Próximo Programa de Índio – Eventos de Informática (12/06)
6 de Junho de 2015, 15:00 - sem comentários aindaEste artigo foi escrito por telles
Para quem não sabe, os 3 sócios da Timbira (eu, Euler Taveira e Fabrízio de Royes Mello) estarão se encontrando presencialmente no dia 12/06 para embarcarmos no dia seguinte para Ottawa, Canadá. Vamos participar do famoso PGCon 2015. Para comemorar o nosso encontro, vamos nos reunir no Boteco São Francisco para tomar uma cerveja, encontrar os amigos e falar um pouco sobre o universo dos eventos de informática que já fazem parte da nossa vida há alguns anos.
Então se você quiser comemorar o dia dos namorados conosco num bom happy hour (ou se for comemorar só mais tarde e quiser tomar uma cerveja conosco enquanto o trânsito diminui), estaremos lá, conversando sobre nerdices, eventos de informática e como sempre: PostgreSQL.
O convite está feito, anote aí:
- O que: Programa de Índio: “Eventos de Informática”
- Onde: Boteco São Francisco, na Av. Jabaquara, 1955, bem perto da estação Saúde no Metrô
- Quando: 12/06 às 19h
- Remoto: Se não puder vir, pode nos acompanhar ao vivo no Hangout que vamos gravar lá!
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Mais um dia triste para os professores
30 de Abril de 2015, 8:58 - sem comentários aindaEste artigo foi escrito por telles
Eu sabia que não seria um dia tranquilo. Me trabalhava normalmente. Estava no meio da tarde quando comecei a ouvir o barulho dos tiros na avenida logo atrás de mim. Algumas pessoas comentaram radiantes como finalmente alguém agia com firmeza contra aqueles baderneiros. Ocorre que aqueles baderneiros eram professores. Não podia acreditar que no ano 2000, um governador que se acreditava mais ponderado aprovasse o uso da cavalaria dessa forma. Por pouco minha mãe não estava lá. Sim, eu sei como ela dedicou e dedica até hoje a sua vida na luta por uma educação melhor. Aquele lema antigo, como era? Por uma educação pública, gratuita, laica, com acesso universal, permanência, qualidade, etc e tal. Parece tão distante isso. Eu já fui professor também, no ensino público, nos movimentos populares, dentro de favela, etc. Não é só retórica não. Mas um dia tive um filho, e as contas em casa precisavam fechar. Antigamente o salário da minha mãe pagava as contas de casa numa família com 3 filhos, faz tempo isso não?
No final todos dizem que são à favor da educação. Mas quem estuda financiamento de educação sabe que tem uma conta que não fecha. A escola pública, de qualidade antes era oferecida para um número muito reduzido de pessoas. Era a boa escola pública criada para pessoas de bem e de bens. Quando saímos da ditadura militar, a luta pela universalização do acesso enfim consegue espalhar a educação pública para todos. Só tem um problema. O orçamento para a educação não acompanha o crescimento no aumento de estudantes que foram atendidos. Na década de 90 vemos claramente o custo por aluno caindo vertiginosamente. De repente o problema da educação é uma questão de técnica, de saber investir e administrar melhor os recursos existentes. Não é uma questão de orçamento. E os professores da rede pública passaram vários anos praticamente sem aumento. Com os salários achatados, muita gente foi procurar outras formas de ganhar o pão nosso de cada dia. Não fui só eu, foi um turbilhão de gente que abandonou a educação. Ser professor deixou de ser algo digno. Professor deixou de ser alguém valorizado e respeitado. Frases como “professora não ganha mal, professora é mal casada” eram e continuam famosas. E assistimos o sucateamento da educação esperando o horário da novela…
A verdade é que educação não é prioridade para quase ninguém. Todos querem que o outro seja mais educado, mas poucos estão dispostos a investir nisso. Educação não dá voto. Construir escolas grandes e vistosas dá voto, mas pagar bem o professor e manter uma boa escola funcionando não. O resultado é que ninguém se comove. Não estou dizendo que todo professor é santo. Nem vou aqui discorrer sobre a miséria dos sindicatos no Brasil. Depois que Getúlio Vargas deixou a herança maldita do imposto sindical, encontrar sindicatos combativos não é fácil. Mas essa moda de mandar a tropa de choque bater em professor nunca saiu de moda. Um professor que pode apanhar na frente das câmeras de TV, também pode apanhar em sala de aula. Não basta pagar mal, tem que bater mesmo. Essa tática de cercar manifestantes e fazer matéria na TV sobre como os professores estavam atrapalhando o trânsito já é manjada há muito tempo. Não é novidade, vejo isso há décadas. Mesmo com a internet à nossa mão, a maioria não vê o que eu vejo, uma polícia covarde batendo covardemente. Não me interessa se a greve parece abusiva, se há professores exaltados. Não se bate no seu semelhante dessa forma. A vida deve valer mais. Não me interessa se é um professor, um estudante ou qual grupo está pedindo o isso ou aquilo. Não se mira diretamente contra uma multidão e aperta o gatilho. Não se usa bomba de gás lacrimogênio, não se coloca policiais nas portas dos hospitais para impedir que os manifestantes feridos sejam atendidos, não se cerca todas as rotas de fuga dos manifestantes e manda a tropa para cima.
E sim, tem gente que aplaude… e acha que precisamos de mais segurança depois. Não sei como é que essas pessoas conseguem dormir tranquilas depois. Ou pior, às vezes até sei. Claro que essa conexão direta entre educação e violência não é bem assim. Longa história. No entanto, o exemplo que damos para nossos filhos é bem claro, não? E vemos professores do ensino fundamental ao superior apanhando da polícia todos os anos. Ontem não foi a primeira vez… quando será a última?
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Sobre o futuro da humanidade…
15 de Abril de 2015, 18:59 - sem comentários aindaEste artigo foi escrito por telles
Comecei a juntar as peças ao ler “A Origem da Humanidade” de Richard Leakey. Eu cursava Ciências Sociais e este livro me voltou à mente diversas vezes. Nele, o membro da notável família Leakey discorre sobre a evolução do ser humano da sua origem aos dias atuais. Claro, se você é criacionista e tem fé dogmática nisso, está convidado a ir ler algo menos herético ante que se irrite logo. Bom, o texto contém uma série de hipóteses reveladoras sobre a espécie humana, e é muito interessante colocar nossa trajetória numa esteira de milhões de anos ao invés de meses ou anos. Estamos acostumados a olhar pouco para o passado, principalmente para o passado remoto, como se apenas o passado recente tivesse realmente importância para a nossa história recente. As implicações morais para a minha vida contidas neste texto são surpreendentes.
Na parte final do livro, Leakey fala sobre o impacto para o ser humano no aumento do seu cérebro. Foi como ler um daqueles bons livros de mistério em que no final acontece uma bela reviravolta em que tudo se revela e faz sentido de forma harmoniosa e inteligente. A questão com o cérebro do ser humano não está relacionada diretamente com a capacidade superior de raciocínio. A grande questão é o parto. O parto do ser humano é muito difícil por causa do tamanho do cérebro. Se o cérebro humano estivesse plenamente desenvolvido antes de nascer, o parto jamais seria viável, pois ele não poderia passar pélvis devido ao seu tamanho. O resultado é que o feto humano nasce muito imaturo. Levam longos anos até ele atingir a plena maturidade. Veja que os mamíferos em geral, se tornam adulto (ou melhor atingem a capacidade de reproduzir) em poucos meses. O ser humano leva cerca de 14 anos até atingir a puberdade e ser capaz de se reproduzir.
O resultado dessa maturidade tardia é que a prole humana permanece sob a tutela dos pais por longos anos. Nestes período algo incrível acontece que faz toda a diferença. Conhecimentos, hábitos e costumes aprendidos pelos pais são transmitidos para os filhos. Ao longo do tempo, esse longo período de contato, de transmissão de conhecimento, constitui um patrimônio para aquele grupo de hominídeos, sua cultura. E a partir daí, a evolução da espécie humana passa a ser regida muito mais pela evolução da sua cultura do que por alterações morfológicas no seu corpo. Um hominídeo que sobreviva só sem o contato com outros da sua espécie, não pode ser considerado um ser humano. Não anda em pé, não fala, não tem hábitos como os nossos. Não aprendeu nada com seus pares, não possui uma cultura como a nossa.
Diferentes culturas fizeram com que o ser humano desenvolvesse diferentes habilidades, diferentes sociedades, diferentes valores. É claro que essa noção de ética universal que engloba toda a humanidade é balela quando você olha o ser humanos como um todo. Então essa baboseira de que o homem nasce bom ou mal, de que ele é corrupto, ou que ele é egoísta e coisa e tal, não faz muito sentido. Depende da cultura em que ele vive. Uma sociedade competitiva, que valoriza o consumo e a mais valia obviamente produz humanos de um tipo completamente diferente de um que cresceu numa pacata ilha isolada desse universo. O fato que é a nossa cultura, apesar de mudar muito vagarosamente, é fruto nosso, dos seres humanos. Somos nós que a construímos. Não é algo dado, imutável e pré-determinado. Como dizia o velho barbudo…
“Os homens fazem a sua própria história, mas não a fazem como querem, não a fazem sob circunstâncias de sua escolha e sim sob aquelas com que se defrontam diretamente, legadas e transmitidas pelo passado.”
O resultado disso é que está tudo em nossas mãos. Não precisamos de intervenção divina ou nos lamentar eternamente. Precisamos criar melhores filhos para construir um futuro melhor. Filhos que sejam agentes transformadores da nossa cultura, que criem seus filhos melhores ainda . Não se muda uma cultura da noite para o dia, mesmo em momentos de ruptura ela leva varias décadas para mudar de forma que a maior parte da sociedade absorva essa mudança. Veja por exemplo o advento do anticoncepcional. Foi um momento de ruptura com profundas transformações na nossa sociedade, onde a mulher deixa de ser uma máquina de gerar e criar seres humanos para se tornar uma pessoa capas de ter escolhas, de ter uma carreira, estudar, casar, ter filhos… ou não! Já faz mais de 40 anos que o anticoncepcional surgiu e ainda estamos longe de vermos ele alcançar toda a sociedade, notavelmente ainda encontramos setores conservadores que reagem a qualquer tipo de anticoncepcional, até mesmo ao uso do preservativo. Mas aos poucos, vemos esta tendência se tornando cada vez mais hegemónica. A cultura está sempre em transformação, não é algo estático. O ser humano existe há milhões de anos. Só conhecemos uma pequena fração da sua jornada pela terra. Existem culturas mais solidárias, mais corruptas, mais violentas, mais competitivas, mais consumistas, com mais diversidade, com mais tolerância, com mais pessoas se suicidando. A questão é: qual ser humano queremos construir afinal?
Uma qualidade inerente ao ser humano, um instinto primário que ele traz consigo me faz acreditar que é possível construir algo melhor do que temos hoje. De que não é assim e sempre foi assim em todo lugar e há qualquer tempo. A capacidade do ser humano de amar a si mesmo e ao próximo faz com que isso seja possível. Praticamente toda religião, seja ela monoteísta, politeísta, oriental, ocidental, etc prega o amor ao próximo. É por isso que mesmo em dias em que tanta gente se preocupa em atacar, denigrir, combater e eliminar uns aos outros, apenas com o otimismo de que vale à pena acreditar no ser humano, podemos construir algo melhor. Vale à pena perdoar e resistir aos que se esquecem do amor ao próximo e desejam saciar suas frustrações combatendo um mal que sequer sabem se existe, aqueles que sonham em comprar um novo bem na esperança de conquistar a felicidade anunciada por um comercial de TV.
Que o nosso amor ao próximo seja forte, otimista e vibrante, contagioso. Que possamos construir novos alicerces. E se um dia eu parar de acreditar nisso, vou até o bar mais próximo, começo a beber e não saio nunca mais dali.
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Próximo Programa de Índio em 01/04/2015: “PostgreSQL + Json = SQL + NoSQL!”
30 de Março de 2015, 17:23 - sem comentários aindaEste artigo foi escrito por telles
Anotem aí…
Dia 01/04/2015, às 20h os consultores da Timbira estarão falando sobre o uso do Json no PostgreSQL, NoSQL e por aí vai. O programa será gravado ao vivo e qualquer um pode interagir.
Link para o Hangout!
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Próximo Programa de Índio em 01/04/2015: “PostgreSQL + Json = SQL + NoSQL!”
30 de Março de 2015, 14:23 - sem comentários aindaEste artigo foi escrito por telles
Anotem aí…
Dia 01/04/2015, às 20h os consultores da Timbira estarão falando sobre o uso do Json no PostgreSQL, NoSQL e por aí vai. O programa será gravado ao vivo e qualquer um pode interagir.
Link para o Hangout!
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