O DeveloperWorks, da IBM, está iniciando um blog e eu fui convidado para contribuir por lá, tratando do tema open source.
Minhas primeiras contribuições já começam a sair, e acredito que vocês terão interesse em ver o texto de hoje, que trata metaforicamente (no contexto do código aberto, claro) da saudade que os fãs de uma banda que começa a atingir o sucesso sentem sobre os tempos em que ela tocava para meia dúzia de amigos numa garagem.
Separei o trecho inicial:
Ver, no site de uma revista dirigida ao público geral (o mítico “usuário final”) de informática uma notícia sobre o lançamento do “pré-pré-alfa” de um produto da Mozilla me provocou uma longa reflexão.
Estou na estrada do código aberto e software livre há um bom tempo, mas ainda não é suficiente para deixar de lembrar que os desafios desta comunidade já foram bem diferentes.
Na década de 1990, prestes a virar oficialmente “a década retrasada”, marcas como Firefox, OpenOffice e Ubuntu jamais haviam sido mencionadas, e os usuários típicos de desktop muito raramente ouviam falar em algum software de código aberto.
Nos servidores o cenário também era bem outro: mesmo após o surgimento e popularização do servidor web Apache, ele ainda não estava associado ao vigor e segurança que a Apache Software Foundation hoje oferecem. Servidores de e-mail, DNS, autenticação e arquivos eram comumente implementados sobre softwares livres, mas pouca gente além de seus sysadmins sabiam o que isso significava.
A década foi progredindo, tivemos a virada de século, e o que era raro ficou popular: nomes como Firefox e OpenOffice passaram a ser reconhecidos fora dos pequenos círculos de entusiastas, e do subnicho anterior, passamos a algo similar ao que ocorre na música e no cinema: a existência de uma cena independente (ou “indie”), cujos principais sucessos chegam a ser divulgados ao público em geral, mas cujo dia-a-dia é vivido por um número menor de pessoas, com menos recurso e menos suporte que as bandas e cineastas do mainstream. (via https:)
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