A artista colombiana Shakira, a canadense Nelly Furtado e a cantora inglesa Lily Allen podem ser comparadas entre si por uma variedade de atributos, mas agora um deles justifica a menção simultânea das 3 aqui no BR-Linux.
Shakira, Nelly Furtado e Lily Allen
Segundo a cobertura da imprensa internacional, as duas primeiras se posicionaram de forma contrária às declarações da última, que recentemente publicou sua opinião contrária aos downloads não-autorizados de músicas em redes P2P e similares, argumentando que poderiam ser prejudiciais aos artistas, e em especial aos que estão no início de carreira.
Shakira
O BR-Linux não é a favor de nenhum ato ilegal, mas é plenamente favorável a manifestações de opinião de autores e artistas que ajudem a fundamentar a rediscussão modernizante do modelo vigente de direito autoral, em especial quando ajudam a negar o velho argumento de que as gravadoras reagem contra o pessoal que compartilha músicas em P2P por estarem preocupadas em defender os interesses dos artistas – nem todos eles assinam embaixo disso (mas não é o caso de Lily Allen, cujos argumentos também merecem ser ouvidos, e já apareceram por aqui anteriormente).
Shakira: “É a democratização da música, de certo modo.”
Por essa razão, e pelo posicionamento descrito abaixo, declaro que a artista colombiana Shakira fica oficialmente elevada ao panteão oficial do BR-Linux das Padroeiras da Modernização dos Direitos Autorais.
Antes de prosseguir, uma retrospectiva breve: segundo a descrição do Sky News, Lily Allen fez um chamado a que os compartilhadores de arquivos ilegais sejam coibidos, e a situação corrente seria uma crise na indústria musical sobre se os fãs devem ou não poder ouvir música sem pagar.
A mesma cobertura comenta que Shakira foi questionada sobre a manifestação de sua colega inglesa Lily e pegou a rota oposta à dela: Shakira acha inevitável que compartilhem os arquivos de suas músicas, e diz que gosta disso, porque se sente mais próxima dos fãs e das pessoas que apreciam sua música. E Shakira não é alguém que não tem nada a perder: um de seus discos vendeu mais de 13 milhões de cópias, e em 2006 era dela o posto de intérprete da música mais bem-sucedida comercialmente da década até então.
Nelly Furtado também opinou
Nelly Furtado não foi tão longe, mas manifestou não compartilhar da preocupação que a inglesa disse ter com o obstáculo que os downloads poderiam representar para os artistas iniciantes. Penso que um ou outro deles até se beneficia da difusão por meio da disponibilização não-controlada via P2P e similares…
Norah Jones
A mesma notícia ainda fala da opinião de Norah Jones, que disse que ela mesma fica feliz se as pessoas ouvem assim, e que acha ótimo que quem não tem dinheiro para comprar discos pode ter acesso à sua música. Mas ela também acha que isso não é ideal para as indústrias, e nega a artistas iniciantes a oportunidade de faturar vendendo discos – mas ao menos eles ganham com os shows, ela acrescenta.
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