Olá pessoas! Hoje vamos dar início a uma sequência de posts sobre o Linux, na verdade sobre o GNU/Linux, já escrevi antes sobre esse tema, mas não com a profundidade adequada ou desejada, que esse assunto merece. Dessa vez considero os posts mais maduros, talvez fruto de uma experiência advinda de 4 anos ininterruptos de uso, destes 3 dedicados totalmente ao uso do GNU/Linux. Sim, eu não uso outro Sistema Operacional desde 2012, pelo menos não nas minhas máquinas. Pois é, o mundo não é perfeito.
Apesar de ter muito conteúdo a respeito por aí, graças à galera que gosta de compartilhar conhecimento (ainda bem), sei que esse post pode ser útil pra alguém, principalmente para quem está começando a usar esse sistema ou pretende usar. São os meus 20 centavos de contribuição. Ao longo destes anos garimpei muita coisa, aprendi muito e muitas fontes se perderam pelo caminho. Depois da decisão de mudar de distribuição e algumas formatações depois, percebi o quanto é importante registrar o que fazemos e não ter tanto retrabalho ao configurar a sua máquina uma segunda ou terceira vez.
Assim como encontrei muita ajuda por aí, chegou a minha vez de retribuir, sob novas perspectivas e posicionamentos, espero ao longo dessa série de posts, apontar um caminho bacana pra quem quer conhecer um pouco mais desse mundo. Algo que sempre senti falta, principalmente nos fóruns, era explicação do porque usar aquele comando e não outro, e o que significavam todas aquelas siglas e atributos. Eu tinha a receita pronta pra ser reproduzida, copiada e colada, mas não conhecia os ingredientes que faziam parte da receita e desse modo, procurar outros caminhos quando aquela receita não funcionava se tornava uma atividade árdua.
Ops.. espera aí… GNU/Linux? Distribuição? Mas sobre o que é isso tudo mesmo? Bem, antes que você desista de ler, com tantos termos novos, vamos fazer as devidas apresentações.
O Sistema Operacional é um programa ou um conjunto de programas cuja função é gerenciar os recursos do sistema (definir qual programa recebe atenção do processador, gerenciar memória, criar um sistema de arquivos, etc.), fornecendo uma interface entre o computador e o usuário.
O Linux é comumente chamado de Sistema Operacional por vários usuários, mas é uma forma errônea de uso, existe aí uma combinação que podemos representar da seguinte forma: GNU + Linux, onde GNU é um sistema e o Linux é o kernel que trabalha em conjunto com esse sistema.
O sistema operacional GNU é um sistema de software livre completo, compatível com o Unix. GNU significa “GNU’s Not Unix” (GNU Não é Unix). A palavra “livre” em “software livre” se refere à liberdade, não ao preço. Você pode ou não pagar para obter software do projeto GNU. De qualquer forma, uma vez que você tenha o software, você tem quatro liberdades específicas ao usá-lo, você pode saber mais sobre isso, acessando Software Livre é livre mesmo?
O Linux na verdade é o núcleo ou kernel, e é o que as pessoas utilizam hoje associado à um sistema e acabam chamando tudo de Linux, podemos dizer que o núcleo sozinho não é útil, ele funciona como parte de todo um sistema operacional. Linux é normalmente utilizado em combinação com o sistema operacional GNU, em outras palavras, o sistema é basicamente GNU, com Linux funcionando como núcleo.
Como o Projeto Gnu é um projeto livre e tem todas as liberdades citadas acima, muitos produtos acabaram se derivando dele, e muitos outros sistemas operacionais surgiram, cada um com uma característica marcante, devem existir hoje milhares de versões diferentes, nós chamamos esses novos sistemas de Distribuições Linux, ou sabores, como já vi citado por aí. É isso mesmo, sabores, cada distribuição com a cara do dono ou donos, já que grande parte é feito de forma colaborativa… mas porque tantas assim? Bem, cada usuário sente uma necessidade especifica e monta uma distro onde essa necessidade seja suprida, tornando-a mais fácil, prática e flexível que uma outra já existente.
Uma Distribuição Linux, ou simplesmente distro, como geralmente chamamos, é um sistema operacional baseado no núcleo Linux, que inclui também um conjunto de software varíavel, um sistema gestor de pacotes e um repositório. Numa típica distribuição Linux, a maior parte do software é livre e de código aberto, estando disponível na forma de pacotes compilados previamente (binários), e de código-fonte
O que vemos hoje é que a cada dia, mais distros são lançadas e cada vez mais fáceis de usar o que tem tornado os Sistemas com base no kernel Linux cada vez mais populares. As primeiras distribuições necessitavam muito conhecimento e estudo, e seus usários em sua maioria eram estudantes de computação ou programadores.
Bom, agora que você já foi apresentado ao Sistema Operacional GNU/Linux, acompanhe os nossos próximos post, sobre as distribuições existentes, pacotes e repositórios.
Para saber mais sobre termos usados no mundo do Software Livre, veja: O que se fala em Software Livre
Até a próxima.
Fontes: TANENBAUM, Andrew. Sistemas operacionais modernos. Rio de Janeiro: LTC. 1999.
http://www.gnu.org/gnu/gnu-history.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Distribui%C3%A7%C3%A3o_Linux
http://www.hardware.com.br/guias/distros-linux/
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