Minha coluna desta semana no TechTudo começa assim:
Há cerca de duas semanas uma grande controvérsia vem se formando sobre a nova forma adotada pela Red Hat de empacotar o kernel Linux que distribui.
A convivência entre o “lado comercial” e o “lado voluntário” no mercado open source às vezes leva a divergências e até a impasses, e este caso da Red Hat é da categoria menos intensa: uma divergência causada pelas providências que a empresa vem tomando para proteger seu negócio – que se baseia nos serviços e suporte a clientes corporativos – mas que afetam o grau de abertura dos softwares que distribui.
Vale lembrar que a Red Hat tem uma série de comensais – distribuições como o CentOS e o Scientific Linux – cujo mecanismo básico é obter o código-fonte do Red Hat Enterprise Linux, compilá-lo e disponibilizá-lo a usuários interessados em rodar uma distribuição com qualidade corporativa, mas sem pagar à Red Hat pelo suporte. A Red Hat os tolera (desde que não façam uso da sua marca registrada), já que os usuários deles dificilmente seriam clientes que a interessariam para o negócio dela, que não é a venda do software (naturalmente), mas sim os serviços associados.
Em anos recentes, entretanto, a estes comensais se juntaram outros tipos do mesmo gênero de relacionamento, na forma de distribuições como o Oracle Linux, que não apenas são formadas pelo reprocessamento dos pacotes do Red Hat Enterprise Linux, como ainda oferecem ativamente aos atuais clientes da Red Hat a prestação do suporte e dos serviços a eles a preços mais baixos e sem exigir qualquer mudança de estrutura -pois o custo básico de pesquisa e integração para permitir o suporte e atualização são todos da Red Hat, que até recentemente divulgava publicamente todos os detalhes necessários para esta “atividade”.
Ter este tipo de vizinhança (…) (via techtudo.com.br)
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