Olá, olha eu aqui de novo.
Voltei para continuar a nossa saga através da história da nossa lingua franca, HTML, e o seu desenvolvimento até sua nova especificação ainda não finalizada mas amplamente difundida e aguardada como o fim das mazelas digitais!¬¬
Se você desejar pode ver o começo da história no artigo <HTML5 Rocks! /> HTML do zero ao 5 em 20 anos – 1ª parte, que conta desde a epifania do sr. Lee, não o Bruce Lee mas o Tim Berners-Lee, idealizador desta linguagem e de muitas coisas que tornaram a web a realidade que é hoje. Agora vamos a segunda parte da tradução que eu mesmo fiz que é a continuação do capítulo intitulado “Uma breve história de marcação” do livro HTML5 for Webdesigners do sr. Jeremy Keith.
Se a história te interessar, aconselho a comprar este livro, que é muito bom, mas se você for ruim de inglês, esta poderia ser uma ótima oportunidade de começar a estudar a língua da tecnologia e comprar este livro ajudaria na sua educação não só sobre HTML mas também de inglês, mas digamos que além de querer aprender inglês você não esteja podendo comprar agora o livro, aí você pode baixar o livro no google docs, no outro artigo eu coloquei um link e você pode baixá-lo por lá. Dito isto, continuemos então…
- De Aplicações Web 1.0 a HTML5
Desde o começo, o WHATWG (n. t.: Grupo de Trabalho em Tecnologia de Aplicações Web com Hipertexto [Web Hypertext Application Technology Working Group] – WHATWG) trabalhou diferentemente do W3C. O W3C usava uma abordagem baseada no consenso: questões eram levantadas, discutidas e votadas. No WHATWG, as questões também eram levantadas e discutidas, mas a decisão final do que ia na especificação fica para o editor. O editor é Ian Hickson.
Face a isto, o processo do W3C soava mais democrático e justo. Na prática, políticas e intrigas internas corroíam o processo. no WHATWG, onde qualquer um poderia contribuir mas o editor dá a última palavra, as coisas andavam mais rápidas. Mas o editor não tem o poder absoluto: um comitê de direção convocado pode impedí-lo num caso improvável de um cenário desagradável.
Inicialmente, o cerne do trabalho no WHATWG foi dividido em duas especificações: Web Forms 2.0 e Web Apps 1.0. Ambas as especificações intencionavam extender a linguagem HTML. Tempos depois, eles foram unidos em uma única especificação chamada simplesmente de HTML5.
- Reunificação
Enquanto HTML5 estava sendo desenvolvido pelo WHATWG, o W3C continuava trabalhando no XHTML 2. Seria inapropriado dizer que estavam indo a lugar-nenhum rápido. Eles estavam indo a lugar-nenhum devagar, muito devagar.
Em outubro de 2006, Sr. Tim Benners-Lee escreveu um post no blog no qual ele admitia que mover a web de HTML para XML simplesmente não estava funcionando. Alguns meses depois, o W3C emitiu uma carta sobre um “Grupo de Trabalho HTML”. Ao invés de começarem de um esboço inicial, eles sabiamente decidiram que o trabalho do WHATWG poderia ser utilizado como base para qualquer versão futura de HTML.
Todas estas paradas e começos levaram a uma situação confusa. O W3C estava simultaneamente trabalhando em dois diferentes e incompatíveis tipos de marcação: XHTML 2 e HTML 5 (note o espaço antes da numeração cinco). Por outro lado, uma organização separada, o WHATWG, estava trabalhando numa especificação chamada HTML5 (sem espaço) que poderia ser usada como base para uma das especificações do W3C.
Qualquer web designer tentando dar sentido a esta situação poderia em menos tempo decifrar uma maratona de filmes de Primer, Memento, e a obra completa de David Lynch (n. t.: artista cinamatográfico surrealista).
- XHTML está morta: vida longa a sintaxe XHTML
A névoa de indecisão começou a clarear em 2009. O W3C anunciou que o diálogo sobre XHTML 2 não poderia ser renovado. O formato estava sendo tão bom como defunto por vários anos. Este anúncio foi nada mais que um atestado de óbito.
Estranhamente, ao invés de passar despercebido, a morte de XHTML 2 foi saudada com alguns grunhidos mesquinhos. XML-iitas usaram o anúncio como oportunidade para ridicularizar qualquer um que tenha utilizado XHTML 1 – apesar do fato que XHTML 1 e XHTML 2 não tivesse nada em comum.
Enquanto isso, autores que estavam escrevendo XHTML 1 para forçarem um estilo único de escrita, estavam preocupados que HTML 5 pudesse trazer um retorno à escrita desleixada.
Como você poderá ver em breve, não foi necessariamente este o caso. HTML5 pode ser tão desleixado ou estrito quanto você queira.
- A Linha do Tempo de HTML5
O estado atual de HTML5 não é tão confuso quanto já foi, mas ainda não está perfeitamente alinhado.
Existem dois grupos trabalhando em HTML5. o WHATWG está criando a especificação HTML5 usando o processo de “submeter e depois revisar”. O W3C HTML Working Group está pegando esta especificação e passando pelo seu processso de “revisar e submeter”. Como você pode imaginar, esta não é uma aliança fácil. Ainda, parece que finalmente entraram em consenso sobre a enfadonha questão: “espaço ou não espaço?” (é HTML5 sem espaço, caso esteja interessado em saber).
Talvez a mais confusa questão para os webdesigners que estão começando a navegar nas águas de HTML5 é chegar a resposta para a pergunta: “Quando isto estará pronto?”
Em uma entrevista, Ian Hickson mencionou 2022 como o ano em que esperava que HTML5 viesse a se tornar uma “recomendação proposta“. Que foi seguida de uma onda de indignação por parte de alguns web designers. Eles não entendiam o significado de “recomendação proposta”, mas sabiam que não tinham dedos para contar os anos até 2022.
a indignação era injustificada. Neste caso, para um status de “recomendação proposta” requer duas implementações completas de HTML5. Considerando o escopo da especificação, a data é incrivelmente ambiciosa. apesar de tudo, navegadores não tem o melhor registro de implementação de padrões existentes. O Internet Explorer, por exemplo, levou uma década só para adcionar suporte para o elemento abbr.
A data que realmente importa para HTML5 é 2012. Que é quando a especificação se torna uma “recomendação candidata”. Isso em termo de padrões significa “pronta e polvilhada”.
Mas ainda esta data não é particularmente relevante para web designers. O que realmente importa é quando os navegadores começarão a suportar as características. Começamos utilizando partes do CSS 2.1 tão logo os navegadores começaram a dar suporte a estas partes da especificação. Se fôssemos esperar que todos os navegadores fossem começar a dar suporte a toda a especificação, poderíamos ainda estar esperando.
Não é diferente com HTML5. Não existe um ponto em comum de quando deveremos declarar a linguagem pronta para uso. Ainda asssim, podemos utilizar partes da especificação para os navegadores que suportam estas características.
Lembre-se, HTML5 não é uma linguagem completamente nova que partiu de rascunhos. É um processo evolutivo ao invés de uma mudança revolucionária na história da linguagem de marcação. Se você atualmente cria sites com qualquer versão de HTML, você está pronto para utilizar HTML5.
- This is It
Este foi o capítulo que eu resolvi traduzir do livro HTML5 para Web Designers, como citado anteriormente, recomendo fortemente sua leitura, mas este não é o unico e onipotente livro de referência para HTML5. Recentemente tive contato com o livro HTML5: a linguagem de marcação que revolucionou a web de autoria do Maujor (Maurício Samy Silva). O blog do Maujor foi muito importante para meu aprendizado de CSS nestes longos anos que dedico-me ao desenvolvimento de sites. Estou pensando seriamente em comprar este livro, você deveria pensar a respeito também, se te interessar.
Você também deveria me seguir no twitter: @ELI_EMBITS
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