Raspberry Pi 3 ganha suporte oficial do Google para rodar Android
3 de Junho de 2016, 18:39 - sem comentários aindaA terceira geração do popular Raspberry Pi está prestes a contar com mais uma nova opção de sistema operacional. O pequeno computador com arquitetura ARM já é suportado atualmente por várias distribuições Linux e conta até com uma versão específica do Windows 10 adaptada para rodar sem grandes problemas.
Agora é a vez do Android, um dos sistema mais populares do mundo, ganhar suporte oficial do Google para rodar na plataforma. A novidade se confirmou quando o nome do Raspberry Pi 3 surgiu no repositório Android Open Source Project (AOSP, ou “Projeto de Código Aberto do Android” em tradução direta) do Google.
Para quem não conhece, os Raspberries Pi são computadores ARM compostos apenas por uma placa lógica, e além de serem baratos, são do tamanho de um cartão de crédito. O foco principal da aplicação desses mini PCs são a educação e o software de código aberto. Devido à sua natureza open source, o tamanho e as possibilidades de expansão, o gadget acabou caindo no gosto dos hackers de hardware.
O Raspberry Pi 3 está a venda no mercado por US $35 (pouco mais de R$ 125, em conversão direta), e por esse preço o usuário leva para casa: CPU Broadcom BCM2837 ARMv8 de 1.2GHz 64-bit, 1 GB de RAM, GPU VideoCore IV, Wi-Fi 802.11n e Bluetooth 4.1. Se não for o bastante, o produto permite instalar outros componentes externos a placa. O armazenameto é via cartão microSD, sendo que o vídeo fica por conta de uma saída HDMI tradicional e, o áudio, por uma entrada de 3,5mm. Para ligar o restante dos periféricos, temos 4 portas USB e uma saída de rede Ethernet.
O repositório que lista o nome do Raspberry Pi 3 geralmente só mostra o nome de dispositivos da linha Nexus, por isso a surpresa quando o nome do mini PC surgiu por lá. O suporte oficial do Google mostra a admiração e a importância que o dispositivo tem pela empresa. Além da importância do suporte, a medida dará acesso a mais de 1,5 milhão de aplicativos disponíveis para o sistema móvel do Google através da Google Play Store.
As possibilidade são quase infinitas. Logo, será que poderemos ver um Pi 3 modificado para rodar Android TV? Ou quem sabe rodando alguma versão do popular sistema Remix OS? Por enquanto, o repositório oficial ainda está vazio. Mas, em breve, os desenvolvedores começaram a preenchê-lo com códigos.
Com informações de Ars Technica e Canaltech.
Suécia decide manter mandado de prisão preventiva de Julian Assange
3 de Junho de 2016, 18:37 - sem comentários aindaO poder judiciário da Suécia decidiu em novo julgamento que manterá a detenção à revelia de Julian Assange. Segundo a corte de Estocolmo, responsável pelo caso, o fundador do WikiLeaks ainda deve respostas no que se refere ao processo em que é acusado de estuprar duas mulheres em 2010. “Julian Assange ainda será detido, por suspeita de estupro”, arguiu o tribunal – em tradução livre do site The Register, já que ainda não há uma tradução oficial para o inglês.
Ainda segundo a corte, o mandado de prisão deve ser mantido por conta de “a evasão [de Assange] representar um risco substancial”. O julgamento também menciona o parecer da organização contra crimes arbitrários da ONU (Organização das Nações Unidas), que concluiu em favor de Assange. Para o tribunal, a natureza dos crimes investigados supera quaisquer “intrusões ou lesões” que precederam a prisão, de maneira que a detenção in absentia deve ser mantida.
“Em nossa opinião, o interesse público pela continuidade da investigação ainda tem peso”, concluiu a justiça sueca. O tribunal também fez saber que “os esforços para conduzir uma entrevista e para obter amostras de DNA continuam, embora nós ainda estejamos à espera de uma resposta ao pedido de assistência legal encaminhado ao Equador em março de 2016”.
A decisão foi endossada pela procuradora do Ministério Público, Marianne Ny. Segundo ela, “a corte compartilha a nossa visão de que a continuidade da detenção está em conformidade com o princípio da proporcionalidade”.
“Fale com o meu gato”
Julian Assange, por sua vez, se absteve de um comentário direto, preferindo, antes, enviar um “porta-voz”: o seu gato de estimação, identificado em conta de Twitter própria como @embassycat. “Furioso com a Suécia pela subversão dos direitos do meu humano”, teria dito o gatinho, obviamente entediado em uma foto bocejante – e com um texto cheio de trocadilhos com a palavra “fur” (peludo, em inglês).
Julian Assange se encontra desde junho de 2012 na embaixada do Equador em Londres, onde obteve asilo político – passando a viver em um escritório convertido em apartamento. O abrigo foi buscado como forma de evitar uma possível extradição para os EUA, onde Assange teria que responder sobre o vazamento de centenas de milhares de documentos por meio do site WikiLeaks.
Com informações de The Register e Canaltech.
PlayStation 4 modificado consegue rodar jogos do Steam
3 de Junho de 2016, 18:22 - sem comentários aindaMuitos usuários perguntam-se quando poderão jogar seus jogos do PC em videogames como o PlayStation 4 e Xbox One. Ainda que as fabricantes e desenvolvedoras não tenham disponibilizado uma solução neste sentido, um hacker conseguiu executar, satisfatoriamente, jogos do Steam no PlayStation 4.
Para isso, o hacker, conhecido como OsirisX, realizou uma série de modificações no console, destravando o PS4 com jailbreak e utilizando arquivos Arch Linux e algumas bibliotecas de FailOverFlow para permitir que os jogos de PC possam ser executados no console da Sony. Além disso, é necessário que o PS4 conte com o firmware 1.76, já que essa versão permite a instalação do Arch Linux e a execução correta do Steam utilizando as bibliotecas citadas.
Em um vídeo publicado no YouTube, OsirisX mostra como é possível jogar o conhecido game Bastion e outros títulos conhecidos em modo Big Picture e de maneira bastante fluída. Seria interessante vermos uma experiência com jogos que exigem maior poder gráfico, já que, atualmente, há componentes de hardware para PCs que superam de maneira notável as placas existentes tanto no console da Sony quanto no Xbox One.
Com informações de Slash Gear e Canaltech.
Snowden afirma que Allo, novo aplicativo do Google, é “inseguro”
3 de Junho de 2016, 18:14 - sem comentários aindaUm dos mais populares especialistas em segurança digital do mundo, Edward Snowden alertou seus seguidores do Twitter em relação ao uso do novo aplicativo de mensagens do Google, o Allo. Segundo ele, o app é perigoso, uma vez que não integra a criptografia de ponta a ponta (end-to-end) como característica padrão. Isso deixaria os usuários vulneráveis a possíveis interceptações que podem resultar em vazamento de dados.
“A escolha do Google de desativar a criptografia de ponta a ponta por padrão no novo aplicativo de chat Allo é perigosa e torna o app inseguro”, disse o ex-agente da NSA. “Evite [o Allo] por enquanto”, alertou. Diferentemente do WhatsApp e do Telegram, o aplicativo do Google adota a criptografia end-to-end apenas quando o usuário habilita manualmente o Modo Anônimo.
Responsável pela segurança do aplicativo, Thai Duong afirmou que sua intenção era que o Modo Anônimo fosse implementado como padrão para todas as conversas no app. “A pergunta do momento é: se o modo incógnito com criptografia de ponta a ponta e mensagens que desaparecem são tão úteis, por que não é padrão no Allo? Meu desejo era que fosse padrão, mas, mesmo assim, nem tudo está perdido”, disse o desenvolvedor.
Seja como for, o objetivo do Google com o Allo é competir de igual com os principais mensageiros do mercado, como WhatsApp, Telegram e Facebook Messenger. Apesar das diversas críticas envolvendo a segurança de seu novo app, o Google ainda não se pronunciou sobre o assunto.
Com informações de CNET e Canaltech.
Microsoft anuncia parceria para incluir plataforma Jenkins no Azure
3 de Junho de 2016, 18:12 - sem comentários aindaServidor de automação open-source baseado em Java bastante popular, o Jenkins está se unindo à Microsoft para implementar sua infraestrutura na plataforma de nuvem da empresa de Redmond, o Azure. Com esta parceria, haverá uma melhora significativa na segurança e na capacidade de oferecer mais serviços para o projeto. O anúncio da parceria foi realizado pela Microsoft na Convenção O’Reilly Open Source (OSCON), em Austin, nos Estados Unidos.
O Jenkins é um servidor de automação com um ecossistema que suporta uma grande variedade de ferramentas de integração contínua (CI) e serviços de entrega contínua (CD) para o desenvolvimento de software. O projeto continua a crescer à medida que mais organizações adotam a plataforma para atender o seu desenvolvimento de software, automação de entrega e outras necessidades. Para suportar este rápido crescimento, a Microsoft está fornecendo sua infraestrutura Azure. Com isso, os usuários do Jenkins terão maior capacidade para construir, testar e implementar os centenas de plugins que integram o processo de entrega contínua.
“Para que possa crescer e ser escalável em todo mundo, ele [Jenkins] precisa de muito mais poder, e por isso que estamos fornecendo amplo suporte ao Azure, juntamente com instalações e infraestrutura”, disse o vice-presidente de vendas de código aberto e estratégia de marketing da Microsoft, Mark Hill. “Estamos fazendo um trabalho de engenharia para construir a próxima versão do Jenkins.”
“A Microsoft estabelece uma parceria com a comunidade Jenkins para oferecer ambos os recursos de computação e conhecimento técnico para construir um desenvolvimento robusto e moderno de infraestrutura de entrega em Linux e Java na nuvem Azure”, disse Corey Sanders, diretor de gestão do Azure.
A parceria entre Microsoft e Jenkins acontece em um momento crucial, com o recente lançamento do Jenkins 2.0, que permite aos usuários adotarem com mais facilidade as práticas de entrega de software. É esperado que as novas atividades de desenvolvimento coloquem ainda mais demandas sobre a infraestrutura do projeto.
Linux Mint 18 será baseado no Ubuntu 16.04 LTS e terá melhor suporte a hardwares mais novos
3 de Junho de 2016, 17:55 - sem comentários aindaRecentemente, Clement Lefebvre, líder do projeto Linux Mint, revelou mais alguns detalhes sobre o próximo Linux Mint 18 “Sarah”, como o novo tema Mint-Y que estará disponível como uma opção a mais para os usuários. Contudo, obviamente, esta não é a única novidade: a próxima versão do sistema operacional será baseada no Ubuntu 16.04 LTS (Xenial Xerus).
Com isso, o Linux Mint 18 também contará com o Linux Kernel 4.4 LTS e com as última versões estáveis dos drivers de vídeo open source. Outra vantagem obtida ao implementar como base a última versão do sistema operacional da Canonical, é um maior suporte para mais hardwares, de modo que irá funcionar muito melhor com componentes onde o atual Linux Mint 17 não funciona corretamente.
“A base de pacote para o Linux Mint 18 é o Ubuntu 16.04, uma versão muito recente do Ubuntu que foi recentemente sincronizada a partir dos repositórios do Debian. Esta nova base nos fornece uma grande quantidade de softwares atualizados, novas pilhas de sistema e hardware, uma nova versão do Xorg e kernels e drivers mais recentes”, diz Clement Lefebvre.
Além disso, Clement Lefebvre também confirma que o suporte para a tecnologia Optimus da NVIDIA estará disponível na nova versão do sistema operacional e deve funcionar como esperado, proporcionando aos usuários uma aceleração 3D completa e um applet também deve estar presente para permitir que seja possível alternar entre as placas gráficas dedicadas e integradas com facilidade, e ele também conseguiu instalar com êxito o Linux Mint 18 em um laptop Apple MacBook Pro.
Então, parece que as coisas estão bem promissoras para o Linux Mint 18 “Sarah”, que estará disponível em sua versão beta no início de junho para quem quiser testar e conferir as novidades. O sistema operacional será lançado oficialmente nos próximos meses, provavelmente em julho ou no início de agosto, mas ainda não há nenhuma data exata definida.
Com informações de Softpedia, Linux Mint e LinuxBuzz.
Lançado o KDE Plasma 5.6.4 com mais correções e melhorias
3 de Junho de 2016, 17:52 - sem comentários aindaFoi lançado recentemente, o KDE Plasma 5.6.4 que, segundo as notas de lançamento, esta nova versão do ambiente gráfico trata-se apenas de mais uma pequena atualização que veio para corrigir vários bugs relatados pelos usuários. Desde o lançamento anterior, já foram corrigidos diversos problemas envolvendo os componentes Plasma Workspace, Plasma SDK, Plasma Networkmanager, Plasma Desktop, KWin, KScreen, Plasma Addons e muito mais.
“Hoje KDE lança uma atualização de correções para o KDE Plasma 5, com versão 5.6.4. Plasma 5.6 foi lançado em março com muitos recursos refinados e novos módulos para completar a experiência desktop. Esta versão adiciona algumas novas traduções e correções [acumuladas] de um mês de contribuidores do KDE. As correções de bugs são tipicamente pequenas, mas importantes”, diz o anúncio oficial.
KDE Plasma 5.7 pode chegar em 5 de julho
Agora que a quarta atualização de manutenção da série 5.6 do KDE Plasma está disponível, os desenvolvedores do KDE terão que corrigir bugs para mais um lançamento, o KDE Plasma 5.6.5, que deve chegar no próximo mês, em 14 de junho, juntamente com a suíte de softwares KDE Applications 16.04.2.
Enquanto isso, o ciclo de desenvolvimento da próxima versão principal, o KDE Plasma 5.7, vai começar e seremos capazes de testar o beta em 16 de junho, apenas dois dias após o ultimo lançamento da ultima atualização de manutenção do KDE Plasma 5.6. Então, o KDE Plasma 5.7 será oficialmente lançado em 05 de julho de 2016.
Para mais detalhes sobre todas as novidades implementadas no KDE Plasma 5.6.4, confira as notas de lançamento oficiais, clicando aqui.
Com informações de Softpedia, KDE e LinuxBuzz.
Lançado o Fedora 24 Beta com o GNOME 3.20 e Linux Kernel 4.5
3 de Junho de 2016, 17:51 - sem comentários aindaDepois de ter sido adiada três vezes, foi finalmente lançada recentemente, a build beta do próximo Fedora 24 para download e teste. Entre as novidades, o sistema operacional traz por padrão em sua edição Workstation o ambiente gráfico GNOME 3.20 e, sob o capô, conta com as biblioteca glibc 2.23 e GCC 6, como também o Linux Kernel 4.5.2 e Mesa 11.2.0.
“O Fedora 24 Workstation não terá como padrão o Wayland, [como também] a pilha de gráficos de próxima geração, mas isso está planejado para as futuras versões. O Wayland está disponível como uma opção e a equipe [da edição] Workstation gostaria muito de receber sua ajuda em testá-lo. Nosso objetivo é ter uma versão completa, onde o Wayland funcione quase que perfeitamente como um bom substituto para o X11. Nesse momento, nós estamos planejando defini-lo como o servidor de exibição padrão no Fedora”, diz Paul W. Frields, ex-líder do projeto Fedora.
Fedora 24 pode chegar em 14 de junho
O ciclo de desenvolvimento do sistema operacional Fedora 24 não terminou, embora não haverá mais builds para testes, e a fase “Final Freeze” terá início no dia 31 de maio. Com isso, caso tudo dê certo, a versão final do Fedora 24 deve chegar em 14 de junho.
Mas, até lá, você pode baixar a imagem ISO do Fedora 24 Beta para realizar seus testes clicando aqui. No entanto, por favor, tente manter em mente que esta é uma versão ainda em desenvolvimento, ou seja, não está pronta para uso em produção.
Com informações de Softpedia, Phoronix, Fedora Magazine e LinuxBuzz.
Linux Mint 18.1 contará com o MATE 1.16 e com o novo tema Mint-Y
3 de Junho de 2016, 17:48 - sem comentários aindaClement Lefebvre, líder do projeto Linux Mint, revelou mais alguns detalhes sobre as novidades que estarão presentes no próximo Linux Mint 18 “Sarah”. E uma delas, é o novo tema GTK Mint-Y, baseado no muito popular Arc e faz uso do conjunto de ícones Moka e Paper nas aplicações e diretórios, respectivamente.
O novo Mint-Y oferece aos usuários um design bastante moderno e elegante, mas parece que ele não será o padrão no sistema operacional Linux Mint 18, que pode usar a mesma aparência do Linux Mint 17.3 “Rosa”, baseado no tema Mint-X. No entanto, o Mint-Y vai estar como uma opção.
Isso acontece porque os desenvolvedores do projeto não querem forçar o novo visual para os usuários. Eles desejam que o novo tema Mint-Y seja uma visão alternativa para o Linux Mint 18 e, caso o feedback se revele positivo, então eles podem considerar implementá-lo por padrão na próxima grande atualização do sistema operacional, o Linux Mint 18.1.
“Queremos saber o quanto você gosta dele. Não só de olhar para as imagens, mas ao usá-lo, por 6 meses, por um ano. Nós não queremos mudar estilos só porque achamos que pode “parecer melhor”, vamos fornecer ambos os estilos para você e, eventualmente, se chegar o dia em que uma enorme maioria preferir o novo tema, então vamos seguir isso e começar a usá-lo como o novo padrão”, diz Clement Lefebvre.
Sim, isso mesmo, eles já estão planejando os novos recursos da próxima versão do sistema operacional aclamado baseada no Ubuntu, o Linux Mint 18.1, que deve ser lançado ainda este ano com o ambiente gráfico MATE 1.16, como também com um novo Cinnamon.
No momento em que escrevo este artigo, infelizmente, ainda não há outros detalhes sobre o Linux Mint 18.1, mas assim que saírem mais novidades, manteremos você informado. Até então, estamos esperando a chegada do Linux Mint 18 Beta, que deve acontecer no início de junho.
Com informações de Softpedia, Linux Mint e LinuxBuzz.
CEO da Oracle declara: o Android é um crime contra o open source
23 de Maio de 2016, 21:29 - sem comentários aindaOracle e Google estão de volta aos tribunais. Ainda em 2010 a Oracle tinha processado o Google pela primeira vez alegando que a empresa teria usado, sem autorização, 37 APIs Java no desenvolvimento do sistema operacional móvel Android. O processo terminou em favor do Google, foi para outra instância e acabou na suprema corte americana, que se recusou a julgar o caso. Agora, o novo processo da Oracle pode render à empresa até US$ 9 bilhões, e está de volta para onde tudo começou: em um Tribunal Distrital Americano.
Dessa vez a discussão entre as empresas trata se os códigos utilizados pelo Google no desenvolvimento do sistema Android se encaixam no “fair use”, ou uso justo. A Oracle baseou o caso em quatro medidas legais contra a empresa de Mountain View, sendo que seus advogados e testemunhas também trabalham para que a companhia saia do caso sendo considerada como defensora do software livre e do código aberto.
Será uma imagem um pouco difícil de sustentar com a reputação já abalada que a companhia conquistou durante o desenvolvimento do caso. Uma longa lista de especialistas já está contra a decisão da Oracle, afirmando que a posição da empresa pode causar mais danos do que benefícios à comunidade open source.
A CEO da Oracle, Safra Catz, testemunhou essa semana no caso, e insistiu que foi o Google e não a Oracle que “trancou seu software dentro de um jardim murado”.
Os advogados do Google declararam que foi justamente a política de código aberto das APIs Java que levaram a equipe desenvolvedora do Android a dar preferência à plataforma. Mesmo assim, Catz insiste que a filosofia da empresa é proteger a linguagem de “intrusos como o Google”, que na visão da Oracle “distorceram as políticas da companhia com versões incompatíveis do Android”.
Catz também declarou em seu testemunho que o uso das APIs no Android foi discutido internamente logo após a aquisição do Java em 2009, até então propriedade da Sun Microsystems. O antigo CEO da Sun, Jonathan Schwartz, já tinha dito à Oracle na ocasião que sua empresa estava negociando com o Google para a compra do licenciamento de uso do Java.
Após finalizar a aquisição da Sun, Catz disse que já era tarde demais para reverter o efeito do Android na política de uso aberto do Java. A CEO da Oracle também declarou que hoje toda a comunidade de programadores Java está dividida, visto que alguns migraram para a plataforma de desenvolvimento Android, o que segundo a executiva “limita a universalidade do Java”. Catz ainda acrescentou: “Eles poderiam programar uma vez para rodar em qualquer lugar. Quando o software é escrito para o Android, você não consegue rodar em nada além do Android.”
As críticas ao sistema móvel do Google soam um pouco estranhas, já que o Android é livre e a plataforma é aberta, não tendo qualquer restrição de desenvolvimento ou aplicação. Os advogados do Google rebateram as críticas da CEO, sugerindo que talvez a Oracle não tenha entendido a natureza aberta do Java. Seus executivos poderiam estar despreparados para gerenciar a plataforma open source ou então tinham outras intenções de restringir o uso do Java em outros projetos.
Catz também foi questionada sobre os planos da Oracle em desenvolver um smartphone, um projeto que foi considerado logo após a compra da Sun, mas depois foi abandonado. A defesa ainda sugeriu que o processo judicial pode ter sido fruto da falha da Oracle em conseguir desenvolver seu próprio smartphone. Em uma das conferências para desenvolvedores Java, o co-fundador e diretor executivo da Oracle, Larry Ellison, chegou a declarar: “Eu penso que veremos muitos e muitos dispositivos Java, alguns vindo até dos nossos amigos do Google.”
O caso ainda está em andamento e novos depoimentos estão marcados para o decorrer desta semana. As alegações finais são esperadas já para o começo da próxima.
Com informações de Tech Crunch e Canaltech.