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Notícias do SL-RJ

7 de Dezembro de 2009, 0:00 , por Software Livre Brasil - | Ninguém está seguindo este artigo ainda.

Intervir e deixar fluir.

15 de Junho de 2014, 12:43, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

Em ciências da computação há uma estrutura de programação conhecida por “Máquina de Estado”. É assim: Um programa pode assumir diversos estados, por exemplo, estado de espera por algo a ser digitado pelo usuário; estado de cálculo de uma equação; estado de desenhar uma imagem na tela; etc. Então, um programa sempre está num certo estado, esperando por alguma coisa. Quando essa coisa acontece, o programa realiza alguma rotina programática e passa para outro estado. Só para ilustrar: O computador apresenta na tela o conteúdo de uma pasta, listando o nome dos arquivos dessa pasta. Tem um programa que faz isso, que no caso do Windows é o gerenciador de arquivos. Então, o estado é o de mostrar os nomes dos arquivos. Assim que o computador mostra os nomes na tela, ele passa ao estado de espera, para que o usuário faça algo. O usuário pode então abrir, deletar, mover, etc., o arquivo. Assim que o usuário comanda a ação, o programa realiza o desejo do usuário e passa para outro estado, talvez o estado de espera novamente, se tudo ocorreu bem. Isso é um sistema. Pode ser chamado também de um mecanismo de ações. É uma coisa exata, sem nenhuma ponderação moral. É, como o nome indica, uma máquina.
A etiqueta social é mais ou menos assim. Pessoas se encontram e, dependendo das circunstâncias, se cumprimentam ou realizam qualquer interação conveniente. Seguem regras de conduta que se erigiram culturalmente e, no limite, é como se fosse uma máquina. É uma questão de seguir regras. Infelizmente, muitos se pautam por essa “proto-máquina”, desprezando o fato que pessoas não são exatamente programadas e que a sociedade não é um sistema exato. Entre o input e o output há sentidos e sentimentos e as relações desenhadas são de uma complexidade indefinível, a não ser simplisticamente.
Um problema surge quando se evocam regras exatas e relações lógicas ordinárias para tomar decisões e defender ideias e atitudes. Pode-se dizer que tal ou qual pessoa está certa, mas enquanto se trata de certeza matemática, o que acontece é a provocação de sofrimentos. Sofrimentos acima da certeza. Algo que não parece bem certo.
Talvez ainda estejamos embebidos num vício iluminista de achar respostas nos mecanismos, numa dura arena intelectual, como se só nessa dimensão a humanidade devesse viver. Um horrível dever.
Mas existem ainda outras dimensões. Essas, talvez mais familiares àqueles que eram ruins em matemática na escola. Uma delas, muito importante à convivência entre os seres, é a alma das sensações. E sensação não é algo que se explica, ou, quando se tenta, o resultado é paupérrimo.
Acho que felizes são os que compreendem que não se constrói relacionamento como se constrói um edifício de concreto. Que não há leis de causa e efeito como aquelas propostas por Isaac Newton, que possam modelar o encontro das almas. Que o ambiente dos encontros pessoais é completamente misterioso, mais apropriado ao que se convencionou entender por arte.
Arte é uma coisa que flui. Deixar fluir é uma arte. Talvez, sabedoria seja saber deixar e saber provocar. Talvez isso não se aprenda na escola. Talvez seja o resultado de toda uma vida, que nos presenteie com uma satisfação na etapa presente e com uma esperança para a seguinte. E que seja por esse fluxo que aproximemos, cada vez com mais exatidão, o que imaginamos com o que seja possível.
Que saibamos o quanto deixar fluir e o quanto tentar direcionar o fluxo. Mas observemos uma diferença: Seguramente, os desertos são feitos pelo deixar fluir. Já os campos, tornam-se férteis pelas intervenções, pelas atitudes intencionais, pelo fazer humano.
Que continuemos nos aperfeiçoando na arte de tentar. E descobrir.



GNU/Linux juntaDados 5.0.4

24 de Março de 2014, 9:41, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

Uma nova revisão da distribuição GNU/Linux, voltada para produção audiovisual, juntaDados foi disponibilizada. Entre as principais novidades do GNU/Linux juntaDados 5.0.4 estão a atualização para o Debian GNU/Linux 7.4.0 (Wheezy), uma nova versão do editor/gravador de áudio Ardour 3.5.357, a ferramenta de modelagem/criação 3D Blender 2.70 trazendo muitas novidades, o LibreOffice? 4.1.4 mais estável, o navegador web Firefox 28 e o leitor de e-mail Thunderbird 24.4.0, além de uma nova versão do kernel Linux (3.13.6) com o escalonador de processos BFS 0.446 e o escalonador de E/S BFQ-v7r2.

Download do espelho no juntaDados

64 Bits
http://juntadados.org/sites/default/files/juntadados/5.0.4/juntaDados-5.0.4-amd64.iso

32 Bits
http://juntadados.org/sites/default/files/juntadados/5.0.4/juntaDados-5.0.4-i386.iso

Download do espelho no Estúdio Livre

64 Bits
http://estudiolivre.org/files/juntadados/5.0.4-amd64/juntaDados-5.0.4-amd64.iso

32 Bits
http://estudiolivre.org/files/juntadados/5.0.4-i386/juntaDados-5.0.4-i386.iso

Compartilhe e Contribua usando o Torrent

64 Bits
http://juntadados.org/sites/default/files/juntadados/5.0.4/juntaDados-5.0.4-amd64.torrent

32 Bits
http://juntadados.org/sites/default/files/juntadados/5.0.4/juntaDados-5.0.4-i386.torrent

O que é?

Um sistema operacional livre e completo baseado nas ideias e ideais do projeto GNU e da FSF e que tem como objetivo simplificar e facilitar as atividades de produção audiovisual dos Pontos de Cultura, ações de Inclusão e Cultura Digital. Esta distribuição possui as principais ferramentas para produção de conteúdo de áudio, vídeo, imagem e texto escolhidas através de levantamento feito em Pontos de Cultura e ações de Inclusão Digital.

Observação

Esta distribuição é uma customização do Debian GNU/Linux 7.4.0 (Wheezy) com pacotes do SnowLinux?. Todos os códigos fontes estão disponíveis nos repositórios do Debian. Esta imagem é iso-hybrid e pode ser gravada em uma mídia de DVD e/ou Pendrive (usando o WinDD ou dd). Aconselhamos o uso de uma pendrive para maior performance e comodidade no uso no modo live ou para a instalação.

Dúvidas e Sugestões nos envie um e-mail: juntadados@juntadados.org

Nos siga na Rede Social Livre Diaspora*: https://diaspora.juntadados.org/u/juntadados

Conheça e se Cadastre no Mapa da Cultura: https://mapadacultura.org/

Venha fazer Escambo com o juntaDados: http://escambo.org.br/profile/juntadados

Fonte: https://marcelo.juntadados.org/texts/gnu-linux-juntadados-5-0-4



Introdução à EaD

19 de Março de 2014, 10:49, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

Aguardando…



Equipamentos de áudio a venda

6 de Fevereiro de 2014, 21:15, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

Preciso vender alguns equipamentos de áudio pra poder consertar meu carro, envolvido em um acidente absurdo – uma trupe de bandidos pés-de-chinelo roubaram um carro e a toda velocidade decidiram passar por entre as filas de carros que aguardavam um semáforo abrir no centro de Curitiba. Resultado: pelo menos 7 carros batidos, felizmente ninguém saiu ferido.

Todos os equipamentos foram pouquíssimo usados – somente em casa.

Seque a lista de equipamentos para venda:
Monitor de referência (áudio) PHONIC P5A Ativo – 210W (PAR) – Valor: R$ 1100,00
Pedal Boss Rc 30 Usb Loop Station – Valor: R$ 930,00
Interface de Áudio Presonus FP10 Firewire – Valor: R$ 1500,00 + R$ 150,00 case da Solid Sound (item opcional)
Microfone AKG Perception 100 – Valor: R$ 470,00

Para quem comprar todos os itens eu faço um desconto de 10% sobre o valor total – de 4150,00 por R$ 3735,00.
Somente venda.
Os equipamentos poderão ser retirados pessoalmente (Santa Quitéria – Curitiba / PR) ou enviados pelo Correio (PAC ou Sedex). Os gastos em transporte são por conta do comprador.
Contato: Lúcio
Telefone: 41-98143756
email: lucio.matemaarrobagmail.com

Detalhes e imagens de cada produto:

Monitor de referência (áudio) PHONIC P5A Ativo – 210W (PAR) – Valor: R$ 1100,00
Pouquíssimo uso, equipamento funciona perfeitamente, em ótimo estado, excelente custo benefício, na caixa. Acompanha manual.




Especificações

• Monitor de referência bi-amplificado com 140W para as baixas freqüências e 70W para as altas
• Resposta de freqüência de 70Hz – 20kHz
• Alto falante de 5″, tweeter de 1″ com domo de seda
• Crossover em 1.8dB Hz, 24dB/oct Filtros Linkwitz-Riliey?
• Ajuste de high match, low match e compensação de sala
• Blindagem magnética e proteção para sobrecarga
• Indicador bi-colorido (On/Clip)
• XLR e 1/4″ inputs
• Construído em MDF de alta qualidade
• Dimensões: A=294,6 x L=195,6 x P=231mm
• Peso: 5,6kg (cada um)

Twin Pedal Boss Rc-30 Usb Loop Station – Valor: R$ 930,00
Com algumas marcas de uso (normal para um pedal), o equipamento funciona perfeitamente, um excelente pedal, ótimo para improvisações. Acompanha fonte e manual.




Especificações

O RC-30 tem uma entrada XLR, equipada com phantom power. Ambos os pedais possuem porta USB 2.0 para salvar loops externamente, assim como importar e exportar arquivos WAV.
• Looper de duas pistas com In/Out estéreo e formato de pedal duplo. • Duas pistas estéreo sincronizadas, com fader de volume e botões de seleção. • Grande capacidade de gravação – até três horas em estéreo. • 99 memórias internas para armazenamento de loops. • Efeitos embutidos para processamento dos loops. • Entradas variadas: dois conectores de 1/4″, mini AUX IN de 1/8″, conector XLR com phantom power. • Porta USB 2.0 permite conectar a um PC e importar/exportar áudio em formato WAV • Rhythm Guide com sons de bateria • Funciona com baterias ou fonte AC opcional. Peso e tamanho : • Largura : 173 mm • Profundidade : 158 mm • Altura : 57 mm • Peso : 1.2 Kg

Interface de Áudio Presonus FP10 Firewire – Valor: R$ 1500,00
Usado somente em gravações caseiras, equipamento funciona perfeitamente, em ótimo estado. Acompanha fonte e cabo firewire.
+ R$ 150 case da Solid Sound 19′ (item opcional)




Especificações

High-Speed? FireWire (IEEE 1394) Audio Interface
Up to 96K Sampling Rate
8 XMAX Class A Microphone Preamplifiers (+60dB gain) w/ Trim Control
8 Analog Mic/Line Inputs, 2 Instrument Inputs
8 Analog Line Outputs
S/PDIF Digital Input and Output, MIDI Input and Output
Balanced Send / Return for Channels 1 and 2
Zero Latency Monitoring
Separate Main and Cue Mix Outputs
Daisy-chain multiple FP10′s for additional inputs/outputs
Linux, Macintosh and Windows compatible

Microfone AKG Perception 100 – Valor: R$ 470,00
Pouquíssimo uso, somente em gravações caseiras, em excelente estado, funciona perfeitamente. Na caixa. Acompanha suporte próprio p/ pedestal.




Especificações

Tem uma excelente relação preço/qualidade.
O microfone tem um elevado rendimento.
É condensador de membrana larga, com padrão cardióide fixo,
respondendo dos 20 aos 20.000 Hz. Com um alto nível de SPL, ele responde a pressões de até 135 dB.
A cápsula é de 1” tem um ruído inerente de 16 dB.
A construção é metálica e a proteção da cápsula é feita por uma grelha
de malha metálica, praticamente ‘invisível’ ao som.

  • Tipo:microfone condensador de diafragma largo
  • Figura polar: cardióide
  • Sensibilidade: 18 mV/Pa (-35 dBV)
  • Resposta de freqüência: 20 Hz to 20 kHz
  • Impedância: ≤ 200 ohms
  • Impedância recomendada: : ≥ 1000 ohms
  • Nível de ruido equivalente: 26 dB
  • Relação sinal ruido: 78 dB
  • SPL máximo para THD de 0,5%: 135 dB
  • Condições de operação:

– Temperatura: -10°C to +60°C
– Umidade relativa: 80%

  • Alimentação:48 V ±4 V phantom power
  • Corrente consumida: ≤ 2 mA
  • Conector: 3 pinos XLR (pin 2 hot)


Descobertos e (re)misturados

27 de Dezembro de 2013, 0:34, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

Artigo feito sob encomenda para a edição n.45 da Revista ABCDesign, codinome “Origens”

por Fabianne Balvedi

Era junho de 2004, e eu estava em uma das apresentações mais badaladas do FISL V – Quinto Fórum Internacional Software Livre.

Apesar de trabalhar com programas de código aberto desde 2001, fazia muito pouco tempo que eu havia começado a realmente compreender o significado da complexa filosofia por trás de todo aquele movimento. Era também a minha primeira vez no evento e eu me sentia completamente encantada. Com aquele sentimento do tipo “que bom que existe gente assim nesse mundo”.

Na época do evento, eu colaborava principalmente com a lista de discussão dos articuladores de cultura digital, um para-raios de pessoas interessadas em hackear o Ministério da Cultura para promover um programa de fomento e difusão cultural a partir de bases fundamentadas na produção cultural de sociedades civis organizadas. Essas articulações ajudaram a fundamentar o que veio a ser o projeto dos Pontos de Cultura, o do-in antropológico capitaneado pelo Programa Cultura Viva e que hoje busca ser transformado em lei.

A apresentação em questão celebrava o lançamento no Brasil das Creative Commons – uma suíte de licenças de uso que têm como objetivo flexibilizar os direitos autorais de uma obra a partir de uma decisão do autor/a em liberar uma parte ou seu todo para uso, reuso, remix ou até mesmo colocá-la totalmente em domínio público. Segundo seus desenvolvedores, o objetivo seria trazer para os bens culturais a mesma filosofia de compartilhamento existente no software livre. O uso dessas licenças era um tema frequente nas conversas da lista dos articuladores, e por isso muito me interessava.

A mesa de celebração contou com a presença do então Ministro da Cultura, Gilberto Gil, que declarou que o modus operandi das redes de software livre poderia servir como “instrumento de desapropriação dos latifúndios que hoje dominam a indústria cultural.” Um dos principais fundadores da entidade homônima que criou as Creative Commons, Lawrence Lessig, também presente na mesa, alertou para marginalização que os defensores da liberdade de software vêm sofrendo em seu próprio país, os Estados Unidos. “Partilhar, dividir e distribuir são vistos como atividades subversivas. Hoje há uma verdadeira guerra do copyright. E quem não adere é terrorista. Então, até as crianças, quando fazem suas pesquisas na rede, são terroristas?”

De todas as falas desse dia memorável, a que mais me tocou foi a do então diretor da Escola de Direito da UFRJ, Joaquim Falcão. Como na música de Caetano Veloso, não por conta de seu conteúdo exótico, mas pelo fato de, até aquele momento, ter ficado oculta em minha mente, quando teria sido óbvia.

Coube ao Prof. Joaquim proferir a primeira das palestras da mesa. E, nessa introdução, sabiamente buscou, em algumas de nossas origens, como nos tornamos a quarta parte do mundo, uma conexão com a presente celebração: o fato de que o livre fluxo das informações contidas nas cartas documentais escritas à época dos descobrimentos foi “fundamental para a empiricização, descentralização e diversificação do progresso.”

Os navegadores escreviam cartas como relatórios, uma prestação de contas a seus reis e financiadores, escritas a partir de suas observações durante as viagens. Depois de lidas por seus destinatários, as cartas navegavam livremente de mão em mão, de cidade em cidade, anunciando as novas descobertas. A Américo Vespúcio, “descobridor” do Novo Mundo, atribui-se a escrita de pelo menos cinco cartas. Dessas, apenas três tem sua autoria comprovada: as cartas de Sevilha, de Cabo Verde e de Lisboa. As outras duas seriam apócrifas, de autenticidade não comprovada: as cartas Mundus Novus e Quatro Navegações. Segundo o professor, foi o livre fluxo dessas cartas que ajudou a tecer a rede das comunicações do século XVI.

A carta de Lisboa foi a mais fundamental de todas, pois corrigiu o erro histórico de Colombo de achar que chegara às Índias e registrou corretamente a chegada a um mundo ainda desconhecido pelos europeus. “A carta de Lisboa servirá de base para a Mundus Novus”, relata o professor. “Entendendo sua construção e circulação, seguindo seu rastro e paradeiro, entendemos o erro de atribuição de autoria e avaliamos suas conseqüências para os dias de hoje, diante do desafio de regulamentar o fluxo de informações por meio do direito autoral.”

Um desconhecido manuscrito em italiano intitulado de “Máximas saudações de Américo Vespúcio a Lorenzo di Pierfrancesco dei Médici” teria originado a escrita da Mundus Novus. Título nada atrativo, numa língua restrita, de difícil circulação. Sua primeira modificação foi passar do italiano de poucos para o latim de muitos. Uma nova edição feita em 1504 descartou as burocráticas “Máximas Saudações” do título e em seu lugar surgiu “Mundus Novus”.

Em 1505, Johann Froschauer acrescentou imagem ao texto com a primeira xilogravura sobre o novo continente. Com imagem e texto, permitiu-se ao leitor ver o inenarrável e dessa forma acendeu-se a imaginação de todos, atiçando ainda mais a curiosidade sobre as novas terras. Mundus Novus é um panfleto, um cordel que, propositadamente ou não, serviu de publicidade para nossa colonização. E também para outro erro histórico: o erro de atribuição de autoria que nos fez nascer americanos.

“Imaginemos, porém, que Mundus Novus tivesse sido escrita por Vespúcio hoje”, pede o professor. Quais seriam as consequências? O que fariam os advogados de Vespúcio ao tomarem conhecimento das sucessivas alterações, traduções e das múltiplas edições não expressamente autorizadas por seu cliente?

Uma das mais prováveis respostas é que tentariam proteger os direitos autorais de seu cliente. E também muito provavelmente teriam sucesso em seus pleitos. Américo Vespúcio morreria mais rico, porém anônimo, pois o erro de autoria possivelmente também teria sido evitado. Mas o século das descobertas também teria muito menos leitores. Segundo conclusões do professor, “talvez Montaigne, Boticelli, Da Vinci, Erasmo e outros navegadores e potentados não tivessem lido Vespúcio.
O livro Utopia talvez tivesse sido retirado de circulação. Não teria chegado até nós. A imaginação européia teria sido menor. Thomas Morus seria menos. No máximo, um plagiador. E, se assim ficasse para a posteridade, não teriam ingressado no mundo da cultura obras intelectuais tão distintas quanto a Nova Atlântida, de Bacon, as Viagens de Gulliver, de Swift –obras diretamente inspiradas pelo relato de Morus. A própria palavra ‘utopia’, por ele inventada, poderia não existir.”

Difícil pensar em um mundo ausente de reflexões utópicas. Mas, ao que tudo indica, parece ser um rumo que boa parte da humanidade escolheu. Hoje, 9 anos depois, o recente suicídio de Aaron Swartz, cofundador da Creative Commons, processado impiedosamente pelo governo dos EUA por supostos downloads ilegais, nos faz perceber que o cenário pintado por Lessig não somente continua a existir, mas parece ter piorado ainda mais. No Brasil, a atual legislação não considera a potencialidade do desenvolvimento científico e tecnológico mundial a partir das tecnologias digitais de informação e comunicação, que tem possibilitado um avanço significativo no acesso e circulação das informações e das culturas entre as pessoas. Restringe de forma intensa a possibilidade de cópia e troca de informações, inclusive para fins educacionais. A reforma da Lei do Direito autoral proposta em 2007 está parada e o Marco Civil da Internet não consegue sair do papel.

Tempos difíceis para os navegantes do século XXI.

Links relacionados:

O que é o software livre?
http://www.gnu.org/philosophy/free-sw.pt-br.html

Fórum Internacional Software Livre
www.fisl.org.br

Creative Commons Brasil
http://creativecommons.org.br/

Pontos de Cultura
http://www.cultura.gov.br/pontos-de-cultura1

Reforma LDA
http://www2.cultura.gov.br/site/tag/reforma-lda/

Marco Civil da Internet
http://culturadigital.br/marcocivil/

Mundus Novus: por um novo direito autoral
(artigo do Prof. Joaquim Falcão)
http://direitogv.fgv.br/publicacoes/revista/artigo/mundus-novus-por-novo-direito-autoral

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