The Pirate Bay vendido por US$ 7,8 milhões
30 de Junho de 2009, 0:00 - sem comentários aindaApós a “cultuada” aparição de Peter Sunde no FISL 10 que ocorreu semana passada em Porto Alegre, é noticiada a venda do talvez mais famoso site de Torrents do mundo.
A empresa Global Gaming Factory (GGF) anuncio a aquisição do The Pirate Bay pelo equivalente a US$ 7,8 milhões. Em comunicado, a GGF afirmou que o site precisa de um novo modelo de negócios para sobreviver.
Um comunicado no blog do Pirate Bay comenta a aquisição, dizendo que está sendo vendido por um preço abaixo de seu valor e que “dinheiro não é o que importa”.
“A parte interessante é ter as pessoas certas e com a atitude certa administrando o site. Na internet, o que não evolui morre”, diz o texto.
O comunicado do Pirate Bay informa que os lucros da venda serão destinados a ajudar projetos de liberdade de expressão e abertura na rede.
Software Livre no Irã
20 de Junho de 2009, 0:00 - sem comentários aindaVocê já deve estar saturado de informações sobre as eleições no Irã, o que é comum na mídia brasileira que sempre bate na mesma “tecla”. Mas ao contrário do que muita gente pensa, o Irã é um país da juventude, o terceiro país que mais bloga no planeta, o que comprova que o Irã é Uma Nação de Bloggers. Além disso, se você assim como eu, é um viciado no Twitter, já deve ter percebido que o tópico #iranelection está no topo do Trending Topics do Twitter, ou seja, é o assunto mais twittado no momento. Os internautas iranianos tem utilizado essa ferramenta como forma de protesto e organizar manifestações.
O que isto tem haver com Software Livre? Sendo o Irã um país com um grande número de internautas podemos deduzir que existe um movimento forte do Software Livre neste país! E é sobre isto que irei falar neste artigo.
A mais de 15 anos utiliza-se Software Livre em muitas universidades iranianas, iniciado pelo projeto da Sharif University que desenvolveu uma distribuição GNU/Linux nacional, a partir de 2001 foi iniciado um estudo de viabilidade do GNU/Linux no centro de pesquisas TIC Sharif University, alguns meses depois o projeto foi apresentado ao governo e após 2 anos de um trabalho árduo o software livre e principalmente o GNU/Linux foi adotado oficialmente, iniciando assim a saga do FOSS no Irã!
Nem só de argumentos financeiros se resume a decisão do governo iraniano na época, os principais motivos da adoção foram a possibilidade de construir uma infra-estrutura de segurança tecnológica, independente de fornecedores e assim promover a industria local de software.
Os objetivos do projeto FOSS no Irã são popularizar o software livre como uma alternativa ao uso empresarial, doméstico e governamental, possibilitando a existência e manutenção de sistemas em linguagem Persa. Além de estimular e valorizar a cultura do Software Livre no país.
As políticas para o sucesso da implementação do código aberto no país apoia-se no trabalho conjunto de várias instituições, dividindo o trabalho em setores em função da produtividade. O governo elabora as políticas e financia o projeto, a universidade conduz o projeto tecnicamente – “pondo a mão no código” – e algumas empresas privadas colaboram com projetos de internacionalização dos sistemas. A comunidade relata os bugs e ajuda os novos utilizadores a encontrar soluções com ferramentas de código aberto. E ainda todos tem acesso aos materiais de formação e dados sobre os gastos financeiros do projeto.
Os principais projetos iranianos com Software Livre são baseados no suporte a lingua persa em sistemas GNU/Linux, são eles: “Unicode Bi-directional Algorithm and Joining,” “Persian Sorting, Loose Searching and Persian Locale Requirements”, “The Jalali Calendar”, “Persian Keyboard”, and “Persian Open Type and Reference Font”. Projetos que são aplicados nas seguintes bibliotecas de código aberto: glibc (Biblioteca GNU para linguagem C), bibliotecas base do KDE (QT Kdebase, biblioteca base do GNOME (gtk +), e nos servidores: com MySQL, PostgreSQL, IMP e webmin, todos concluídos. E nos desktops Korganizer, Novell Evolution, aspell, OpenOffice.org, Mozilla (em andamento), traduções do GNOME e KDE e ainda um dicionário Persa-Inglês. Tudo isso hospedado e compartilhado livremente em http://projects.foss.ir/
Não poderia falar tanto do Software Livre no Irã sem citar suas principais distribuições:
- Shabdix: Distribuição GNU/Linux com Live CD, baseada no Knoppix e com a interface Persa. Esta foi a primeira distribuição iraniana, e busca ser fácil para usuários “normais”.
- Learnux: Uma distribuição baseada em Slack, que busca servir de base para o aprendizado, vem com muito material voltado a educação em diferentes formas de mídias e documentos.
- Parsix: Também baseada no Knoppix mas também em Debian Sid, utiliza de ambiente de desktop GNOME e é mantida pelo Iran GNU/Linux User Group (www.ilug.org)
- Karamad: Distro mantida pela DPI, a principal empresa de TI do país. É uma distro comercial e possuí variações para diferentes formas de uso: Servidores, Desktops e etc..
- Sharif Linux: Uma distribuição baseada em Fedora com interface Persa.
- Farlix: Mais uma baseada em Slack, com interface Persa.
Infelizmente o governo do Irã ainda não é “100% Software Livre”, pois ainda não há uma empresa que mantenha totalmente uma solução de código aberto para o país. Mas com o avanço do FOSS no Irã, este objetivo caminha para a realização.
O que se torna difícil pois muitas empresas vêm o Software Livre como inimigo, como uma maneira de substituir totalmente o Window$, que é o foco de muitas empresas da área de TI do país. Já com servidores a história é diferente, os benefícios do FOSS são conhecidos e o governo o exige ao contratar serviços terceirizados.
Já existem empresas obtendo lucros com Software Livre no Irã, o modelo de negócios baseia-se no suporte e migração de sistemas, personalização de distro (sistema operacional), e configuração/manutenção de servidores (unanimidade do Software Livre no país e mundo a fora).
As principais comunidades de software livre no país são: www.Lugir.org, www.technotux.org, www.irantux.org e www.foss.ir
Em 2006 o GNU/Linux passou a fazer parte de uma formação profissional no país e houve o lançamento do livro: “Introduction to Free/Open ource software”.
Conheça a FOSS.ir
Python: Twittando com python-twitter
17 de Junho de 2009, 0:00 - 3 comentáriosDispensando formalidades, neste post pretendo mostrar um módulo muito interessante do Python, o python-twitter, como o nome já diz, este módulo é uma forma de facilitar a “comunicação” de seus aplicativos com a API do Twitter. Com este módulo podemos criar com poucas linhas programas úteis de integração com Twitter.
Procure por python-twitter nos repositórios de sua distribuição, ou baixe os pacotes na página do projeto no Google Code.
Nas distribuições Debian-based (como o Ubuntu) utilize:
apt-get install python-twitter
Se tudo ocorreu bem na instalação, você já pode abrir um Terminal e chamar o console do Python:
~$ python
Python 2.5.2 (r252:60911, Jan 4 2009, 17:40:26)
[GCC 4.3.2] on linux2
Type “help”, “copyright”, “credits” or “license” for more information.
>>>>
Agora vamos importar o módulo python-twitter
>>> import twitter
>>> api=twitter.Api()
Acima importamos o módulo twitter e criamos a variável api.
Listar a timeline pública recente:
>>> statuses=api.GetPublicTimeline()
>>> print [s.user.name for s in statuses]
Legal? Para exibir a timeline recente de um usuário especifico use:
>>> user=”felipeborges”
>>> statuses=api.GetUserTimeline(user)
>>> print [s.user.name for s in statuses]
A variável user pode receber o login do usuário no Twitter ou a sua ID.
Para autenticar uma conta (login) basta instanciar a classe twitter.Api com o nome de usuário e senha. Exemplo:
>>> api = twitter.Api(username=’felipeborges’, password=’*******’)
Para listar os amigos, depois de autenticado, basta:
>>> users=api.GetFriends()
>>> print [u.name for u in users]
E o que faltava, é claro: Twittar!
>>> status = api.PostUpdate(’Brincando com Python-Twitter’)
>>> print status.text
Brincando com Python-Twitter
Existem ainda outros métodos, como os listados abaixo:
>>> api.PostDirectMessage(user, text) # P/ enviar uma mensagem direta
>>> api.GetUser(user) # Obter usuário
>>> api.GetReplies() # Exibir respostas
>>> api.GetUserTimeline(user) # Exibir a timeline de um user especifico
>>> api.GetStatus(id) # Exibir Status (último tweet)
>>> api.DestroyStatus(id) # Apagar tweet, informando sua ID
>>> api.GetFriendsTimeline(user) # Exibir a timeline de um amigo
>>> api.GetFriends(user) # Exibir amigos do usuário informado
>>> api.GetFollowers() # Exibir Followers
>>> api.GetDirectMessages() # Exibir menságens diretas
>>> api.PostDirectMessage(user, text) # Enviar uma menságem direta
>>> api.DestroyDirectMessage(id) # Apagar mensagem direta (id da msg)
>>> api.DestroyFriendship(user) # Remover amigo
>>> api.CreateFriendship(user) # Seguir usuário
Mais em: Python: module twitter
E este é o tema da próxima vídeo aula, desta vez com um microfone melhor, irei criar um simples cliente para o Twitter em PyGTK! Aguardem!
Opera: Reinventando a Web
16 de Junho de 2009, 0:00 - sem comentários aindaO Opera, do conhecido porém pouco popular browser, resolveu “reinventar a Web” e lançou recentemente o Opera United, transformando seu computador em um servidor Web.
A ideia é conectar seu computador diretamente com seus amigos, colegas de trabalho, familiares e etc. através de aplicações chamadas de “Opera Unite services“, que podem ser desenvolvidas por WebMasters.
Opera Unite é uma tecnologia única que transforma qualquer computador ou dispositivo em execução em um servidor Web. Em outras palavras, o seu computador (executando Opera Unite) é realmente parte da Web, e não apenas interage com ela. Com o Opera Unite, todos os dias usuários comuns podem hospedar e partilhar conteúdos e serviços diretamente a partir de seus próprios computadores, sob a forma intuitiva de aplicações. Mas o que posso fazer com ele?
Com o Opera Unite, os programadores podem desenvolver aplicações (conhecido como Opera Unite Services) que busca uma ligação direta dos computadores pessoais, de modo que você pode se conectar com um ou mais dos seus amigos ao mesmo tempo. Tudo acontece por meio do navegador, de forma que nenhum software adicional tem de ser baixado, o Opera está disponível para Windows, Mac, Linux e, mais tarde, telemóveis e outros dispositivos. O Opera oferece a plataforma e você desenvolve as aplicações, nas quais o poder de criação é limitado apenas pela sua imaginação.
Muito superficial ainda? Vamos aos exemplos práticos:
Opera Unite Jukebox
Já pensou em executar suas músicas sem a necessidade de um player? Tudo no navegador? Legal? Nem tanto, mas o Opera Unite Jukebox vai mais longe, com ele seus amigos podem saber a música que você está ouvindo em seu computador e ouvi-las também em seus navegadores, assim seu navegador serve de servidor web para que seus amigos interajam com o seu conteúdo multimídia, fantástico, não é? Se é, e não acaba por aí! Um grupo de amigos (você e seus amigos) podem compartilhar por exemplo 10 músicas cada, assim formando um Jukebox na internet, possibilitando que todos vocês (ou quem permitirem) ouçam todas as músicas compatilhadas! Podendo-se até criar uma rádio com múltiplos colaboradores!
Todos os usuários podem criar aplicativos, ou seja, limitando a qualidade do serviço a sua criatividade!
Abaixo veja um vídeo explicando o que você leu acima:
Download:
Acordo Ortográfico: Não se precipite nas traduções
13 de Junho de 2009, 0:00 - sem comentários aindaNão é de hoje que muitos estrangeiros vêem com mal gosto o povo brasileiro, mas ao ouvir isso me pergunto: “Será mesmo que somos tão ruins? Já fizemos por merecer esse rótulo?” A resposta é freqüentemente clara e a história explica!
Antes de entrar em mais detalhes da história do acordo ortográfico, quero deixar-te com água na boca pelo que esta por vir; você deve ter notado, que até agora (segundo paragrafo deste texto) não utilizei das novas regras do acordo, ficando bem claro no acento em “vêem” e na trema do “freqüentemente”. Não me pergunte o por quê disto, tire sua própria conclusão! Só posso adiantar que: utilizei da regra antiga para não precisar efetuar futuras alterações neste texto.
Segundo o minidicionário Luft (publicado em 2002), a palavra Acordo significa: “1. Ajuste; combinação. 2. Conciliação. 3. Conformidade. ” Concluindo, deve haver concordância em ambas as partes! Mas não é bem isso que os nossos acordos tem significado.
Vamos as datas históricas:
Acordo de 1931
Em 1924 a Academia das Ciências de Lisboa e a Academia Brasileira de Letras começaram a procurar uma ortografia comum, firmando-se um acordo preliminar em 1931 que praticamente adoptava a ortografia portuguesa de 1911, iniciando-se assim um longo processo de convergência das ortografias dos dois países.
Infelizmente em 1943 o Brasil “deu pra trás”, e incorporou novos vocábulos rompendo com a pátria mãe da língua portuguesa, Portugal.
Acordo de 1945
Me parece que dessa vez, quem tomou a frente da decisão de unificar foram os nossos “amigos” tugas. Mas o Brasil mostrou-se “infantil” em concordar com o acordo e manteve o formulário ortográfico de 43.
1973: Será que agora vai?
Não! Mais uma vez o acordo não pegou, como diz o meu professor de gramática Cleber Tramazoli: “Só no Brasil as coisas precisam pegar!” Em 1971, novo acordo entre Portugal e o Brasil aproximou um pouco mais a ortografia dos dois países, suprimindo-se os acentos gráficos responsáveis por 70% das divergências entre as duas ortografias oficiais (nos homógrafos e nos vocábulos derivados com o sufixo -mente ou iniciado por -z-). Em 1973 recomeçaram as negociações e, em 1975, as duas Academias mais uma vez chegaram a acordo, o qual não foi contudo transformado em lei, em parte devido ao período de convulsão política que se vivia em Portugal.
Em 1986, o presidente José Sarney do Brasil tentou resolver o assunto e promoveu um encontro dos sete países de língua portuguesa no Rio de Janeiro. Deste encontro, saiu um acordo ortográfico e mais uma vez o acordo não foi por diante, devido ao enorme alarido que se levantou em Portugal e no Brasil, nomeadamente a propósito da supressão da acentuação gráfica nas palavras esdrúxulas (ou proparoxítonas), ou seja deixaria de haver distinção gráfica entre palavras como música/musica, fábrica/fabrica, análise/analise, cópia/copia, cágado/cagado etc. Este último exemplo foi amplamente divulgado no Brasil à época pelos opositores da mudança.
1986: Ano de Copa do Mundo! Será que vai?
Da reunião de representantes dos, na época, sete países de língua portuguesa (CPLP) no Rio de Janeiro resultaram as Bases Analíticas da Ortografia Simplificada da Língua Portuguesa de 1945, renegociadas em 1975 e consolidadas em 1986, que nunca chegaram a ser implementadas.
Antes que você se canse de tanto vai e vem, vou lhe adiantando, a história não muda nada!
1990: Desta vez a reunião foi em Lisboa
Bela terra! Exaltada na prosa de Eça de Queiroz, Lisboa foi a sede de mais um encontro do comboio dos infernos, digo, dos falantes da língua portuguesa. Segundo fontes “nada confiáveis”, este acordo foi tratado como uma bobagem, foi assinado mas não foi cumprido!
2008: Agora governados pelo considerado “O Cara!”
Muito tempo se passou desde 1931, muitos presidentes (representantes) não tiveram pulso firme para assinar e levar adiante o acorde de unificação da língua portuguesa. Mas “O Cara”, o formidável, o conceituado e por quê não grande intelectual Luis Inácio Lula da Silva deu a cara a tapa, assinou o acordo ortográfico, no qual a Academia Brasileira de Letras elaborou diversas mudanças para unificar o idioma entre os países falantes. Falei Unificar! Mas infelizmente não ocorre o esperado, somente o Brasil adotou o tratado. Voltando ao início deste artigo, você lembra a definição de Acordo? Como pode existir um acordo entre Brasil, Portugal e os demais falantes da língua, se somente os brasileiros decidiram e somente nós adotamos! Sim! Unificamos, tornamos único!
E agora? Façam suas apostas para o fim do acordo de unificação! Pois ele virá! “Pai Felipe de Odum! cartas, dados e búzios! “