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Helio Costa - hlegius : Planejando no Macro para entender o micro

6 de Outubro de 2014, 7:45 , por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda | Ninguém está seguindo este artigo ainda.
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Finalizei o último post deixando um suspense no ar. Se não viu, recomendo que leia! Pois bem, quando falei sobre planejar no macro e codificar no micro, deixava ali uma ideia útil de fato, muito bem abordada, que quase todo developer já ouviu pelo menos falar o nome e que porém, já foi muito mal utilizada.

Código Exercitado é código em forma

A UML, pode ser um aliado forte no seu planejamento macro de uma funcionalidade do software. Calma! Nada de fechar a aba e ir me xingar no twitter. Estou afirmando para você que é desenvolvedor e cria seus próprios testes a esboçar numa visão macro o que planeja fazer e com a UML, você obtém esse rascunho rapidamente.

Porque a UML e não (coloque aqui seu outro método) ?

UML é uma linguagem de modelagem de diagramas e sua simplicidade (no uso simples dela) a torna uma vantagem no esboço de rascunhos macro de seu software. Outro ponto a favor da UML é o shareable que ela permite: mande-me um esboço UML que eu entenderei o que você quer me falar.

Esboço!

Não estou falando para chamar o arquiteto de software para ele criar todo o software em UML e mandar você fazer. Vou repetir: crie você seus esboços para ajudar no seu próprio entendimento do que pretende e como fará os relacionamentos. Geralmente, eu faço micro esboços que resolve uma e somente uma funcionabilidade. Após criá-la, consigo ver se fará sentido aquela minha ideia do ponto de vista arquitetônico e daí então, crio meu teste de unidade e sigo adiante.

  • Eu não faço uma funcionabilidade e depois ligo com outra que liga com outra;
  • Não guardo estes rascunhos depois que acreditei na solução macro e segui adiante com a micro (Teste de Unidade) ajustando meu design de código, e;
  • Não faço rascunho macro em UML para toda e qualquer nova feature. Apenas naquelas onde as fronteiras da classe alvo do teste estão meio obscuras para mim.

Isto quer dizer que se Order se relaciona com alguns atores (outras entidades/classes puras) e este relacionamento está estranho para mim, eu tenho subir o nível de abstração, saindo do micro e indo para o macro, buscando entender como dar-se-á o futuro relacionamento ou/e se ele faz mesmo sentido naquele contexto.

Tipos de macro-esboço

Geralmente eu apelo para o Diagrama de Objetos por ser algo simples: coloca dentro do retângulo o nome da classe e pronto. Onde ele por ser útil: a) quando você está procurando quais as fronteiras seu objeto terá; (lembre-se de que todo e qualquer objeto deve ser planejado como se o mesmo fosse uma API provendo serviço através de métodos públicos a outros objetos do mesmo sistema - por isso uso muito o termo fronteira [boundary]). b) quando você precisa entender se o objeto deverá ser Aggregate Root de algum outro via composição. c) traçar fluxos possíveis dentro de um conjunto de objetos.

Quando a coisa aperta e eu fico desconfiado das responsabilidades de cada método em objeto(s) em uma feature, eu recorro ao Diagrama de Sequência. Ele torna-se muito útil nos cenários macro-micro (nome horrível), onde estou planejando o macro, mas entrando um pouco no detalhe da responsabilidade (SRP, alguém?) da feature. Ele te ajuda a lembrar sempre da Lei de Demeter com seu Tell Don’t Ask.

Já acabei utilizando raramente o Diagrama de Classe, onde rascunhava um pouco sobre os métodos de uma classe, mas no meu uso ele acabava não agregando na visão macro, por especular a visão micro sem conhecimento de causa.

Porque não usar a UML como documentação de software?

Quer tentar? Vá em frente (e quebre a cara). Eu e alguns amigos já tentamos manter um Diagrama Caso de Uso em um software anos atrás e sinceramente? Totalmente inútil. Precisava de atualização a todo instante; Ficando desatualizado tornava-se um peso a mais e não ajudava no design pois era um punhado de diagrama e não código executável que te prova que sua teoria no código de produção funciona ou não. Imagina você tendo que atualizar todo diagrama de sequência assim que resolve mudar o input ou output de um método. This is madness! - além de ser esforço inútil pelos motivos já citados (não exercita o código de produção).

Concluindo

Diagramas UML, rabiscos, círculos interligados, etc., ajudam você a planejar sua visão macro quando sente-se desconfortável com certa integração entre objetos. São valiosas ferramentas para esboçar sua ideia e reorganizar sua mente antes de seguir para seu próximo Teste de Unidade, que diferente do primeiro, exercita código de produção como ninguém.


Fonte: http://hlegius.pro.br/post/planejando-no-macro-para-entender-o-micro

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