A cada nova especificação do html5, a cada feature do css3 e a cada resposta dos browsers a esses recursos a web dá um enorme passo para se consolidar como grande plataforma de desenvolvimento de aplicações.
Nos últimos anos a internet caminhou a passos largos, e isso se deve ao fato da Microsoft ter lançado duas novas versões do seu navegador, o IE7 e agora por último o IE8, tentando acabar com o legado de inconsistências com os padrões da w3c que cercam o IE6.
Quando se discute esse tipo de coisa, sempre vemos os mesmos argumentos. Alguns dizem que o usuário comum(você mesmo, fazendeiro da colheita feliz) não tem nada a ver com os tais padrões, e que não perdem em nada em utilizar um navegador arcaico que não os suportem(aka IE6). Concordo em partes. A preocupação com os padrões não deve ser do usuário, e sim da desenvolvedora do browser, o problema é que focam demais em soluções para problemas que não existem(vide abas coloridas no ie8) e acabam esquecendo de atualizar seu browser com as novas especificações das linguagens base da internet.
Esse tipo de coisa faz parecer que o browser quer aparecer mais que a própria internet. Talvez com essa nova guerra de navegadores as empresas tenham esquecido a utilidade principal de um navegador, que é a mesma de um sistema operacional. Servir de plataforma pros aplicativos web e desktop, ficando cada vez mais transparente para o usuário.
Falando em plataforma, essa desconformidade dos navegadores com os padrões é o que faz, no meu ver, com que a web demore a emplacar como principal plataforma de desenvolvimento de aplicativos, a tal nuvem. Talvez ficando até atrás dos problemas de conexão com a internet que tanto citam quando falam desse assunto.
Resta a nós, desenvolvedores, continuarmos lutando por essa causa, senão, continuaremos utilizando imagens para termos bordas arredondadas e necessitando de plugins para ter áudio e vídeo nos sites que desenvolvemos.
Para concluir o meu pensamento gostaria de utilizar algumas palavras de Tim Berners-Lee.
“It’s been said today that, yes, this is a markup language for a Web page. But it’s a computing platform, too. The really big shift happening here is the shift to being a client-side computing platform,”
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