Suécia privatizou a educação e agora se arrepende
23 de Dezembro de 2013, 11:27 - sem comentários aindaEnquanto os políticos, juristas e administradores públicos neoliberais-gerenciais brasileiros querem privatizar a educação, saúde, cultura e tudo o que virem pela frente, via OS – organizações sociais, PPP – Parcerias Público-Privadas, serviços sociais autônomos, etc., os suecos, que privatizaram o ensino há alguns anos, agora querem voltar ao ensino público, estatal, universal e gratuito. Vejam a matéria divulgada nos sites Outras Mídias e Rede Democrática:
Escolas introduziram publicidade maciça, pressão sobre professores e estímulo permanente à competição. Resultados lastimáveis estão levando defensores da “novidade” a pedir desculpas públicas
Quando uma das maiores empresas privadas de educação faliu, alguns meses atrás, deixou 11 mil alunos a ver navios e fez com que o governo da Suécia repensasse a reforma neoliberal da educação, feita nos moldes da privataria com o Estado financiando a entrega dos serviços públicos aos oligopólios capitalistas e assim causando graves prejuízos para os trabalhadores e a população.
No país de crescimento mais acelerado da desigualdade econômica entre todos os membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), os aspectos básicos do mercado escolar desregulamentado estão agora sendo reconsiderados, levantando interrogações sobre o envolvimento do setor privado em outras áreas, como a de saúde.
Duas décadas após o início de seu experimento de “livre” mercado na educação, cerca de 25% dos alunos do ensino médio da Suécia frequentam agora escolas financiadas com recursos públicos, mas administradas pela iniciativa privada. Essa proporção é quase o dobro da média mundial. Quase metade desses alunos estudam em escolas parcial ou totalmente controladas por empresas de “private equity”, que compram participações em outras empresas.
Na expectativa das eleições do ano que vem, políticos de todos os matizes estão questionando o papel dessas empresas, acusadas de privilegiar o lucro em detrimento da educação, com práticas como deixar alunos decidirem quando aprenderam o suficiente para passar e não manter registro de notas.
O oposicionista Partido Verde – que, a exemplo dos moderados, apoia há muito as escolas de gestão privada, mas que agora defende um recuo – divulgou um pedido público de desculpas num jornal sueco no mês passado sob o título “Perdoe-nos, nossa política desencaminhou nossas escolas”.No início da década de 1990, os pais recebiam vales do Estado para pagar a escola de sua preferência. A existência de escolas privadas foi autorizada pela primeira vez, e elas podiam até ter fim lucrativo.
O Reino Unido absorveu muitos aspectos desse sistema, embora não tenha chegado a permitir que escolas custeadas com dinheiro público visassem lucro. Empresas de educação suecas alcançaram países tão distantes como a Índia.
A falência, neste ano, da JB Education, controlada pela empresa dinamarquesa de “private equity” Axcel, foi o maior, mas não o único, caso do setor educacional sueco.
O fechamento da JB custou o emprego de quase mil pessoas e deixou mais de 1 bilhão de coroas suecas (US$ 150 milhões) em dívidas. Os alunos de suas escolas ficaram abandonados.
Uma em cada quatro escolas de ensino médio é deficitária e, desde 2008, o risco de insolvência subiu 188% e é 25% superior à média das empresas suecas, disse a consultoria UC. “São poucos os setores que exibem cifras tão ruins como essas”, disse a UC. Parte do problema resulta da distribuição etária da população, com os números totais das escolas secundárias sofrendo queda significativa desde 2008 e pouca probabilidade de voltar ao antigo nível por uma geração ou mais.
A permissividade do ambiente regulatório também contribuiu. A Suécia substituiu um dos sistemas escolares mais rigidamente regulamentados do mundo por um dos mais desregulamentados, o que levou a escândalos como um caso de 2011 em que um pedófilo condenado pôde abrir várias escolas de forma absolutamente legal.
“Eu disse muitas vezes que é mais fácil abrir uma escola do que uma barraca de cachorro-quente”, disse Eva-Lis Siren, diretora do sindicato de professores Lärarförbundet, o maior da Suécia.
As escolas privadas introduziram muitas práticas antes exclusivas do mundo corporativo, como bônus por desempenho para funcionários e divulgação de anúncios no sistema de metrô de Estocolmo. Ao mesmo tempo, a concorrência pôs os professores sob pressão para dar notas mais altas e fazer marketing de suas escolas.
No início, disseram que a participação privada na educação se daria por meio de escolas geridas individualmente e em nível local. Poucos vislumbraram que haveria empresas de “private equity” e grandes corporações administrando centenas de unidades. “Era uma coisa que não estava sequer nos sonhos mais delirantes das pessoas”, tenta se justificar Staffan Lundh, responsável por questões escolares no governo do primeiro-ministro na época e que hoje dirige a Skolverket, a agência sueca de escolas.
É tão obvio que envolvimento do setor privado e a queda da qualidade estão diretamente ligados que a Skolverket já começa a “vê indícios” de que as reformas de mercado contribuíram para aprofundar o fosso do desempenho escolar.
O referencial Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, nas iniciais em inglês) da OCDE pinta um quadro sombrio, em que a Suécia ocupa atualmente classificação inferior à da Rússia em matemática.
Vinte e cinco por cento dos garotos de 15 anos não conseguem entender um texto factual básico, disse Anna Ekstrom, diretora da Skolverket. Um estudo da agência divulgado no ano passado mostrou um diferencial crescente entre estudantes, em que um número cada vez maior deles não preenche os requisitos necessários para ingressar no ensino médio.
Uma pesquisa da GP/Sifo realizada neste ano com mil pessoas mostrou que 58% são amplamente favoráveis a proibir a geração de lucro em áreas financiadas com dinheiro público, como a educação.
O ministro da Educação, Jan Bjorklund, de centro-direita, dirigente do segundo maior partido da coalizão de governo, formada por quatro partidos, disse que empresas de “private equity” também deveriam ser vetadas como controladoras de empresas do setor de assistência médica, inclusive de assistência aos idosos.
“Acho que acreditamos cegamente demais na possibilidade de mais escolas privadas garantirem maior qualidade da educação”, disse Tomas Tobé, diretor da comissão de educação do Parlamento e porta-voz de educação do governista Partido Moderado. Como são “ingênuos” os neoliberais…
O fechamento de escolas e a piora dos resultados tiraram o brilho de um modelo de educação admirado e imitado em todo o mundo pelos mesmos privatistas e neoliberais que propagandeiam o mercado capitalista como uma espécie de solução milagrosa para todos problemas da sociedade, quando na verdade é o capitalismo quem gera todos os problemas e desigualdades sociais ao concentar toda a riqueza, poder e oportunidades nas mãos de uma classe dominante privilegiada, as custas da miséria, exploração e exclusão de grande parte da humanidade e do empobrecimento crescente dos povos.
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Eduardo Campos defende secretário que colocou culpa do estupro nas mulheres estupradas
21 de Dezembro de 2013, 23:36 - sem comentários aindaO governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), pré-candidato à presidência da República, com apoio da agora socialista Marina Silva (ex-PT, ex-PV, ex-REDE, atual PSB), defendeu seu ex-secretário de Defesa Social, Wilson Damázio, que disse que as mulheres estupradas por policiais gostam de farda.
Damázio deixou o cargo após repercussão de entrevista ao “Jornal do Commercio” sobre estupros por parte de policiais. Veja o absurdo que disse o então secretário de Campos:
Ah, vai dizer isso para as associações… aqui tem muitos problemas , com mulheres, principalmente… Elas às vezes até se acham porque estão com policial. O policial exerce um fascínio no dito sexo frágil.. Eu não sei por que é que mulher gosta tanto de farda. Todo policial militar mais antigo tem duas famílias, tem uma amante, duas. É um negocio. Eu sou policial federal, feio pra c**.. a gente ia pra Floresta (Sertão), para esses lugares. Quando chegávamos lá, colocávamos o colete, as meninas ficavam tudo sassaricadas. Às vezes tinham namorado, às vezes eram mulheres casadas. Pra ela é o máximo tá dando pra um policial. Dentro da viatura, então, o fetiche vai lá em cima, é coisa de doido.
Eduardo Campos disse que Damázio “cometeu um erro” ao dizer que “mulher gosta de farda”, afirmou que ele foi “humilde” ao reconhecer o erro e deixar o posto, elogiou a postura do secretário ao pedir desculpas por meio de uma nota enviada à imprensa e lamentou profundamente a saída do secretário que coloca a culpa dos estupros nas estupradas: “Quem conhece Damázio sabe que ele não tem esses valores”.
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Até no Paraná a presidenta Dilma lidera com folga
21 de Dezembro de 2013, 23:17 - sem comentários aindaAntigamente o Paraná era um Estado conservador, com candidatos de direita com bastante votos, como o integralista Plínio Salgado, Fernando Collor de Mello (PRN), Afif Domingos (PL), Fernando Henrique Cardoso (PSDB), José Serra (PSDB) e Geraldo Alckmin (PSDB).
E o estado tinha preconceito contra o PT – Partido dos Trabalhadores.
Mas parece que as coisas estão mudando.
A presidenta Dilma Rousseff (PT), cuja tendência é explodir de votos em estados do Nordeste, Norte, Centro-Oeste e Sudoeste, e no Rio Grande do Sul, também vai ter muitos votos no Paraná e é a líder com folga no Estado.
O Paraná Pesquisas/Gazeta do Povo de amanhã, na corrida presidencial no Paraná, mostra a presidenta Dilma Rousseff (PT) com 40%, Aécio Neves (PSDB) 25% e Eduardo Campos com 15%.
Foram entrevistados 1.665 eleitores, entre os dias 12 e 16 de dezembro, em 75 cidades, com margem de erro de 2,5 pontos porcentuais para mais ou para menos.
Dilma vai ajudar muito as candidaturas de Gleisi Hoffmann (PT) e Roberto Requião (PMDB) contra a reeleição de Beto Richa (PSDB).
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Tucano Alvaro Dias vai ter dificuldades em se reeleger para senador com irmão Osmar na disputa
21 de Dezembro de 2013, 23:06 - sem comentários aindaParece que o péssimo governo de Beto Richa (PSDB), as denúncias do mensalão tucano em Minas Gerais e de corrupção nos governos tucanos em São Paulo, e a cada vez menos inviabilizada candidatura de Aécio Neves para presidente vão afetar a eleição para o senado no Paraná.
Osmar Dias (PDT), que será o candidato da presidenta Dilma Rousseff e da pré-candidato ao governo Gleisi Hoffmann (PT) pode vencer o irmão Alvaro Dias (PSDB). Osmar não está na mídia e está perto de Alvaro, que é pavão e está todo dia na TV.
A Paraná Pesquisas/Gazeta do Povo mostra amanhã que o atual senador Alvaro Dias (PSDB) 46%, Osmar Dias (PDT) 33%, André Vargas (PT) 4%, Eduardo Sciarra (PSD) 3% e Sérgio Souza (PMDB) 2%.
Em outra simulação Alvaro tem 45%, Osmar 31%, Orlando Pessuti (PMDB) 4%, Vargas 4% e Sciarra, 3%.
Em outra Alvaro tem 64%, Pessuti 10%, Vargas 6% e Sciarra 4%.
A pergunta que não quer calar: porque na pesquisa não aparecem os nomes do deputado federal Dr. Rosinha (PT) e de Bernardo Pilotto (PSOL)?
Foram entrevistados 1.665 eleitores, entre os dias 12 e 16 de dezembro, em 75 cidades, com margem de erro de 2,5 pontos porcentuais para mais ou para menos.
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Gleisi ou Requião vão disputar 2º turno com Carlos Alberto
21 de Dezembro de 2013, 22:56 - sem comentários aindaVeja qualquer pesquisa sempre com desconfiança. Normalmente quem paga mais vai melhor nas pesquisas. Se os empresários contratam uma pesquisa, normalmente essa pesquisa vai mostrar que os candidatos do grande capital e do mercado financeiro vão estar na frente.
Não que eu esteja acusando o instituto de pesquisa X ou Y.
A pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas/Gazeta do Povo que será divulgada amanhã indica segundo turno no Paraná na disputa para o governo.
Na margem de erro o governador Carlos Alberto Richa, vulgo Beto Richa (PSDB), pode ter entre 40,5% e 45,5%, Gleisi Hoffmann (PT) entre 26,5% e 21,5% e Roberto Requião (PMDB) entre 22,5% e 17,5%.
Assim, na margem de erro (e as pesquisas erram muito no Paraná) pode ser que a oposição enteja com 49%, e Richa pode estar com apenas 40,5%.
Com mais candidatos a situação é ainda mais preocupante para Richa (39,5% a 45,5%), Gleisi (25,5% a 20,5%), Requião (21,5% a 16,5%), Silvio Barros (PHS) de 6,5% a 1,5%), Joel Malucelli (PSD) e Rosane Ferreira (PV) de 3,5 ou 1%.
Nesse caso, na margem de erro, a oposição pode ter 60,5% e Richa apenas 39,5%.
No 2º turno entre Richa e Gleisi 54% X 32%, entre Richa e Requião é 57% X 28%.
Na espontânea Richa tem 15%, Requião (PMDB) 5%, Gleisi 3%.
Rejeição: Requião 28%, Richa 14%, Gleisi 11%, Orlando Pessuti (PMDB) e Silvio Barros (PHS) 10%, Joel Malucelli (PSD) 8% e Rosane Ferreira (PV) 7%.
Foram entrevistados 1.665 eleitores, entre os dias 12 e 16 de dezembro, em 75 cidades, com margem de erro de 2,5 pontos percentuais para mais ou para menos.
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