Ontem as 14:00 aconteceu a mesa redonda do Feminino Livre com a participação de integrantes da comunidade das #GarotasCPBr. Confira a matéria oficial no site do #FISL12 abaixo ou no seguinte link: http://softwarelivre.org/fisl12/mesa-redonda-debate-a-participacao-das-mulheres-no-mercado-de-ti. Depois houve um bate papo no stand do Feminino Livre. Você também confere a matéria original neste link, http://softwarelivre.org/fisl12/fisl12/noticias/encontro-no-estande-do-feminino-livre-reune-homens-e-mulheres-para-discutir-a-participacao-feminina-na-ti, ou reproduzido abaixo:

O mercado de trabalho em TI ainda não é igual para homens e mulheres. Com uma participação pequena no setor, em torno de 19%, as mulheres hoje economicamente ativas vêm de uma geração em que, culturalmente, meninos são considerados mais aptos às áreas exatas. Mas não para as três integrantes da mesa promovida pelo Grupo Feminino Livre “Mulheres de TI: perspectivas de futuro”, que aconteceu na tarde desta quinta-feira, 30, durante a programação do fisl12.

Conforme dados apresentados pela Doutoranda em Ciências Sociais pela Unicamp Bárbara Castro, que desenvolve pesquisa para tese de doutorado sobre relações de gênero no mercado de TI, proporcionalmente, as mulheres têm uma remuneração em média 10% inferior aos homens, quando os dois têm o mesmo nível de formação. “Na média, as mulheres têm um nível de formação muito superior aos homens. Elas estudam e se qualificam mais, enquanto muitos homens na área técnica não têm nem Ensino Fundamental completo”, afirma.

As questões culturais e sociais, apontadas pela engenheira de testes Paloma Costa como um dos principais fatores para a baixa participação das mulheres na TI, precisam ser discutidas em escolas no ensino básico, técnico e superior. Segundo afirma, existe espaço e necessidade de mais mulheres nas empresas. “Estudos mostram que equipes mistas produzem mais, apresentam produtos melhores. É necessário termos visões diferentes sobre o mesmo projeto”, diz.

Ao falar sobre a predominância de homens nos cursos ligados à área de TI, a Docente e Coordenadora do curso de Engenharia de Computação na USC, Elaine Gatto, explica que o índice de mulheres que procuram formação na área é muito menor. Ela conta que sempre foi incentivada pela família a mexer em eletrônicos e não causou espanto aos pais quando disse que gostaria de fazer engenharia da computação. “Mas há pais que não veem dessa forma e dizem que isso é coisa de menino”, lamenta.

Outro ponto abordado, principalmente por expectadores da mesa, foi o acúmulo de tarefas pelas mulheres. Apesar de elas terem se tornado nas últimas décadas independentes e economicamente ativas, continuam sendo vistas como as principais responsáveis pela criação dos filhos, o que, muitas vezes, torna-se uma dificuldade para o crescimento na carreira. O assunto foi amplamente discutido por homens e mulheres que assistiram às discussões.

De acordo com as palestrantes, na medida em que a sociedade vai se transformando e a tecnologia se torna parte do dia a dia, a tendência é que aconteçam transformações culturais, que irão incentivar as meninas a optarem pelas carreiras de TI.

Alguns dos momentos mais produtivos e de intensa troca de informações durante o fisl acontecem nas conversas pós palestra e nos encontros na mostra de soluções livres. E por isso mesmo o estande do Feminino Livre no fisl12 foi palco de encontro de homens e mulheres para discutir a participação feminina na área de TI.

A atividade aconteceu na tarde desta quinta-feira, 30, logo após a mesa redonda “Mulheres de TI: perspectivas de futuro”, que provocou nos participantes o desejo de discutir mais sobre o tema. Para marcar o momento, além da entrega de cataventos, foram realizadas assinaturas no livro de presenças do grupo.

As fotos você confere aki: https://picasaweb.google.com/GarotasCPBr/FISL12