Trecho da minha coluna no TechTudo sobre os desafios de agradar a uma comunidade exigente e diversa.
Via techtudo.com.br:
Não é pacífica a evolução das interfaces gráficas open source. O caráter comunitário, que é sua grande força criadora e impulsionadora, também serve como um grande complicador na hora de definir rumos, com correntes conservadoras e progressistas permanentemente se engalfinhando.
Observando de fora, frequentemente parece uma situação injusta para os desenvolvedores e outros participantes diretos na criação do software, pois o desenvolvimento ocorre de forma aberta e transparente. Os novos recursos inseridos são do conhecimento de todos e atendem a solicitações da própria comunidade e, mesmo assim, na hora que uma nova versão sai do estágio beta para o de produção, uma parcela bastante visível dos usuários reclama porque a nova versão é diferente da anterior.
Sim, no parágrafo acima eu simplifiquei demais a situação, e muitas vezes os usuários em questão criticam aspectos específicos em que o ganho representado pelas mudanças é questionável. Mas isso não torna menos complicada a situação de quem gastou longas horas de trabalho implementando mudanças que, muitas vezes, surgiram também dos pedidos insistentes de outros usuários.
O ambiente gráfico GNOME é um dos que atualmente passam por essa categoria de inferno astral no que diz respeito às expectativas de parte de seu público: após uma longa lua de mel com os usuários, e anos de sucesso como o desktop default de algumas das distribuições Linux mais populares, o GNOME 2 (que foi a série corrente entre 2002 e 2011) foi sucedido pelo GNOME 3, teve seu shell substituído pelo Unity na distribuição Ubuntu, e a partir daí passou a viver um torvelinho de opiniões conflitantes.
De um lado, é claro, estão os (…)
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