão, em função dos trabalhos arqueológicos imprescindíveis. Além dos trabalhos arqueológicos que imprimem baixo ritmo às obras físicas, surgem outras dificuldades, como pendências judiciais e relocação das famílias e a comunidade demanda a instalação de equipamentos públicos e redimensionamento do esgotamento sanitário.
“Os obstáculos e desafios que se colocam na conclusão das obras da 7ª etapa de revitalização do Centro Histórico passam pela complexidade do trabalho, envolvendo a articulação de esforços dos órgãos públicos municipais, estaduais e federais, além da participação da comunidade”, disse Edson.
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