Djavan Fagundes: Mudando para o Comum
9 de Agosto de 2010, 0:00 - sem comentários aindaEu estou abandonando meu blog antigo (de novo) e desta vez definitivamente. Irei passar a somente atualizar este blog.Se você o lê por algum dos planetas que eu publico, provavelmente irá reler algumas notícias ou ver coisa bem desatualizada, não se preocupe, basta usar a arte de "marcar como lida".
Eu utilizo neste novo blog ao invés de Wordpress o Django Diário, que é mais simples e tem tudo o que eu preciso.
Sei lá, estou cansado de sempre mais do mesmo.
Um abraço!
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Gustavo Noronha (kov): WebKitGTK+ and the Web Inspector
9 de Agosto de 2010, 0:00 - sem comentários aindaWhen I started working on WebKitGTK+ I was a web developer, writing IT applications using Python and Django, and building features for content portals running Plone (argh). Even though I was an Epiphany user ever since it was forked off Galeon, I still had to use Firefox for my work, because I couldn’t really live without Firebug.
It should come as no surprise, then, that one of my first patches to WebKitGTK+ was actually making the awesome Web Inspector work in our port. After the initial support, though, not a lot has been done to further improve it, partly because it was already good enough for many uses, partly because I somehow started doing non-web development again ;).
These last weeks, through my R&D efforts in Collabora, I have been able to push Web Inspector features and integration a bit further. A simple change that boosts the Inspector’s usability quite a bit is having the nodes that are being hovered highlighted. Along with that, the ability to attach the inspector to Epiphany’s window should make it easier to use for poking the DOM.
The Web Inspector has a number of settings that control its behaviour. Since, for instance, enabling javascript debugging may slow down javascript performance, the inspector usually has it disabled by default, and provides a button to enable it. It also provides an option for always enabling that feature, but that does not work right now, because we are not saving/restoring the relevant settings. A solution to that is in the works using the GSettings infrastructure that was recently merged into glib.
Here’s a simple screencast, showing these improvements in action (click the video to check it out in full size):
Leonardo Ferreira Fontenelle: CGI.br: Quem são os brasileiros que usam Linux?
9 de Agosto de 2010, 0:00 - sem comentários aindaLi recentemente a Pesquisa sobre o Uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação no Brasil 2009, publicada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil, e descobri que o documento traz inclusive estatísticas de sistema operacional. Em resumo, 86% das famílias brasileiras têm o Windows instalado em seu computador principal; essa proporção é de 1% para o GNU/Linux, e desprezível para Mac e outros. 13% dos entrevistados não souberam ou não quiseram responder à pergunta.
O relatório prossegue analisando a variação dessas proporções de acordo com o local (área urbana ou rural), a região do país, a renda familiar, e a classe social/econômica. Em quase todos os grupos, o uso de Linux continua em 1%. As exceções ficam para:
- Área rural: uso desprezível;
- Região Norte: 2% de participação;
- Renda familiar maior que R$ 4.650: 3% de participação;
- Renda familiar entre R$ 931 e R$ 1.395; e entre R$ 2.326 e R$ 4.650: uso desprezível.
Não houve variação por classe econômica.
A fatia da população brasileira que mais usa Linux parece ser a mesma que tem banda larga: os moradores da área urbana (quase não existe banda larga na área rural) e aqueles com renda familiar mensal acima de R$ 4.650. Já vai longe a época em que o modelo de negócios da Conectiva era vender seu sistema operacional numa caixa.
Imagino que trabalhar com tecnologia também ajude, mas isso não foi avaliado na pesquisa.
Já o programa Computador Para Todos parece ter tido um efeito modesto. As famílias com renda mensal menor que R$ 931 usam o sistema operacional mais que os do estrato imediatamente superior, mas ainda assim a proporção ficou em meros 1%.
O que mais me surpreendeu foi a região Norte. Colegas nortistas, será que as comunidades daí são mais ativas?
Outra informação que não entendi foi a proporção não variar de acordo com a classe econômica. Intuitivamente, as pessoas com maior renda estão numa classe econômica superior, mas isso não é verdade, ou ao menos não para os usuários de Linux.
O estudo do CGI.br usou o critério de classe social/econômica da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa. A ABEP também divide as classes econômicas pela renda (como o IBGE), mas disponibiliza uma ferramenta que permite estimar a renda. Essa ferramenta (o Critério de Classificação Econômica Brasil — CCEB) consiste num sistema de pontos atribuídos à posse de bens de consumo e ao grau de instrução do chefe da família.
É possível ganhar muito e ter poucos bens ou pouco estudo, e talvez esse seja o perfil dos usuários de Linux.
O estudo só considerou aquilo que todo o mundo entende por computador, ou seja, dispositivos embarcados ou celulares não contam. A metodologia não considerou os computadores que não o principal, e não consegui encontrar na metodologia a definição operacional de o que seria um computador principal, ou como lidar com o dual boot.
Como já foi dito, em 13% dos domicílios o entrevistado não soube informar o sistema operacional. Essa proporção é ainda maior na região rural, nos domicílios com menor renda familiar, e nas classes D e E. Esses números são uma ordem de grandeza superiores à fatia que usa Linux, causando imprecisão na estimativa.
Reparem que o 1% de usuários Linux é a proporção dentre todos os entrevistados, e não apenas entre os que souberam responder à pergunta. Dessa forma, o número real de domicílios brasileiros com Linux é qualquer coisa entre 1% e 14%.
Gustavo Noronha (kov): Hackers
7 de Agosto de 2010, 0:00 - sem comentários aindaAcabei de ler nos últimos dias, finalmente, o clássico e frequentemente citado livro Hackers, do Steven Levy. Não há discussão sobre cultura e ética hacker que não faça pelo menos uma referência a esse livro. Poucos meses atrás a editora O’Reilly lançou uma nova edição do livro, que inclui um novo apêndice, em que o autor revê rapidamente o estado da cultura e ética hackers no ano 2010, 25 anos depois do lançamento do livro original.
O livro é, antes de mais nada, uma delícia de ler. Eu não costumo ser muito tolerante com clássicos difíceis de ler - não me interessa o quão importantes eles são, não consigo achar energia para terminar livros massantes (e olha que meu limite é bem alto!), mas Hackers superou até minhas expectativas mais otimistas. O livro é construído como uma série de histórias em que os personagens principais são os hackers que deram origem aos ideais e princípios éticos que culminaram nos movimentos de liberdade de software e conhecimento livre que nós conhecemos hoje.
Mais interessante para quem já conhece bem a ética e os ideais hacker, talvez, seja ver como mudaram as coisas. Quando os computadores pessoais começaram a surgir, fruto do trabalho dos hackers de hardware havia um deles, de acordo com o livro, que imbuía fortemente o espírito hacker - o hardware era documentado, aberto, exalava um convite ao hacking. Acredito que a maioria dos simpatizantes dos ideais hacker de hoje se surpreenderia ao saber que se tratava de um produto da Apple - o Apple II.
Since Steve Wozniak’s Apple adhered to the Hacker Ethic in that it was a totally “open” machine, with an easily available reference guide that told you where everything was on the chip and the motherboard, the Apple was an open invitation to roll your sleeves up and get down to the hexadecimal code of machine level. To hack away. (Capítulo 15 - The Brotherhood)
O exemplo de abertura do começo é hoje o exemplo de secretismo, apreço por tecnologias proprietárias, fechadas e falta de respeito pelos usuários, com sua adesão profunda a tecnologias projetadas para serem defeituosas. Quem diria!
Por outro lado, o livro também mostra algumas lições que a cultura hacker teve que aprender através de muito sofrimento e desilusão. Uma dessas lições é que é sempre mais fácil defender intransigentemente uma cultura de acesso ilimitado se os participantes dessa cultura forem uma elite exclusora e que trazer as vantagens e os ideais mesmo de uma ideologia de comuna para todas as pessoas (inclusive as que não necessariamente concordam com ela) passa pela negociação de contradições entre os ideais puros e as estruturas tradicionais da sociedade, capazes de escalar e fazer chegar os conhecimentos e ferramentas necessárias a todo canto, geralmente em forma de “produtos” de uma “indústria”. Foi assim, de certa forma, que o ideal hacker de que as pessoas devem ter acesso a computadores para fazerem o que bem entenderem acabou se realizando - através da criação de uma indústria da computação pessoal, que hoje está experimentando um pico, com computadores (em forma de telefones móveis) na mão das pessoas mais humildes. Mesmo que essa indústria tenha distorcido boa parte dos ideais que acompanham o ideal do acesso ao computador.
The best way to promote this free exchange of information is to have an open system, something that presents no boundaries between a hacker and a piece of information or an item of equipment that he needs in his quest for knowledge, improvement, and time online. The last thing you need is a bureaucracy. Bureaucracies, whether corporate, government, or university, are flawed systems, dangerous in that they cannot accommodate the exploratory impulse of true hackers. Bureaucrats hide behind arbitrary rules (as opposed to the logical algorithms by which machines and computer programs operate): they invoke those rules to consolidate power, and perceive the constructive impulse of hackers as a threat. (Capítulo 2 - The Hacker Ethic)
Hackers sofreram extremamente em momentos em que seus redutos elitisados foram invadidos por gente que não entendia ou não concordava com os ideais, porque de uma hora pra outra foram obrigados a rever suas convicções inclusivas, porque nunca tinham considerado que a inclusão que eles pregavam era somente para uma elite e não sobreviveria da mesma forma ao se universalizar. Há uma tensão latente que é fácil de perceber até hoje e que parece ser uma das grandes questões que nos cabe resolver.
Quando pessoas que protestavam contra a guerra do Vietnã, por exemplo, chegaram à conclusão de que o famoso laboratório de inteligência artificial do MIT (berço dos hackers originais e do projeto GNU) era parte do problema - financiado pelo departamento de defesa, produzindo conhecimento que poderia ser usado na guerra, o que era indiscutível, os hackers acabaram tendo que se utilizar das coisas que mais odiavam para evitar que os protestantes destruíssem algo que era essencial para a evolução do hacking - o computador PDP-6, que eles ameaçavam botar abaixo.
The barricades worked insofar as the protesters—around twenty or thirty of them, in Noftsker’s estimate—walked to Tech Square, stayed outside the lab a bit, and left without leveling the PDP-6 with sledgehammers. But the collective sigh of relief on the part of the hackers must have been mixed with much regret. While they had created a lock-less, democratic system within the lab, the hackers were so alienated from the outside world that they had to use those same hated locks, barricades, and bureaucrat-compiled lists to control access to this idealistic environment. While some might have groused at the presence of the locks, the usual free access guerrilla fervor did not seem to be applied in this case. Some of the hackers, shaken at the possibility of a rout, even rigged the elevator system so that the elevators could not go directly to the ninth floor. Though previously some of the hackers had declared, “I will not work in a place that has locks,” after the demonstrations were over, and after the restricted lists were long gone, the locks remained. Generally, the hackers chose not to view the locks as symbols of how far removed they were from the mainstream. (Capítulo 7 - Life)
Há numerosos outros exemplos no livro de como intransigência e a falta de conexão com a realidade fizeram mais mal à ética hacker e à saúde dos seus praticantes do que o bem que tentavam proteger, mas também há numerosos exemplos de como a postura “mão na massa” dos hackers fez com que o sonho não fosse permanentemente destruído e que a mensagem se perpetuasse. Creio que o maior exemplo de todos seja Stallman, que vendo tudo desabar arregaçou as mangas e, sem se preocupar com o possível, sem se limitar a bandeiras e palavras de ordem pôs a mão na massa e criou as condições materiais necessárias para que uma comunidade global continuasse usufruindo e criando liberdade de conhecimento.
Gostei muito do livro! Acho que é uma boa leitura e acho que serve como inspiração para que as novas gerações de hacker continuem defendendo de forma intransigente os imperativos da mão na massa, da liberdade de informação e criação, da preponderância da qualidade e do trabalho sobre os títulos e burocracia, mas sem deixar de considerar o mundo real. Serve bastante para ajudar a refletir de que forma é possível tornar inclusiva nossa cultura sem que isso implique uma redução do apreço pela qualidade e mestria e tornar mais disseminada nossa ética.
Vinicius Depizzol: Truckloads of awesomeness
5 de Agosto de 2010, 0:00 - sem comentários aindaAfter spending 36 hours between planes and airports, I had the pleasure to participate GUADEC this year, that happened a couple of days ago in The Hague (luckily I arrived 2 days before the conference to recover myself of jet lag).
This time GUADEC was located in Den Haag University, and we had a big area for hacking and discussing ideas for GNOME.
Before the talks and keynotes, during the first two days of the conference, I discussed with a lot of people about the state of the gnome.org website. Since the current implementation in Plone was lacking hands to get it done (the start of this work dates from 2007 or so), I suggested instead to do a new approach other than try to keep working in the plone code.
Right on the lobby tables I started then to port the website templates done by me and Andreas to WordPress. Of course you may think that start from scratch the work of a website in another CMS can take even more time, but the difference is that WordPress is widely known and more maintainable (and easier, of course!).
So, basically, to say how WordPress rocks, I got done all the implementation of GNOME website in a couple of days during the conference itself. This means we now have support for static pages, custom template for footers, full localization (by using this great WPML plugin), dynamic banners for the home page and news.
The only possible problem by using WP is that by now it is not possible to integrate it with the infrastructure that GNOME have for translations. Still, if we look the system as a whole, this won’t be a problem since the translation system in WPML works great.
We’re right now putting all the content already made in the wordpress pages. Next step includes polishing the existing content and making it fun to read (other than using long boring paragraphs of text). Oh, and we need to migrate old content as well.
The cool part about all of this is that WP is simple to hack and easy to add new functionalities. A long waited feature we planned to put on the new website is the products page, which will contain a list of featured applications around the GNOME platform with some description. Together with Daniel, we defined a initial set of what to show in these pages. We still need to work on this a bit, but it’s great to see things getting done!
As Ruben said, GUADEC really consisted of truckloads of awesomeness. I must say a big thank you again to the GNOME Foundation (which needs a new website by the way:P) for letting me get there again this year.
Lucas Rocha: Videos in The Board
3 de Agosto de 2010, 0:00 - sem comentários aindaSo, you now know about The Board and my short-term and long-term plans for it. Thanks everyone for the positive energy and the nice feedback! For those interested in contributing to the project, I created a very basic wiki page for The Board in GNOME’s wiki. The most useful bit for now is the initial guide to get The Board built and running. Feel free to fix and add missing bits there.
I had a couple spare hours a few days ago and ended implementing the initial code for video things. Seek bar is still missing because I couldn’t find a nice way to present it – ideas are welcome. Code is available in gitorious. Click on the image above to watch a video showing more or less how it works. The general interaction is very similar to photos. I had to apply a couple patches to clutter and clutter-gst (git master) to get video colours right.
Things will become more interesting when I implement integration with Cheese which will allow you to produce photos and videos in place. Probably one of my next steps.
Djavan Fagundes: Instalando Gwibber 2 no Debian Sid
2 de Agosto de 2010, 0:00 - sem comentários aindaEi pessoal,
Segue abaixo um tutorial de 5 minutos de como instalar o Gwibber 2 no Debian Sid.
Para instalar, primeiramente, remova a versão anterior do Gwibber que você tenha instalada. Você poderá fazê-lo usando o seguinte comando:
sudo apt-get remove gwibber
Depois, escolha uma versão para instalar na URL: http://people.debian.org/~kartik/packages/gwibber/
Baixe todos os pacotes .deb de acordo com a versão que você escolheu em algum diretório no seu computador.
Por exemplo, se você quiser a versão mais nova, baixe os arquivos da versão 2.31.3.
Depois rode o comando:
sudo dpkg -i *.deb
Depois de instalados os pacotes, instale o pacote python-oauth
sudo apt-get install python-oauth
Prontinho! Gwibber 2 instalado e rodando!
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© Djavan Fagundes, 2010.
Djavan Fagundes: Aberta a chamada de trabalhos do EMSL 2010!
2 de Agosto de 2010, 0:00 - sem comentários aindaEstá aberta a chamada de trabalhos para o maior evento de software livre de Minas Gerais, o EMSL!
O Encontro Mineiro de Software Livre (EMSL) 2010 acontecerá entre os dias 12 a 16 de Outubro de 2010 nas dependências da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).
A organização do evento convida a comunidade a enviar trabalhos até o dia 20 de agosto de 2010 através do sítio http://emsl.softwarelivre.org/.
A partir de 2008 o evento adotou um novo método de avaliação dos trabalhos, incluindo uma fase para aprimoramentos. Nessa fase qualquer pessoa pode contribuir para o aprimoramento de palestras através de comentários feitos pelo sítio do EMSL. Os palestrantes, por sua vez, podem aproveitar os comentários que julgarem pertinentes, modificando suas propostas. Esse ano as propostas ficarão disponíveis para aprimoramento a partir da data de submissão até o dia 31 de agosto.
Para a avaliação dos trabalhos, são considerados: sua relação com software livre e a fase de aprimoramentos, caso esta aplique-se ao trabalho em questão. Os palestrantes serão comunicados do resultado até o dia 5 de setembro.
Os trabalhos deverão ser registrados em uma das seguintes trilhas:
Iniciantes
Palestras e mini-cursos para o público iniciante: introdução ao software livre; por que usar e contribuir com software livre; introdução a licenças, patentes; por onde começar, onde pedir ajuda; softwares para iniciantes; como contribuir.
Governo/Negócios
Palestras dirigidas ao público de negócios e/ou governo: casos de uso e desenvolvimento de software livre em órgãos do governo ou empresas; apresentação de softwares livres para gestão; padrões adotados pelo governo; e demais palestras que possam ajudar o empresariado e/ou governo a se beneficiarem e contribuírem com software livre.
Sessão Técnica
Palestras e mini-cursos voltados ao público com experiência técnica em software livre: – Desenvolvimento: ferramentas para o desenvolvimento de software livre; bibliotecas; linguagens de programação; palestras de como contribuir; desenvolvimento de software básico.
- Administração de sistemas e segurança: softwares/sistemas de monitoramento; segurança utilizando software livre; protocolos de gerenciamento e banco de dados.
- Computação gráfica: licenciamento de arte; padrões abertos; editoração de imagens; desenhos.
- Documentação e Tradução: ferramentas, procedimentos e projetos para documentação e tradução de software livres.
Acadêmico
Palestras para a apresentação de trabalhos acadêmicos: estudo sobre o software livre, comunidade, modelo de desenvolvimento, qualidade de software; trabalhos que resultaram em produção de software livre, provas de conceitos, protocolos ou padrões abertos.
Filosofia/Cultura
Questões sobre direito intelectual para desenvolver software livre; modelo de desenvolvimento de software livre; interação com comunidade de desenvolvedores de software livre; uso de licenças.
Interdisciplinar
Esta trilha é a novidade e o foco deste ano. A ideia é apresentar trabalhos desenvolvido em outras áreas, utilizando software livre: casos (cases) de sucesso, cultura livre, discussões sobre licenças, o dia a dia dos usuários, entre outros. O software livre além do software.
Eventos Comunitários
Se você é membro de alguma comunidade de software livre e deseja realizar o evento de sua comunidade dentro do EMSL, envie a sua proposta!
Se o seu trabalho utiliza software livre e não está compreendido nas trilhas acima, ele ainda pode ser aceito, basta entrar em contato.
Para enviar seu trabalho, basta se cadastrar como palestrante no endereço:
http://emsl.softwarelivre.org/speaker/add/ e enviar sua proposta no link Enviar Trabalho.
EMSL
O Encontro Mineiro de Software Livre acontece anualmente em Minas Gerais. O EMSL foi criado em 2004 com o objetivo de fomentar a aproximação e o intercâmbio entre os vários grupos que utilizam o software livre no estado, assim como incentivar seu uso por novos grupos.
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Claro que já estou preparando a minha proposta!
Leonardo Ferreira Fontenelle: Mais sobre o Censo do GNOME e a Cauda Longa
1 de Agosto de 2010, 0:00 - sem comentários aindaDave Neary, um dos membros mais ativos da Fundação GNOME, publicou a primeira edição do Censo GNOME, um levantamento da participação de cada colaborador, e de cada empresa, no desenvolvimento do GNOME. Como o BR-Linux.org destacou, um dos grandes destaques do censo foi que apenas 1% do código teria sido contribuído pela Canonical, enquanto a Red Hat seria responsável por 16%. Outra informação do Censo GNOME é uma espécie de proporção de Pareto: apenas 30% dos desenvolvedores são pagos para trabalhar com o GNOME, mas sua colaboração representa 70% do código.
No que diz respeito à participação da Canonical, Jono Bacon (gerente da comunidade) rebate dizendo que a empresa contribui muito com o GNOME, mas o código fica hospedado no Launchpad, e qualquer distribuição poderia empacotá-lo. De fato, o levantamento publicado por Dave Neary só levou em consideração o código hospedado na infraestrutura do próprio GNOME — que aliás é fornecida principalmente pela Red Hat.
Ainda sobre a importância relativa de cada empresa, o próprio Dave Neary destaca o que os números escondem sobre a participação da Nokia. Em vez de contratar mais empregados, a empresa estimulou a criação de várias start-ups que contribuem com uma parte significativa do código. Além disso, os módulos específicos do GNOME Mobile e o WebKit não entraram na análise.
Mas minha contribuição nessa discussão é sobre o outro destaque: o efeito Cauda Longa. De fato, os colaboradores voluntários têm contribuições individuais pequenas, como acontece no desenvolvimento do kernel Linux. Mas uma boa parte dos principais colaboradores do GNOME (em número de alterações do código-fonte) são voluntários, e a maior parte dos módulos do GNOME são mantidos por voluntários. Mais: se considerarmos o voluntariado como uma empresa, essa empresa será responsável por 30% do desenvolvimento do GNOME, muito mais que a Red Hat ou qualquer outra empresa.
Por fim, gostaria de registrar que o Censo do GNOME é sobre o desenvolvimento do código, mas até onde sei não estuda a tradução ou outros tipos de contribuição. A tradução é uma parte significativa do trabalho no GNOME, e acredito que seja quase exclusivamente voluntária.
Carlos José Pereira (Carlão): O openSUSE é Software Livre? Acho que não...
30 de Julho de 2010, 0:00 - sem comentários aindaEsbarrei outro dia numa notícia sobre o lançamento de uma nova versão (11.3) da distribuição openSUSE. Como gosto muito de experimentar várias distribuições Linux, ainda mais com as facilidades trazidas pela virtualização, baixei a dita cuja pra brincar um pouco.
Criei a máquina virtual, bootei, escolhi linguagem... e cheguei numa página onde eu tinha que aceitar uma licença. Como eu brinco com meus alunos, "aquela página que ninguém lê, vai logo clicando em aceito...". Bom, eu parei pra ler.
Começou promissor... "The openSUSE Project grants to you a license to this collective work pursuant to the GNU General Public License version 2...". Bom, não entendo muito de licenciamento, mas até onde sei, GPL é a licença que garante as liberdades de um software livre. Beleza então, tudo certo!
Até que li mais um pouco... "As required by US law, you represent and warrant that you: (...) c) will not export, re-export, or transfer openSUSE 11.3 to any prohibited destination, entity... d) will not use or transfer openSUSE 11.3 for use in any sensitive nuclear, chemical, or biological weapons or missile technology end-uses... "
Parou, parou, parou.... Se me lembro bem, duas das quatro liberdades do software livre são "a liberdade de executar o programa, para qualquer propósito" e "a liberdade de redistribuir cópias de modo que você possa ajudar ao seu próximo".
Então, voltamos a pergunta do título... o openSUSE é Software Livre?
Abortei a instalação, desliguei a máquina virtual, apaguei o arquivo ISO. Fica pruma outra oportunidade...
Abraços a todas e a todos!
Carlão