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7 de Dezembro de 2009, 0:00 , por Software Livre Brasil - | Ninguém está seguindo este artigo ainda.

Aula inaugural do curso Startup Livre

8 de Abril de 2015, 23:36, por Valessio Brito - 0sem comentários ainda



Semana do Software Livre no Tecnopuc ressalta a importância de investir em políticas públicas para desenvolver setor de tecnologia

10 de Setembro de 2014, 16:38, por Gabriel Galli - 0sem comentários ainda

Criação de um arranjo produtivo é necessária para desenvolver setor tecnológico. Evento marca 11 anos da Associação Software Livre.Org e entrada da instituição no Tecnopuc.

O coordenador geral da ASL.Org, Ricardo Fritsch, foi um dos palestrantes do evento. (Foto: Camila Hermes)

A primeira atividade da Semana do Software Livre no Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc), em comemoração aos 11 anos da Associação Software Livre.Org (ASL.Org), começou nesta terça-feira (9) em Porto Alegre. Um dos principais temas do evento foi a necessidade de criar políticas públicas de governo no âmbito nacional que estabeleçam um arranjo produtivo beneficando empresas desenvolvedoras de soluções livres. A estratégia é um importante elemento para o fomento do setor e garantiria a soberania tecnológica do país em relação às suas informações.

 >> Veja as fotos do primeiro dia da Semana do Software Livre no Tecnopuc

De acordo com o embaixador da ASL.Org, Sady Jacques, muitas demandas governamentais de grande escala encontram apenas em empresas de softwares proprietários seus fornecedores. Isso acontece pela falta de capacidade do setor de Software Livre em absorver os pedidos ou prover atendimento de suporte para milhares de cidades. Segundo ele, o estabelecimento de uma cadeia produtiva que dê conta destas necessidades depende de ações governamentais diretas sobre o assunto. “Existem poucas alternativas para quem quer desenvolver Software Livre no Brasil. O país poderia ser um dos maiores desenvolvedores de software do mundo”, afirma.

As licitações dos governos nas três esferas (municipal, estadual e federal) são elementos importantes para que as pequenas empresas hoje constituídas possam se estruturar e crescer. Jacques salienta que a ASL.Org fez repetidos esforços nos últimos anos para alertar os órgãos governamentais sobre o tema, entre eles a coordenação das duas últimas edições da Oficina para Inclusão Digital e Participação Social, realizadas em Porto Alegre e Brasília, que reuniu estudantes, profissionais e militantes da inclusão digital de todo o país.

“Todas as ações que melhoraram o cenário no âmbito de governo foram provocadas por pessoas que acreditam na ideia e militaram por isso. Não podemos chegar impondo, mas devemos usar bons argumentos para trabalhar com gestores e técnicos”, explica Sady. Segundo ele, os resultados se tornam mais permanentes quando são resultados de diálogos, diferentemente dos espaços onde há a imposição direta.

O embaixador da ASL.Org, Sady Jacques, propôs a criação de um novo arranjo produtivo. (Foto: Camila Hermes)

Jacques chamou a atenção também para o fato de que diversas empresas que produzem softwares proprietários se utilizam de soluções livres para seu desenvolvimento e não licenciam os programas da mesma forma. “O quanto isso vai mudar depende das pessoas acreditarem e lutarem por isso”, pondera. Ele cita ainda como exemplo o ato individual de cada militante, de pedir para que o fabricante remova o sistema operacional proprietário do computador na hora da compra. A ação gera uma economia de cerca de R$ 200 em alguns casos e é obrigatória por parte da instituição vendedora, já que é proibido exercer a chamada “venda casada”, em que se atrela a compra de um produto obrigatoriamente a outro.

Além da criação de políticas públicas, a qualificação dos profissionais para atuação no setor deve acontecer desde o início da formação básica. De acordo com o embaixador, o estímulo ao estudo de computação para crianças no âmbito escolar faria com que os alunos compreendessem não apenas a programação, mas também a lógica por trás da informática.

Não basta ter infra-estrutura no setor público

O coordenador geral da ASL.Org, Ricardo Fritsch, alertou que a constante luta pela modernização das rotinas da administração pública por meio do fornecimento de infraestrutura não é o suficiente para a criação de uma verdadeira independência dos órgãos. É necessário que os programas utilizados sejam completamente auditáveis pelo governo e pela sociedade civil. Do contrário, o risco de facilitar fraudes é grande.

Fritsch esclareceu que a opção por programas proprietários no setor público é benéfica apenas às empresas desenvolvedoras destas soluções e prejudica a própria administração e os cidadãos. É um procedimento comum que corporações criem dependências em tipos de arquivos proprietários ou arquiteturas não documentadas claramente, o que faz com que a leitura dos dados do governo dependam exclusivamente de um único fornecedor. “Atualmente já existem outras alternativas que fazem o trabalho tão bem, ou até melhor, que as ferramentas proprietárias”, pontua Ricardo.

Citando exemplos, Fritsch contou que o início do provimento de internet no Rio Grande do Sul, em 1995, foi feito utilizando soluções livres. “Cerca de mil pessoas tiveram a honra de começar a usar a internet no Estado naquela época. E não era banda larga, era uma banda fina. Fizemos tudo com Software Livre”, conta. Ele também lembrou iniciativas que foram desenvolvidas no Estado com a mesma perspectiva, como o Gabinete Digital do RS, em que todo o software foi criado utilizando alternativas livres. “Assim que o código foi aberto para a comunidade já surgiram sugestões de melhoria”, ilustra. O Banrisul foi um outro exemplo citado como empresa que utiliza soluções livres em grande escala.

Startups e inovação nos próximos dois dias de evento

A Semana do Software Livre no Tecnopuc contina até a próxima quinta-feira (11). Nesta quarta-feira (10), as 18h30, na sala 204, acontece o Startup Livre Dojo, um evento focado em inovação e empreendedorismo que utiliza técnicas de brainstorming e modelagem de negócios. Os participantes poderão formar equipes para debater problemas e soluções, criando novos projetos.

Na quinta-feira (11) a ASL.Org inaugura sua sala no Tecnopuc em evento voltado a sócios da instituição, consolidando a relação entre a associação e o parque tecnológico da universidade.

As atividades marcam o aniversário de 11 anos da Associação Software Livre.Org, organizadora do Fórum Internacional Software Livre (FISL), que acontece há 15 anos em Porto Alegre e se consolidou como um dos maiores eventos de tecnologia da América Latina.

Saiba mais sobre o evento: 



O próximo passo: Desenvolvimento Econômico Nacional com Software Livre

2 de Julho de 2014, 10:53, por Sady Jacques - 0sem comentários ainda

A primeira década: promovendo o uso, o desenvolvimento e a difusão do software livre

Desde a organização do núcleo PSL-RS (Projeto Software Livre RS), em 1999, o qual viria a estimular a formação de núcleos PSL por praticamente todos os estados brasileiros e vertebraria o que conhecemos hoje por Projeto Software Livre Brasil, muito se fez. Criou-se a Associação Software Livre.Org, realizadora do fisl – Fórum Internacional Software Livre, um evento de referência mundial (é considerado o maior evento de comunidades de software livre do mundo); criou-se o Latinoware; criou-se o CONSEGI – Congresso Internacional de Software Livre e Governo Eletrônico e mais uma grande lista de excelentes eventos de software livre pelo país (Criou-se também um Portal de Rede Social, veja a lista aqui: link dos eventos!!!). Todo este esforço de milhares de pessoas, com o objetivo principal de promover o uso, o desenvolvimento e a difusão desta idéia na sociedade, entre governantes, empresários, acadêmicos, estudantes e população em geral, integrando um imenso ecossistema. Estamos em 2013 e após 14 anos, com numerosas corporações fazendo uso massivo de softwares livres, com a internet (construída graças aos softwares e padrões livres) sendo notícia mundial e com milhões de celulares funcionando a base de um sistema operacional baseado em software livre, queremos crer que esta etapa foi alcançada, o ecossistema sobreviveu (e cresceu) e nos cabe dar agora, um próximo passo.

Transição: do computador de mesa, para o celular e para a nuvem.

Ainda neste período, algumas transformações mudaram radicalmente nossos conceitos: a mobilidade e a nuvem reorientaram ferramentas e serviços, de modo que “smartphones” e “tablets”, turbinados por “APP’s”, permitem comunicação, produtividade e interação em tempo real. E vem mais por aí: óculos e pulseiras “espertas” já não são novidade, mesas e murais digitalizados estão se tornando comuns. Neste mundo complexo, heterogeneo e de muita velocidade, é preciso cada vez mais padrões, colaboração, compartilhamento… e este é o ambiente por natureza do software livre.

A próxima década: do ecossistema para os arranjos produtivos nacionais.

Na verdade, desde 2009 há preocupações manifestas no sentido de dar um passo adiante neste processo. No primeiro CONSEGI, conversas internacionais com os membros de organizações do terceiro setor de países como Cuba, Equador, Argentina e Índia, já apontavam a necessidade de novos graus de organização. Em 2009, durante o fisl10, foi assinado acordo de cooperação com Moçambique, África do Sul. Em 2010, a primeira rodada de negócios com software livre, ocorre com quarenta participantes no CONSEGI em Brasília. Também em 2010, assinado o Tratado Atlânticocom entidades de Portugal e Galicia e Catalunha, Espanha. Em 2011, criada a Rede Internacional do Software Livre – RISoL e em 2013, realizado o I Parlamento das Américas, promovido pela Rede. Em todos os fóruns, locais ou internacionais, a preocupação crescente é a mesma: é preciso dar um passo adiante na articulação do mercado para o software livre, pois o nível de maturidade de produtos, serviços e redes já foi alcançado. Deste momento em diante, a tarefa fundamental consiste em elaborar uma estratégia com a envergadura necessária para viabilizar o nascimento institucional do software livre como uma possibilidade concreta para a geração de trabalho, conhecimento, renda e riqueza, numa contribuição efetiva ao desenvolvimento da nação.

Elementos fundamentais da cadeia produtiva do Software Livre: demandas, soluções, comunidades, clientes, serviços e mão de obra, articulados em um modelo de negócios específico.

Demandas

O mundo moderno é indissociável das tecnologias da computação em rede. Todos os processos podem ser agilizados, gerando economia e resultados surpreendentes, quando são suportados por sistemas inteligentes e integrados. Cada vez mais o empreendedor, o cliente e o cidadão reivindicam agilidade, precisão e confiança no trato da informação. Somos 7 bilhões de pessoas no mundo, mais de 200 milhões no Brasil. A maior parte desta população começa a ter acesso à internet e, portanto, a potenciais serviços por toda a parte. São XXX mil empresas de micro, pequeno e médio porte, as PME’s, que representam um mercado imenso de serviços informáticos, de redes, a sistemas locais e serviços em nuvem.

Soluções

Já existem softwares livres de boa qualidade para a maior parte das demandas usuais. Além deles, há uma infinidade de ótimas soluções em código aberto que podem servir de base para um conjunto maior ainda de respostas eficientes em tecnologia para a sociedade, em todas as áreas de atuação humana. Além disso, pela possibilidade de modificação do código dos programas, aplicações e sistemas livres, é possível qualificá-los ainda mais, corrigindo e complementando suas funcionalidades, de maneira coletiva para o compartilhamento de todos. Bancas de revistas, chaveiros, padarias, cafés, confeitarias, farmácias, bares, restaurantes, livrarias, escolas, petshops, lojas, salões de beleza, estéticas, cabeleireiros, miscelâneas em geral, são potenciais usuários de soluções livres, com custos competitivos de serviços e mão de obra potencialmente abundante.

Comunidades

São elas as responsáveis pelas principais soluções livres disponíveis. Muitas vezes, programadores habilidosos mantém aplicações em pequenos grupos, os quais podem ser ampliados. Esperam, via de regra, pelo interesse de outros programadores, mas também as comunidades maiores precisam e desejam parceiros voluntários que as ajudem a traduzir, testar, desenvolver, documentar, integrar, publicar e comunicar as melhorias evolutivas que acontecem de maneira dinâmica o tempo todo. Serão estes mesmos parceiros que irão se utilizar de todas estas soluções aperfeiçoadas para a prestação de serviços a quem quer que precise deles, remunerando desta forma, o esforço coletivo.

Clientes

Toda e qualquer pessoa física ou jurídica é potencial usuária de serviços de informática livre, mesmo que já faça uso de produtos proprietários. As soluções livres são estáveis, escaláveis, seguras e adaptáveis. Toda a eventual dificuldade conhecida no uso delas, decorre da multiplicidade de padrões existentes em um mundo hegemonizado por soluções proprietárias. Quando a maior parte da população estiver utilizando soluções livres, a integração ocorrerá de modo muito natural, pois o respeito a padrões e a natureza aberta do código, permitirão isso. Este processo pode iniciar por grandes clientes como o movimento sindical, movimentos sociais e esferas de governo, desde que esclarecidos da importância do uso de softwares livres para a ampliação da base de conhecimento da sociedade. O uso intensivo na educação, saúde e no trabalho, certamente impactará de modo decisivo na formação de um novo mercado.

Serviços

Lançar mão de ferramentas de software pode ser trivial, como quando instalamos com alguns cliques, alguma aplicação em nosso celular. Pode exigir pontualmente algum conhecimento, para substituir o sistema operacional proprietário de nossas máquinas por sistemas livres. E pode precisar de conhecimento técnico avançado, para a instalação, configuração ou parametrização de sistemas mais complexos. Além disso, este mesmo nível de conhecimento será necessário para ofertar manutenção e suporte por longo período ou de modo permanente a novos clientes. Estes serviços já existem, mas ainda sem a articulação empresarial necessária, sem a divulgação adequada, portanto sem constituir-se como um portfólio ou menu disponível, que facilite e promova sua contratação imediata.

Mão de Obra

Segundo o IBGE, estima-se meio milhão de PME’s no Brasil, atuando com TIC, com 1,5 milhões de profissionais com média e alta capacidade para a execução deste conjunto de serviços. A esmagadora maioria deste conjunto, ocupa-se hoje apenas com a venda de licenças (ou produtos), representados por “caixinhas” cujo conteúdoé, via de regra, uma mídia (um DVD, uma pendrive ou um cartão de memória). Jovens, em sua maioria, com formação técnica ou superior (no mínimo em curso), desempenham quase sempre o papel de vendedores, e raramente o de analistas ou programadores para os quais foram vocacionados… e instruídos. A opção pelosoftware livre permitiria animar um novo e inovador mercado nacional e projetar o Brasil no mercado internacional, em uma década, como o maior país desenvolvedor de softwares no mundo. Mesmo que todo esse código fosse livre, teríamos a inteligência sobre milhares de processos, sistemas e ferramentas, o que nos permitiria inclusive prestar serviços a outros países, modificando nossa participação na balança de exportação deste segmento, sem a obrigatoriedade de perdermos nossos profissionais para o mercado exterior, de modo similar ao que a Índia utiliza para atender boa parte dos “call centers” do mundo.

Modelo de Negócios

Um modelo baseado na prestação de serviços com softwares livres nas áreas de sistemas, banco de dados, aplicativos e redes, dentro do mercado nacional, pode ser organizado em médio prazo através de algumas iniciativas estratégicas:

1. diálogo com as instituições de classe (FENAINFO e sindicatos filiados; ASSESPRO e regionais; FENADADOS e sindicatos filiados; SOFTEX e afiliadas), mostrando a importância de constituição de um Arranjo Produtivo Nacional, com apoio do Governo Federal, para fortalecimento da “indústria de software local”, com base em softwares livres. A participação de centenas de empresas filiadas a estas instituições de classe permitirá ativar rapidamente o APN do Software Livre, com vantagem para todos: empreendedores, cidadãos e governos.

2. envolvimento das instituições de negócio (ASL.Org, Propus, Solis, Colivre, 4Linux, etc.), com o mesmo propósito anterior, convocando a todas e às comunidades desenvolvedoras, a um processo de inserção produtiva formal, através de: filiação às entidades de classe; estabelecimento de articulações empresariais; definição de padrões de qualidade na prestação dos serviços; elaboração de mecanismos de certificação; constituição de redes de qualificação técnica e de redes de qualificação para o empreendedorismo.

3. diálogo com SEBRAE, SENAC e SOFTEX nacionais, para estruturar os aspectos formacionais necessários à visão empreendedora e à ação técnica, primeiramente com foco no mercado nacional e posteriormente vislumbrando o mercado externo.

4. diálogo com MCTI, MIC e MDS, apresentando números iniciais que corroboram a existência latente das condições de possibilidade deste Arranjo Produtivo Nacional, para o qual é preciso constituir uma estratégia e uma política específica, capazes de serem agregadas ao Programa TI MAIOR. É preciso também apresentar o cenário econômico futuro, projetando investimentos moderados, receitas expressivas, aumento quantitativo e qualitativo da empregabilidade e recolhimentos de impostos potencializados, com natureza distributiva altamente favorável à microeconomia.

5. criação de uma empresa âncora capaz de concentrar profissionais e PME’s em torno de um portfólio de aplicações e serviços relacionados, articulados de modo colaborativo para oferecer este menu em qualquer estado da federação. Isto permitirá a rápida popularização e atendimento dos serviços e também o atendimento imediato de demandas governamentais, através de editais que se aplicam a um conjunto de municípios, a Estados inteiros, a vários Estados ou a toda a extensão doterritório nacional.

6. diálogo com grandes comunidades internacionais (Canonical, Mozilla, Suse, CloudStack, Pentaho, PostgreSQL, Linux, KDE, Gnome, etc.) e estabelecimento de parcerias de negócios, cujo braço nacional será impulsionado por esta empresa.

7. diálogo com BNDES, Bancos regionais e estaduais de desenvolvimento, bem como com fundos de pensão e de participações, buscando investidores parceiros, públicos e privados, para a viabilização de uma rede nacional de serviços em softwares livres.

Conclusão

Todas as condições de possibilidade estão dadas. Todos os atores são conhecidos. E todos os interesses legítimos da sociedade brasileira são contemplados e beneficiados nesta ambiciosa e necessária iniciativa. Necessária, porque o desenvolvimento econômico alavancado nesta última década já dá sinais de esgotamento… O mercado de massas interno ganhou vigor, reduziu a pobreza extrema e estabilizou a economia no pior cenário mundial do século. Mas é preciso crescer mais e mais rápido. O Brasil continental talvez nunca venha a perder sua condição de país agrícola, produtor de alimentos. No entanto, é preciso agregar valor muitas vezes a cada real que temos, e a única forma de conseguirmos isso, é trabalhando com inteligência, nos dois sentidos da palavra. Para cada real de investimento em softwares, outros 7 ou 8 retornam, sendo que a relação custo-benefício deste setor é baixa e o retorno, alto. Desenvolvimento de código é uma arte que requer conhecimento, mas que pode alcançar padrões impensáveis com colaboração e compartilhamento. E é essa capacidade técnica que pode tornar o desenvolvedor brasileiro, a indústria de software nacional e o Brasil, uma referência mundial, ao custo de algumas boas políticas, um pouco de coragem e doses decisivas de inovação e ousadia.