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7 de Dezembro de 2009, 0:00 , por Software Livre Brasil - | Ninguém está seguindo este artigo ainda.

“Dilma, eu não me engano, privatizar é coisa de tucano”

7 de Fevereiro de 2012, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

“Dilma, eu não me engano, privatizar é coisa de tucano”, entoam manifestantes em frente à Bovespa

CUT, CMP, CGTB, Sindicatos e partidos populares se somaram no ato contra a privatização dos aeroportos e em defesa do patrimônio público

Por Leonardo Severo, no site da CUT

“Dilma, eu não me engano, privatizar é coisa de tucano”, entoaram nesta segunda-feira (6) manifestantes concentrados em frente à Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), contrários ao processo de privatização dos aeroportos.

O protesto reuniu militantes do Sindicato Nacional dos Aeroportuários (SINA), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central de Movimentos Populares (CMP), Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Partido dos Trabalhadores (PT) e Partido Pátria Livre (PPL), que se pronunciaram contra a entrega do patrimônio público nacional. A privatização dos aeroportos de Cumbica, em Guarulhos, de Viracopos, em Campinas, e Juscelino Kubitschek, em Brasília, que juntos respondem por 30% da movimentação dos passageiros, 57% da carga e 19% das aeronaves do sistema brasileiro foi denunciada como um “crime de lesa-Pátria”.

“É preciso falar o português claro, pois não tem sentido nenhum dar dinheiro público para os estrangeiros virem tomar o que é nosso. Infelizmente é o patrimônio do Brasil que está sendo entregue pelo governo que nós ajudamos eleger. É a pauta dos derrotados, vindo com força”, denunciou Francisco Lemos, presidente do SINA.

Lemos lembrou que primeiro o governo disse que não havia dinheiro para modernizar os aeroportos diante da urgência da Copa do Mundo – e que era preciso garantir a participação estrangeira no leilão. Depois, o BNDES foi acionado para financiar a desnacionalização, o que é totalmente absurdo.

Como sintetizou o secretário de Administração e Finanças da CUT Nacional, Vagner Freitas, “a privatização dos aeroportos representa um descarrilhamento do governo”. “A proposta neoliberal de sucateamento do patrimônio público e abertura ao capital internacional foi derrotada nas urnas, pois todos sabemos o que significou a privatização da telefonia, da energia e da siderurgia. Neste momento em que o país precisa crescer e se desenvolver para enfrentar os impactos da crise internacional, não podemos permitir o retrocesso. Ao privatizar os aeroportos, o governo não está sendo leal com o voto das urnas e a CUT não vai admitir esta violência”, ressaltou Vagner.

“Coerente com o que defendemos e pensamos quando enfrentamos a polícia e a repressão nos anos 90, estamos aqui hoje para denunciar o absurdo que é entregar o filé do transporte aéreo brasileiro, os melhores e mais lucrativos aeroportos à iniciativa privada. E pior, com 80% dos investimentos oferecidos pelo BNDES, que é um banco público”, acrescentou Quintino Severo, secretário geral da CUT Nacional.

Representante da CMP, Luiz Gonzaga (Gegê) denunciou a privatização como um retrocesso lamentável e defendeu a mais ampla mobilização da sociedade brasileira para impedir o prosseguimento de tal crime.

O presidente da CGTB, Ubiraci Dantas de Oliveira destacou a importância da unidade das centrais e do movimento social para a luta em defesa do Brasil. “Nós precisamos de um Estado cada vez mais forte e atuante em defesa dos interesses do nosso povo, do desenvolvimento nacional. Privatizar é o oposto disso, é abrir mão da soberania”, condenou Bira.

Para o diretor executivo da CUT Nacional, Júlio Turra, o momento exige dos movimentos sindical e social uma ação mais contundente, “para não dar vida fácil aos privatistas e aos que querem continuar perpetrando crimes como este contra o patrimônio público”. “Não vamos permitir que continuem metendo a mão em recursos públicos, em dinheiro do BNDES, para dar lucro garantido a meia dúzia de assaltantes”, acrescentou o secretário de Políticas Sociais da CUT São Paulo, João Batista Gomes (Joãozinho).

Membro da direção nacional do PT, Marcos Sokol lembrou que um serviço público essencial, como e o caso dos aeroportos brasileiros, funciona na base de subsídio cruzado, onde a parte lucrativa garante a deficitária. “Agora querem privatizar o filé, deixando o osso para o Estado. Isso é um crime, uma concessão ao capital internacional, é a volta dos que não foram, na realidade. Se há males que vêm para o bem, posso dizer que esse crime contra a nação brasileira não ficará impune”, acrescentou Sokol.

Em nome da Juventude Pátria Livre (JPL), Antonio Henrique denunciou que a privatização dos aeroportos é “um ato praticado pelas viúvas de FHC, que depois de terem vendido 121 estatais lucrativas querem agora continuar entregando aos estrangeiros a nossa fronteira aérea, dilapidando a nossa empresa de infraestrutura aeroportuária”. “O que precisamos é de mais Estado, de empresas públicas para fazer o Brasil crescer”, concluiu.




Dilma rasga o discurso de campanha

7 de Fevereiro de 2012, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

O erro da privatização dos aeroportos

Por Altamiro Borges, em seu blog

Em um ano de governo, a presidenta Dilma Rousseff mostrou-se pouco ousada, mas não bancou retrocessos de maior gravidade. Nesta segunda-feira (6), porém, ela macula o seu mandato com o leilão para a “concessão” de três dos mais rentáveis aeroportos do país – Guarulhos, Campinas e Brasília. O seu discurso antiprivatista de campanha, que acuou os tucanos, será jogado pelo ralo.

Os argumentos usados para justificar a privatização não convenceram os trabalhadores do setor, os movimentos sociais e vários estudiosos desta matéria estratégica. Fala-se da ausência de recursos públicos para modernizar os aeroportos e da urgência de investimentos para atender a crescente demanda do setor. A Copa do Mundo e as Olimpíadas são apontadas como motivos da pressa no leilão.

A desculpa da falta de recursos

Como já apontou o economista Paulo Kliass, a desculpa da falta de verbas para os investimentos necessários não tem consistência:

Recursos sobram no Orçamento! O problema é a prioridade definida pelas autoridades para a sua utilização. Encerradas as contas de 2011, por exemplo, apurou-se que o Estado brasileiro forçou a geração de um superávit primário no valor de R$ 130 bilhões ao longo do ano. Uma loucura! Mais de 3% do PIB destinados exclusivamente para o pagamento de juros da dívida pública.

Agora basta uma simples comparação. A operação de privatização desses três aeroportos vai render R$ 240 milhões por ano aos cofres da União. Ou seja, se houvesse destinado apenas minguados 0,2% do superávit a cada ano para esse importante compromisso, não precisaria transferir a concessão dos aeroportos ao capital privado.

A cobiça das empresas “privadas”

O que justifica, então, privatizar este importante patrimônio público? Construídos com dinheiro do povo, estes três aeroportos são responsáveis por 30% do total do transporte de passageiros, 57% do total das cargas e 19% das aeronaves que circulam em todo o país. Eles sempre foram alvo da cobiça de poderosas empresas “privadas”, nacionais e estrangeiras.

Com o crescimento da demanda no setor, decorrente do aquecimento do mercado interno e da melhoria do poder aquisitivo dos brasileiros, este apetite cresceu ainda mais. As corporações empresariais enxergam nestes aeroportos verdadeiras minas de ouro. Para forçar a privatização, elas contam com ajuda da mídia privatista, que faz terrorismo com os chamados “apagões aéreos”.

Cedência à pressão dos monopólios

Alguns “calunistas” da mídia parecem condenar as pessoas de baixa renda pelo “caos” nos aeroportos, amplificando a visão preconceituosa das elites. Durante o governo Lula a aviação comercial teve um crescimento vertiginoso no país – com a expansão de 118% nos últimos oito anos. Em 2011, pela primeira vez na história deste país, as viagens de avião ultrapassaram as realizadas em ônibus interestaduais. Daí a violenta gritaria da mídia pela privatização do setor.

Diante desta violenta pressão e dos reais gargalos do setor, que decorrem da falta de investimentos nas três últimas décadas e do seu longo processo de sucateamento, Dilma Rousseff resolveu ceder. A presidenta parece ter pressa. Ela teme o caos, com as filas e a gritaria midiática, principalmente por ocasião dos dois eventos esportivos. Mas quais as conseqüências da privatização?

Soberania nacional corre riscos

Entre outros efeitos negativos, a entrega à iniciativa privada dos aeroportos põe em risco a própria soberania. É preocupante que áreas estratégicas, consideradas de segurança nacional, sejam invadidas por empresas que visam somente o lucro, que não têm qualquer compromisso com a nação. Este temor é que explica a histórica resistência da cúpula da Infraero, formada por militares.

Não é para menos que a maioria dos aeroportos do mundo está sob controle do Estado, inclusive nos EUA – nação tão paparicada pelas mentes colonizadas e entreguistas. Após os atentados de 11 de setembro de 2001, o governo ianque inclusive reforçou este controle. Até as empresas terceirizadas passaram a ser mais fiscalizadas.

Desmantelamento da malha aérea

Além da razão política, a privatização terá conseqüências danosas para a sociedade. É bom lembrar que este sistema é interligado. A Infraero gerencia 66 dos 67 aeroportos no território brasileiro. Eles representam 97% do movimento do transporte aéreo regular, o que corresponde a 2,6 milhões de pousos e decolagens, transportando mais de 155 milhões de passageiros por ano.

Neste sistema interligado, os aeroportos mais rentáveis ajudam a manter os mais deficitários, de menor fluxo de passageiros, mas decisivos para o transporte regional. Ao privatizar Guarulhos, Campinas e Brasília, estes perderão importante fonte de recursos, o que levará ao desmantelamento de toda a malha aérea – a exemplo do que já ocorreu com a privatização do setor ferroviário.

O usuário será prejudicado

Como explica Francisco Lemos, dirigente do Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina), “o modelo da Infraero é muito parecido com a relação de alguns estados da federação, onde os mais rentáveis subsidiam os mais deficitários. A arrecadação é centralizada e redistribuída para manter o sistema. A privatização deixará no esquecimento aqueles aeroportos deficitários mais longínquos”.

Ela dá um exemplo hipotético sobre o risco da desintegração da malha aérea. “Você se desloca de São Paulo para um aeroporto deficitário, vamos supor, em Juazeiro. Não se sabe em que condições o avião pousará lá, como estará sua pista, seu atendimento. As companhias não vão mais querer fazer determinadas rotas. E quem sentirá realmente o prejuízo será o usuário”.

Menos manutenção e segurança

Indignado, ele lembra que a Infraero é altamente lucrativa e foi considerada no início de 2011 a segunda melhor empresa gestora de aeroportos do mundo. Nada justifica, portanto, ela ser minoritária nos aeroportos privatizados. “Ela é muito eficiente em seu produto final. É cobiçada por vários países, que tentam firmar acordo com o Brasil para que ela administre os seus aeroportos”.

Além do desmantelamento da malha aérea, nada garante que os três aeroportos privatizados serão modernizados, melhorando o atendimento aos usuários. Pela lógica do sistema, os capitalistas visam o lucro. Será que investirão a contento na segurança ou na manutenção dos aeroportos? Eles não cortarão custos, inclusive demitindo trabalhadores, para elevar sua rentabilidade?

Demissões e precarização do trabalho

O dirigente da Sina não vacila nas respostas. Para ele, a tendência é que muitos funcionários da Infraero, “com todo o seu know-how e experiência, serão descartados. Quando se vê o perfil do pessoal da Infraero, nota-se que é um profissional mais antigo, com mais de 30 anos. Nas empresas privadas que atuam no setor predomina a garotada de 20 anos, com salários menores”.

Outro grave problema é que as regras para a “concessão” são um presente para os poderosos monopólios privados. No leilão de hoje, Guarulhos tem um lance mínimo de R$ 3,4 bilhões, com concessão de 20 anos. Viracopos tem um valor inicial estipulado em R$ 1,5 bilhão e prazo de uso de 30 anos. Brasília teve o lance mínimo arbitrado em R$ 582 milhões, com prazo de uso de 30 anos.

O contrato cria a chamada Sociedade de Propósito Específico (SPE) com o objetivo de gerir o negócio, onde o capital privado fica com 51% dos votos e a Infraero com 49%. Devido à urgência das obras, a tendência é que a SPE receba empréstimos do BNDES. O edital também não fixa as contrapartidas, como a responsabilização do consórcio ganhador pelos aeroportos de menor fluxo.

PS do Viomundo: O Plano Nacional de Banda Larga, tocado para beneficiar as empresas de telefonia primeiro e os usuários depois, deu o tom de como seria a relação do governo Dilma com o setor privado. A lógica é a mesma de sempre: onde houver lucro entram as empresas privadas; onde houver prejuízo fica o estado.

Leia também:

Santander tem só 15% dos ativos, mas 30% do lucro no Brasil




Carta de Porto Alegre do III Fórum de Mídia Livre

3 de Fevereiro de 2012, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

Nós, participantes do III Fórum de Mídia Livre, realizado no âmbito do Fórum Social Temático, em Porto Alegre entre os dias 27 e 28 de janeiro de 2012, vimos reafirmar o reconhecimento da comunicação como um direito humano e social e um bem comum, cuja defesa deve ser objeto da luta das mídias livres, do conjunto dos movimentos sociais e alcançar a sociedade como um todo.

Num momento em que a comunicação assume papel central nas lutas ao redor do mundo, como se tem visto na Primavera Árabe, no movimento dos indignados e de ocupações públicas e que, ao mesmo tempo, surgem ameaças de cerceamento à liberdade de expressão com medidas de controle da internet, a exemplo dos projetos SOPA e PIPA em discussão nos Estados Unidos, e da Lei Azeredo, o “AI-5 Digital” no Brasil; violações de direitos na mídia e criminalização das rádios comunitárias e dos movimentos sociais, como no caso da desocupação violenta da área do Pinheirinho, na cidade de São José dos Campos; conclamamos todos a se unirem em torno da luta pela democratização da comunicação.

Nessa ação estratégica e unitária, ainda que levada a efeito dentro da diversidade de cada organização e iniciativa, através de suas redes de diálogos, é preciso reconhecer a comunicação não como mera ferramenta, mas compreender a sua potência mobilizadora, essencial à organização política. Objetivo central desse esforço é estabelecer de fato um contraponto à mídia comercial e hegemônica, não só no que diz respeito ao que é veiculado, mas sobretudo quanto à apropriação pela sociedade dos meios de acesso, produção, difusão e distribuição de informação e cultura.

Isso inclui estabelecer no Brasil um novo marco regulatório das comunicações que faça cumprir os preceitos da Constituição Federal relativos ao setor; o fortalecimento das mídias livres (comunitárias, alternativas e populares); a universalização do acesso à internet de qualidade; a neutralidade da rede e o respeito à privacidade dos usuários como direitos garantidos por um marco civil da internet e a reforma da Lei de Direitos Autorais; e fomentar o desenvolvimento, a formação e o uso de tecnologias que tenham como base o princípio da colaboração, compartilhamento e hackeamento.

Para que tal meta se cumpra, é preciso que haja efetiva participação social na construção, implementação e monitoramento das políticas públicas, fortalecendo espaços de discussão como as conferências de comunicação, fóruns e observatórios das entidades do setor.

É ainda imperativo intensificar a mobilização social, que deve extrapolar os espaços de debate tradicionais e ganhar as ruas, para que nossas reivindicações repercutam no conjunto da sociedade. Comprometemo-nos assim com ações de massa, articuladas ao ativismo nas redes sociais.

Nesse sentido, nos somaremos às organizações que estarão na Cúpula dos Povos em junho próximo, no Rio de Janeiro, para as ações de comunicação que farão parte dessa luta global por um mundo em que os direitos humanos, sociais, ambientais, econômicos, políticos e culturais sejam assegurados a todos os cidadãos e cidadãs do Planeta. No bojo dessa mobilização e conjuntamente, será realizado o II Fórum Mundial de Mídia Livre, para o qual fazemos um apelo de participação a todas as organizações e ativistas comprometidos com essa agenda transformadora.

Assim, em 2012, defendemos a tomada de ações que contemplem os encaminhamentos debatidos e acordados durante o III FML, visando concretizar os objetivos acima, entre as quais destacam-se:

● Articulação global com os movimentos midialivristas;
● Construção de um anteprojeto do Marco Regulatório para as Comunicações no Brasil;
● Criar pontos de acesso, de formação e mobilização midialivrista;
● Utilizar linguagem que não reproduza a mídia comercial hegemônica;
● Criação e fomento de redes sociais livres, federadas e autônomas para compartilhamento da produção de conteúdo;
● Investir na formação na produção de conteúdo, como oficinas, observatórios, formações livres e colaborativas;
● Aproximar as iniciativas de mídia livre dos movimentos sociais e da população em geral;
● Mapear o espaço que as mulheres ocupam na mídia alternativa para um debate mais amplo;
● Ampliar o uso da webTV e outras ferramentas de audiovisual na internet como ferramenta estratégica para o debate da mídia livre, priorizando o uso de ferramentas livres;
● Construir um programa que discuta o tema da mídia livre na PosTV com as diversas organizações que atuam nesta pauta;
● Difundir o uso de ferramentas de proteção de dados e Ips;
● Potencializar as rádios comunitárias, de forma que a informação tenha mais alcance;
● Trabalhar pela construção de um grande encontro da sociedade civil, em torno da comunicação, que reúna os diferentes setores que atuam nesta pauta, para o fortalecimento de agendas comuns;
● Valorizar o papel e a participação das mídias não digitais, alternativas e populares, como as rádios livres e comunitárias, nos processos de construção das agendas das mídias livres;
● Defender a adoção de tecnologias livres pelo Estado brasileiro;
● Criação de GT para dar continuidade ao diálogo dos protocolos livres, entendendo esses como a pactuação política e tecnológica de ações, métodos, semântica e tecnologia entre os movimentos da sociedade civil. A organização do GT será feita a partir de agora no pad http://pontaopad.me/protocoloslivres;
● Garantir a universalidade da banda larga, com políticas públicas de acesso livre e pontos populares de formação, além de provedores comunitários;
● Combate ao AI-5 digital e a todas as iniciativas de cerceamento da liberdade na internet;
● Cobrar do governo que retome os Pontos de Mídia Livre, ampliando essa política pública para estados e prefeituras;
● Lutar por uma política pública de distribuição da verba governamental de publicidade, que promova a diversidade e a pluralidade e garanta o exercício da comunicação por todos e todas. Esta política deve considerar sobretudo as especificidades das mídias livres em termos de sustentabilidade econômica;
● Mapear iniciativas de políticas públicas de comunicação nos estados;
● Incidir sobre outras políticas que dialogam com a questão do marco regulatório e estão sendo aprovadas de forma independente, como a regulamentação da lei 12.485 e continuidade da classificação indicativa, em debate no Supremo Tribunal Federal;
● Reivindicar faixa de espectro para o rádio e a TV digital e políticas públicas de financiamento de transmissores de rádio e TV digital para pontos de mídia livre;
● Compartilhamento de informações e orientações de apoio jurídico para as mídias livres;
● Articular internacionalmente as lutas por políticas públicas e regulação que garantam liberdade e o combate a leis e políticas que restrinjam a liberdade;
● Lutar por políticas de abertura de espectro livre e white spaces para apropriação pelas mídias livres;
● Debater e tomar posição sobre o padrão de rádio digital a ser implementado pelo Brasil;
● Articular os espaços de mobilização on e offline, nas redes e nas ruas
● Denunciar e combater a apropriação privada de dados pessoais por terceiros
● Promover/participar do II FMML no Rio de Janeiro, entre os dias 16 e 18 de junho, concretizando o chamado da Carta de Dakar;
● Integrar o II FMML, evento inserido no processo dos Fóruns Sociais Mundiais, com o processo da Cúpula dos Povos da Rio+20, respeitando seus princípios e atuando desde já em seus grupos de diálogo e de trabalho, para construção da agenda da comunicação;
● Mapear as atuais experiências de desenvolvimento e uso de redes de compartilhamento de recursos pelos ativismos globais para contribuir no diálogo dos protocolos livres propostos para o II FFML;
● Promover uma ação de comunicação que seja definida de maneira conjunta e que produza impacto para além dos setores que acompanham o processo da Conferência da ONU;
● Traduzir os conceitos em debate na Conferência da ONU e na Cúpula dos Povos e das agendas dos movimentos, de forma a qualificar a compreensão do que está em jogo nos eventos da Rio+20;
● Dialogar com as organizações e movimentos da sociedade civil para que sua comunicação se integre ao processo de construção do II FMML;
● Criar um grupo local de organização e logística para, em diálogo internacional, realizar o II FMML. Este grupo estará aberto à participação de organizações de fora do Brasil;
● Promover no II FMML o diálogo internacional entre desenvolvedores e gestores de redes e recursos de comunicação voltados aos ativismos de internet para a construção de protocolos internacionais;
● Organizar previamente ações de comunicação compartilhada e definir como coordenar as ações de forma autogestionada;
● Ampliar a participação das organizações brasileiras no debate internacional da construção do II FMML;
● Avaliar a possibilidade de extensão (participação à distância) do II FMML, com a organização de atividades e debates fora do Rio de Janeiro durante os dias do evento em junho.
● Participar e estimular a participação das mídias livres na Comissão de Comunicação do Fórum Social Mundial.

Todas as contribuições estão disponíveis no site: http://forumdemidialivre.org

ORGANIZAÇÃO

A plenária do III Fórum de Mídia Livre optou por uma organização em Grupos de Trabalhos integrado por um Grupo de Enlace. São GT abertos à participação

GT – Comunicação: Revista Fórum, Coletivo Fora do Eixo, Rede Nacional de Adolescentes e Jovens Comunicadores, Alquimidia.org e Ciranda.

GT – Formação

Rádio Muda, Radio UFSCar, PET-ECO/UFRJ, Coletivo Fora do Eixo, Soylocoporti, COMULHER.

GT – Protocolos

Alquimidia.org, Fora do Eixo, Soylocoporti, Ciranda

GT – Políticas Públicas

Coletivo Gaúcho pela Democratização da Comunicação e da Cultura, Intervozes, Abraço, Altercom/Aliança Internacional de Jornalistas, Barão de
Itararé, Soylocoporti, Fora do Eixo, Amarc.

GT – Organização local do II FMML

Revista Fórum (Renato Rovai), Pontão da ECO (Ivana Bentes), FDE (Carol e Dríade), Amarc (Arthur William), Abraço (José Soter), Ciranda (Rita Freire), Intervozes (Bia Barbosa), Caritas (Pierre George), WSFTV (Antonio Pacor), E-joussour (Mohamed Leghtas)

GT de Enlace

Revista Fórum, Radio Muda, Alquimidia.org, Amarc, Pontão da ECO, Ciranda

O contato de cada GT está disponível no site: http://forumdemidialivre .org

CALENDÁRIO INICIAL

A plenária do III Fórum de Mídia Livre elencou os seguintes eventos estratégicos para uma mobilização conjunta do Movimento Midialivrista:

9 a 11 de Fevereiro – Encontro Nacional pelo Direito à Comunicação (Recife)

8 de Março – Dia Internacional de Luta das Mulheres
11 de Março – Encontro do I Fórum de Mídia Livre dos países da região do Magreb Machrek
Maio – Elencar um dia de ação de rua, ainda no mes de Maio, em torno das lutas da comunicação. Divulgar esse dia de ação durante as atividades do Primeiro de Maio.
Junho – Ação de rua durante a Rio+20
16 a 18 de Junho – II Fórum Mundial de Mídia Livre
14 a 22 de Junho – Atividades diversas da Cúpula dos Povos para a Rio+20
25 de agosto – Dia Nacional de Luta das Rádios Comunitárias
18 de outubro – Dia Nacional pela Democratização da Comunicação
20 de novembro – Dia da Consciência Negra



Blogoosfero no III Fórum de Mídias Livres, em Porto Alegre

2 de Fevereiro de 2012, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

Blogoosfero, Colivre, ParanaBlogs e TIE-Brasil participaram do III Fórum de Mídia Livre e debateram sobre Redes Sociais Federadas.

Clique para exibir o slide.


Oficina para blogueir@s no Conexões Globais 2.0

2 de Fevereiro de 2012, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

Clique para exibir o slide.



Fotos da Marcha de Abertura do FST 2012, Porto Alegre

2 de Fevereiro de 2012, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

Clique para exibir o slide.



Como criar um Blog no Blogoosfero?

2 de Fevereiro de 2012, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

1. Crie seu perfil no Blogoosfero (caso ainda não tenha um);

2. No menu esquerdo do seu usuário, clique em “Blog“.

3. Quando você visualizar seu Blog, clique em “Configurar blog“.

4. Depois de clicar em “Configurar blog”,

  1. Preencha com o nome que você quer que o blog tenha.
  2. Fique atento que, por padrão, o endereço do blog é parecido com o nome do blog. Caso queira, poderá alterá-lo nesse campo depois.
  3. Escreva alguma descrição sobre o seu blog, que seja, uma breve descrição do para quê você irá utilizá-lo.
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5. Pronto! Depois disso é só clicar em Salvar e depois clicar em “Novo Post“, ao lado do botão de Configurar blog e começar a “Blogar”!




O custo humano de um iPad

2 de Fevereiro de 2012, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

Artigo sugerido por Ubirajara Freitas, Metalúrgico de BH

Em sete meses, duas explosões mataram quatro pessoas e feriram 77 nas fábricas de iPad na China; para atender demanda, funcionários trabalham sete dias por semana

The New York Times

A explosão abalou o edifício A5 na noite de uma sexta-feira de maio passado, trazendo consigo fogo e o ruído de tubos de metal retorcidos e atirados ao ar como se fossem palha.

Quando os trabalhadores correram para fora do refeitório, eles viram uma fumaça preta saindo das janelas quebradas. Ela saia da área onde milhares de funcionários diariamente poliam milhares de capas para iPad.

Duas pessoas morreram imediatamente e dezenas ficaram feridos. À medida que os feridos eram levados em ambulâncias, um deles se destacou. Suas feições haviam sido manchadas pela explosão, pelo calor e pela violência da explosão de tal maneira que seu nariz e boca foram substituídos por uma massa vermelha e preta.

Foto: Ryan Pyle/The New York Times

Fábrica da Foxconn que teve registrou explosão com 4 mortos e 18 feridos em Chengdu, China

“Você é o pai de Lai Xiaodong?” perguntou a pessoa que ligou para a casa onde Lai passou sua infância. Seis meses antes, o jovem de 22 anos de idade havia se mudado para Chengdu, no sudoeste da China, para se tornar uma das milhões de peças da engrenagem humana que alimenta o sistema de produção mais rápido e mais sofisticado do planeta.

“Ele está em apuros”, a pessoa informou o pai de Lai. “Por favor, venha para o hospital o mais rápido possível.”

Na última década, a Apple se tornou uma das mais maiores, mais poderosas e mais bem-sucedidas empresas do mundo, em parte por dominar a arte da fabricação global. A Apple e outras empresas de alta tecnologia – assim como de dezenas de outras indústrias americanas – alcançaram um ritmo de inovação quase sem precedentes na história moderna.

No entanto, os trabalhadores que montam iPhones, iPads e outros dispositivos muitas vezes trabalham em condições adversas, segundo funcionários das fábricas, defensores dos trabalhadores e documentos publicados pelas próprias empresas. Os problemas são tão variados quanto os ambientes de trabalho são onerosos e chegam a ser graves problemas de segurança – por vezes mortais.

Mais: Foxconn faz acordo com funcionários após ameaça de suicídio coletivo

Os funcionários trabalham horas extras excessivas, em algumas casos sete dias por semana, e vivem em dormitórios lotados. Alguns dizem que ficam tanto tempo nas fábricas que suas pernas incham até que mal conseguem caminhar. Trabalhadores menores de idade ajudam a construir produtos da Apple e fornecedores da empresa eliminam resíduos perigosos de modo abusivo e falsificam registros, segundo documentos da empresa e grupos de defesa que, dentro de China, são muitas vezes considerados confiáveis monitores independentes.

Mas mais preocupante, segundo esses grupos, é o desrespeito à saúde dos trabalhadores. Há dois anos, 137 trabalhadores de uma fornecedora da Apple no leste da China ficaram feridos depois eles foram obrigados a usar um produto químico venenoso para limpar as telas de iPhones. Em menos de sete meses duas explosões mataram 4 pessoas e feriram 77 em fábricas de iPad no ano passado, incluindo aquela que abalou Chengdu. Antes destas explosões, a Apple havia sido alertada para as condições perigosas no interior da fábrica de Chengdu, segundo um grupo chinês que publicou essa advertência.

“Se a Apple foi avisada e não agiu isso é repreensível”, disse Nicholas Ashford, ex-presidente do Comitê Consultivo Nacional sobre Saúde e Segurança Ocupacional, um grupo que orienta o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos. “Mas o que é moralmente repugnante em um país é uma prática aceita em outro e as empresas tiram proveito disso.”

Mais: Apple revela auditoria realizada em fornecedores

A Apple não é a única empresa de negócios eletrônicos que faz negócios dentro de um sistema de abastecimento preocupante. Condições de trabalho alarmantes já foram documentados em fábricas fornecedoras de produtos de empresas como Dell, Hewlett-Packard, IBM, Lenovo, Motorola, Nokia, Sony, Toshiba e outros.

Além disso, executivos da Apple afirmam que a empresa fez significativos progressos na melhoria de suas fábricas nos últimos anos. A Apple implementou um código de conduta para os seus fornecedores que questões trabalhistas e de segurança, por exemplo. A empresa realizou uma campanha vigorosa de auditoria e sempre que um abuso é descoberto, segundo a Apple, correções são exigidas.

Mas os problemas permanecem significativos. Mais da metade dos fornecedores da Apple que foram auditados violaram pelo menos um aspecto do código de conduta todos os anos desde 2007, segundo informações da empresa.

“A Apple nunca se preocupou com nada além de aumentar a qualidade de seus produtos enquanto diminui os custos de sua fabricação”, disse Li Minggi, que trabalhou até abril na gestão da Foxconn Technology, um dos mais importantes parceiros de fabricação da Apple. Li, que está processando a Foxconn por sua demissão, ajudou a gerenciar a fábrica de Chengdu onde ocorreu a explosão.

A Apple recebeu extensos resumos do presente artigo, mas se recusou a comentar a questão. Esta reportagem tem como base entrevistas realizadas com dezenas de funcionários e ex-funcionários da empresa, incluindo alguns com conhecimento em primeira mão do grupo de responsabilidade pelos fornecedores da Apple, bem como outros dentro da indústria de tecnologia.

O caminho para Chengdu

Lai Xiaodongs sabia que a fábrica da Foxconn em Chengdu era especial. Nela, os trabalhadores fabricavam as mais recentes criações da Apple – possivelmente seu último lançamento: o iPad.

Quando Lai conseguiu um trabalho de reparação de máquinas na fábrica, uma das primeiras coisas que ele percebeu foram as luzes ofuscantes usadas no local. Os turnos rodavam 24 horas por dia e as luzes nunca eram desligadas. Em qualquer momento, havia milhares de trabalhadores nas linhas de montagem, em pé ou sentados em cadeiras sem encosto, agachados ao lado de máquinas de grande porte, ou correndo entre grandes seções de montagem. As pernas de alguns dos trabalhadores inchavam tanto que eles mancavam. “É difícil ficar em pé o dia todo”, disse Zhao Sheng, um trabalhador da fábrica.

Pôsteres nas paredes advertiam o 120,000 empregados: “Trabalhe duro no trabalho hoje ou trabalhe duro para encontrar um trabalho amanhã.” O código de conduta da Apple dita que, exceto em circunstâncias incomuns, os funcionários não devem trabalhar mais de 60 horas por semana. Mas na Foxconn, alguns trabalhavam mais, de acordo com entrevistas, holerites e pesquisas realizadas por grupos independentes. Lai logo passou a trabalhar 12 horas por dia, seis dias por semana na fábrica, segundo seus holerites. Funcionários que chegavam atrasados muitas vezes eram obrigados a escrever cartas de confissão e copiar citações. Havia “turnos contínuos”, quando os trabalhadores eram orientados a permanecer dois turnos seguidos no trabalho, segundo entrevista.

Veja: Mudanças na Apple: empresas também desejam iPads e iPhones

O diploma de Lai lhe permitiu ganhar um salário de cerca de US$ 22 por dia, incluindo horas extra – mais do que muitos outros. Quando seu dia acabava, ele seguia para um quarto grande o suficiente apenas para um guarda-roupa, um colchão e uma mesa.

Foto: Ryan Pyle/The New York TimesAmpliar

Memorial construído pela família de Lai Xiaodong em homenagem ao filho, morto em explosão de fábrica da Foxconn

As acomodações eram melhores do que as de muitos dos dormitórios da empresa, onde 70.000 funcionários da Foxconn viviam, muitas vezes 20 pessoas num apartamento de três quartos, segundo os trabalhadores. No ano passado, uma disputa sobre salários desencadeou uma revolta em um dos dormitórios.

Em uma declaração, a Foxconn contestou os relatos dos operários sobre turnos ininterruptos, horas extras estendidas, acomodações lotadas e as causas do motim. A empresa disse que suas operações aderem aos códigos de conduta de seus clientes, bem como aos padrões da indústria e as leis nacionais. “As condições de trabalho nas fábricas Foxconn não são difíceis”, a empresa escreveu. A Foxconn também afirmou que nunca foi indiciada pelo governo ou por um de seus clientes por sobrecarregar menores de idade com excesso de trabalho ou expor seus funcionários a substâncias tóxicas.

“Todos os funcionários da linha de montagem têm pausas regulares, incluindo intervalos de uma hora para o almoço”, escreveu a empresa, e apenas 5% dos trabalhadores da linha de montagem precisam ficar para concluir suas tarefas. As estações de trabalho foram projetados com padrões ergonômicos e os funcionários têm oportunidades de promoção e rotação de trabalho, afirmou o comunicado.

O código de conduta da Apple

Em 2005, alguns dos principais executivos da Apple se reuniram em sua sede em Cupertino, Califórnia, para uma reunião especial. Outras empresas haviam criado códigos de conduta para orientar o trabalho de seus fornecedores. Já era tempo, a Apple decidiu, de seguir o exemplo. O código que a Apple divulgou naquele ano determina “que as condições de trabalho na cadeia de fornecimento da Apple devem ser seguras, que os trabalhadores devem ser tratados com respeito e dignidade, e que os processos de fabricação devem ser ambientalmente responsáveis.”

Mas no ano seguinte, o jornal britânico The Mail on Sunday secretamente visitou uma fábrica da Foxconn em Shenzhen, China, onde eram fabricados iPods, e relatou as longas jornadas de trabalho dos operários, flexões como castigo imposto e dormitórios lotados. Os executivos em Cupertino ficaram chocados.

Leia: Foxconn terá duas fábricas de telas no Brasil

A Apple realizou uma auditoria na fábrica, a primeira inspeção deste tipo da empresa, e solicitou melhorias. Os executivos também empreenderam uma série de iniciativas que incluíram um relatório anual de auditoria, publicado pela primeira vez em 2007. No ano passado, a Apple inspecionou 396 instalações – incluindo fornecedores diretos e indiretos da empresa – em um dos maiores programas do tipo na indústria eletrônica.

As auditorias têm encontrado diversas violações ao código de conduta da Apple, segundo os relatórios publicados pela empresa. Em 2007, por exemplo, a Apple realizou mais de 50 auditorias e em dois terços delas a empresa descobriu que os operários regularmente trabalharam mais de 60 horas por semana. Além disso, houve seis “violações de núcleo”, do tipo mais grave, incluindo a contratação de crianças de 15 anos de idade, bem como a falsificação de registros.

Nos três anos seguintes, a Apple realizou 312 auditorias por ano e cerca de metade ou mais mostraram evidências de um grande número de funcionários trabalhando mais de seis dias por semana, bem como horas extras estendidas. A Apple descobriu 70 violações de núcleo ao longo desse período.

No ano passado, a empresa realizou 229 auditorias. Houve algumas melhorias ligeiras em algumas categorias e a taxa de detecção de violações de núcleo diminui. No entanto, em 93 instalações, pelo menos metade dos trabalhadores excederam as 60 horas por semana estabelecidas como limite. Um número semelhante mostrou que a maioria dos empregados trabalham em média seis dias por semana.

“Se você ver o mesmo padrão de problemas, ano após ano, isso significa que a empresa está ignorando a questão em vez de resolvê-la”, disse um ex-executivo da Apple com conhecimento em primeira mão do grupo de responsabilidade pelos fornecedores. “Mas o não cumprimento das regras é tolerado, desde que os fornecedores prometam se esforçar mais da próxima vez. Se significasse mais negócios, as violações de núcleo desapareceriam. “

A Apple diz que quando uma auditoria revela uma violação, a empresa exige que os fornecedores resolvam o problema e dentro de 90 dias para evitar a reincidência. “Se um fornecedor não está disposto a mudar, nós terminamos nosso relacionamento”, diz a empresa em seu site.

A gravidade desta ameaça, no entanto, não está clara. A Apple encontrou violações em centenas de auditorias, mas menos de 15 fornecedores foram rescindidos por transgressões desde 2007, segundo ex-executivos da Apple.

A explosão

Na tarde da explosão na fábrica do iPad, Lai Xiaodong telefonou para sua namorada como fazia todos os dias. Eles queriam se ver naquela noite, mas o gerente Lai disse que ele teria que trabalhar horas extras, ele explicou.

Ele havia sido promovido rapidamente na Foxconn e depois de poucos meses estava a cargo de uma equipe que mantinha as máquinas usadas para polir a capa traseira dos iPads.

Foto: Ryan Pyle/The New York Times

Pais seguram foto de Lai Xiaodong: família ainda espera por respostas sobre acidente

Na manhã da explosão, Lai foi de bicicleta para o trabalho. O iPad tinha sido colocado à venda apenas algumas semanas antes e os trabalhadores foram informados que milhares de capas precisariam ser polidas todos os dias. A fábrica estava frenética, segundo os operários. Filas e mais filas de máquina poliam as capas enquanto funcionários mascarados apertavam botões. Grandes dutos de aspiração de ar pairavam sobre cada estação de trabalho, mas eles não davam conta das fileiras de máquinas que trabalhavam ininterruptamente. O pó de alumínio podia ser visto em todo lugar.

O pó é um risco de segurança conhecido. Em 2003, uma explosão de pó de alumínio em uma fábrica de pneu em Indiana matou uma pessoa e destruiu o prédio. Em 2008, pó agrícola dentro de uma fábrica de açúcar na Geórgia causou uma explosão que matou 14 pessoas.

Lai estava na segunda hora de seu segundo turno quando o edifício começou a tremer, como se um terremoto estivesse a caminho. Houve uma série de explosões, segundo trabalhadores da fábrica. No final, 18 pessoas ficaram feridas.

No hospital, a namorada de Lai viu que sua pele ficou quase completamente queimada.

Eventualmente, sua família chegou ao hospital. Mais de 90% do seu corpo havia sofrido queimaduras.

Depois que Lai morreu, uma equipe de trabalhadores da Foxconn foi até a sua cidade natal e entregou uma caixa de cinzas a seus pais. Depois, a empresa enviou um cheque de cerca de US$ 150.000.

Em um comunicado, a Foxconn afirmou que no momento da explosão a fábrica de Chengdu estava em conformidade com todas as leis e regulamentos e que “depois de garantir que as famílias dos funcionários mortos haviam recebido todo o apoio necessário, que garantiu que todos os empregados feridos recebessem os cuidados médicos da mais alta qualidade”. Após a explosão, a empresa acrescentou, a Foxconn imediatamente suspendeu todo o trabalho nas oficinas de polimento e mais tarde aprimorou a eliminação de ventilação e poeira, e adotou tecnologias para melhorar a segurança dos trabalhadores.

Em seu mais recente relatório de responsabilidade dos fornecedores, a Apple escreveu que depois da explosão a empresa contatou os “principais especialistas em segurança de processos” e montou uma equipe para fazer recomendações para investigar e prevenir futuros acidentes.

Em dezembro, no entanto, sete meses após a explosão que matou Lai, outra fábrica de iPad explodiu, desta vez em Xangai. Mais uma vez, o pó de alumínio foi a causa, de acordo com entrevistas e com o relatório da Apple. Essa explosão deixou 59 trabalhadores feridos, 23 foram hospitalizados.

Em seu mais recente relatório de responsabilidade dos fornecedores a Apple afirmou que embora as duas explosões tenham envolvido o combustível pó de alumínio, as causas das explosões foram diferentes. A empresa se recusou, no entanto, a fornecer detalhes. O relatório acrescentou que a Apple auditou todos os fornecedores de polimento de alumínio e colocou precauções melhores em prática.

Para a família de Lai, as dúvidas permanecem.

“Nós realmente não temos certeza por que ele morreu”, disse a mãe de Lai, de pé ao lado de um pequeno santuário que ela construiu para o filho perto de sua casa. “Nós não entendemos o que aconteceu.”




Internet de qualidade? A “Oi” é contra, simples assim

29 de Janeiro de 2012, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

Do Blog do Stockler

Recebido por e-mail

Veridiana Alimonti Amigas e amigos do Idec,

Outubro do ano passado nós nos unimos para pressionar o Conselho Diretor da Anatel a aprovar as tão aguardadas metas de qualidade para o serviço de banda larga. Graças às mais de 80.000 mensagens enviadas através da Campanha Banda Larga é um direito seu!, do Idec e da Avaaz, nós conseguimos finalmente metas para regulamentar a qualidade da Internet no Brasil.

Agora a Oi quer jogar tudo por água abaixo. A empresa teve a coragem de enviar um pedido formal à Anatel pedindo a anulação das metas de qualidade que conquistamos. Diante disso, a agência abriu consulta pública que vai até 1º de fevereiro para que a sociedade se manifeste.

Precisamos expor a Oi publicamente por lutar contra os interesses dos consumidores e pedir para a Anatel se manter firme nas metas aprovadas ano passado. Clique abaixo para enviar mensagens para a Anatel e para a Oi, defendendo a qualidade da banda larga:

www.idec.org.br/mobilize-se/campanhas/oicontraqualidade

Nossos amigos da Campanha Banda Larga é um direito seu! estão preparando um tuítaço para a próximasegunda-feira dia 30 de janeiro (concentração às 16h), pedindo para a Oi recuar no seu pedido de anulação das metas e para a Anatel se manter firme. Participe divulgando a campanha nas redes com o hashtag #OiContraQualidade.

Ano passado provamos que a mobilização de consumidores pode influenciar as decisões que nos afetam. Agora precisamos fazer isso novamente, mostrando para a Oi que as suas ações contra a qualidade da banda larga só irão reverter em publicidade negativa para a empresa. Vamos expor a Oi por ir contra uma Internet de qualidade para os brasileiros. Participe e divulgue o link da campanha nas redes sociais:
www.idec.org.br/mobilize-se/campanhas/oicontraqualidade

Pela Internet de qualidade,




Nossa Idade Média: votar em comunistas e nos seus aliados é motivo para excomunhão

29 de Janeiro de 2012, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

Do Polaco Doido, via Pensador da Aldeia

Vai faltar lugar no inferno.

Você sabia disso?

55.752.529 Brasileiros foram automaticamente excomungados pela igreja católica em outubro de 2010.

Popout

E se você costuma ler os escritos deste Polaco Doido com sérias tendências comunistas ou qualquer outro blog sujo da esquerda, lamento informar que você foi excomungado também.

Corra ligeiro se confessar e se arrepender, se não vai perder aquele seu lotezinho no paraíso.




Muito suspeito: policiais estouram cafofo em Curitiba, apreendem máquinas caça-níqueis e levam pito do governo Beto Richa

29 de Janeiro de 2012, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

Do Blog Lado B

Além de sofrerem processo administrativo e punições… Confira:


Proteção para quem, cara pálida?

Leia também:

PR: em protesto, policiais estouram cassino sem autorização (Portal Terra).

Departamento da PC esclarece que operação no Parolin foi feita sem autorização (Portal Bem Paraná).




Conexões Globais e Fórum de Mídia Livre discutem Redes Sociais Federadas

28 de Janeiro de 2012, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

No Conexões Globais 2.0, que rola desde o dia 25/01 em Porto Alegre, assim como no III Fórum de Mídias Livres, 27/01, várias atividades debateram e apresentaram soluções sobre Redes Sociais Federadas.

A finalidade principal das Redes Sociais Federadas é permitir que usuários de diferentes redes sociais possam se conectar, trocando informações entre si, possibilitando novas formas de interação através da Web: duas pessoas podem se relacionar e compartilhar informações e conhecimentos independentemente de quais redes sociais participem. Exatamente como funciona com e-mails.

Grande parte das populares redes sociais atuais não funciona assim. Do ponto de vista de uma rede social 1.0, se você não estiver cadastrado na rede e não tiver lá um perfil, você não existe. A única maneira dos seus amigos daquela rede interagirem com você é convidando você a participar da mesma. Apesar do fato de existir centenas de redes sociais na internet, quase todas funcionam como se não houvesse nenhuma outra rede social na Web e cada uma busca ser a “rede social” hegemônica, a mais poderosa e popular de todas.

As redes sociais federadas, ou rede de redes sociais, significam uma mudança de paradigma, ou seja, a existência real de uma rede social global,  gerida por entidades diferentes e autônomas que interagem através de protocolos acordados e APIs acessíveis.  Mas as redes sociais federadas de pouco servem se não facilitarem a interação entre distintos indivíduos, movimentos sociais, políticos, culturais, software livre, etc, se não promoverem a inclusão de novos atores e sujeitos nas dinâmicas de organização e compartilhamento de conhecimento e informações. Portanto, para funcionar elas precisam, além de protocolos abertos e livres, da interação entre os distintos indivíduos e movimentos, numa grande articulação baseada em conceitos como o pluralismo, a autonomia e a unidade na diversidade, onde ninguém é mais que ninguém e juntos somos fortes.

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Durante os debates o Blogoosfero foi citado várias vezes como um exemplo concreto de desenvolvimento de redes sociais federadas que está ajudando a aproximar comunidades como a do Software Livre e da Blogosfera que, embora tenham objetivos em comum no que diz respeito à Liberdade de Expressão e Livre Circulação do Conhecimento, andavam separadas e agora juntam forças para desenvolver a nova plataforma e oferecer soluções que vão além de seus círculos de atuação específicos.




Redes sociais nos lares brasileiros

28 de Janeiro de 2012, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda




Vereador processa Blogueiro em São Mateus do Sul por ele escrever presidente com ‘p’minúsculo

23 de Janeiro de 2012, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

presidentinho pede R$ 21.800 a blogueiro

No dia 2 de dezembro passado, nosso blogueiro Hemerson Baptista recebeu notificação para comparecer a uma audiência de conciliação.

Trata-se de uma ação movida pelo presidente da câmara de São Mateus do Sul, vereador Vilmar Guimarães Ulbrich, também dono dos supermercados Pag Menos.

Ulbrich alega danos morais pelo comentário que Baptista veiculou no post “presidente da câmara não quer que vereador dê entrevista em bar“, que foi substituído por outro comentário com pedido de desculpas.

As desculpas não só não foram aceitas como se tornaram motivo para o edil acionar o blogueiro judicialmente, pedindo a quantia de R$ 21.800.

Baptista afirma: “vários amigos me disseram que eu não deveria ter pedido desculpas, pois nada fiz de errado, e assim deu motivo para ele me processar. Eu acho que nunca dei motivo para ele me processar, muito menos nesse caso. O meu pedido de desculpas não foi confissão de culpa, mas sim uma delicadeza que agora vejo que esse vereador não merece”.

O dano moral alegado foi pelo blogueiro ter escrito “presidente com ‘p’ minúsculo mesmo”, na mensagem original, referindo-se a Ulbrich.

“É a opinião de um cidadão, e os políticos precisam ouvir e refletir, não processar para intimidar as pessoas. Afinal, o patrão do vereador é o povo, e não o senhor prefeito”, alfineta o blogueiro que filmou Ulbrich dizendo-se trabalhar, como presidente do legislativo, sempre “do lado do patrão”, referindo-se ao chefe do Poder Executivo.

O Blog Viva Samas continuará cumprindo sua missão e não se intimidará com os desmandos dos poderosos.

Deixe nos comentários sua mensagem de apoio a Hemerson Baptista, já que Vilmar Ulbrich tem apoio demais.

 Com informações do blog VivaSamas, o blog de cidadania de São Mateus do Sul – Paraná 




Vereador processa Blogueiro em São Mateus do Sul por ele escrever presidente com ‘p’ minúsculo

23 de Janeiro de 2012, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

presidentinho pede R$ 21.800 a blogueiro

No dia 2 de dezembro passado, nosso blogueiro Hemerson Baptista recebeu notificação para comparecer a uma audiência de conciliação.

Trata-se de uma ação movida pelo presidente da câmara de São Mateus do Sul, vereador Vilmar Guimarães Ulbrich, também dono dos supermercados Pag Menos.

Ulbrich alega danos morais pelo comentário que Baptista veiculou no post “presidente da câmara não quer que vereador dê entrevista em bar“, que foi substituído por outro comentário com pedido de desculpas.

As desculpas não só não foram aceitas como se tornaram motivo para o edil acionar o blogueiro judicialmente, pedindo a quantia de R$ 21.800.

Baptista afirma: “vários amigos me disseram que eu não deveria ter pedido desculpas, pois nada fiz de errado, e assim deu motivo para ele me processar. Eu acho que nunca dei motivo para ele me processar, muito menos nesse caso. O meu pedido de desculpas não foi confissão de culpa, mas sim uma delicadeza que agora vejo que esse vereador não merece”.

O dano moral alegado foi pelo blogueiro ter escrito “presidente com ‘p’ minúsculo mesmo”, na mensagem original, referindo-se a Ulbrich.

“É a opinião de um cidadão, e os políticos precisam ouvir e refletir, não processar para intimidar as pessoas. Afinal, o patrão do vereador é o povo, e não o senhor prefeito”, alfineta o blogueiro que filmou Ulbrich dizendo-se trabalhar, como presidente do legislativo, sempre “do lado do patrão”, referindo-se ao chefe do Poder Executivo.

O Blog Viva Samas continuará cumprindo sua missão e não se intimidará com os desmandos dos poderosos.

Deixe nos comentários sua mensagem de apoio a Hemerson Baptista, já que Vilmar Ulbrich tem apoio demais.

 Com informações do blog VivaSamas, o blog de cidadania de São Mateus do Sul – Paraná