Monty Widenius, cuja empresa vendeu o MySQL para a Sun, há algumas semanas vem travando uma longa e ruidosa batalha para tentar convencer entidades regulatórias a de alguma forma impedir que a Oracle adquira o MySQL junto no momento em que se concretize a aquisição da Sun por ela.
Parece ser consenso que esta batalha não é em prol da liberdade do código do MySQL – esta é a posição inclusive do Software Freedom Law Center. Parece também que a batalha é em defesa de um nicho de mercado, ou dos interesses de quem já atua, ou pretenderia atuar, neste nicho específico.
Mas quando se trata de mercados, pode haver múltiplas visões a respeito de cada fato, e Marc Fleury apresentou a sua, que aparentemente quer dizer que Monty, no afã de levar alguma água para os interesses de seu próprio nicho, pode estar envenenando o poço para todos os empreendedores do código aberto que no futuro gostariam de trilhar a estratégia da saída ou capitalização via aquisição por uma empresa maior.
E Marc Fleury conhece este contexto: ele também participou de uma bem-sucedida venda de companhia open source (a Red Hat comprou o JBoss há alguns anos), e até hoje seu produto – tão livre quanto antes – gera mais de US$ 100 milhões por ano para a empresa.
Para ele, o jus esperneandi de Monty para “salvar” o MySQL pode causar preocupações em outras empresas que teriam interesse em investir em produtos open source no futuro, pois elas passariam a ter de se preocupar com o esperneio de ex-envolvidos e o poder que este tipo de barulho pode ter sobre o tempo de análise por parte de órgãos reguladores.
Ou, como ele escreveu em maiúsculas, “ESTÁ VENDIDO! FIM DE PAPO! Ao menos para a parte corporativa da história”.
(via h-online.com)
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