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Painel: Internet das Coisas ou das pessoas?

13 de Julho de 2016, 21:19 , por Vagner Benites da Silva - 0sem comentários ainda | Ninguém está seguindo este artigo ainda.
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Texto: Liana Furini
 
Na tarde desta quarta-feira, 13, primeiro dia do 17º Fórum Internacional Software Livre (FISL),  o Painel "Internet das Coisas ou das pessoas?", abordou o tema principal do evento de 2016. O encontro foi aberto pelo Coordenador Geral da Associação Software Livre e do FISL, Sady Jacques, que reforçou o caráter filosófico do debate, que tem o intuito de pensar o futuro do Software Livre e da Internet das Coisas (IoT). Para Jacques, não há nada de errado com a IoT, mas ela atinge poucas pessoas, que são aquelas que têm acesso pleno à internet e o FISL 17 tem o desafio de pensar alternativas para atender a um número maior de pessoas. 
 
"Para pensarmos a IoT na sua plenitude, precisamos fazer isso com base em padrões abertos e softwares livres. Sem isso, teremos dificuldades de implementação, porque não há uma solução universal em nenhum player do mercado. Essas discussões trazem uma grande oportunidade para nós, que trabalhamos com software livre. A gente ajuda a construir a IoT, mas queremos uma IoT para todas as pessoas, para que a sociedade possa tirar proveito disso".
 
O debate seguiu, com a participação de Wellton Costa, Professor do Magistério Superior na UTFPR campus Francisco Beltrão; Rodrigo Rubira, Principal Security Researcher na Intel; Christiane Borges Santos, professora do Instituto Federal de Goiás, onde trabalha com robótica; Daniel Basconcello, engenheiro, professor de robótica livre e fundador do Robotizando.com.br; e Thalis Antunes, engenheiro de computação e e professor do curso de Sistema de Informação na FAVENORTE.
 
Wellton Costa falou que, atualmente, as coisas dominam, e o ser humano fica de lado. Ele trabalha com educação, e diz que a melhor faixa etária para aprender programação e pensamento lógico é de 8 a 12 anos. O trabalho com essas crianças e adolescentes tem o intuito de empoderar o usuário do computador. Para ele, o uso de Software Livre empodera o usuário, e a ideia é fazer com que a máquina deixe de comandar o usuário, e que o usuário passe a comandar a máquina.
 
Para Rodrigo Rubira, o maior problema da Internet das Coisas atualmente é que muitas vezes as pessoas estão conectadas sem saber, ou seja, mesmo sem saber o que é Internet das Coisas e suas dimensões, as pessoas estão expostas a ela. Nesse sentido, Rodrigo questiona a questão da segurança da informação, ao passo que os dispositivos estão tomando decisões sem que os donos saibam. Primeiro as coisas foram para a internet e depois foi pensado na segurança.
 
Christiane Borges Santos tem medo da IoT do jeito que ela está sendo feita, em função da falta de controle sobre as coisas que são conectadas à internet, já que elas são facilmente hackeáveis. Sobre a questão do acesso à internet pelos usuários, levantada por Jacques, ela explica que em um contexto em que todos os nossos meios estão caminhando para a conectividade, começa-se a pensar em novas formas de conexão, que vão além da internet. Algumas dessas formas, como a eletricidade, por exemplo, democratiza o acesso. Poucas pessoas têm acesso à internet, mas muitas têm acesso à eletricidade.
 
Daniel Basconcello critica bastante o termo IoT e levanta o debate, questionando a utilidade da Internet das Coisas. Para ele, muitas vezes as empresas lançam devices conectados à internet com o objetivo de aumentar a sua base de dados, mantendo sua big data. Além de saberem as preferências sociais dos usuários, agora as empresas querem saber tudo o que eles estão fazendo.
 
Thalis Antunes diz que o termo IoT foi criado antes de ser decidido um padrão e para o que ele serve. Para ele, IoT tem que ser algo em que armazena big data, que conecte à internet, que possa ser acessado, que tenha um certo nível de segurança e que tenha uma funcionalidade. Levando o debate adiante, ele questiona: esses dados que estão sendo coletados vão servir para as coisas ou para as pessoas?

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