Um looooooongo texto, dividido em 3 páginas, apresentando um histórico detalhado da derrocada da Nokia nos anos recentes, descrita como uma busca incessante por 2 alternativas que, nas mãos da gestão existente, correspondiam a becos sem saída.
Como vinha do The Register, aproveitei uma oportunidade para consultar colegas que atuaram nos empreendimentos da Nokia no período citado, e confirmaram as linhas gerais dos fatos narrados.
Mas o texto é bastante opinativo, então leia com o bom senso ligado no máximo.
Cronologicamente a história começa na busca frenética da Nokia (após a revolução no mercado criada pelas apps do iPhone) por uma alternativa consolidada de framework para incentivar o desenvolvimento de aplicativos para as plataformas da empresa, que acabou se associando à aquisição da Trolltech (e do Qt) e ao imprevisto surgimento de 3 frameworks diferentes dentro da empresa (Hitchcock, Orbit e libdui), que a seu tempo acabaram sendo descontinuados.
O texto continua até a irônica situação do momento da chegada de seu atual CEO (o que resolveu se agarrar ao Windows Phone como tábua de salvação, e declara não ser um cavalo de troia) – ele chegou bem quando a empresa havia conseguido finalmente se entender e escolher um framework unificado e tecnicamente interessante, o Qt Quick.
Os comentários sobre a abertura de código do Symbian, que demorou demais e não pôde produzir os frutos esperados, são interessantes, mas entre os aspectos que me chamaram a atenção destaco a descrição do relativamente recente aparelho N97, que era a esperança de ser o “iPhone killer” da Nokia, e talvez tenha sido o apogeu das plataformas Symbian em termos de hardware. Mas a verba de marketing disponível não foi suficiente para segurar as consequências das decisões sobre a quantidade de memória ou os atributos da tela touch colocada no aparelho, nem a recomendação de que os desenvolvedores continuassem fazendo seus aplicativos com base nas antigas APIs do Symbian S60, por segurança.
A leitura é longa mas interessante para este final de semana pós-Carnaval. (via theregister.co.uk)
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