Cuba é o único país das Américas a figurar na lista dos países inimigos da Internet, produzida pela organização Repórteres sem Fronteiras, devido às restrições de acesso e à vigilância exercida pela Agência Cubana de Supervisão e Controle.
Em abril do ano passado, quando os EUA, após cair a ficha de que o embargo de telecomunicações poderia servir como desculpa para a continuidade da limitação às comunicações digitais do povo da ilha, anunciaram a flexibilização do embargo a Cuba no sentido de permitir conexões de fibra óptica da ilha caribenha via empresas dos EUA, eu me perguntei se as restrições ao livre acesso dos cidadãos cubanos à Internet estariam com os dias contados.
Mas lendo os detalhes da recente notícia, parece que não: preferiram a promessa de construção de um cabo novo oferecido pelo Chávez, as referências continuam sendo à ausência de acesso doméstico pela escassez de conexões internacionais, e não há menção (exceto pelo questionamento em aberto do jornalista, ao final) à nova perspectiva de disponibilidade.
Trecho da cobertura da Info:
Ramón Linares, vice-ministro de Informática e Comunicações, disse ao jornal Juventud Rebelde que a ilha continuará melhorando os serviços de telecomunicações, mas manterá “a estratégia de privilegiar os acessos coletivos.”
(…) O uso da Internet é restrito em Cuba. Em suas casas, a maioria dos cubanos não pode contratar um serviço de Internet, reservado só a um grupo de profissionais.
O governo, em troca, enfoca sua utilização em escolas, universidades, centro culturais e científicos e outros estabelecimentos desse tipo.
Havana não divulgou sua resposta a um pacote de medidas lançado em setembro pelos EUA para flexibilizar o embargo, entre as quais uma autorização para que empresas norte-americanas de telecomunicações aceitem prestar serviços diretamente a entidades da ilha. (via info.abril.com.br)
Saiba mais (info.abril.com.br).
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